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terça-feira, junho 15, 2021

Níveis dos reservatórios não podem ser mudados por lei ou por decreto de Bolsonaro


Medida dá mais autoridade ao Ministério de Minas e Energia

Pedro do Coutto

Reportagem de Manoel Ventura, O Globo desta segunda-feira, revela que o governo deve editar Medida Provisória que tira poderes da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Ibama na gestão dos reservatórios de usinas hidrelétricas.

Os reservatórios inspiram atenção extrema pois registram mínimos históricos e as usinas não podem operar com um nível inferior a 10%. É muito arriscado. O presidente da República deve ouvir a opinião de técnicos do setor antes de tomar providências administrativas. Sobretudo porque medida no papel não resolve o problema.

DELÍRIO POLÍTICO – Se o decreto ou uma lei pudesse mudar a realidade não haveria problemas no mundo. Não adianta mudar o critério de julgamento retirando dos órgãos gestores o poder de decisão, transferindo-o ao Ministério de Minas e Energia e, acreditando, segundo um delírio político, que tal ação pudesse solucionar a questão.

Isso de um lado. De outro, ao transferir os poderes na operação citada, o governo estaria supondo que os órgãos que hoje estão encarregados pela medida não são competentes em um momento de escassez de chuvas nas áreas em que estão instaladas as usinas hidrelétricas.

O governo terá que se deslocar para uma medida mais racional, acionando termelétricas, aumentando os custos da energia. Mas o problema é também de risco. Porque operar usinas com reservatórios com níveis arriscados será transferir esse risco a toda sociedade que não pode estar à mercê de um poder administrativo eventual. 

CÂMARA – O governo está pensando também em criar uma Câmara destinada a opinar sobre assuntos hídricos, formada, segundo a reportagem, pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e pelos  ministros da Casa Civil, do Desenvolvimento Regional, do Meio Ambiente e da Infraestrutura, a Advocacia-Geral da União e dirigentes máximos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da ANA, do Ibama, do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da Empresa de Pesquisa Energética.

Como se vê, vários cargos se acumulariam para resolver um problema fora da alçada de apreciação técnica. Mais uma atitude que reflete o descaminho do governo que aceita tudo em matéria de teoria. É necessária uma revisão de tal iniciativa, sob pena do governo cair em um absurdo maior do que o já se encontra. As indústrias têm motivo para preocupação, a exemplo do comércio e o setor de serviços. Enquanto isso, a população aguarda mais essa resposta de um governo que só contribui para aprofundar a crise. Não é por decreto ou por lei que a realidade pode ser mudada e a história universal tem exemplos em série sobre essa questão.

TERCEIRA FORÇA – Os jornais de segunda-feira colocaram em destaque a procura de um novo candidato, terceira força eleitoral, para disputar a sucessão marcada para outubro de 2022. Está difícil surgir um nome, talvez até pela impossibilidade de que se reveste a questão. É preciso que o terceiro candidato tenha ao menos alguma força para decolar rumo ao Planalto através das urnas democráticas.

No momento, o quadro está balizado: Jair Bolsonaro de um lado e o ex-presidente Lula de outro. O PDT decidiu se empenha junto a Ciro Gomes, possível candidato da legenda, para que ele não amplie seus ataques a Lula. O PDT age em função de um possível segundo turno colocando em confronto Ciro e Bolsonaro. Mas o confronto inicial de Bolsonaro não é exatamente contra Bolsonaro, mas contra Lula.

Ciro só decolaria nos grupos de esquerda com o apoio de Lula. O impasse continua e o caminho das urnas tem um seta apontando para Bolsonaro e outra para Lula da Silva. As urnas decidirão qual será o caminho.

Jair Bolsonaro atua como “o cupim do Planalto”, corroendo os pilares da democracia


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Charge do Duke (O Tempo)

Bernardo Mello Franco
O Globo

Ao promulgar a Constituição de 1988, Ulysses Guimarães disse que a corrupção era o “cupim da República”. O Senhor Diretas não conhecia Jair Bolsonaro, na época um obscuro candidato a vereador.

Três décadas depois daquele discurso, o capitão se tornou presidente. Eleito pelo voto, exerce o poder como um cupim da democracia. Corrói suas instituições por dentro, como insetos que devoram um armário lentamente até levá-lo ao chão.

