RECIFE - Horas depois da tentativa frustrada da oposição de convocar a ministra da Casa Civil para depor na CPI dos Cartões Corporativos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comandou uma solenidade de desagravo a Dilma Rousseff, sob um sol escaldante no final da manhã de ontem, na periferia da capital pernambucana. No evento de anúncio de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a ministra recebeu honras de pré-candidata. Foi elogiada por outros ministros, distribuiu autógrafos e mandou beijinhos de longe.
A uma platéia de 3.500 pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar, o presidente fez ataques aos adversários e, ao lado de Dilma, afirmou que elegerá o sucessor na próxima eleição. "A oposição pensa que vai eleger o (meu) sucessor, mas pode tirar o cavalinho da chuva porque vamos fazer a sucessão para continuar governando este País", afirmou.
"Se alguém pensa que vai atrapalhar o projeto de desenvolvimento, pode saber que terá de lutar e trabalhar muito", afirmou. "Só fazendo discursos, não vai nos derrotar". Numa espécie de apresentação do Nordeste à ministra, Lula avisou que fará um tour pela região e depois percorrerá os demais estados do País.
"Meus adversários vão dizer: 'Ele está em campanha, está em campanha.' Não estou em campanha, não, porque não posso concorrer", disse. "Agora, se acham que vou ficar em Brasília ouvindo discursos, podem fazer quantos discursos quiserem, pois eu vou para a rua ouvir o povo, que eu ganho mais".
Calor
Lula fez um discurso tradicional. Lembrou da mãe, dona Lindu, disse que não tinha nem colchão forrado com capim em Garanhuns e lembrou das enchentes em São Paulo, para onde se mudou com a família em 1952. "Não me conte história ruim porque eu já vivi", disse."Já acordei com rato em cima da cama para não morrer afogado em época de chuva".
Depois de dizer que fez mais que o governo tucano, Lula deixou o palanque e foi abraçar simpatizantes. Deslocada, Dilma Rousseff ficou no mesmo local até ser chamada por um militante petista para autografar um boné. Ao se aproximar da multidão e do tumulto causado pelo presidente, a ministra foi questionada por um repórter se estava em campanha política.
"Não, meu filho, estou fazendo o PAC", respondeu. A uma pergunta se estava gostando do "clima" do Nordeste, Dilma, suando, disse que estava "um pouco quente". "Estou derretendo", completou, num surpreendente bom humor.
Chamada de mulher "arretada" pelo ministro Geddel Vieira Lima (Integração) e classificada como uma pessoa capacitada para tirar projetos do papel, segundo o governador Eduardo Campos (PSB), Dilma se esforçou para discursar para a comunidade do Jordão, um dos bairros mais pobres do Recife.
"Estamos trabalhando para que, em Pernambuco, nenhum candeeiro esteja aceso até 2010", disse a ministra, repetindo discurso tradicional do chefe dela nos grotões. Depois, ela usou a metáfora da locomotiva, para explicar os vários "vagões", isto é, os vários setores beneficiados pelo PAC.
A ministra, porém, evitou beijar crianças, prática política que faz parte do arsenal dos candidatos e que Lula nunca teve vergonha de assumir. Um teste de fogo para a ministra, segundo assessores que estavam na comitiva, foi o momento em que uma menina do bairro foi levada até o palco para cumprimentar o presidente.
Lula beijou a criança, que antes resistiu à idéia de adultos de levá-la até o palanque, sendo imitado pelo casal Eduardo e Renata Campos e outras autoridades. Dilma não beijou a menina e se limitou a um sorriso contido, sem se aproximar da criança.
O PT de Vitória de Santo Antão, cidade a 55 quilômetros do Recife, levou 350 pessoas com camisas de apoio ao presidente, usada na última campanha. "Brasil pede, fica Lula", destacava a inscrição. O kit petista incluía ainda bonés da Caixa Econômica Federal.
Fonte: Tribuna da Imprensa
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