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quinta-feira, setembro 01, 2022

Na sua coluna em O Globo, Vera Magalhães responde a Jair Bolsonaro

Publicado em 1 de setembro de 2022 por Tribuna da Internet

Vera Magalhães sofreu ataque de Bolsonaro no domingo

Pedro do Coutto

Em artigo publicado na edição de ontem de O Globo, a jornalista Vera Magalhães, que sofreu um ataque do presidente da República, Jair Bolsonaro, na noite de domingo durante o debate entre os principais candidatos à Presidência, respondeu direta e indiretamente às afirmações de que ela seria um ponto negativo para o jornalismo brasileiro e que ao dormir estaria pensando nele.

Vera Magalhães rebate, sustentando que uma das tarefas de agosto para a equipe de Bolsonaro era atrair o eleitorado feminino. Os estrategistas decidiram que o caminho para isso era colocar Michelle Bolsonaro para falar com as eleitoras evangélicas. Surtiu efeito segundo pesquisas, mas sobretudo pelas fake news associando Lula a um fantasioso propósito de fechamento dos templos.

DESCONTROLE – Vera Magalhães sustenta que o voto feminino, que representa mais de 50% do eleitorado brasileiro, continua refratário a um presidente e candidato capaz de se descontrolar num debate em rede nacional, como foi o da Band, e de ofender jornalistas e candidatas mulheres. Vera Magalhães referiu-se não apenas a ela, mas também à resposta agressiva que Bolsonaro endereçou a uma colocação da senadora Simone Tebet.

O texto da jornalista é bastante forte, onde diz que a ideia de um Bolsonaro moderado, disposto a não questionar mais as urnas eletrônicas, se esvaiu na mesma proporção em que a sociedade civil e as instituições ocuparam ao deixar claro que ensaios de golpe não serão tolerados.

DILEMA – Vera Magalhães, também apresentadora da TV Cultura, no programa Roda Viva, acrescentou que Jair Bolsonaro agora está diante de um dilema entre desistir das conturbações que pretende fazer no dia 7 de setembro e a agir sempre de acordo com sua lógica particular e tortuosa.

Vera Magalhães conclui que após o debate da Band, os bolsonaristas receberam a ordem unida de reforçar os ataques às mulheres nas redes sociais. Com o artigo, penso, e principalmente com a sua própria atitude na noite de domingo, Bolsonaro perdeu mais votos entre as mulheres do que ganhou junto às evangélicas.

COLIGAÇÕES –  Estamos a um mês das urnas de 2 de outubro, com o primeiro turno incerto ainda quanto ao confronto Lula e Bolsonaro, mas certo em vários estados, temos o cenário em que candidatos buscam vincular a sua imagem às imagens mais fortes do embate presidencial.

É um fenômeno natural que isso ocorra, o que vai contribuir para pelo menos gelificar as candidaturas de Ciro Gomes e Simone Tebet. Curiosamente, Simone Tebet e Ciro Gomes foram disparados os mais elogiados nas redes sociais da internet pelo desempenho no debate na TV Bandeirantes. De fato, sem dúvida alguma, Tebet e Ciro saíram-se muito bem no confronto de ideias e dos toques de florete ocorridos durante as duas horas do programa. Mas, a pesquisa do Ipec, divulgada segunda-feira, não focalizou o debate da Bandeirantes, não deu tempo.

Porém, incluiu o desempenho dos principais candidatos em suas entrevistas a William Bonner e Renata Vasconcellos na TV Globo. Temos que aguardar a divulgação de nova pesquisa do Datafolha prevista para hoje, já abrangendo o desempenho dos personagens na noite de domingo na tela da Bandeirantes.  

INVESTIMENTOS CHINESES  – Reportagens de Eduardo Cucolo, na Folha de S. Paulo, e de Elaine Oliveira e Gabriel Shinohara, O Globo, destacam em textos claros e objetivos tanto os investimentos chineses no Brasil, quanto a balança comercial entre os dois países. No período de janeiro a junho deste ano, por exemplo, o Brasil exportou US$ 40,2 bilhões e importou US$ 21,8 bilhões.

Ao longo dos últimos 10 anos, foram muito altos os investimentos chineses nas áreas de petróleo e gás, no setor de energia elétrica, na produção automobilística, e em fluxos ininterruptos.  A China é o maior parceiro comercial do Brasil no mundo e o maior comprador de produtos brasileiros. Em 2021, comprou US$ 87,6 bilhões, proporcionando ao Brasil um saldo superior a US$ 40 bilhões. Os resultados fornecidos pelos chineses apontam uma fortíssima contestação às palavras agressivas que o ministro Paulo Guedes dirigiu ao país.

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