ROENDO A DEMOCRACIA – Em dois anos e meio, o cupim Bolsonaro já roeu parte dos pilares do edifício erguido pelos constituintes. Aparelhou os órgãos de controle, danificou o sistema de freios e contrapesos, corrompeu a confiança no sistema eleitoral.

Em sua marcha autoritária, o capitão domesticou a Polícia Federal, a Receita e a Abin. Subjugou o Exército para proteger um general de estimação. Transformou o Ministério da Justiça numa usina de processos contra adversários políticos. Estimulou grupos extremistas a pregarem o golpe e o fechamento do Supremo.

O projeto de desconstrução envolve a captura de órgãos públicos para atuarem na contramão de suas missões institucionais. O Ministério do Meio Ambiente virou bunker de aliados do desmatamento. A Fundação Palmares, criada para promover a igualdade racial, foi entregue a um provocador que nega a existência de racismo no país.

APARATOS CLANDESTINOS – Ao mesmo tempo em que desmancha estruturas do Estado, Bolsonaro monta aparatos clandestinos para defender seus interesses. A rede reproduz a lógica da milícia. Atua à margem das instituições e abaixo do radar de quem deve fiscalizá-las.

Assim surgiu o orçamento secreto, que reservou bilhões de reais para a barganha de apoio parlamentar. Assim opera o gabinete do ódio, que difama e persegue críticos do governo. O grupo se camufla atrás de robôs e perfis falsos para disparar mensagens que não podem aparecer na comunicação oficial.

A CPI da Covid revelou outra estrutura subterrânea: o gabinete paralelo que sabotou o combate à pandemia. O conselho de negacionistas ajudou a derrubar dois ministros da Saúde. Estimulou o boicote às vacinas e a distribuição de remédios sem eficácia contra o coronavírus.

COMUNISMO E CORRUPÇÃO – A exemplo de outros demagogos, o presidente se apoia na retórica contra o comunismo e a corrupção. “Não temos nada no tocante à corrupção no governo, nada”, repetiu, na quinta-feira. Para seus seguidores fanáticos, não importa que os fatos indiquem o contrário.

O primeiro-filho comprou uma mansão de R$ 6 milhões. A primeira-dama recebeu depósitos sem explicação. O ministro do Meio Ambiente é investigado por suspeita de facilitar o contrabando. O ex-secretário de Comunicação responde a inquérito por negócios com empresas que receberam verba federal.

Nos últimos dias, documentos enviados à CPI mostraram que Bolsonaro atuou pessoalmente como lobista de laboratórios que fabricam cloroquina. Se seguir o caminho do dinheiro, a comissão pode virar um inseticida contra o cupim do Planalto.

Um prefeito incompetente e vereadores omissos poderá levar qualquer município ao fundo do poço

Vereador Guido denuncia malversação de recursos na gestão do ex-prefeito Maurino

Documentos revelam que um só veículo consumiu 1.200 litros de combustível em apenas um dia do final do governo
Vereador Guido denuncia malversação de recursos na gestão do ex-prefeito Maurino

Durante sessão ordinária desta terça-feira, 30, o vereador Guido Mutran Júnior, o Guidinho, apresentou em Plenário da Câmara Municipal de Marabá um dossiê prévio do governo Maurino, em que revela, entre outras coisas, que o consumo fictício de combustível era muito grande na Secretaria Municipal de Obras.

Guido justificou que ao assumir o cargo de vereador, como suplente, cuidou de colher subsídios na prefeitura para confirmar, ou não, malversação de dinheiro público municipal. “Estamos mexendo na Secretaria de Obras e ainda vamos mexer na educação porque há suspeitas de que houve irregularidades construções, reformas, compras, entre outros fatos”.

Ele apontou também que em 2012 houve consumo fictício de combustíveis, principalmente óleo diesel, conforme planilha da Secretaria Municipal de Obras a que ele teve acesso. “Apenas por amostragem, podemos identificar que somente um veículo consumiu em apenas um dia mais de mil litros de óleo diesel, o que é um absurdo”, avalia.

