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quarta-feira, novembro 30, 2022

Eduardo Bolsonaro insiste na farsa e publica foto sendo recebido pelo líder do Catar

Publicado em 30 de novembro de 2022 por Tribuna da Internet

Eduardo Bolsonaro e o líder do Qatar nesta terça-feira (29) - Foto: Reprodução/Instagram

Repare: o paletó foi emprestado e seu tamanho é bem menor

Deu em O Tempo

Nesta terça-feira, dia 29, O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou nas redes sociais fotos ao lado de Tamim bin Hamad bin Khalifa al-Thani, líder do Catar, país-sede da Copa do Mundo de 2022.

“Terno e sapato no estádio para encontrar com Sheik @TamimBinHamad,  líder do Qatar e anfitrião da copa. Super educado também. Por onde passo pode ter a certeza de que levo verdades sobre o Brasil”, escreveu Eduardo Bolsonaro.

Na segunda (28), o filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi filmado na arquibancada enquanto assistia ao jogo do Brasil contra a Suíça. Nesta terça-feira (29), o deputado alegou que foi ao Catar entregar pen drives sobre a “situação do Brasil”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O filho Zero Três não se emenda. Insiste na farsa, como se sua presença festiva na Copa, ao lado da mulher, seja uma mera coincidência durante viagem oficial ao Catar, e os ingressos não tivessem sido comprados antecipadamente, teriam sido um presente das autoridades. Aliás, o incansável parlamentar foi ao Catar para fazer mesmo o quê? Ora, para fazer nada…, ao invés de estar ao lado dos manifestantes que passam sufoco, mas continuam à frente dos quartéis em diversos pontos do país. Eduardo Bolsonaro é um Zero à esquerda. Alega que não pode ir aos quartéis para não vincular às manifestações antidemocráticas a imagem do pai, o Zero Zero, como se isso já não estivesse absolutamente comprovado. E o pior é que ainda há bolsonaristas que acreditam nele. Ou neles(C.N.)


As leis são feitas para os políticos, até o vereador fica difícil puni-lo.

 

Por: José Mário Varjão


O crime de concussão ocorre quando o servidor exige alguma coisa em razão de seu cargo. Por exemplo, fiscal que exige dinheiro para não aplicar uma multa.

Por princípio, favorecer um licitante em certame licitatório (limpeza pública, transporte de estudantes), para ganhar uma comissão sobre o valor a ser pago.

No peculato, o servidor tem acesso a bens ou valores, somente em razão de seu cargo, e valendo-se dessa facilidade, decide desviá-los ou ficar com eles.

Do crime de Peculato - a definição dessa categoria está relacionada ao furto, que é quando o servidor público furta algo para proveito próprio ou alheio, também por conta das facilidades do seu cargo. Então, por exemplo, se o funcionário subtrair um computador para si, ele está praticando o peculato-furto.

Do crime de corrupção - um funcionário que pede dinheiro para emitir um documento com informações falsas. Com isso, estará praticando corrupção passiva e outros crimes. Com esses exemplos, ocorre a corrupção de ambas as partes, daquele que paga e, também, da pessoa que recebe.

Se a corrupção ativa tem a ver com o ato de oferecer a compensação ilícita, então a modalidade passiva está relacionada com o ato de receber essa compensação. Esse tipo de corrupção é cometido pelo agente público corrompido.

Do crime de prevaricação - funcionário público que dificulte ou falte com os deveres de seu cargo, ou pratique atos de ofício, para atender interesses pessoais, comete crime de prevaricação.

Abaixo, veremos a conceituação das três formas pelas quais se incorre no crime de prevaricação:

– Retardar ato de ofício indevidamente. Esta é uma hipótese em que a omissão se faz presente;

– Deixar de realizar ato de ofício indevidamente;

– Praticar ato de ofício contrário à determinação expressa da lei.

Para o vereador temos o Decreto Lei nº 201/1967.

