Publicado em 4 de maio de 2022 por Tribuna da Internet
Valdo Cruz
GloboNews
Aliados do ex-presidente Lula (PT) afirmaram nesta quarta-feira (4) ao blog que o petista está “abusando do direito de errar”. A crítica foi feita após a publicação da entrevista de Lula à revista “Time”, dos Estados Unidos.
Na entrevista, Lula disse que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, é “tão responsável” quanto o presidente russo Vladimir Putin pela guerra na região.
DRAMA HUMANITÁRIO – Para aliados de Lula, nivelar Putin e Zelensky é um erro do ex-presidente, no momento em que cenas da guerra mostram ucranianos mortos violentamente por tropas russas, crianças e mulheres vítimas da invasão pela Rússia e sendo obrigadas a deixar o seu país.
Esses interlocutores de Lula destacam que também não dá para concordar com a frase do ex-presidente de que líderes mundiais estão estimulando o ódio contra Putin. Na avaliação deles, é o presidente russo que está gerando esse sentimento, ao patrocinar uma guerra que está destruindo a Ucrânia.
O risco, neste caso, alertam aliados, é Lula se nivelar ao presidente Jair Bolsonaro, que desde o início da guerra se posicionou mais a favor de Putin e não fez nenhum comentário a favor do presidente ucraniano nem entrou em contato com ele.
PERDER APOIO – Não basta dizer, alertam interlocutores do ex-presidente, que criticou a invasão russa, é preciso mostrar solidariedade com o povo ucraniano e criticar os ataques russos.
Dentro do comitê do ex-presidente, há uma avaliação de que o petista tem errado nas últimas semanas, com um discurso para agradar seu eleitor cativo, de esquerda, que não vai abandoná-lo.
Enquanto isso, com esse tipo de declarações, acham que Lula corre risco de perder apoio no eleitorado de centro, sem o qual ele não irá ganhar a eleição.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Lula está ficando detraquê, como se dizia antigamente. Fala as maiores bobagens, como se fosse o dono da verdade. Confiram essa declaração dele, ao participar na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ): “A quem interessa essa guerra? A razão dessa guerra, por tudo o que eu compreendo, que eu leio e que eu escuto, seria resolvida aqui no Brasil em uma mesa tomando cerveja. Teria resolvido aqui senão na primeira cerveja, na segunda; se não desse na segunda, na terceira; se não desse na terceira, até acabarem as garrafas a gente ia fazer um acordo de paz”, disse o ex-presidente, que rivaliza com Bolsonaro até em asneiras. (C.N.)