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sábado, março 05, 2022

Aliados aconselham Bolsonaro a evitar declarações que possam ser consideradas pró-Rússia.

Publicado em 5 de março de 2022 por Tribuna da Internet

Imagem analisada visualmente

Charge do Frank (Arquivo Google)

Valdo Cruz
G1 Brasília

O presidente Jair Bolsonaro deveria parar de falar da guerra deflagrada pela Rússia na Ucrânia do ponto de vista geopolítico e econômico, para focar no pedido de paz na região e na ajuda humanitária para ucranianos e brasileiros que desejam sair do país no Leste Europeu.

O conselho é de interlocutores próximos ao presidente da República, diante das cenas de guerra e da população ucraniana sendo vítima dos ataques russos.

EM CIMA DO MURO – Na avaliação destes interlocutores, Bolsonaro deve deixar a questão geopolítica para o Itamaraty, seguindo a linha da diplomacia brasileira até agora de condenar a invasão da Rússia na Ucrânia, mas defendendo que Moscou não seja isolada e sejam criadas as condições para uma negociação de paz na região.

Para isso, os diplomatas brasileiros avaliam ser necessário calibrar as sanções contra Vladimir Putin, porque um exagero vai levar a mais conflito e não à paz no Leste Europeu.

Segundo os interlocutores próximos ao presidente, Bolsonaro se desgasta quando manifesta opiniões que são lidas como a favor da Rússia, principalmente com a população ucraniana sofrendo com os ataques russos e as imagens sendo passadas na TV a todo momento.

SOLIDARIEDADE NATURAL – Independentemente dos fatores políticos, o fato é que os ucranianos estão sendo vítimas dos ataques russos e há uma natural solidariedade com a população da Ucrânia.

Nesta linha, a defesa dentro do governo e também entre interlocutores presidenciais é que Bolsonaro foque suas ações e declarações em pedidos de paz no Leste Europeu e medidas no campo humanitário.

A decisão do governo de conceder o passaporte humanitário para ucranianos que desejem sair da região e vir para o Brasil, por exemplo, foi classificada como uma ação positiva que gera pontos para o governo.

ALGUMAS MANCADAS – Bolsonaro já deu várias declarações que foram classificadas como pró-Putin. Segundo assessores, o presidente acabou, inclusive, ocupando o papel de quem procura justificar as ações da Rússia, ao dizer, por exemplo, que era um “exagero” classificar a ação russa na Ucrânia como um massacre.

Enquanto isso, mesmo não condenando diretamente a ação russa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem focado suas declarações em manifestações de solidariedade com o povo ucraniano e criticando a guerra deflagrada pela Rússia. Ou seja, buscando ganhar pontos com o eleitorado brasileiro e com a diplomacia mundial.

A equipe presidencial ressalva que, apesar das declarações de Bolsonaro, que, esperam, mude de tom, o Brasil tem votado contra a Rússia no Conselho de Segurança, na Comissão de Direitos Humanos e na Assembleia Geral da ONU, mas com alertas de que a entidade precisa apontar saídas para uma negociação de paz no Leste Europeu.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O fato concreto é que Bolsonaro é imprevisível. Ninguém sabe, na verdade, como ele vai se comportar. No caso da guerra na Ucrânia, porém, ele tem sido de uma coerência de ácido inoxidável, não importando se vai ou não perder votos. O resto é folclore, diz Sebastião Nery. (C.N.)

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