Art. 7º A Câmara poderá cassar o mandato de Vereador, quando:

I - Utilizar-se do mandato para a prática de atos de corrupção ou de improbidade administrativa;

II - Fixar residência fora do Município;


III - Proceder de modo incompatível com a dignidade, da Câmara ou faltar com o decoro na sua conduta pública.

§ 1º O processo de cassação de mandato de Vereador é, no que couber, o estabelecido no art. 5º deste decreto-lei.

Art. 8º Extingue-se o mandato do Vereador e assim será declarado pelo Presidente da Câmara, quando:

I - Ocorrer falecimento, renúncia por escrito, cassação dos direitos políticos ou condenação por crime funcional ou eleitoral;

II - Deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito pela Câmara, dentro do prazo estabelecido em lei;

III - deixar de comparecer, em cada sessão legislativa anual, à terça parte das sessões ordinárias da Câmara Municipal, salvo por motivo de doença comprovada, licença ou missão autorizada pela edilidade; ou, ainda, deixar de comparecer a cinco sessões extraordinárias convocadas pelo prefeito, por escrito e mediante recibo de recebimento, para apreciação de matéria urgente, assegurada ampla defesa, em ambos os casos.          (Redação dada pela Lei nº 6.793, de 13.06.1980)

IV - Incidir nos impedimentos para o exercício do mandato, estabelecidos em lei e não se desincompatibilizar até a posse, e, nos casos supervenientes, no prazo fixado em lei ou pela Câmara.

§ 1º Ocorrido e comprovado o ato ou fato extintivo, o Presidente da Câmara, na primeira sessão, comunicará ao plenário e fará constar da ata a declaração da extinção do mandato e convocará imediatamente o respectivo suplente.

§ 2º Se o Presidente da Câmara omitir-se nas providências no parágrafo anterior, o suplente do Vereador ou o Prefeito Municipal poderá requerer a declaração de extinção do mandato, por via judicial, e se procedente, o juiz condenará o Presidente omisso nas custas do processo e honorários de advogado que fixará de plano, importando a decisão judicial na destituição automática do cargo da Mesa e no impedimento para nova investidura durante toda a legislatura.

§ 3º O disposto no item III não se aplicará às sessões extraordinárias que forem convocadas pelo Prefeito, durante os períodos de recesso das Câmaras Municipais.          (Incluído pela Lei nº 5.659, de 8.6.1971).

Nota da redação deste Blog - Enquanto isso, o "FANTASMINHA DO AMOR" esnoba bancada pelo dinheiro do povo.

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Ciro Nogueira também vai ao Catar para Copa; saiba quais políticos foram




Políticos viajaram ao Catar para assistir nos estádios a Copa do Mundo

Além de Eduardo Bolsonaro, também foram ao país árabe Ciro Nogueira, Arthur Lira, Paulo Azi e José Rocha

Além do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), outros políticos deixaram Brasília (DF) e viajaram a Doha, capital do Catar, para a Copa do Mundo. Entre eles, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira;  o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL); e os deputados federais Paulo Azi (União-BA) e José Rocha (União-BA), além do vice-presidente do União Brasil, Antonio Rueda. Além de assistir aos jogos, Lira participou, ainda, de agendas políticas no Catar.

Nenhum deles publicou registros abertos no exterior nas redes sociais, com exceção de Azi, que publicou uma foto em frente a um estádio, mas a imagem não traz a localização como sendo do Catar. A esposa do deputado, no entanto, tem usado o Instagram para postar as fotos. Foi ela quem publicou uma selfie que mostra o marido, Ciro, Rueda e Rocha - este último informou, por meio de assessoria de imprensa, que comunicou viagem para assunstos particulares para se ausentar da Câmara dos Deputados.

