Presidente ucraniano acusa exército russo de sabotar retirada de civis. "Estou aqui, estou em Kiev. Não estou me escondendo", afirmou. Acompanhe as últimas notícias.
Zelensky acusa Moscou de sabotar corredores humanitários
Rússia apresenta exigências para pôr fim aos ataques na Ucrânia
Negociações em Belarus terminam com pequeno avanço na questão dos corredores humanitários
UE prevê receber até 5 milhões de refugiados ucranianos
Moscou alerta contra entregas de armas do Ocidente para a Ucrânia
UE aceita iniciar processo de adesão de Ucrânia, Moldávia e Geórgia
ONU contabiliza 1,7 milhão de refugiados da Ucrânia
Brasil fora da lista da Rússia de países considerados "hostis"
Pelo menos 406 civis mortos na guerra na Ucrânia, afirma ONU
Macron critica "hipocrisia" da Rússia sobre corredores humanitários
Ucrânia rejeita proposta de corredores humanitários em direção à Rússia
China pede negociações, mas exalta parceria com a Rússia
Reino Unido considera liberar entrada de refugiados da Ucrânia
Representantes da Ucrânia e da Rússia devem se encontrar para negociações
Rússia anuncia cessar-fogo temporário para corredores humanitário
Militares russos estão perto de invadir Kiev, diz Ucrânia
Zelenski: sanções são insuficientes
As atualizações estão no horário de Brasília
20:47 - Zelensky acusa Moscou de sabotar corredores humanitários
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, acusou o exército russo de sabotar a evacuação de civis através dos corredores humanitários, com os quais Moscou havia inicialmente concordado.
"Estamos todos aqui, estamos todos trabalhando", disse Zelensky. "Estou aqui. Estou em Kiev. Minha equipe está comigo. Nossa defesa está em seu posto, nossos soldados, em suas posições."
"Nossos heróis, médicos, equipes de resgate, transportadores, diplomatas e jornalistas. Todos estamos em guerra", disse o presidente. "Não estou me escondendo. Não tenho medo de ninguém."
"Havia um acordo sobre corredores humanitários. Isso funcionou? Os tanques russos funcionaram, em seu lugar", disse Zelensky em mensagem de vídeo divulgada através do Telegram.
Ele afirmou que tropas russas colocaram minas terrestres na estrada escolhida para levar alimentos e medicamentos à cidade sitiada de Mariupol, no sul do país. Segundo afirmou, tropas russas destruíram ônibus que seriam utilizados na evacuação de civis.
Zelensky acusou Moscou de cinismo e de permitir apenas que algumas dezenas de pessoas pudessem deixar a zona de conflito para serem filmadas e usadas para fins propagandísticos.
O líder ucraniano, porém, afirmou que seu governo continuará a negociar um acordo de paz com a Rússia.
Mais cedo, a Rússia havia anunciado a criação de corredores humanitários para permitir a evacuação de civis de algumas das cidades sitiadas. Entretanto, a Ucrânia se recusou a permitir a saída de seus cidadãos para o território russo, uma vez que quatro das seis rotas propostas por Moscou levariam à Rússia ou Belarus.
Durante a noite, os russos anunciaram um cessar-fogo temporário em algumas localidades, incluindo Kiev, Kharkiv, Mariupol e Sumy, a partir das 7hs da manhã, no horário local, para permitir a saída da população civil. Moscou, porém, disse que as rotas ainda devem ser aprovadas por Kiev.
18:33 – Ucrânia apela em Haia contra "táticas medievais" russas
Em Haia, A Ucrânia apelou ao Tribunal Internacional de Justiça para que ordene o fim da invasão russa à Ucrânia, ao mesmo tempo em que acusou Moscou de cometer uma variedade de crimes durante a ofensiva em solo ucraniano.
A equipe de juristas ucranianos afirmou que as tropas russas recorrem a "táticas que lembram os cercos das guerras medievais, incluindo o isolamento de cidades, o bloqueio de rotas de fuga e o bombardeio à população civil com armamentos pesados".
A Rússia não enviou representantes à audiência. Nos últimos dias, diversos esforços para a evacuação de civis das zonas de conflito foram frustrados em várias cidades, em razão dos bombardeios russos.
