Publicado em 9 de janeiro de 2022 por Tribuna da Internet
Jorge Béja
Dias atrás foi o camarão. Comido às pressas, o crustáceo ficou preso, inteiro, nas tripas de Bolsonaro. E o “machão” telefonou para o Dr. Antonio Luiz Macedo. Chorando, disse: “Estou morrendo de dor. A coisa está ruim”, implorando que o renomado cirurgião viesse socorrê-lo.
O médico, que estava lá na Conchinchina de férias, voltou ao Brasil, localizou o camarão entupidor das tripas, fazendo com que as fezes descessem latrina abaixo, para alívio presidencial.
AGORA É MAIS GRAVE – Mas agora a situação é outra. É muito mais grave. E não será o “Dr. Macedo” que vai desentupir as tripas de Jair Bolsonaro. A tarefa é do próprio Jair. Enquanto Jair não se retratar, como exige o contra-almirante Barra Torres, presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o entupimento permanece. E vai acumulando fezes. E fezes acumuladas podem refluir e sair pela boca.
E não será um mero “retiro o que falei, talkey?”, dito no cercadinho. É muito pouco. É nada. Barra Torres quer e merece uma retratação oficial, feita nacionalmente, em pronunciamento pelos meios de comunicação para o Brasil inteiro ouvir.
UMA NOTA HISTÓRICA – Em relação ao recente questionamento do Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, quanto à vacinação de crianças de 05 a 11 anos, no qual perguntou “qual o interesse da Anvisa por trás disso aí?”, o diretor-presidente da Agência, Antonio Barra Torres, deu uma resposta à altura, que entope as tripas de Jair Bolsonaro para todo o sempre, caso não tenha hombridade de responder a esse repto de um oficial superior que honrou sua farda e agora dignifica o posto civil que hoje ocupa.
Depois de relatar as dificuldades da família para que pudesse se formar em Medicina, o contra-almirante disse que, como cristão, sempre buscou cumprir os mandamentos e, ao contrário do presidente da República, nunca levantou falso testemunho.
RETRATAÇÃO EXIGIDA – “Vou morrer sem conhecer riqueza, Senhor Presidente. Mas vou morrer digno”, assinalou, incisivo. “Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção sobre este brasileiro, não perca tempo nem prevarique, Senhor Presidente. Determine imediata investigação policial sobre a minha pessoa, aliás, sobre qualquer um que trabalhe hoje na Anvisa, que com orgulho eu tenho o privilégio de integrar”, afirmou o dirigente da Anvisa, exigindo retratação.
Agora, a Nação aguarda que o presidente da República cumpra seu dever e venha a público dizer que errou ao irresponsavelmente levantar suspeitas sobre o procedimento dos técnicos da Anvisa, que lutam pela saúde dos brasileiros e não inventam notícias falsas com objetivos eleitoreiros.