Apesar de não pertencer a nenhuma das categorias prioritárias para tomar a vacina contra a Covid-19, de acordo com o Ministério Público da Bahia (MP-BA), o secretário de saúde da cidade de Barra do Mendes, no território de Irecê, tomou a primeira dose do imunizante. O órgão estadual ingressou uma ação civil contra o secretário na sexta-feira (29).
De acordo com o MP-BA, apesar de ter 71 anos, o secretário Carlos Alves de Araújo não pertece aos grupos prioritários e por isso furou a fila. De acordo com o promotor Marco Aurélio Amado, o gestor violou os princípios da impessoalidade, moralidade e eficiência.
O promotor explicou o entendimento do órgão. “O réu tem 71 anos, mas não vive em instituição de longa permanência, não é indígena, tampouco trabalhador da saúde ou membro de povo ou comunidade tradicional ou ribeirinha. Apenas, sem qualquer justificativa plausível, pois sem base em lei ou no planejamento governamental escrito, colocou-se à frente de todos, em afronta à impessoalidade, à moralidade e à eficiência”, disse.
Ainda segundo o MP, o promotor requereu que o secretário seja impedido de tomar a segunda dose da vacina. Foi solicitado também que a imagem do secretário seja desvinculada de todos os atos de campanha de vacinação até sua finalização, sob pena de aplicação de multa diária a ser imputada ao gestor pessoalmente.
A reportagem do Bahia Notícias tentou contato com a prefeitura municipal de Barra do Mendes, mas não obteve sucesso até o fechamento desta matéria.
Bahia Notícias