A Ucrânia condenou a alegação russa de que a invasão ao país teria o propósito de "evitar e punir" um genocídio nas regiões separatistas de Donetsk e Lugansk. Kiev condenou essa alegação como uma "mentira grotesca" e pediu proteção.
"As consequências são a agressão não provocada, cidades sitiadas, civis sob fogo, catástrofe humanitária e refugiados fugindo para salvar suas vidas", disseram os advogados ucranianos em Haia.
18:10 – Moscou ameaça cortar fornecimento de gás natural via Nord Stream 1
Pela primeira vez, a Rússia ameaçou abertamente interromper as entregas de gás natural para Europa através do gasoduto Nord Stream 1. Um "embargo ao transporte de gás através do gasoduto" seria justificado em vista das "alegações infundadas contra a Rússia sobre a crise energética na Europa e a proibição do Nord Stream 2", disse o vice-primeiro-ministro russo Alexander Novak.
Ele disse que a Rússia ainda não tomou a decisão de interromper o fornecimento, mas se vê pressionada a fazer isso, diante das acusações de políticos europeus.
O gasoduto Nord Stream 1 é uma importante vertente para o fornecimento de gás na Alemanha e em outros países da Europa. "A Europa consome atualmente 500 bilhões de metros cúbicos de gás por ano, 40% dos quais são garantidos pela Rússia", explicou Nowak.
Apenas pelo Nord Stream 1, passam anualmente cerca de 60 bilhões de metros cúbicos de gás.
No dia 22 de fevereiro, antes da invasão russa à Ucrânia, o chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou que havia suspendido o processo de licenciamento do gasoduto Nord Stream 2 no Mar Báltico. Desta forma, o gasoduto, planejado para transportar gás russo para Europa contornando países como Polônia e Ucrânia e que já está pronto, não entrará em funcionamento por enquanto.
16:45 – Rússia apresenta exigências para pôr fim aos ataques na Ucrânia
O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, disse que a operação militar no país será interrompida "em um instante", caso o governo ucraniano aceite as exigências de Moscou.
Entre estas, estão o reconhecimento da Península da Crimeia – anexada por Moscou em 2014 – como território russo; mudanças na Constituição ucraniana para assegurar a neutralidade do país, a admissão da soberania das autoproclamadas "repúblicas" separatistas de Donetsk e Lugansk, no leste ucraniano, e o fim das ações militares por parte de Kiev.
Peskov disse que os ucranianos estão cientes dos termos e de que a chamada "operação militar especial" – a expressão utilizada por Moscou para evitar falar em invasão ou guerra à Ucrânia – poderá ser encerrada rapidamente. O governo ucraniano, por sua vez, já declarou essas exigências como inaceitáveis,
"Eles devem fazer emendas à sua Constituição que assegurem que a Ucrânia rejeitará qualquer tentativa de adesão a qualquer bloco", disse Peskov, em referência ao pedido de Kiev para que o país se torne membro da União Europeia.
"Kiev deve reconhecer a Crimeia como território russo e também Donetsk e Lugansk como estados independentes. Isso é tudo."
A descrição das exigências russas ocorreu enquanto delegações dos dois países se reuniam para mais uma rodada de negociações, que terminou sem grande avanços. (AFP)
16:40 – Alemanha, EUA, França e Reino Unido concordam em elevar ajuda à Ucrânia
Os líderes de Alemanha, Estados Unidos, França e Reino Unido concordaram nesta segunda-feira, em uma chamada por vídeo, em manter a pressão contra a Rússia por sua "invasão não provocada e injustificada da Ucrânia", disse a Casa Branca.
Segundo comunicado, o americano Joe Biden, o francês Emmanuel Macron, o alemão Olaf Scholz e o britânico Boris Johnson "ressaltaram seu compromisso de continuar a fornecer assistência de segurança, econômica e humanitária à Ucrânia".
Os países da Otan elevaram sua presença nos países bálticos desde que a Rússia invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro, e mais tropas e equipamentos estão a caminho, afirmaram fontes ouvidas por agências de notícias.
15:26 – Negociações em Belarus terminam com pequeno avanço na questão dos corredores humanitários
A terceira rodada de negociações entre russos e ucranianos terminou nesta segunda-feira com "alguns resultados positivos" na questão dos corredores humanitários, anunciou Mykhailo Podoliak, membro da delegação ucraniana.