O primeiro polítifco flagrado na Copa do Mundo foi Eduardo Bolsonaro, junto à esposa Heloísa, em uma transmissão da FIFA. O caso provocou críticas de apoiadores nas redes sociais. Desde o início do mundial, parte dos apoiadores do presidente tem pregado uma espécie de boicote ao torneio devido às manifestações em frente a quartéis do Exército pedindo intervenção militar e contra o resultado da eleição, que deu à vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL). Reação semelhante foi registrada nesta terça com a imagem de Ciro Nogueira.

Nesta terça-feira, Eduardo Bolsonaro disse tem entregado pen drives no Catar com explicações sobre a "situação do Brasil". 

O Tempo

Lula teme ‘oposição dura’ e resiste a aproximação com governadores

 





Presidente eleito Lula, do PT

Por Tiago Vasconcelos

O presidente eleito Lula (PT) vem demonstrando, em conversas reservadas, o temor da oposição que enfrentará, “muito dura”, inclusive se concordar em se reunir com governadores eleitos e reeleitos. O medo faz o petista continuar falando apenas a aliados, evitando aproximação com governadores que apoiaram o atual presidente, antes de sua posse em 1º de janeiro. Ao menos por enquanto ele não quer papo, nem cogita fazer gestos de aproximação com governadores eleitos ou reeleitos.

Tal e qual

Lula acha que seria tão criticado quanto Bolsonaro na reunião durante a pandemia quando governadores de oposição atacaram o presidente.

Temas a discutir

Os governadores têm uma lista alentada de temas a discutir com o futuro presidente, como o ICMS sobre combustíveis.

Nada a discutir

Lula criticou Bolsonaro pelas decisões que reduziram o preço dos combustíveis, agora se recusa a discutir o assunto com os governadores.

Receita afetada

Se as decisões de Bolsonaro derrubaram o preço dos combustíveis nas bombas, também afetaram a receita tributária dos Estados.

Entidade vê conluio de distribuidoras com Aneel

O setor de geração de energia solar fotovoltaica, que já investiu R$114,2 bilhões no Brasil sem um centavo de dinheiro público, anda impaciente com os sinais de “quase conluio” entre a agência reguladora Aneel e concessionárias de energia, na visão de Rodrigo Susteras, dirigente da Absolar, a associação de empresas do setor. Concessionárias ou distribuidoras fazem tudo para retardar projetos porque em 7 de janeiro entram em vigor regras que desestimulam investimento em energia solar.

Porque prejudicam

Quem protocolar projeto até o dia 7 fica na regra que prevê descontar na conta de luz cada kilowatt/hora que o cidadão gera e injeta na rede.

Pedágio do Sol

Depois do dia 7, parte da energia gerada pelo cidadão fica na rede como um “pedágio”, uma taxação do Sol, em benefício das distribuidoras.

Aneel nem aí

Susteras relatou à Rádio Bandeirantes que a Aneel não dá a mínima ao consumidor. E não aplica qualquer penalidade às distribuidoras.

Tutti buona gente

Levantamento preliminar mostra que há quase setenta investigados por crimes de corrupção e correlatos, na equipe de transição do governo. Gente que foi presa, sofreu buscas, cumpriu pena ou continua impune.

Jogada esperta

Lula usa uma velha jogada: mandou protocolar a PEC da Transição para “botar o bode na sala” e servir de roteiro nas tratativas com o Congresso. E nada impede que o texto venha a ser canibalizado nas negociações.

Briga de foice

Maurício Tomalsquim é o preferido de Lula para o Ministério de Minas e Energia, mas sofre rejeição no grupo de trabalho na Transição. O serpentário petista quer o senador Jean Paul Prates (PT-RN), proibido pela Lei das Estatais de assumir a presidência da Petrobras.

Processo deve ter

A expectativa em Brasília é que o ministro Nunes Marques acolha a representação de Bolsonaro contra Lula e Gleisi Hoffmann, por ataques à sua honra. Difícil mesmo será o tribunal condenar os acusados.