Guido também revelou em relatório sucinto entregue a cada um dos vereadores que, mesmo quando os salários dos servidores estavam em atraso, em dezembro, o município pagou valores altíssimos à White Tratores, Serviços e Comércio Ltda (empresa de Canaã dos Carajás), pela suposta execução de serviços de terraplanagem. “No entanto, pelo montante pago, não conseguimos identificar onde foram efetuados os serviços de terraplanagem, pelo que, acredita-se, a totalidade ou parte dos serviços contratados tenham sido fictícios”, avalia.

Outros problemas apontados por Guido em relação ao governo de Salame dizem respeito à dívida de R$ 12 milhões com o Ipasemar; débito de R$ 72 milhões para com fornecedores do município; dívida com Vale-alimentação no valor de R$ 8,5 milhões; e R$ 79 mil com o VT Card.

A vereadora Vanda Américo parabenizou Guido pelas denúncias, mas ressalvou que ela e outros vereadores haviam feito praticamente as mesmas denúncias na legislatura passada, inclusive ao Ministério Público Estadual e Federal.

A vereadora Antônia Carvalho, a Toinha do PT, reconhece a gravidade das denúncias e diz que o Judiciário também é culpado pelos problemas, por não ter dado uma resposta a tempo para a sociedade em relação aos fatos que ela ajudou a denunciar, entre eles linhas fantasmas no transporte escolar municipal.

A vereadora Júlia Rosa, presidente da Câmara, considerou legítima a representação de Guido, mas ressalvou que nem todos os vereadores foram omissos na legislatura passada, tendo quatro vereadores tentado abrir duas CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), mas que não houve posicionamento firme de todos os legisladores da época. “Esse Poder precisa ser mais atuante e os erros do passado não podem ser repetidos. Além disso, ele foi cassado por esta Câmara e isso não pode ser esquecido”, ressalvou.

No mesmo dia, Guido e a vereadora Vanda Américo foram ao Ministério Público Estadual, onde entregaram ao promotor Júlio César Costa, da 11ª Promotoria Cível da Comarca de Marabá, o dossiê contendo todas as informações levantadas até agora sobre o governo de Maurino Magalhães.

http://maraba.pa.leg.br/ 

Nota da redação deste Blog - "Tenho convicção que Vereadores são muito bem pagos pelo povo, não é para 'acobertar' o prefeito e sim fiscalizar e cobrar do mesmo, conclusão de obras que estão inacabadas, ações em beneficio dos menos favorecidos, cobrar os salários dos funcionários que estão atrasados e aprovar leis que venham beneficiar a população como um todo e não os interesses pessoais de uma minoria".

Publiquei a matéria acima para que sirva de exemplo  aos vereadores de Jeremoabo principalmente da oposição, que para cumprir com sua obrigação de fiscalizar não depende de ninguém, apenas da sua vontade e do seu direito de agir representando o povo.

Lembrei-me do Vereador Bino e mais um ou dois vereadores, que há dias atrás denunciaram o superfaturamento na aquisição das TILÁPIAS para distribuir entre o " cidadão carente" de Jeremoabo.

A pergunta que faço é: qual o motivo de até a presente data não haver denunciado ao Ministério Público?

O massacre da pousada de Salvador já denunciaram?

Se os demais não querem  cumprir seu dever fiscalizando e denunciado, que siga o exemplo desse seu  colega  vereador.




Lewandowski mantém quebra de sigilo de médico por tentar mudar a bula da cloroquina

por Mônica Bergamo | Folhapress

Lewandowski mantém quebra de sigilo de médico por tentar mudar a bula da cloroquina
Foto: Nelson Jr./STF

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido do anestesista Luciano Dias Azevedo para suspender decisão da CPI da Covid de quebrar o sigilo telefônico e telemático do médico.
 

Luciano é um dos médicos mais influentes entre defensores do tratamento precoce contra a Covid-19. Em depoimento à CPI, a médica defensora da cloroquina e conselheira de Bolsonaro Nise Yamaguchi afirmou que partiu de Azevedo a elaboração de uma minuta de decreto para ampliar o uso da hidroxicloroquina.
 

