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A diretora médica da Pfizer Brasil, Márjori Dulcine, negou a informação de que a farmacêutica teria vendido para os Estados Unidos "todas" as vacinas que vai produzir contra a Covid-19 até o ano que vem.
Em entrevista à rádio BandNews FMF, Dulcine afirmou que a empresa pretende fabricar 1,3 bilhão de doses, e que governo americano adquiriu "só" 100 milhões de doses, incialmente, com distribuição prevista para os anos de 2020 e 2021.
Na visão da diretora, a confusão pode ter ocorrido por causa da divulgação feita pelos Estados Unidos, que anunciou a compra das doses por US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10 bilhões).
Atualmente, os estudos da Pfizer, em parceria com a farmacêutica BioNtech, estão testando 30 mil voluntários em todo o mundo. O Brasil possui mil deles, divididos entre São Paulo e Bahia.
O imunizante se baseia no RNA mensageiro do vírus, que carrega as informações para que as células do corpo produzam anticorpos contra o novo coronavírus, o que diminui o tempo de produção. Por isso, a expectativa é que os estudos sejam concluídos este ano.
Ainda assim, a compra antecipada por parte dos EUA gerou polêmica, pois a Organização Mundial da Saúde (OMS) defende que a corrida pela vacina deve ser colaborativa, e que a pandemia será vencida por meio da solidariedade.
A empresa AstraZeneca, por exemplo, que produz uma vacina em parceria com a Universidade de Oxford, afirmou que vai produzir milhões de doses a preço de custo. A Moderna, a Pfizer (americanas) e a Merck (alemã), admitiram que devem lucrar com a venda dos imunizantes.
Nesta quinta-feira (23), o ministro interino da Saúde do Brasil, Eduardo Pazuello, afirmou que o país tem condição de comprar a vacina da Pfizer (lembre aqui).