Admitiu o ex-ministro Nelson Barbosa, da equipe de transição do PT, sobre a PEC Fura-Teto

É só virar casaca

A solução para o futuro governo garantir R$175 bilhões/ano para bancar promessas de Lula deveria ser simples: copiar a fórmula do governo Bolsonaro e usar os dividendos de estatais e a receita com privatizações.

Está definido

A posse de Messod Azulay Neto e Paulo Sérgio Domingues como ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), dia 6, não completa a Corte. A vaga de Felix Fischer só será preenchida em 2023.

Gente ordinária

A Copa do Mundo consagra craques como Richarlison, pelos gols que fez, ou Neymar, pela falta que faz. E muita gente ordinária que, por razões ideológicas, comemora a contusão do nosso maior craque.

Fisiologismo, o retorno

A reunião da Transição com o MDB, até há pouco um “partido golpista”, confirma uma velha regra de Brasília: manda quem tem a caneta. E a cúpula desse partido, como todos os demais aliados, tem sede de tinta.

Pensando bem...

...pelo andar da carruagem, “nome técnico” na Esplanada, no futuro governo, será apenas coisa de futebol. 

Diário do Poder

E orçamento secreto?




Por Carlos Andreazza (foto)

É preciso lembrar que o orçamento secreto não acabou. Não acabou com a derrota eleitoral de Jair Bolsonaro. Por que vai subitamente esquecido? Não ficou de repente menos grave. Não pode haver se tornado, de ontem para hoje, admissível. Criado por Bolsonaro, a própria assinatura no contrato que pactuou a sociedade entre o governo e o consórcio parlamentar que tinha em Ciro Nogueira, senador feito ministro, o embaixador, o orçamento secreto não acabou.

Está aí. Nunca tão influente. Adensando-se no ocaso do governo. Tornando-se incontornável para a ascensão do próximo.

O orçamento secreto. Um dos grandes vencedores da eleição, sob as barbas do Supremo Tribunal Federal (STF). O maior vencedor do primeiro turno, impondo-se aos cálculos políticos — sim, temos isso — de nossa Corte constitucional. Grande vitorioso e também grande eleitor. O orçamento secreto. Reelegeu-se, como sistema de controle de poder concentrado, e reelegeu o Parlamento. Reelegeu o esquema autoritário que reelegerá Arthur Lira presidente da Câmara.

O orçamento secreto. A distribuição de bilhões de dinheiros públicos nas mãos de pouquíssimos — Rodrigo Pacheco incluído. Distribuição de bilhões sob indicação obscura de patronos apadrinhados pelos senhores do Congresso — definição, ao mesmo tempo, de compra de votos no Parlamento e na ponta e de péssima qualidade no gasto público. Grana que chega ao município, elege desequilibrando as disputas e estabelece os feudos, não gera obra permanente, apenas empresas, inaugurações e fotos; e não raro se derrama na modalidade propina.

Está aí. Enraizado. O orçamento secreto. Agente oculto — mais ou menos oculto — que condicionará o regime, o grau de emagrecimento, da PEC da Transição. Vem dando as cartas. Dita o ritmo das negociações e dá estatura imperial a Lira. Será, tudo mais constante, instrumento de governabilidade para Lula. Ser-lhe-ia compulsoriamente, houvesse resistência. Será — o mundo real se impõe — ferramenta incorporada pelo novo governo, talvez para que se firme sociedade como aquela que comprou para Bolsonaro a PEC Kamikaze.

Será, se o Supremo não agir. Não há mais — não a esta altura — como desmontar o bicho, senão sob a declaração de sua óbvia inconstitucionalidade. A emenda do relator, frontispício para o exercício do orçamento secreto, é multiplamente inconstitucional. O STF tem de matar o mecanismo que hoje — muito mais que quaisquer fake news — depaupera, desestabiliza, a República.