"Em face do exposto, indefiro o pedido de concessão de liminar, com as ressalvas acima delineadas quanto ao trato de documentos confidenciais, bem como à proteção de dados de natureza eminentemente privada de terceiras pessoas e do impetrante, em especial aqueles decorren?tes da relação deste, como profissional da medicina, com seus pacientes, os quais deverão permanecer cobertos por rigoroso sigilo, sob as penas da lei, visto que constituem matéria estranha ao objeto da investigação paramentar em questão", diz Lewandowski na decisão.
 

Na semana passada, os senadores da CPI aprovaram a quebra de sigilo telefônico e telemático dos ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e de integrantes do chamado "gabinete paralelo", estrutura de aconselhamento do presidente Jair Bolsonaro para temas ligados à pandemia e com defesa de teses negacionistas.
 

As quebras de sigilo telefônicos e telemáticos possibilitam que os senadores tenham acesso aos registros de conversas telefônicas, aos conteúdos de mensagens trocadas por aplicativos de mensagens, ao histórico de pesquisas na internet e eventualmente à localização dos personagens que tenham sido registradas em aplicativos de localização (como Google Maps), entre outras informações.

Bahia Notícias

Rodrigo Maia volta a criticar ACM Neto após ser expulso do DEM: 'O partido diminuiu

 

Rodrigo Maia volta a criticar ACM Neto após ser expulso do DEM: 'O partido diminuiu'
Foto: Najara Araújo/ Câmara dos Deputados

O deputado federal e ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), rechaçou a decisão do Democratas de expulsá-lo. Nesta segunda-feira (14), a Executiva Nacional do partido decidiu, de forma unânime, excluí-lo dos quadros da legenda (veja aqui), atitude que é decorrente de meses de brigas e trocas de acusações entre ele e o presidente nacional do DEM, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto.

 

No Twitter, ainda na noite de ontem, Maia lamentou "o caminho imposto por Torquemada para o partido". "O presidente Torquemada Neto, usando o seu poder para tentar calar as merecidas críticas à sua gestão, tomou essa decisão", atacou, se referindo ao baiano.

 

"Não só por isso, mas também pela sua deslealdade e falta de caráter, pedi a minha desfiliação. O partido diminuiu. Virou moeda de troca junto ao governo Bolsonaro. Agora é virar a página e juntar forças para um projeto de desenvolvimento do Brasil e em prol dos brasileiros", acrescentou em um segundo post. Por ter sido expulso, Maia perdeu a legenda, mas não o mandato, então continuará como deputado federal. 

 

Ele e Neto romperam a amizade de longa data após o ex-prefeito da capital baiana liberar a bancada do DEM para votar de forma livre na eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, no início do ano. A medida favoreceu Arthur Lira (PP-AL), candidato do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que saiu vitorioso no pleito. Já Maia, que mantém um discurso de oposição ao presidente da República, trabalhou pela eleição do deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) e terminou desprestigiado com a articulação de Neto.

Bahia Notícias

Remoção de seguidores de bolsonaristas no Twitter vira combustível para decreto


por Mateus Vargas | Folhapress

Remoção de seguidores de bolsonaristas no Twitter vira combustível para decreto
Foto: Michel Jesus/ Câmara dos Deputados

Após a remoção de milhares de contas do Twitter, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e membros do governo passaram a cobrar a publicação de decreto que limita a atuação das redes sociais, considerado ilegal por especialistas.

 

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) reclamou nesta segunda-feira (14) que perdeu mais de 15 mil seguidores, "sem qualquer explicação", e disse que o governo precisa urgentemente colocar em vigor a nova regra.

 

"Isso não é interferência na área privada. Quando um empregador usa mão-de-obra escrava, que é também uma violação às liberdades, e é punido por isso, ninguém vê aí uma interferência na atividade privada", escreveu Eduardo, no Instagram.

 

O Twitter disse que apenas suspendeu contas com "comportamentos suspeitos" para que estes usuários confirmem dados como senha ou número do celular.

 

"Até que cumpram essa etapa de confirmação, as contas ficam temporariamente desabilitadas, com funcionalidades limitadas, e deixam de entrar no cálculo para contagem de seguidores. Isso significa que esse número pode oscilar quando fazemos essas checagens regulares globalmente", disse o Twitter, em nota.

 

O texto em discussão no governo impede que as companhias retirem informações do ar somente por julgarem que as próprias políticas foram violadas pelos usuários. A ideia é que a exclusão de contas e publicações só ocorra por decisão judicial ou em casos de violações ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e de alguns crimes.