"Alcançamos alguns resultados positivos no que diz respeito à logística dos corredores humanitários", disse Podoliak, assessor da presidência ucraniana, no Twitter.
Antes do início do encontro, que mais uma vez ocorreu em Belarus, perto da fronteira com a Polônia, o chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky, disse que os negociadores discutiriam três blocos de questões: resolução da política interna, aspectos humanitários internacionais e resolução de questões militares. (Lusa)
15:07 – UE prevê receber até 5 milhões de refugiados ucranianos
Se a guerra na Ucrânia continuar, até 5 milhões de refugiados poderão fugir para a União Europeia, disse o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, nesta segunda-feira.
"Essa é uma estimativa razoável", afirmou Borrell. "Não vimos um movimento tão grande de refugiados desde o final da Segunda Guerra Mundial", completou.
A UE disponibilizará cerca de 100 milhões de euros em sua primeira resposta de emergência para ajudar os refugiados, informou Borrell.
A Ucrânia tem uma população de cerca de 41,5 milhões de pessoas. A ONU estima que mais de 1,7 milhão de pessoas já deixaram o país, a maioria seguindo para a Polônia. (DW)
14:35 – Levi's interrompe negócios na Rússia
A fabricante de jeans Levi's está encerrando temporariamente seus negócios na Rússia. O grupo de moda americano anunciou que as operações normais não seriam sustentáveis dada a situação na região.
Novos investimentos na Rússia também estão fora de questão por enquanto. Segundo a empresa, cerca de 4% das receitas da Levi's vieram da Europa Oriental em 2021, metade delas da Rússia.
14:30 – Mais de 900 localidades na Ucrânia estão sem luz, eletricidade e água
As forças russas já destruíram ou danificaram mais de 1.500 edifícios residenciais, mais de 200 escolas e 30 hospitais desde o começo da guerra na Ucrânia, informou a presidência ucraniana. Mais de 900 localidades no país ficaram sem água, eletricidade e aquecimento, de acordo com as autoridades ucranianas. (EFE)
14:23 – Homem é detido após chocar caminhão contra embaixada da Rússia em Dublin
A polícia irlandesa informou nesta segunda-feira que prendeu um homem que chocou um caminhão contra o portão de entrada da embaixada da Rússia em Dublin, local que se tornou foco de protestos contra a invasão na Ucrânia nos últimos dias.
Em comunicado, a polícia afirma que está investigando "um incidente" envolvendo um "delito contra a propriedade" que ocorreu por volta das 10h30 (horário de Brasília), no qual não foram relatados feridos.
Os oficiais prenderam um homem e "as investigações estão em andamento", diz a declaração.
Um vídeo divulgado pela emissora pública irlandesa RTE mostra um caminhão pertencente à empresa Desmond Wilsey, de abastecimento eclesiástico, se chocando contra o portão da missão diplomática russa, onde um pequeno grupo de manifestantes estava reunido.
O embaixador russo na Irlanda, Yury Filatov, já havia denunciado a natureza "muito agressiva" dos protestos no exterior da sua residência na capital.
"Neste momento, estamos lidando com uma situação extremamente tensa na embaixada. Os nossos funcionários recebem constantemente ameaças de morte nas suas casas privadas", lamentou o diplomata à imprensa. (EFE)
14:07 – Autoridades ucranianas dizem que pelo menos 13 civis morreram em ataque a padaria industrial
Os serviços de emergência da Ucrânia disseram ter resgatado os corpos de 13 civis após um ataque aéreo a uma padaria industrial na cidade ucraniana de Makariv, perto de Kiev. Cinco pessoas foram salvas.
Acredita-se que um total de 30 pessoas estivessem na fábrica no momento do ataque, indicando que mais pessoas podem estar presas sob os escombros. (DW)
13:40 – Alemanha diz que não vai sancionar importações de energia da Rússia
O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, disse nesta segunda-feira que Berlim apoia medidas duras contra a Rússia, mas que manterá as entregas de energia isentas. O líder alemão disse que a energia russa é essencial para a vida cotidiana.
"O abastecimento da Europa com energia para aquecimento, mobilidade e para a indústria não pode, no momento, ser garantido de outra forma", disse Scholz em comunicado. O chanceler também afirmou que a Alemanha e a União Europeia estão buscando alternativas, mas o trabalho não pode ser feito da noite para o dia.