Bolsonaro foi competitivo — e poderia ter vencido a eleição — não por efeito de gabinete do ódio, mas como consequência da derrama contratada pelo orçamento secreto. O STF tem de agir, ou nem o tribunal será capaz de fulminar o monstro. E que não nos venham os ministros com modulações. Com jeitinhos. A armadilha da acomodação — para que a coisa permaneça — está posta. Discurso ensaiado; para que se finjam mudanças, ajustes cosméticos, que não tocarão no fundamento antirrepublicano do vício.

A armadilha: concentrar o enfrentamento no caráter secreto do troço, atacar somente a falta de transparência, ignorando — deixando passar incólume — a gravidade imensamente maior de o dispositivo consistir em gestão para que os donos do Congresso distribuam exclusivamente aos seus, por ano, cerca de R$ 20 bilhões do Orçamento da União.

Aliás, em matéria de transparência, o Parlamento já deu — sinto muito — uma banana ao Supremo, atropelado, desmoralizado mesmo, quando colheu por resposta a uma determinação sua, por publicidade, a criação, pelo Congresso, de novas fachadas para dificultar a identificação dos padrinhos das emendas. Esculacho.

Até hoje o comando das casas parlamentares não entregou — desrespeitando ordem do STF — uma lista completa com os deputados e senadores que indicaram verbas via orçamento secreto. Ao contrário, criaram a figura do tal usuário externo, a formalização do laranja na destinação de dinheiros públicos. Esculacho.

O que espera o STF?

Qual o cálculo político — ai, ai — de agora no Supremo? Esperarão que se vote a Lei Orçamentária Anual, em que vai contido o orçamento secreto, para só então se mexer? Esperarão que a coisa ganhe mais um ano de formalização, mais uma camada de complexidade, para cuidar dessa perversão?

Sinceramente, o que produz hoje o Supremo senão palco para a onipresença de Alexandre de Moraes?

Que não se tenha dúvida: a maneira de o STF dar respostas consistentes à sociedade desconfiada — descrente da tessitura institucional — está em se esvaziar dos ímpetos monocráticos e enfrentar matérias constitucionais em sua forma plenária. A bola está quicando.

Há quanto o tribunal não dirige um julgamento de grande tema constitucional em seu colegiado? Está na hora. Que seja para se expressar impessoalmente contra o orçamento secreto. A República agradecerá, embora não seja favor.

O Globo

Eutanásia: sabemos como começa, não sabemos como termina.




Queiramos ou não, abrir a porta à Eutanásia conduz-nos inevitavelmente à tentação de valorizar alguns, descartando outros. 

Por Raquel Abecasis (foto)

Há coisas na vida que a vida desconhece. E a primeira delas é a origem da vida, o seu curso e o seu fim. É por isso que entendo que decidir sobre a nossa vida ou a vida dos outros é algo que nos deve estar vedado. Decidir sobre o que nos foi dado de mais precioso e que em grande parte desconhecemos é, no mínimo, brincar com o fogo.

Numa época em que discutimos a sustentabilidade e o destino do planeta. Em que nos preocupamos com direitos humanos e inclusão, defendendo que todos devemos ser respeitados tal como somos, porque todas as vidas podem e devem ser respeitadas, é anacrónico avançarmos para legislar sobre um suposto direito que não nos pertence: o direito de dar ou tirar a vida, o direito de decidir sobre a utilidade do tempo de vida que, insisto, não depende da nossa decisão, mas de fatores que não controlamos.

Portugal é um país pobre e desigual. Cada vez mais pobre e cada vez mais desigual. Todos os dias nos chegam indicadores de como estamos mais dependentes de ajudas externas e mais incapazes de dar resposta aos nossos problemas. Dos mais básicos (como o acesso à saúde), aos mais complexos (como criar condições para que este país se desenvolva economicamente). É num país assim, com quarenta por cento da população em situação de pobreza, que nos preparamos para abrir uma porta enganadora. Em que a antecipação do final da vida pode facilmente surgir como a solução mais fácil para os próprios ou para terceiros.