 

O secretário de Cultura, Mario Frias, também defendeu o controle das big techs após perder seguidores. "Isso só mostra a necessidade de regras públicas de controle, que garantam a liberdade e os direitos dos nossos cidadãos", afirmou Frias, no Twitter.

 

Aliados de Bolsonaro dizem que levaram reclamações ao Planalto sobre restrições de conteúdos em redes sociais. Eles e o presidente temem entrar na disputa eleitoral de 2022 com as suas redes limitadas pelas políticas de uso de redes como Facebook, Twitter, Instagram e Youtube.

 

Dentro do governo, porém, o decreto é visto com ressalvas. A própria consultoria jurídica do Ministério do Turismo, que abriga a Cultura, sugeriu que o texto seja apresentado como um projeto de lei ou MP (medida provisória), para evitar contestação jurídica.

 

Além de defender o decreto, Eduardo disse que o governo deve enviar uma MP ao Congresso para "acabar com esses abusos".

 

O texto agora está em discussão no Ministério das Comunicações. Uma autoridade que acompanha o debate afirma que o decreto não está pronto para publicação.

 

Ao anunciar a elaboração do decreto, no começo de maio, Bolsonaro admitiu irritação com limites impostos pelas redes à própria conta e a de seus apoiadores. "A minha rede social talvez seja aquela que mais interage em todo o mundo. Somos cerceados, muitos que me apoiam são cerceados", afirmou o presidente.

 

As mídias digitais são o principal meio de comunicação de Bolsonaro e foram decisivas para a eleição de 2018. No Planalto, há um departamento de comunicação digital, apelidado de "gabinete do ódio". É atribuído a este grupo a elaboração de ataques virtuais a adversários.

 

Publicações do presidente e de seus apoiadores foram excluídas das redes sociais durante a pandemia da Covid-19 por desinformar sobre a doença. Em abril deste ano, o Twitter colocou um aviso de publicação "enganosa" em crítica do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ao lockdown.

 

O decreto foi inspirado em uma ordem executiva baixada pelo presidente Donald Trump em maio de 2020 e em uma lei anunciada pelo governo da Polônia em janeiro deste ano. Deputados bolsonaristas também apresentaram projetos de lei com o mesmo propósito.

 

Na leitura de especialistas consultados pela reportagem, o decreto também atinge campanhas --como as defendidas pelo grupo Sleeping Giants-- de desmonetização de contas que promovem discursos de ódio.

 

A minuta do decreto foi elaborada dentro da Secretaria de Cultura, comandada pelo ator Mario Frias, membro da chamada ala ideológica do governo.

 

Ainda em abril, Frias informou a ministros, por ofício, que apurava "eventuais irregularidades" na remoção de conteúdos "intelectualmente protegidos" das redes sociais. A Cultura havia feito questionamentos ao Youtube, Facebook, Twitter e Instagram sobre critérios para exclusão de conteúdos e perfis.

 

Nos ofícios, Frias afirma que o governo recebeu relatos de retirada de conteúdos sem justificativa. A Secretaria de Cultura e a Secom (Secretaria de Comunicação) do governo federal não se manifestaram sobre a suspensão das contas do Twitter.

Bahia Notícias

Relator da CPI da Covid diz que número de pessoas investigadas pode chegar a dez


Relator da CPI da Covid diz que número de pessoas investigadas pode chegar a dez
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou nesta segunda-feira (14) que o número de pessoas que deixarão de ser consideradas testemunhas para se tornar investigadas pela comissão pode aumentar e chegar a dez.

 

A declaração foi feita após reunião entre o relato, o presidente da CPI, Omaz Aziz (PSD-AM), e o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

 

Renan Calheiros confirmou quatro nomes: Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde; Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores; Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do governo e Mayra Pinheiro, secretária do Ministério da Saúde.

 

Ainda segundo o relator, uma pessoa investigada pela CPI permite aprofundar a apuração. Para ele, facilita a requisição de documentos e realização de buscas e apreensões.

 

Tmabém após a reunião, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que nesta quarta-feira (16) a Comissão deve votar quebras dos sigilos telefônicos, telemático (mensagens), bancário e fiscal de quatro empresas responsáveis pelo "kit Covid".

