Folha de S.Paulo
Ao menos, 21,5 milhões de consumidores de baixa renda correm o risco de deixar de receber o desconto na conta de luz até o fim do ano. É que, para manter a redução tarifária, os clientes são obrigados a se recadastrar até dezembro nas distribuidoras, mas até agora poucos tomaram tal providência, de acordo com dados das empresas.
Uma lei aprovada no ano passado determina que o benefício só pode ser concedido ao consumidor que apresentar o NIS (Número de Inscrição Social), documento dado por prefeituras e que serve de cadastro para o Bolsa-Família e outros programas. O problema é que a adesão ao recadastramento ainda é muito pequena.
No grupo CPFL (oito empresas, com 6,7 milhões de consumidores), apenas 9% fizeram o cadastro. "Certamente, muita gente vai perder o benefício", disse Amleto Landucci Jr., diretor comercial da CPFL. Muitas casas localizadas na área de concessão da empresa, na Baixada Santista, são usadas só nos finais de semana. Esses clientes têm baixo consumo, mas não são atendidos por programas sociais.
A Eletropaulo recadastrou 47,5 mil dos 758 mil clientes que tinham o benefício antes da mudança da regra _o que corresponde a 6% do total. A distribuidora atende a 6 milhões de consumidores na Grande São Paulo. Antes da mudança na lei, bastava o cliente se autodeclarar de baixa renda e consumir até 220 kWh por mês para ter o benefício --que chega a um desconto de 65% na tarifa.
Fonte: Agora