Bem sei que a lei da Eutanásia que se prepara para ser aprovada no Parlamento é uma lei supostamente cautelosa e restritiva. Mas também sei, e é fácil comprovar (basta estudar os exemplos onde esta lei está em vigor, como a Bélgica ou a Holanda), que o que começa com pequenos passos, rapidamente evolui para outros caminhos. Até porque haverá sempre outros grupos, que não serão abrangidos por esta primeira versão da lei, que exigirão os seus direitos mais tarde ou mais cedo.

A Eutanásia está para uma sociedade, como a utilização de armas atómicas está para o mundo: sabemos como começa, desconhecemos por completo como termina. Sabemos apenas que termina mal, muito mal, sem que haja uma previsão de quem se salva e como se salva.

Tenho fé e a certeza de que a vida é sagrada, seja em que estádio for do seu desenvolvimento. Mas acho que não é preciso ter fé para reconhecer que a vida não é um bem que esteja ao nosso dispor, por isso mesmo o direito à vida é um direito protegido constitucionalmente nos quatro cantos do mundo.

Esta semana, os defensores das grandes causas modernas da atualidade, em nome dos direitos humanos, vão aprovar uma lei que põe em causa o principal direito humano consagrado internacionalmente: o direito à vida. Entendo que na fúria de garantirem todos os direitos e todas as liberdades, os promotores desta lei estejam convencidos que estão a dar mais um passo em direção a uma sociedade de progresso. Tenho pena que a sua sede progressista os impeça de estudar a sério o que se está a passar nos países, raros, em que esta lei está em vigor. Se o fizessem perceberiam rapidamente que esta lei é inibidora da liberdade de muitos e contribui para uma sociedade em que a vida é cada vez mais avaliada pela sua utilidade aparente, deixando de fora todos os que não encaixam nesse cliché. Queiramos ou não, abrir a porta à Eutanásia conduz-nos inevitavelmente à tentação de valorizar alguns, descartando outros.

PS: A revolta dos papéis brancos que por estes dias se desenvolve na China prova como, por mais elaborados que sejam os sistemas políticos, não é possível controlar o homem e a sua liberdade. Na mesma altura em que Xi Jinping se autoconsagra líder eterno dos chineses, contra todas as expetativas e arriscando a própria vida, milhares de chineses fazem ouvir a sua revolta contra um sistema que os quer controlados e fechados em casa.

Não sei o que será o desfecho desta revolta. Talvez acabe com acontecimentos trágicos como os da praça Tiananmen em 1989. Mas o que os protestos do povo chinês nos dizem é que a liberdade humana é um valor pelo qual o homem está disponível a dar a vida. Do outro lado estão os que preferem tirar a vida para manter o poder.

Observador (PT)

PT quer afastamento de militar que disse que Lula não tomará posse

Quarta-Feira, 30/11/2022 - 08h20

Por Cézar Feitoza | Folhapress

Imagem sobre PT quer afastamento de militar que disse que Lula não tomará posse
Foto: Reprodução

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) afirmou nesta terça-feira (29) que vai pedir o afastamento do militar lotado no GSI (Gabinete de Segurança Institucional) que participou dos atos antidemocráticos em frente ao QG do Exército e afirmou que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não tomará posse em janeiro.

 

"Temos aqui pelo menos dois problemas: incitação ao crime e crime contra as instituições eleitorais. Por isso, além do afastamento, vamos pedir também a investigação desse militar."

 

O pedido foi feito ao STF (Supremo Tribunal Federal) na noite de terça em nome de Teixeira e dos deputados petistas Reginaldo Lopes, Henrique Fontana e Alencar Santana.

 

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"A distopia que vivencia o representado e os apoiadores do atual presidente, que se negam ao reconhecimento da validade do processo eleitoral e de seu resultado, flerta com a defesa de regime autoritário na condução do país, semeia ódio e a violência, subjugando adversários como se inimigos fossem", diz trecho da representação.

