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segunda-feira, março 07, 2022

Putin não desiste da destruição e secretário de Estado dos EUA se reúne com chanceler da Ucrânia

 


Blinken e Kuleba ponderaram os impactos da guerra 

Pedro do Coutto

Apesar da condenação maciça internacional contra a invasão da Ucrânia, incluídas consequências trágicas que a ação militar continua acarretando, o presidente Vladimir Putin revela diretamente que não pretende cessar as ações militares até que o objetivo da Rússia seja plenamente atendido, quer dizer a eliminação da Ucrânia como uma república independente e a sua anexação à Rússia de estilo stanlista.

Putin chegou a afirmar que as sanções econômicas aplicadas pelos Estados Unidos, pela Alemanha, pela União Europeia, pelo Reino Unido e pelo Canadá equivalem a uma atitude de guerra declarada.

REUNIÃO NA FRONTEIRA – Enquanto isso, o secretário de Estado do presidente Joe Biden, Antony Blinken, reuniu-se na fronteira entre a Polônia e a Ucrânia com o chanceler ucraniano Dmytro Kuleba, demonstrando assim a disposição da Casa Branca em participar de uma ação militar da Otan contra o teatro de horror que está envolvendo a Ucrânia. Caso contrário não haveria o encontro emblemático, sobretudo na fronteira que divide a Ucrânia da Polônia.

O presidente da Ucrânia, Zelenski, transformou-se num herói universal, pois está disposto a resistir até quando for possível. Os heróis através da história sempre necessitam de ocasiões difíceis. Digo isso para responder às opiniões de alguns analistas que tentam ironizar Zelenski no papel de herói moderno.

São ocasiões na vida das pessoas que forjam e criam situações heróicas. Enquanto isso, Putin,  num almoço que ofereceu às aeromoças da Aeroflot, cujos voos ele suspendeu, voltou a acusar Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Canadá e União Europeia de ação bélica contra o seu governo.

RADICALISMO – O Ocidente não poderá – é claro –  assistir contemplativamente, embora criticando-a, a invasão da Ucrânia pela Rússia. Putin radicalizou o processo profundamente. Qualquer vacilação das potências ocidentais será interpretada como uma prova de fraqueza e aceitação de um poder destruidor e assassino contra um país livre.

Na edição de ontem de O Globo, Merval Pereira destaca o tratamento através da história da Rússia para com os seus artistas, inclusive escritores. Cita a casa de Dostoievski, hoje um ponto turístico. Mas Dostoievski esteve preso por questões políticas e na prisão escreveu o romance “Recordações da Casa dos Mortos”. Nos tempos da Guerra Fria, Boris Pasternak, autor do “Arquipélago Gulag” contra a Rússia e o comunismo, foi perseguido de várias formas e colocado em um confinamento equivalente a uma prisão.

LIBERDADE DE EXPRESSÃO – Além disso, passando pelo culto a grandes artistas, é preciso não esquecer que na Rússia não existe a menor liberdade de expressão e direito de discordar do governo. Agora mesmo, Putin determinou a censura sobre o que acontece na Ucrânia, chegando ao ponto de proibir o uso da palavra “guerra”, substituindo-a pela expressão “operação especial”.

Quem criticar o Exército russo e a  ação militar de Putin, independentemente de julgamento, será condenado a 15 anos de prisão. Vale acentuar, que Igor Gielow que estava escrevendo de Moscou para a Folha de S. Paulo já retornou ao Brasil no final da última semana.


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