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terça-feira, março 08, 2022

Rodada de negociação entre Rússia e Ucrânia termina com pouco avanço; veja as últimas notícias da guerra




Um edifício em chamas após uma ataque perto do centro de Mariupol

A terceira rodada de conversas entre a Rússia e a Ucrânia nesta segunda (7/3), 12º dia da guerra, terminou sem grandes avanços.

Segundo um assessor do presidente da Ucrânia, houve um "pequeno progresso positivo" envolvendo a logística de corredores humanitários - para a saída de civis. Já o Kremlin, considerou que a tentativa de negociação "não atendeu" às suas "expectativas", como disse um assessor do governo russo em uma transmissão feita na TV do país.

A conversa aconteceu no território de Belarus, país aliado da Rússia. Ambos os lados dizem que as conversas vão continuar.

Mais cedo, a Rússia havia dito que vai abrir novos corredores humanitários de cessar-fogo na capital Kiev e em outras cidades ucranianas para permitir que civis escapem do conflito. Mas as rotas propostas para a população fugir das cidades ucranianas bombardeadas terminam na Rússia ou em Belarus, aliado russo.

De acordo com as primeiras informações, quem está em Kiev teria passagem segura para Belarus, enquanto os moradores de Kharkiv, a segunda maior cidade do país, poderiam escapar por um corredor que leva à própria Rússia.

Apenas as rotas de fuga de Mariupol e Sumy, que estão cercadas, levariam a cidades ucranianas.

O anúncio foi feito após duas tentativas semelhantes terem fracassado em Mariupol no fim de semana, diante de bombardeios contínuos de forças russas durante as horas acordadas de cessar-fogo, segundo autoridades ucranianas.

A Ucrânia classificou a proposta de corredores humanitários que levam refugiados para Belarus ou para a própria Rússia como "completamente imoral". De acordo com um porta-voz do presidente Volodymyr Zelensky, os cidadãos da Ucrânia devem ser autorizados a deixar suas casas por meio do território ucraniano.

"Esta é uma história completamente imoral. O sofrimento das pessoas é usado para criar a imagem televisiva desejada", disse o porta-voz em uma mensagem por escrito citada pela agência de notícias Reuters.

No domingo, Zelensky acusou a Rússia de assassinar civis, depois que um ataque russo matou uma família que tentava fugir de Irpin, que fica a 20km de Kiev.

O registro feito por um fotógrafo para o jornal americano The New York Times mostra três membros de uma família de quatro pessoas — uma mãe e dois filhos — mortos na calçada, enquanto soldados ucranianos tentam salvar a vida do pai ferido.

Não publicamos a imagem aqui porque ela é chocante.

'Em Irpin, está ocorrendo uma fuga em massa'

Famílias inteiras têm abandonado suas casas apenas com a roupa do corpo e alguns pertences em sacolas e bolsas para escapar do ataque à cidade.

Irpin está sendo atacada por terra e ar, porque está no caminho das tropas russas que tentam avançar rumo à capital.

Ao mesmo tempo, as autoridades de defesa ucranianas afirmaram nesta segunda-feira que suas forças retomaram a cidade oriental de Chuhuiv.

E foi registrado um novo bombardeio russo na cidade portuária de Mykolaiv, no sul.

Veja os principais acontecimentos mais recentes da guerra.

Petróleo tem maior alta em 13 anos

O preço do petróleo subiu para o nível mais alto desde 2008, depois que os EUA disseram que estavam discutindo um possível embargo ao petróleo russo com seus aliados.

    Como dependência da Europa de gás russo financia invasão da Ucrânia

O petróleo Brent - a referência global do petróleo — subiu acima de US$ 139 o barril nas transações na Ásia para depois cair para menos de US$ 130.

Os mercados de energia foram abalados nos últimos dias devido a temores de oferta.

Os consumidores já estão sentindo o impacto dos custos de energia mais altos à medida que os preços dos combustíveis e as contas domésticas aumentam.

Um ataque iminente a Odessa?

