em 11 mar, 2021 9:25
Uma mensagem de texto e uma ligação telefônica foram suficientes para gerar um prejuízo de R$ 65 mil a uma das vítimas de cibercriminosos que se passaram por funcionários de instituições financeiras em Sergipe.
O golpe cresceu exponencialmente em Sergipe nos últimos dias e o valor foi verificado após o registro de boletim de ocorrência no Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), da Polícia Civil.
O modo de atuação dos golpistas consiste em enviar mensagens às vítimas informando que o aparelho celular está com pendências de validação de segurança na rede do banco e pedem o acesso em um link para o número fornecido pelos cibercriminosos. Os golpistas entram em contato e solicitam informações pessoais, que são utilizadas para autorizar o aplicativo no celular dos autores do crime, de onde são feitas transferências bancárias.
As vítimas contaram à Polícia Civil que receberam um link de preenchimento de dados pessoais – CPF, nome, senha, número do cartão e código de verificação. A página possui características muito semelhantes à identidade visual utilizada pela instituição financeira. Mesmo com o não preenchimento dos dados, como as vítimas já tinham fornecido as informações aos golpistas por meio de ligação telefônica, os cibercriminosos conseguiram efetuar transferências bancárias para contas consideradas “laranjas”. Assim, os golpistas realizaram transferências entre contas, por TED e PIX, para diversas contas bancárias com titularidades diferentes, além de empréstimos, conforme o apurado pelo Depatri.
A delegada Lauana Guedes destacou que o golpe está ocorrendo com frequência e os cibercriminosos se utilizam do nome de diversas instituições financeiras do país. “O novo golpe vem sendo aplicado de modo recorrente envolvendo alguns bancos. Os golpistas enviam mensagens de texto SMS para as vítimas informando que o dispositivo está com pendência de validação de segurança. Por isso pedem que acessem o link fornecido por eles, que é falso. Acreditando que a informação é verdadeira, pois a organização da página é muito semelhante à dos bancos, as vítimas preenchem os dados solicitados”, detalhou.
Lauana Guedes complementou informando que os golpistas também solicitam que as vítimas desinstalem o aplicativo de seus dispositivos, o que possibilita que a investida criminosa seja concretizada e as transferências bancárias sejam realizadas para as contas “laranjas” utilizadas pelos cibercriminosos. “Em seguida, a vítima recebe uma ligação e é persuadida a passar informações para uma suposta atendente, que tem como único intuito habilitar o aplicativo em um novo dispositivo, pedindo que a vítima desinstale-o de seu aparelho celular”, reforçou.
A delegada Suirá Paim reiterou que é a partir da autorização do aplicativo para outros dispositivos móveis, feita pelos cibercriminosos, que o golpe com relação aos valores transferidos para as contas “laranjas” é iniciado. “De posse dos dados pessoais e bancários da vítima, e com a autorização para instalação do aplicativo do banco em outro dispositivo, o criminoso realiza transferências para contas ‘laranjas’ com o objetivo de dificultar a investigação. Além das transferências bancárias, o criminoso realiza grandes empréstimos, causando prejuízo financeiro para as vítimas”, salientou.
Além dessa prática, conforme ressaltou Suirá Paim, os cibercriminosos também entram em contato com as vítimas para informar sobre uma suposta tentativa de transferência bancária. O mecanismo fraudulento também é utilizado para obter os dados pessoais e informações financeiras.
“Outra situação é quando o fraudador, se passando por funcionário do banco, entra em contato com a vítima para informar sobre uma suposta tentativa de transferência bancária em sua conta. Ao não reconhecer essa movimentação financeira, a vítima passa a receber mensagens de texto solicitando os dados pessoais e financeiros. Por isso, alertamos à população para nunca fornecer senhas ou dados do cartão a desconhecidos, e desconfiar sempre de solicitação de senhas por meio de ligações telefônicas, mensagens de texto SMS e e-mail”, a delegada concluiu orientado.
Fonte: SSP/SE
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