Carlos Newton
Na década de 50,Richard Brooks era um dos maiores roteiristas e diretores de Hollywood e sempre sonhara em dirigir um filme colorido. Mas nao conseguia. Em 1958, pela Metro-Goldwing-Mayer, ele começou a dirigir “Gata em Teto de Zinco Quente, adaptação da célebre peça de Tennessee Williams.
As filmagens foram iniciadas com Elizabeth Taylor e Paulo Newman nos papéis principais. Passados alguns dias, um dos diretores da MGM então indagou a Brooks: “Como está indo o filme?” E ele deu uma resposta genial:
“Está tudo bem. Temos um roteiro sensacional, um galã perfeito para o papel, o cenário mais admirável que poderíamos imaginar, com a mansão e aquele gramado interminável, e temos também uma atriz que é a segunda mulher mais bonita do mundo. Pena que o filme seja em preto e branco”.
A resposta do diretor da MGM foi essa: “Mas como a segunda mulher mais bonita do mundo? Existe alguma mulher mais linda do que Liz Taylor?”
“Acredito que não. Mas pode ser que exista em algum lugar e a gente não conheça. De qualquer forma, podemos dizer que, pelo menos, Liz é a segunda mulher mais linda do mundo”, disse Brooks, fazendo o diretor cair na risada.
Passados alguns dias, veio uma ordem para interromper as filmagens, e Brook foi chamado para uma reunião com outro diretor do Estúdio MGM, que abriu a conversa assim: “Brooks, vamos refazer as filmagens, desta vez a cores. Como é que uma história dessas, com um cenário magnífico e um ator como Paul Newman contracenando com a segunda mulher mais linda do mundo, pode ser filmada em preto e branco?”
Espertíssimo, Brooks perguntou: “A segunda mulher mais linda do mundo? Então, qual é a primeira?”
E o diretor repetiu a piada de Brooks. Dizendo; “Posso ser que exista, em algum ligar, uma mulher mais bonita. Mas temos certeza de que Liz Taylor é, pelo menos, a segunda mais linda”.
Brooks caiu na risada, tinha bons motivos. E fez um filme sensacional filme a cores, que realmente enalteceu a obra de Tennessee Williams. Quanto à outra mulher, que seria a mais linda do mundo, ninguém nunca a encontrou.
Fonte: Tribuna da Imprensa