Sarah Teófilo
Correio Braziliense
Correio Braziliense
O ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, afirmou na tarde desta terça-feira, dia 14, que a exoneração da coordenadora-geral de Observação da Terra do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) (Inpe), Lubia Vinhas, departamento responsável pelos sistemas que acompanham o desmatamento na Amazônia e no Cerrado, não tem relação com o aumento dos alertas de desmatamento na Amazônia Legal.
A exoneração foi publicada na última segunda-feira, dia 13, três dias depois da divulgação dos dados referentes a junho. Uma coletiva foi feita por ele e pelo diretor interino do Inpe, o militar da Força Aérea Brasileira (FAB) Darcton Policarpo Damião, para explicar uma nova estrutura do instituto que, segundo eles, está sendo elaborada desde agosto do ano passado, quando o diretor assumiu o cargo.
JUSTIFICATIVA – Ela, no entanto, só foi anunciada agora após a exoneração de Lubia da coordenação. A pasta justificou que a servidora apenas mudou de área, passando para um de base de informações georreferenciadas na nova estrutura organizacional, que é inserida em um departamento chamado Gestão de Projetos e Inovação Tecnológica.
“A transferência da Lubia para esse novo setor acabou acontecendo em um momento que acabou chamando atenção de todo mundo. Ela foi transferida por causa da reestruturação, mas o pessoal ficou olhando para o momento, pelo aumento dos alertas de desmatamento. (…) Basicamente, foi um mal entendido. Se eu tivesse prestado atenção no tempo, talvez teria esperado um pouco para fazer a mudança”, disse Pontes.
MONITORAMENTO – Em vários momentos, o ministro frisou que o coordenador direto dos sistema de monitoramento é Cláudio Almeida, que nesta nova estrutura coordenará os sistemas de monitoramento.
Na estrutura de hoje, no entanto, ele é coordenador do Programa Amazônia, que fica dentro da Coordenação-geral de Observação da Terra – cargo que era ocupado por Lubia. “Pelas características da doutora Lubia, ela foi designada a gerenciar esse projeto que tem uma importância estratégica grande”, justificou Pontes.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Na semana seguinte à divulgação de dados de desmatamento da Amazônia que desmentiram o discurso do governo Bolsonaro feito a empresários e fundos de investimento internacionais, que cada vez mais exigem medidas eficientes de preservação do meio ambiente, a pesquisadora foi exonerada . É muita coincidência e muito mal entendido para um gestão só e que nem chegou na metade do seu mandato. A canetada veio do alto e a Marcos Pontes coube o papel de justificar a ação. (Marcelo Copelli)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Na semana seguinte à divulgação de dados de desmatamento da Amazônia que desmentiram o discurso do governo Bolsonaro feito a empresários e fundos de investimento internacionais, que cada vez mais exigem medidas eficientes de preservação do meio ambiente, a pesquisadora foi exonerada . É muita coincidência e muito mal entendido para um gestão só e que nem chegou na metade do seu mandato. A canetada veio do alto e a Marcos Pontes coube o papel de justificar a ação. (Marcelo Copelli)