 

"Uma dessas empresas, antes da pandemia, tinha déficit de R$ 200 milhões e hoje se encontra com superávit de R$ 1 bilhão. Claramente, lucraram com o tratamento precoce enquanto brasileiros estavam morrendo", disse Randolfe.

Bahia Notícias

Ainda há tempo para tentar uma terceira via, com uma coalizão ampliada de centro

Publicado em 15 de junho de 2021 por Tribuna da Internet

Ilustração reproduzida do Arquivo Google

Pedro Malan
Estadão

A cada início de inverno deste período de governo Bolsonaro venho publicando neste espaço textos voltados para o eventual leitor que preferiria não experimentar, em outubro de 2022, a polarização irrefletida que marcou a eleição de 2018 e julga ainda possível, desejável e salutar contribuir para tornar viável uma eventual coalizão ampliada de centro.

Como escreveu em texto recente Margareth Dalcomo, “aos cansados desses longos meses e que pretendem não se imiscuir nas querelas e desavenças políticas resta a lógica aristotélica, que lembra, aos que não gostam da política e permanecem neutros por convicção: somos e seremos sempre governados pelos que gostam e instados a arcar com as consequências dessa nada impune neutralidade”.

AÇÕES E OMISSÕES – Há que levar em conta as sofridas memórias vividas por todos os brasileiros nos últimos dois anos e meio. Refiro-me não apenas à pandemia e à desastrosa postura do chefe do Executivo em relação a ela. É preciso que o País não perca sua memória – a memória do que alguns historiadores chamam do “passado recente”: aquele que continua influenciando o escopo das escolhas possíveis no presente.

Foram ações e omissões, erros e acertos, paixões e interesses, conflitos e compromissos que nos trouxeram, como país, ao que somos hoje. Entender como um país se tornou o que é, e o que poderia vir a ser, exige consciência do peso ou do empuxo do passado, como condição para viver criativamente no presente e, principalmente, para ter visão sobre o futuro, seu e de seu país no mundo.

O processo que nos trouxe até aqui está em curso há décadas. Estamos há mais de 130 anos em busca de uma República democrática digna desse nome. Por vezes, e particularmente agora, é preciso defender conquistas que julgávamos, realisticamente, em processo de consolidação.

MANIA DE SER MITO – O risco de retrocesso existe e vem se tornando menos obscuro ao longo dos últimos dois anos e meio. Acentuado pela propensão ao autoritarismo que vem marcando, a cada inverno que passa, a postura e a conduta daquele que deveria servir de exemplo a seus concidadãos – e não apenas àqueles que o têm como mito, como oráculo inquestionável.

Dizia o texto publicado aqui em junho de 2019 (início do primeiro inverno): “É difícil imaginar que possamos seguir com o grau de surpresas e incertezas que marcou os primeiros meses deste governo”.

Por mais espantoso que pareça, elas se acentuaram nos 12 meses que se seguiram, com crescente atividade e influência do núcleo familiar e do núcleo ideológico do Palácio do Planalto nas redes sociais.

USO DE REDES SOCIAIS – No início do segundo inverno tentávamos ainda interpretar a escalada da estratégia bolsonarista, cada vez mais inspirada no sucesso de Trump nos EUA quanto ao uso, “como nunca antes no Brasil”, das redes sociais, crescentemente mobilizadas.

E desde então as incertezas, ansiedades e contradições só se acentuaram. A polarização acerba vem sendo a marca dos primeiros 18 meses do governo. Em 19 de abril de 2020 Bolsonaro discursou na manifestação de seus fiéis seguidores em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília, em meio a faixas pela restauração do AI-5 e contra o Congresso e o STF. Em fins de maio o País assistiu à íntegra do vídeo de uma surrealista reunião ministerial – a pandemia de covid-19 já fora declarada oficialmente pela OMS havia cerca de um mês e meio. Quem tinha dúvidas sobre o que era o presidencialismo de confrontação, à la Trump, deve tê-las perdido então.

INSTINTO DE SOBREVIVÊNCIA – A partir daí, o instinto de sobrevivência política levou o presidente a fazer o que havia desprezado até então: tentar construir uma base de apoio no Congresso apta a permitir-lhe ganhar a reeleição em outubro de 2022.