"Foi, portanto, uma decisão deliberada permitir a continuidade das atividades de negócios alemães com a Rússia relacionadas ao fornecimento de energia", disse ele.
A Rússia está enfrentando uma série de medidas punitivas por sua invasão à Ucrânia. No entanto, a ameaça de uma proibição de importação de petróleo e gás russo elevou os preços, com o petróleo Brent sendo negociado a 139 dólares, valor mais alto desde julho de 2008. Os preços do gás na Europa também atingiram 381 dólares por metro cúbico nesta segunda-feira. Antes da invasão, o preço estava abaixo de 80 dólares, 12 dias atrás.
12:00 – Moscou alerta contra entregas de armas do Ocidente para a Ucrânia
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia alertou novamente contra as entregas de armas do Ocidente à Ucrânia e as consequências disso para a Otan.
A entrega de armas ou aviões e o envio de mercenários não melhoraria a situação humanitária na Ucrânia, disse a porta-voz do ministério, Maria Zakharova, segundo a agência estatal TASS. Pelo contrário, provocaria um "desenvolvimento catastrófico da situação não só na Ucrânia, mas também nos países da Otan", sublinhou. Zakharova alertou para um "colapso global" se armas ocidentais caíssem nas mãos de combatentes. (ots)
11:53 – UE aceita iniciar processo de possível adesão de Ucrânia, Moldávia e Geórgia ao bloco
Os países da União Europeia (UE) concordaram nesta segunda-feira em iniciar o processo para que Ucrânia, Moldávia e Geórgia possam se tornar membros do bloco no futuro. Os três países solicitaram adesão à UE na semana passada.
De acordo com a presidência rotativa do bloco, exercida pela França, os 27 estados-membros pediram à Comissão Europeia que dê o primeiro passo neste caminho, preparando o relatório necessário para que decidam se Ucrânia, Moldávia e Geórgia receberão o status de candidatos.
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, assinou o pedido de adesão à UE na semana passada como parte da resposta à invasão que a Rússia lançou em 24 de fevereiro. Moldávia e Geórgia fizeram o mesmo em seguida.
O órgão executivo da UE vai preparar um relatório para avaliar se os três países atendem os critérios de adesão, incluindo o respeito aos valores fundamentais do bloco, se possuem instituições estáveis que garantam a democracia e uma economia de mercado.
Quando a Comissão concluir a avaliação - que é o primeiro passo em um processo que normalmente leva anos -, os países da UE terão que aprová-la por unanimidade, e só então poderão ser abertas as negociações de adesão.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, disse na semana passada que "ainda há um longo caminho a percorrer" para concluir com sucesso o processo de ampliação do bloco.
Atualmente, Turquia, Sérvia e Montenegro estão em negociações para aderir à UE, e Albânia e Macedônia do Norte obtiveram o status de país candidato. (EFE)
11:20 – Retomadas negociações entre Rússia e Ucrânia
De acordo com a agência de notícias Reuters, as delegações da Rússia e da Ucrânia retomaram nesta tarde as negociações em Belarus.
É a terceira rodada de negociações desde a invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro. Até agora, elas não foram bem sucedidas. (Reuters)
11:12 – ONU contabiliza 1,7 milhão de refugiados da Ucrânia
O número de refugiados da Ucrânia continua aumentando significativamente. De acordo com os números mais recentes divulgados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), 1,7 milhão de pessoas já deixaram o país desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro. Isso significa 200.000 pessoas a mais do que em relação ao domingo. (ots)
10:55 – Brasil fora da lista da Rússia de países considerados "hostis"
Todos os países da União Europeia, além de Estados Unidos, Japão e Canadá, entre outros, estão em uma lista de nações hostis elaborada pelo governo da Rússia, informou nesta segunda-feira a agência de notícias russa Interfax. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o Brasil não está na lista. O governo brasileiro vem pregando uma posição de neutralidade em relação ao conflito e, até agora, não emitiu nenhuma sanção contra Moscou.
Segundo a Interfax, a lista recebeu aval do primeiro-ministro, Mikhail Mishustin, e faz parte do decreto do presidente Vladimir Putin emitido no último dia 5 e intitulado "Sobre o procedimento temporário para o cumprimento das obrigações para com certos credores estrangeiros".