'Voluntários em Odessa encheram sacos de areia para uso em barricadas'

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou que as forças russas estariam se preparando para bombardear Odesa, que fica perto da fronteira da Moldávia e da região separatista da Transnístria, apoiada pela Rússia.

Um alto funcionário da defesa disse, no entanto, que os EUA não acreditam que uma operação anfíbia russa destinada a tomar a cidade de Odessa, no Mar Negro, seja iminente.

A autoridade americana disse que foram observadas apenas mudanças "limitadas" na campanha russa na Ucrânia no último dia, com os esforços russos para assumir o controle de Kiev, Kharkiv e Chernihiv enfrentando uma forte resistência da Ucrânia.

Um comboio russo de 65 km perto de Kiev permanece parado, e o espaço aéreo sobre a Ucrânia permanece sendo disputado, com perdas de aeronaves de ambos os lados.

Os EUA estimam que 600 lançamentos de mísseis russos de vários tipos ocorreram desde o início da invasão da Rússia em 24 de fevereiro.

O Pentágono acredita que aproximadamente 95% das forças russas reunidas perto da fronteira com a Ucrânia estão participando da ofensiva dentro da Ucrânia.

Rússia estaria recrutando sírios para lutar na Ucrânia

A Rússia está recrutando sírios habilidosos em combate urbano para lutar na Ucrânia enquanto Moscou se prepara para intensos conflitos nas ruas em seu esforço para tomar as principais cidades ucranianas, disseram autoridades dos EUA ao jornal Wall Street Journal.

Autoridades de inteligência se recusaram a dizer à publicação quantos combatentes concordaram em se juntar à guerra, mas afirmaram que alguns já viajaram para a Rússia e estão se preparando para serem enviados para a Ucrânia.

De acordo com uma publicação em Deir Ezzor, na Síria, a Rússia ofereceu aos voluntários do país salários entre US$ 200 e US$ 300 "para ir à Ucrânia e trabalhar como guardas" por seis meses de cada vez.

Autoridades em Moscou dizem acreditar que o envio de combatentes com experiênica de mais de uma década de guerra urbana na guerra civil da Síria poderia ajudar a tomar as principais cidades ucranianas, incluindo a capital Kiev.

'Não haverá lugar tranquilo para vocês a não ser o túmulo'

'Zelensky também pediu medidas mais firmes contra Moscou'

O presidente da Ucrânia alertou as tropas russas que suas forças perseguirão até o "túmulo" qualquer soldado que cometa crimes de guerra no território do país.

"Não vamos perdoar. Não vamos esquecer. Vamos punir todos que cometeram atrocidades nesta guerra. Em nossa terra", disse Zelensky.

"Não haverá lugar tranquilo nesta terra para vocês, exceto o túmulo", acrescentou.

"Parece que tudo o que os militares russos já fizeram ainda não é suficiente para eles. Não são suficientes os destinos arruinados. As vidas mutiladas. Eles querem matar ainda mais."

Zelensky também pediu aos líderes ocidentais que tomem medidas mais firmes contra Moscou, dizendo que "a audácia do agressor é um sinal claro de que as sanções contra a Rússia não são suficientes".

Evacuação de Mariupol é suspensa após novo fracasso de cessar-fogo

A evacuação de civis da cidade de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, foi interrompida pela segunda vez após um fracasso de cessar-fogo no domingo.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (IRIC) disse que suas equipes começaram a abrir a rota de evacuação de Mariupol para Zaporizhzhia antes que "as hostilidades fossem retomadas".

Rússia e Ucrânia concordaram em princípio em tirar os civis da cidade sitiada, mas não chegaram a um acordo sobre os detalhes de como isso ocorreria, segundo a Cruz Vermelha.

Em particular, os dois lados não concordaram nos seguintes pontos:

    Horário específico, locais e rotas de evacuação;

    Quem pode ser voluntariamente evacuado;

    Se ajuda pode ser trazida.

A Cruz Vermelha esperava começar a retirar 200 mil pessoas da cidade portuária, que tinha cerca de 400 mil habitantes até o início do conflito e está sitiada por forças russas neste momento.

