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domingo, maio 01, 2011

O contra-ataque das oposições

Carlos Chagas

A crônica das guerras recentes ou antigas registra que após uma vitória, o exército vencedor deve esperar o contra-ataque do adversário. Depois de ocuparem um terço do território russo, os alemães cederam ao impacto do Exército Vermelho. Em seguida ao desembarque na Normandia, os aliados foram surpreendidos com a ofensiva nazista nas Ardenas, que quase devolveu ingleses e americanos ao mar.

Assim, não é de estranhar que progridam em ritmo bem mais avançado do que a mídia registra os entendimentos entre PSDB e DEM para uma próxima fusão ou incorporação dos dois partidos. Pode ser a forma de reação ao que seus dirigentes chamam de manobra solerte do palácio do Planalto ao estimular Gilberto Kassab e uns tantos trânsfugas da oposição para formar o PSD e aderirem ao governo.

Os obstáculos são grandes, até pouco parecia impossível a hipótese, mas de Fernando Henrique a José Agripino, a proposta do casamento é bem recebida como forma de recompor as combalidas esquadrilhas de tucanos e a infantaria dos democratas. Mais do que visar as eleições municipais do ano que vem, eles se voltam para as eleições de 2014, quando poderiam ampliar o número de governadores e disputar a sucessão presidencial.

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DOAÇÃO DE 250 MIL VOLUMES

Ao longo de sua vida de economista, professor, ministro, embaixador e deputado, hoje entrando nos oitenta anos de idade, Delfim Netto conseguiu reunir 250 mil livros. E não apenas de economia e finanças, mas de política, História, filosofia e muita coisa a mais. Quando em Paris, ficou conhecido como o “rei dos sebos”, título que mantém até hoje em São Paulo.

Delfim tomou uma decisão: doar todos os volumes para a USP, em tempo recorde. Esse acervo formidável ficará à disposição de estudantes, de pesquisadores e dele mesmo, sempre que necessitar de alguma consulta. Exemplos como esse são raros, talvez apenas o saudoso dr. Mindlin tenha feito o mesmo.

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CABRAL REPELE A ACUSAÇÃO

Mais do que irritado, o governador Sérgio Cabral mostra-se decepcionado com a acusação de haver mandado preparar um golpe contra o senador Aécio Neves através da polícia de trânsito do Rio de Janeiro. Se o ex-governador mineiro foi parado numa blitz às três da madrugada, no Leblon, com a carteira de habilitação vencida, deveu-se o episódio à rotina de um policiamento digno de louvor, jamais a manobras de perseguição contra adversários políticos.

Até porque, seria inadmissível que o governo fluminense andasse vigiando as andanças de Aécio pela noite carioca. Ou, pior ainda, que ele, governador, estivesse estimulando esse tipo de ação, rotineira apenas nos tempos da ditadura. Quando se encontrarem, num evento qualquer, Cabral demonstrará o apreço que tem pelo talvez futuro concorrente à sucessão presidencial de 2014…

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PARA ATIRAR EM QUEM?

Brasília foi surpreendida, na tarde de quarta-feira, pela informação de estarem postados no teto do palácio do Planalto três atiradores de elite da Polícia Militar, com sofisticadas espingardas de visor telescópico e outras invenções. Apontavam para a Praça dos Três Poderes, onde se realizava pequena manifestação de ex-soldados da Aeronáutica pleiteando reintegração na força. Logo surgiram fotografias dos “rambos” em posição de tiro, felizmente sem que os manifestantes, lá em baixo, se dessem conta do papel de alvos.

Esses exageros geram o ridículo. Quem teria dado ordem para os soldados se posicionarem como se estivessem na guerra? O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general José Elito? Um de seus auxiliares? Por certo a presidente Dilma Rousseff não foi informada de tão desastrada proteção.

Certa vez armas de fogo, inclusive metralhadoras pesadas, foram posicionadas no telhado da sede do governo, mas eram os tempos bicudos da ditadura. O Serviço de Segurança do presidente Ernesto Geisel aventou a possibilidade de tropas do ministro demitido do Exército, general Silvio Frota, estarem preparando um assalto ao poder, que acabou não acontecendo. Mas por causa de ex-soldados da Aeronáutica reivindicando reintegração, não dá para aceitar…

Fonte: Tribuna da Imprensa

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