Ao longo da história da humanidade o povo ocupou praças mudando sistemas de governo e levando a renúncia dirigentes ditatoriais como nos casos da Revolução Francesa, com a queda da Bastilha, e agora, de Mubarak, no Egito que manteve o poder por mais de trinta anos. Depois da queda do Muro de Berlim vários governos foram destituídos pelo povo, como na Albânia, a exemplo.
Depois de dezoito dias de ocupação da Praça Tahrir pelo povo egípcio, no Cairo, Mubarak renunciou ao mandato no dia de ontem, 6ª feira (11), pondo um fim ao seu poder absolutista que perdurou por mais de 30 anos e que recebia todo beneplácito das grandes potencias ocidentais pela posição estratégica do Egito na geopolítica mundial, especialmente, pelo Canal de Suez e como ponto de equilíbrio no conflito Árabe-Judeu.
O importante no capítulo é que salvo as escaramuças entre partidários e não partidários de Mubarak e outros atritos pontuais, a queda de Mubarak não se deveu a assassinato, como Anuar Sadat, e nem por consequência de golpe de estado. Simplesmente o povo ocupou a praça e forçou a renuncia de um governo já sem legitimidade por força da desigualdade econômico-social e o estado de miséria do povo egípcio.
Não há estado beligerante que se sustente sem o apoio popular e se mantenha no poder com enfrentamento aberto com o povo. Lula no poder estreitou os laços com vários países do mundo e sua aproximação com o Irã lhe serviu de críticas aberta por parte de segmentos da sociedade brasileira que em nenhum momento, mesmo sabendo que o Egito era mantido por regime de força com limitação das liberdades e alijamento das forças de oposição, se ouviu dos mesmos segmentos qualquer crítica. É uma estranha ética. Em sendo o Egito alinhado aos Estados Unidos, como foi no Brasil no Regime Militar, tudo era e é possível.
Creio que nos livros de história nas referencias a renúncia de Mubarak se falará como movimento popular da Praça Tahrir, respeitadas as proporções, como a queda da Bastilha na França.
Castro Alves, baiano e maior poeta brasileiro escreveu: A praça! A praça é do povo/Como o céu é do condor/É o antro onde a liberdade/Cria águas em seu calor/Senhor! pois quereis a prece?/Desgraçada a populaça/Só tem a rua de seu/Ninguém nos roube os castelos/Tendes palácios tão belos/Deixai a terra ao Anteu. Já Caetano Veloso parafraseando Castro Alves escreveu o Um Frevo Novo e inseriu: A Praça Castro Alves é do povo /Como o céu é do avião".
O que vai acontecer com o Egito só a história nos dirá.
0 11º MINISTRO. Finalmente a Presidente Dilma indicou o 11º Ministro do STF, o Min. Luiz Fux que compunha o STJ, já referendado pelo Senado Federal e que tomará posse no próximo mês de março. Temas relevantes para a sociedade brasileira agora serão decididos como a Lei do Ficha Lima, a convocação de suplentes de deputados e outros tantos que estão na fila.
CONVOCAÇÃO DE SUPLENTE. Enquanto a Minª Cármen Lúcia do STF deferiu liminar em mandados de segurança para garantir a posse de Suplentes de Partido, o Min. Celso de Mello, também do STF, no mandado de segurança impetrado por Zé da Pesca que pretendia a vaga de Mário Negromonte ocupada por Popó, não concedeu a liminar, mantendo a convocação de Popó, suplente da Coligação.
ENADE. O curso de Direito da UNEB, Campus Paulo Afonso, na avaliação do ENADE alcançou nota 5, a máxima. Parabéns aos corpos docente e dicente da Faculdade.
REVOLUÇÃO NA SAÚDE. Na entrevista de Aureliano, Secretário Municpal de Saúde, ao PANoticias se anunciou a meta de 30 leitos de UTI para Paulo Afonso. Isso acontecendo haverá uma revolução na saúde em Paulo Afonso já que nas situações emergenciais os pacientes são retirados para Aracajú, Salvador ou Recife. Enquanto isso o Hospital de Jeremoabo continua de mal a pior, entregue as moscas e o Prefeito que pretendia municipalizar o hospital recuou. Se é para manter o Hospital pelo Estado terá que haver mudanças para sustar o estado de anarquia reinante na unidade hospitalar. Nada como um Aureliano para Jeremoabo.
FRASE DA SEMANA. "Ninguém é grande nem pequeno neste mundo pela vida que leva, pomposa ou obscura. A categoria em que temos de classificar a importância dos homens deduz-se do valor dos atos que eles praticam, das ideias que difundem e dos sentimentos que comunicam aos seus semelhantes." Ramalho Ortigão.
Paulo Afonso, 12 de fevereiro de 2011.
Fernando Montalvao.
Titular do escritório Montalvão Advogados Associados.
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