Mariupol é um alvo estratégico fundamental para a Rússia, porque tomá-la permitiria que as forças separatistas apoiadas pela Rússia no leste da Ucrânia se unissem às tropas na Crimeia, península do sul anexada pela Rússia em 2014.

Um plano semelhante anunciado no sábado (5/3) para a evacuação de Mariupol e também de Volnovakha desmoronou rapidamente.

A Rússia acusou "nacionalistas" ucranianos de quebrar o acordo. Já a Ucrânia culpou Moscou de seguir com a ofensiva em uma "violação grosseira dos acordos sobre a abertura de corredores humanitários".

Veja a seguir os principais acontecimentos mais recentes da guerra.

ONU: guerra já tem mais de 1,5 milhão de refugiados

O número de refugiados que fogem da guerra na Ucrânia ultrapassou 1,5 milhão, segundo a agência da ONU para refugiados (Acnur).

A agência considera esta a crise de refugiados mais acelerada da Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Polônia, Romênia e Hungria tem sido o destino da maioria, mas, em muitos casos, os países que fazem fronteira com a Ucrânia são a primeira parada rumo a países europeus mais distantes.

Militares ucranianos se casam no meio da guerra

Em meio ao horror sangrento da guerra, um casal das forças de defesa da Ucrânia se casou. A cerimônia ocorreu não muito longe de um posto de controle nos arredores de Kiev, a capital do país.

'Putin diz que vai conseguir o que quer com guerra ou negociação'

O presidente russo, Vladimir Putin, e presidente francês, Emmanuel Macron, conversaram por telefone por quase duas horas.

O governo francês disse que Macron pediu a Putin para encerrar o ataque russo e garantir a segurança das instalações nucleares da Ucrânia depois que o bombardeio causou um incêndio em Zaporizhzhia, a maior da Europa.

Putin disse a Macron que a Rússia não tentou atacar usinas nucleares e que a Rússia alcançaria seus objetivos por meio de "negociação ou guerra", segundo a Presidência francesa.

'O presidente russo, Vladimir Putin, e presidente francês, Emmanuel Macron, conversaram por telefone'

O Kremlin culpou os ucranianos pelo incidente da usina nuclear. Putin disse a Macron que foi uma "provocação" encenada por "radicais ucranianos". A Ucrânia culpou as forças russas.

Putin também disse que as tentativas de sábado de evacuar civis das cidades do sul de Mariupol e Volnovakha falharam porque "nacionalistas ucranianos" se recusaram a deixar as pessoas saírem e usaram o cessar-fogo temporário apenas para se reforçar e se entrincheirar.

Manifestantes presos na Rússia

Na Rússia, no domingo, 4.631 pessoas foram detidas em 64 cidades, de acordo com a ONG russa OVD-Info, que monitora as prisões.

A OVD diz que, no total, 13.028 manifestantes já foram presos na Rússia desde que Moscou invadiu a Ucrânia.

TikTok e Netflix suspendem transmissões na Rússia

O aplicativo de vídeo TikTok diz que está suspendendo a transmissão ao vivo e novos conteúdos na Rússia enquanto analisa as implicações de segurança de uma nova lei que ameaça prender qualquer pessoa que as autoridades considerem ter espalhado notícias "falsas" sobre as forças armadas.

A plataforma diz que seu serviço de mensagens no aplicativo não será afetado.

"Continuaremos a avaliar as circunstâncias em evolução na Rússia para determinar quando poderemos retomar totalmente nossos serviços com a segurança como nossa principal prioridade", diz a empresa.

Estima-se que existam 70 milhões de usuários mensais do TikTok na Rússia.

Várias organizações internacionais de mídia - entre elas, a BBC - suspenderam seu trabalho na Rússia, citando preocupações com a segurança de seus funcionários com a nova lei.

Por sua vez, a Netflix - que já havia anunciado que estava suspendendo futuros projetos e aquisições no país - disse que interromperia seu serviço de streaming lá também, "dadas as circunstâncias" no país.

BBC Brasil

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