Trump, o modelo de Bolsonaro, obteve em 2020 10 milhões de votos a mais do que havia obtido em 2016. Em belo artigo publicado neste jornal (23/11/20), Moisés Naim escreveu: “São 74 milhões que não se importaram em votar em um presidente que mente de forma compulsiva, constante e facilmente verificável. Que não acreditam que Trump seja mentiroso, ou não se importam com isso, ou têm necessidades e esperanças mais importantes”.

Mas o fato é que os eleitores norte-americanos decidiram, por uma diferença de 6 milhões de votos, não dar um segundo mandato a Trump. Que então se recusou a aceitar o resultado das urnas. Na verdade já declarava desde 2016, quando disputou pela primeira vez, que só reconheceria o resultado das urnas “if I win”.

MARCHA AO CONGRESSO – Em episódio inesquecível, insuflou seus seguidores a marchar contra o Congresso norte-americano. Era 6 de janeiro. A democracia norte-americana reagiu à invasão de seu Parlamento em plena sessão, e Biden tomou posse duas semanas depois.

A democracia venezuelana não resistiu a Chávez e Maduro. Há o risco de Bolsonaro ter em 2023 um quinto inverno. Seria o inverno de nossa desesperança, porque o Brasil teria dado em 2022 outro salto no escuro, como fez em 2018.

Aqueles que desejam evitá-lo deveriam pensar na importância crucial dos próximos 12 a 15 meses. Para tanto muito ajudaria o uso da memória, que é, ou deveria ser, um fenômeno sempre atual, um elo vivido no eterno presente.


Ex-mulher que levou Valdemar Costa Neto à prisão é motorista de Uber em Miami

Publicado em 15 de junho de 2021 por Tribuna da Internet

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Maria Cristina leva sua cachorrinha no banco do Uber

Vicente Nunes
Correio Braziliense

Responsável por um depoimento devastador contra o ex-marido Valdemar da Costa Neto na CPI do Mensalão, a ponto de levá-lo para a prisão, Maria Christina Mendes Caldeira é, hoje, motorista do Uber em Miami, nos Estados Unidos. Dirige um Ford Focus prata.

Longe da vida de madame que tinha quando era casada com o então deputado federal Valdemar Costa Neto — ela conta que o então marido gastou US$ 1 milhão jogando Baccarat quando estavam no Caribe —, Maria Christina acorda bem cedo para pegar passageiros no aeroporto de cidade norte-americana.

VIAJANTE DO BRASIL – Na última quinta-feira (10/06), às 6h49 da manhã, ela atendeu um passageiro que desembarcava do Brasil. Sem cerimônia, apresentou-se como ex-mulher do notório político, hoje presidente do PL e um dos principais aliados do presidente Jair Bolsonaro dentro do Centrão.

Maria Christina, que estava com sua cadelinha no banco da frente do carro, contou que está mal financeiramente e que aluga um apartamento na área da Brickel, no Distrito Financeiro de Miami. Paga US$ 1.400 (cerca de R$ 7.200) por mês.

MERCADO RUIM – Além de motorista do Uber — tem avaliação 4,92, muito boa —, a ex de Valdemar da Costa Neto faz corretagem de imóveis. Contudo, admite que não consegue faturar nada com essa atividade atualmente porque o mercado está muito ruim.

Costa Neto que se prepare. Caso vá para Miami e chamar um Uber, corre o risco de dar de cara com a ex, que foi para os Estados Unidos acusando o político de ameaçá-la de morte.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – 
Vejam a que ponto de degradação moral chegamos neste país. Um parlamentar comprovadamente corrupto e enriquecido ilicitamente é preso, cumpre pena e depois volta tranquilamente à política como dono de partido e fica amigo do presidente da República, que costuma recebê-lo no Palácio Alvorada, longe das objetivas dos jornalistas. E isso é o novo normal brasileiro. (C.N.)


Em destaque

Lira: Nós temos um câncer no Brasil que se chama Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)

  . Por POLÍTICA JB com Agência Estado redacao@jb.com.br Publicado em 27/04/2024 às 19:37 Alterado em 27/04/2024 às 19:37                   ...

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