Pedro Venceslau e Renan TruffiPortal Terra
Os partidos de oposição na Câmara pressionam o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) a colocar em pauta no plenário um pedido de convocação do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno (PSL). Como justificativa para a convocação do ministro, citam o suposto desvio de recursos do Fundo Partidário do PSL nas eleições de outubro.
Dois pedidos já foram protocolados: um pelo líder da bancada do PSOL, Ivan Valente (RJ), e outro pelo deputado Henrique Fontana (PT-RS). O objetivo dos deputados é se reunir nesta terça-feira com Maia para tratar do assunto.
CRISE PERMANENTE– Nesta semana a oposição vai definir outras linhas de atuação para manter acesa a crise no governo. “O episódio é gravíssimo e a crise muito mais profunda do que a denúncia de crime eleitoral. Esse governo está em uma crise permanente”, disse a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), líder da minoria.
No Senado, o líder da oposição, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que os partidos também vão tentar convocar Bebianno, para dar explicações.
REDES SOCIAIS – A crise envolvendo o ministro movimentou ainda as redes sociais. Pelo Twitter, parlamentares cobraram resposta rápida do governo.
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) disse que via três desfechos para a crise. “Se Bebianno ficasse no governo, Bolsonaro teria um ministro que mente, segundo admitiu. Se saísse, o ministro aceitaria que mentiu. Se fosse ‘saído’, como aconteceu, é prova de que o país é presidido pelo filho caçula”, afirmou, em referência a Carlos Bolsonaro, que, na verdade, é o filho “número dois” do presidente – o caçula é o deputado Eduardo Bolsonaro.