 

Além do afastamento do militar, os parlamentares pedem ao STF que ele tenha o porte ou posse de arma suspenso e as redes sociais bloqueadas.

 

Os petistas também entraram com requerimentos de convocação para o ministro do GSI, Augusto Heleno, prestar esclarecimentos sobre o caso em comissões da Câmara.

 

Flávio Dino (PSB), senador eleito e principal cotado para o Ministério da Justiça, afirmou que a conduta do militar é "flagrantemente ilegal". "Não é possível o militar da ativa ter nenhum tipo de envolvimento político, ainda mais cometendo um crime contra o Estado democrático de Direito."

 

"Até o dia 31 de dezembro deste ano nós temos um governo funcionando segundo os critérios deles, e nós respeitamos isso. Porém, é claro, do mesmo modo que a partir do dia 1ª de janeiro a conduta é uma só. A conduta que a equipe de transição sugere para este assunto e para outros assuntos similares é de despolitização, desideologização das instituições armadas do Estado", completou Dino.

 

Como a Folha de S.Paulo mostrou, o primeiro-sargento da Marinha Ronaldo Ribeiro Travassos enviou áudios e vídeos em um grupo de mensagens incentivando a participação de militares e integrantes do GSI nas manifestações que pedem um golpe das Forças Armadas.

 

Nas mensagens, Travassos ainda faz ameaças e defende o assassinato de eleitores de Lula.

 

"Estevão, apagou por quê? É isso mesmo, tem um monte de colega omisso. Tem gente aqui nesse grupo, tem grupo de fora, meu prédio tem 17 moradores, dos 17, seis fazem o L. Nós precisamos saber quem é quem, porque a guerra civil vai rolar", afirma.

 

Após a citação à suposta guerra civil, Travassos afirma que defenderia qualquer patriota, como os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) se autointitulam, mas daria um tiro na cabeça do próprio irmão se ele fizesse o L -gesto característico dos eleitores de Lula.

 

"Não tô falando isso de brincadeirinha, não, é sério. Quem faz o L é terrorista. Tem que morrer mesmo, ou mudar ou morrer, porque não tem jeito uma pessoa dessa", diz ele.

 

O GSI tem, por atribuição, cuidar da segurança do presidente da República. Hoje, a pasta é comandada pelo ministro Augusto Heleno, general da reserva e amigo pessoal de Bolsonaro.

 

A equipe de transição estuda se manterá a pasta com status de ministério ou se rebaixa o órgão e o deixa subordinado a outro ministro palaciano. O principal cotado para assumir a chefia do GSI é o general Gonçalves Dias.

 

Sobre a participação de Travassos nos atos antidemocráticos, a pasta disse, em nota, que não é sua competência "autorizar servidores para que participem de qualquer tipo de manifestação" e que "as supostas declarações demandadas são de responsabilidade do autor em atividade pessoal fora do expediente".

 

A Marinha foi questionada pela reportagem se vai tomar alguma providência a respeito do primeiro-sargento, mas não respondeu.

 

Os vídeos e áudios de Travassos foram divulgados em um momento em que a equipe da transição vê com ressalvas a atuação do GSI.

 

Além de expulsar integrantes da pasta de Augusto Heleno na sede da transição, no CCBB de Brasília, a equipe de Lula quer reduzir as funções do ministério na segurança da posse, em 1º de janeiro.

 

Aliados de Lula chegaram a sugerir que a pasta sequer participasse da segurança da posse do presidente eleito, mas integrantes da PF (Polícia Federal) e Secretaria de Segurança Pública do DF tentam achar uma saída que seja menos drástica.

 

A avaliação é que o GSI e o Exército precisam participar da segurança da posse, mesmo que a coordenação seja dividida com a Polícia Federal, já que a pasta será responsável por acompanhar o presidente petista a partir de 1º de janeiro.