De acordo com este documento, a lista inclui os 27 estados-membros da União Europeia, que adotaram fortes sanções contra a Rússia após o início da ofensiva militar na Ucrânia.
Além disso, Austrália, Albânia, Andorra, Reino Unido (incluindo a ilha de Jersey e outros territórios ultramarinos, como a ilha de Anguilla, as Ilhas Virgens Britânicas e Gibraltar), Islândia e Liechtenstein foram definidos como países hostis.
Também estão na lista Micronésia, Mônaco, Nova Zelândia, Noruega, Coreia do Sul, San Marino, Macedônia do Norte, Singapura, Taiwan, Montenegro, Suíça, Japão e a própria Ucrânia.
Entre outras medidas, as empresas russas poderão pagar dívidas em rublos aos países da lista. A moeda russa já desvalorizou 45% desde janeiro. (EFE, Lusa, ots)
10:35 – Pelo menos 406 civis mortos na guerra na Ucrânia, afirma ONU
Pelo menos 1.207 civis foram feridos ou mortos desde o início da invasão russa na Ucrânia, segundo o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.
De acordo com os dados da ONU, 406 pessoas foram mortas, entre elas 27 crianças, e 801 ficaram feridas como resultado da violência, das quais 42 eram crianças.
Os dados referem-se ao período que vai do início da invasão russa, em 24 de fevereiro, até a meia-noite de 6 de março. A organização alerta, contudo, que o número real de civis mortos e feridos provavelmente é muito maior.
10:11 – Cidade perto de Kiev relata morte de prefeito por fogo russo
As autoridades da cidade de Hostomel, a cerca de 30 quilômetros de Kiev, disseram que forças russas mataram o prefeito, Yuri Illich Prylypko, enquanto distribuia comida aos necessitados. A infomação foi divulgada na página da prefeitura no Facebook.
"Ninguém o obrigou a ficar sob as balas dos ocupantes", diz a postagem. "Ele morreu por seu povo, por Hostomel. Ele morreu herói".
As autoridades locais disseram que, além de Prylypko, outras duas pessoas foram mortas a tiros. Não ficou claro quando o prefeito foi baleado.
Hostomel abriga o estratégico aeroporto militar Antonov, local de batalhas violentas entre as forças ucranianas e russas nos primeiros dias da guerra. Lá, estava o Antonov-225 Mriya, maior avião de carga do mundo, de fabricação ucraniana, que foi queimado e completamente destruído em um ataque russo. (DW)
10:02 – Macron critica "hipocrisia" da Rússia sobre corredores humanitários
O presidente francês, Emmanuel Macron, disse que a proposta de Moscou de evacuar os ucranianos para cidades russas era "hipócrita".
"Tudo isso não é sério, é cinismo moral e político, que considero intolerável", disse Macron à rede de televisão LCI.
Moscou alegou que a proposta seguiu um "pedido pessoal" de Macron, o que o presidente francês nega. (DW)
09:36 – Cruz Vermelha teme onda de covid com a guerra
Um porta-voz da Cruz Vermelha afirmou nesta segunda-feira que especialistas temem que a guerra leve a um aumento nos casos de covid-19 na Ucrânia e em países vizinhos. No início da invasão, a Ucrânia se encontrava no meio de uma onda de infecções causada pela variante Omicron. Em fevereiro, 900 mil casos da doença foram registrados no país.
Países vizinhos da Ucrânia, como a Moldávia e Romênia, que são destinos de muitos refugiados, possuem baixas taxas de vacinação. (dpa)
09:18 – Encontro entre ministros do Exterior da Ucrânia e Rússia previsto para sexta-feira
A Turquia anunciou que intermediará na próxima sexta-feira um encontro entre os ministros do Exterior da Ucrânia, Dmitro Kuleba, e da Rússia, Sergei Lavrov. A reunião ocorrerá em Ancara e será a primeira negociação envolvendo o alto escalão de ambos os países desde o início da guerra.
Ancara mantém laços estreitos com Kiev e Moscou e vem tentando desempenhar um papel mais neutro no conflito, afastando-se de seus parceiros da Otan. (dw)
08:09 – Moradores de Irpin em fuga
Moradores de Irpin, nos arredores de Kiev, tiveram que fugir de suas casas em meio a um bombardeio russo neste domingo (06/03) apenas com a roupa do corpo e alguns itens que conseguiram carregar. Três civis teriam sido mortos nos ataques.
07:50 – Rússia estaria recrutando combatentes sírios para lutar na Ucrânia
A Rússia estaria recrutando sírios com experiência em combates urbanos para lutar na Ucrânia, segundo uma reportagem do jornal The Wall Street Journal. Relatórios do governo americano indicam que Moscou, que opera dentro da Síria desde 2015, espera que os sírios possam ajudar a tomar Kiev.
"O número de combatentes recrutados é desconhecido, mas alguns deles já estão na Rússia e se preparam para entrar no conflito", segundo o jornal. Especialistas consultados pelo jornal, porém, não deram detalhes sobre o deslocamento dos combatentes sírios na Ucrânia.
A Rússia teria oferecido a voluntários sírios entre 200 a 300 dólares "para ir para a Ucrânia operar como guardas armados" durante seis meses. Além dos sírios, combatentes chechenos também foram convocados. (Lusa, ots)
07:00 – Zelenski defende boicote a petróleo russo
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, pediu à comunidade internacional que boicote o petróleo russo e outros produtos de exportação da Rússia. Ele solicitou ainda aviões militares para a Ucrânia.
"Se a invasão continuar e a Rússia não desistir de seus planos contra a Ucrânia, então, um novo pacote de sanções é necessário por causa da paz", disse Zelenski em vídeo. (Reuters)
06:30 – Ucrânia rejeita proposta de corredores humanitários em direção à Rússia
O governo da Ucrânia rejeitou a proposta russa para a abertura de corredores humanitários em direção à Rússia ou Belarus. No início desta segunda-feira, Moscou anunciou um cessar-fogo temporário para permitir a evacuação de civis nas cidades de Kiev, Kharkiv, Mariupol e Sumy.
Moscou, porém, estabeleceu que as rotas de evacuação seriam apenas em direção à Rússia e Belarus. Kiev chamou a proposta de "imoral".
Um porta-voz do presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, disse que a proposta russa é "completamente imoral" e acusou Moscou de tentar "usar o sofrimento de civis" para criar imagens de televisão. "Eles são cidadãos ucranianos, têm o direito de ir para outras regiões na Ucrânia", acrescentou. O porta-voz afirmou ainda que a Rússia dificultou deliberadamente tentativas anteriores de evacuar cidades.
A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, chamou a proposta de Moscou para evacuar ucranianos de "ridícula" e "cínica".
Um porta-voz do Ministério da Defesa russo disse que seis corredores humanitários foram abertos: de Kiev para Gomel, no sudeste de Belarus; de Mariupol para Zaporíjia, no sudeste da Ucrânia; de Mariupol pra Rostob-on-Don, sul da Rússia; de Kharkiv para Belgorod, no sul da Rússia; de Sumy para Belgorod; e de Sumy para Poltava, no centro da Ucrânia. (Reuters)
05:40 – Polônia já recebeu mais de 1 milhão de refugiados
Autoridades polonesas afirmaram que mais de 1 milhão de refugiados ucranianos chegaram no país desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro. De acordo com a Polônia, houve um aumento no fluxo de migrantes na fronteira entre os dois países nos últimos dias. Somente na manhã desta segunda-feira, 42 mil ucranianos entraram na Polônia. (dw)
04:52 – China pede negociações, mas exalta parceria com a Rússia
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, pediu moderação e consequentes negociações em relação à guerra na Ucrânia.
"Questões complexas devem ser resolvidas com cabeça fria e de maneira racional", disse Wang Yi, durante entrevista coletiva de imprensa, em meio à reunião anual do Partido Comunista chinês, em Pequim.
Wang também defendeu ajuda humanitária aos civis. Ao mesmo tempo, destacou a "parceria estratégica" entre China e Rússia, criticou duramente os EUA, a expansão da Otan para o leste e enfatizou os interesses de segurança russos.
Até o momento, a China não condenou a invasão russa na Ucrânia. (dpa)
04:15 – Reino Unido considera liberar entrada de refugiados da Ucrânia
O ministro do Interior do Reino Unido, Priti Patel, afirmou que pretende criar um novo mecanismo para permitir a entrada de mais refugiados da guerra da Ucrânia, informou o jornal The Sun.