Bahia Notícias

'Bolsonaro não vai deixar vocês na mão', diz Valdemar a bolsonaristas após jantar do PL


Por Marianna Holanda | Folhapress

Imagem sobre 'Bolsonaro não vai deixar vocês na mão', diz Valdemar a bolsonaristas após jantar do PL
Foto: Arquivo / Agência Brasil

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse nesta terça-feira (29) a apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que o mandatário é homem e que não vai deixá-los na mão.
 

A declaração foi dada a bolsonaristas que se reuniram em frente ao local no qual ocorria um jantar do PL, em Brasília, com a presença de Bolsonaro e mais de uma centena de parlamentares.
 

"Vocês podem ter certeza que o Bolsonaro vai dar uma resposta a vocês. Bolsonaro é homem. Pode ter certeza que ele não vai deixar vocês na mão", disse Valdemar a um apoiador.
 

O homem estava se queixando do resultado das eleições, dizendo que "o ladrão não vai subir a rampa", em referência ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
 

Bolsonaristas se reúnem desde o fim das eleições em frente a quarteis generais pelo país pedindo um golpe militar que impeça a posse do petista. Lula será diplomado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no próximo dia 12.
 

Valdemar disse que Bolsonaro vai animá-los, mas não deu detalhes sobre como o chefe do Executivo daria uma resposta aos seus apoiadores descontentes com o resultado das urnas.
 

O PL já questionou, sem provas, o resultado das urnas no TSE. O presidente da corte, Alexandre de Moraes, negou a ação do partido que visava invalidar votos depositados em parte das urnas no segundo turno das eleições.
 

Ele aplicou uma multa no valor de R$ 22.991.544,60 ao partido por litigância de má-fé. Determinou ainda o bloqueio dos fundos partidários das três legendas até o pagamento da penalidade imposta. Valdemar disse que vai recorrer.
 

O dirigente partidário disse ainda que o presidente deve voltar a falar com apoiadores. Desde sua derrota no pleito presidencial deste ano, Bolsonaro tem se isolado no Palácio da Alvorada. Não abriu mais o chamado cercadinho para apoiadores nem fez transmissão em redes sociais.
 

"Ele melhorou muito da semana passada para essa semana. E a cara dele? Eu só o convidei por causa disso. Fui no Palácio, vi a cara dele e disse: "Ué, o que aconteceu?". Ele está bem, está bem, está animado. Se levantou, passou o baque."
 

"Nós não esperávamos que acontecesse esse resultado e aí agora ele se recuperou. E vamos ver como ele vai se comportar, ele vai querer falar com esse pessoal que está na rua", afirmou a jornalistas.
 

De acordo com o presidente do PL, na próxima semana, o partido deve oficializar o apoio à candidatura à presidência do Senado de Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do Desenvolvimento Regional.
 

O senador eleito também participou do encontro nesta terça. "[É uma reunião] para anúncio do nome para ver se temos condições de ir para frente", disse.
 

Marinho, se oficializado, disputará o comando da Casa contra Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em sua reeleição. Este, por sua vez, é o candidato do presidente eleito, Lula.
 

O presidente do PL reforçou ainda que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), terá o apoio do partido na Casa, e que tem o compromisso de apoiar um nome do PL no Senado.
 

"Lira tem o acordo de apoiar", disse Valdemar. A contrapartida, segundo o dirigente, é de o deputado garantir o comando da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) para o PL ou a relatoria do Orçamento.
 

O jantar do PL foi o segundo evento com a participação do chefe do Executivo desde sua derrota. Ele não falou com a dezena de apoiadores que se reuniu em frente ao local.
 

Os apoiadores, contudo, hostilizaram Arthur Lira quando ele chegou. Chamaram-no de "omisso" e "traidor da pátria". Ao deixar o local, Lira foi apenas questionado sobre seu posicionamento acerca dos atos em frente aos QGs.
 

Ele não respondeu às provocações. Na sua saída, estava acompanhado da deputada Carla Zambelli (PL-SP).

Bahia Notícias

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