Mais de 1,5 milhões de pessoas já fugiram da guerra, na maior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
O Reino Unido já havia anunciado a concessão de vistos para quem tem familiares ou um responsável no país, mas o governo tem sido criticado pela oposição por não ser tão ativo na questão se comparado aos países da União Europeia.
"Estou elevando com urgência nossa resposta para a crescente crise humanitária", disse Patel ao The Sun, mencionando sua visita à fronteira polonesa na semana passada. "Estou pesquisando neste momento as opções legais para criar uma rota humanitária. Isso significa que qualquer pessoa sem vínculos com o Reino Unido que está fugindo do conflito na Ucrânia terá o direito de vir para esta nação."
A União Europeia já anunciou que concederá residência temporária aos refugiados da guerra da Ucrânia, que dará direito a trabalhar, receber benefícios sociais e moradia por até três anos. (Reuters)
03:15 – Representantes da Ucrânia e da Rússia devem se encontrar para negociações
Enviados dos governos da Ucrânia e da Rússia devem se encontrar nesta segunda-feira para uma terceira rodada de conversas desde o início da guerra.
O local e o horário exato do encontro ainda não foram divulgados. As duas delegações já se reuniram duas vezes em Belarus, mas houve poucos avanços.
Um dos acordos, de criar corredores humanitários para evacuar pessoas de cidades cercadas, fracassou em duas tentativas no final de semana. A Rússia disse que fará um cessar-fogo nesta segunda-feira para permitir a evacuação de civis de quatro cidades ucranianas.
03:00 – Rússia anuncia cessar-fogo temporário para corredores humanitários
O Ministério da Defesa da Rússia disse que suas forças irão iniciar um cessar-fogo temporário às 10h de Moscou (4h de Brasília) para permitir a evacuação de civis.
Moscou disse que abrirá corredores humanitários nas cidades de Kiev, Kharkiv, Mariupol e Sumy. A iniciativa atende a um pedido do presidente francês, Emmanuel Macron, que conversou por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, no domingo, segundo o ministério.
Rotas de evacuação publicadas pela agência de notícias russa RIA Novosti, citando o Ministério da Defesa, indicavam que os civis poderiam deixar a Ucrânia em direção à Rússia ou para Belarus. Aqueles que quiserem sair de Kiev também poderiam ser transportados por avião até a Rússia, segundo o ministério.
A criação dos corredores humanitários para retirar moradores e permitir a entrada de medicamentos e comida em cidades cercadas havia sido combinada em uma reunião entre representantes ucranianos e russos na quinta-feira, em Belarus. O plano, porém, não funcionou no sábado e no domingo. Autoridades ucranianos afirmaram que os russos desrespeitaram o cessar-fogo temporário, enquanto o Kremlin culpou Kiev pelo fracasso da operação. (AP)
01:30 – Militares russos estão perto de tentar invadir Kiev, diz Ucrânia
As forças armadas da Ucrânia afirmaram em um comunicado nesta segunda-feira que os militares russos estavam se preparando para invadir Kiev.
Segundo o comunicado, os militares russos primeiro tentariam assumir total controle das cidades Irpin e Bucha, que ficam próximas de Kiev.
As forças do Kremlin estavam "tentando obter uma vantagem tática alcançando a periferia leste de Kiev, por meio dos distritos Brovarsky e Boryspil", segundo o o boletim ucraniano.
Vadym Denysenko, assessor do Ministério do Interior da Ucrânia, afirmou que "uma grande quantidade de equipamentos militares e soldados russos estão concentrados na proximidade de Kiev", citado pelo jornal Ukrayinska Pravda.
"Avaliamos que a batalha por Kiev será uma batalha-chave que será lutada nos próximos dias", disse. (dpa)
22:30 – Zelenski: sanções são insuficientes
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, afirmou no domingo, em um discurso em vídeo, que as sanções atualmente impostas por diversos países à Rússia não são suficientes.
"A audácia do agressor é um claro sinal para o Ocidente que as sanções impostas contra a Rússia não são suficientes", afirmou.
A declaração foi feita depois de a Rússia ter anunciado que iria atacar um complexo militar e industrial da Ucrânia e pedir aos funcionários de indústrias militares que abandonassem seus postos de trabalho.
"Não ouço um único líder mundial reagir a isso", afirmou Zelenski. Ele também pediu que seja organizado um "tribunal" para julgar a Rússia pela suas ações.
Deutsche Welle