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terça-feira, junho 01, 2021

Perdeu o prazo da 2ª dose da CoronaVac em Aracaju? Saiba o que fazer

em 31 maio, 2021 18:50

Recebimento da dose pendente pode ser agendado (Foto: SES)

As pessoas que não conseguiram seguir o calendário de imunização contra Covid-19 em Aracaju, e deixaram de tomar a segunda dose do imunizante Coronavac, devem entrar em contato com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), através da ouvidoria, por meio do número 0800 729 3534, escolher a opção 7, e fornecer os dados solicitados. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 31, pela SMS.

De acordo com o órgão, uma outra opção para quem perdeu o prazo de tomar a segunda dose é de procurar o gerente da Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima e passar os dados necessários para que a vacinação seja agendada. 

A SMS ressaltou que as informações são direcionadas apenas aos pacientes que se vacinaram contra a Covid-19 com o imunizante Coronavac na primeira dose e que desejam completar o ciclo de vacinação.

Isabella Vieira e João Paulo Schneider com informações da SMS

Pacheco e Lira divergem sobre apoio do governo à reforma administrativa


por Danielle Brant e Washington Luiz|Folhapress

Pacheco e Lira divergem sobre apoio do governo à reforma administrativa
Foto: Marcos Brandão/Agência Senado

Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), manifestaram nesta segunda-feira (31) avaliações divergentes sobre o compromisso do governo federal com a reforma administrativa em um ano pré-eleitoral.
 

Pacheco e Lira participaram do evento Indústria em Debate, realizado pela Editora Globo e patrocinado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), através do Sesi e Senai. Além deles, também estiveram presentes o ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e o presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Isaac Sidney.
 

O presidente do Senado elogiou o encaminhamento da reforma administrativa na Câmara e considerou que, no Congresso, o ambiente é favorável ao enxugamento do estado brasileiro. Pacheco defendeu ainda que os funcionários públicos não são o problema, mas sim a produtividade e a estabilidade.
 

Pacheco afirmou que, assim como Lira, tem o compromisso de tocar a reforma administrativa. "Há o compromisso do Poder Executivo com a reforma administrativa?", perguntou. "Esse é um questionamento que nós precisamos fazer e nós vamos ter clareza nessa discussão, junto à Casa Civil, à Secretaria de Governo, ao próprio presidente da República, se há uma vontade do governo de que façamos a reforma administrativa num ano pré-eleitoral ou não", disse.
 

"Isso nós precisamos também ter uma clareza para que não tenhamos ali uma concentração de energia que será esvaziada em razão de uma iniciativa do governo para poder não votar uma reforma administrativa", complementou. "Eu quero crer que isso não acontecerá, mas é um diálogo que eu e o presidente Arthur Lira precisamos ter com bastante clareza com o governo federal em relação à reforma administrativa."
 

Lira também reiterou acreditar na aprovação da reforma administrativa, e disse confiar no compromisso do governo com essa agenda. "Eu acredito no apoio do governo à reforma administrativa, foi oriunda dele", disse.
 

Para ele, a versão de que o "governo federal, o Poder Executivo, veiculada por alguns meios, que não apoiará a reforma administrativa é um contrassenso" que não encontra amparo na Câmara.
 

O deputado afirmou novamente que a primeira reforma deve ser aprovada primeiro por tratar de um tema único. Na semana passada, em evento do BTG Pactual, o presidente da Câmara afirmou que pretendia entregar a reforma ao Senado no início do segundo semestre.
 

Segundo Lira, a tributária é mais complexa. "Nós temos que melhor fazer a reforma possível", disse. "A reforma tributária possível não pode ser a maior, mas será a melhor que o sistema atual."
 

Pacheco defendeu a simplificação do sistema tributário e disse que um dos assuntos a ser debatido, a criação de um imposto sobre transações, ainda deve vir à tona. As discussões infraconstitucionais ficarão a cargo da Câmara, enquanto a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) e um novo Refis (programa de refinanciamento de dívidas) se darão no Senado.

Bahia Notícias

CNMP absolve promotor baiano por mentir em questionário, mas pune por baixa produtividade

por Cláudia Cardozo

CNMP absolve promotor baiano por mentir em questionário, mas pune por baixa produtividade
Foto: Divulgação

O promotor de Justiça Luciano Rocha Santana foi punido pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) por baixa produtividade no Ministério Público da Bahia (MP-BA). Ele recebeu a punição de remoção compulsória. O promotor, no mesmo processo administrativo, foi absolvido da acusação de mentir para o CNMP se já havia respondido a algum procedimento disciplinar. Segundo a Corregedoria do CNMP, o promotor deixou de informar em uma correição que já havia sido alvo de uma apuração no âmbito do MP-BA por violência doméstica.

 

Luciano Rocha responde a uma ação penal no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) por agredir a ex-companheira (veja aqui). A ação chegou a tramitar no Pleno, mas foi reconhecido que o caso não tem conexão com o cargo de promotor de Justiça. Desta forma, a ação foi remetida para o 1º Grau de Justiça. Atualmente, o caso está em fase de recurso com o 2º vice-presidente do TJ.

 

O processo foi instaurado contra o promotor no dia 4 de agosto de 2020. Ele já respondeu a um processo perante a Corregedoria do MP-BA e na Corregedoria Nacional, tendo sido punido com a pena de suspensão por 30 dias, com trânsito em julgado em outubro de 2017. De acordo com o relatório da conselheira Sandra Krieger, o promotor “não possui qualquer procedimento na área relacionada a resíduos sólidos, limitando-se, tão somente, a informar que Salvador não possui lixão, que foi erradicado há alguns anos”. 

 

A justificativa para ausência de atuação seria que “a produção e descarte de resíduos sólidos não desaparece com a erradicação do aterro sanitário”, pois a atuação do Ministério Público, nessa área, deveria “ser perene, efetiva e eficiente, fiscalizando e envidando esforços para o cumprimento das obrigações constantes na Lei 11.445/2007”. A Corregedoria Nacional do MP indicou a ocorrência de infrações disciplinares por não manter uma conduta ilibada e compatível com o exercício do cargo e descumprir deveres funcionais. 

  

A Corregedoria Nacional sugeriu a aplicação de suspensão de 30 dias pela falta de verdade ao preencher um documento durante a correição. Já sobre a segunda imputação, “considerando a gravidade da conduta do processado, a natureza da infração e a necessidade premente de se prover a 1ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente de Salvador com profissional que se dedique efetivamente à defesa de bem jurídico de vital importância para a sociedade, como o meio ambiente saudável”, foi sugerida a aplicação da sanção disciplinar de remoção compulsória. A instauração do processo administrativo disciplinar foi aprovada por unanimidade no CNMP. 

 

Em sua defesa prévia, o promotor alegou que os fatos “estão eivados de erro e má interpretação, já que não se coadunam com a realidade” e pediu absolvição e arquivamento do processo. Sobre a suposta acusação de “falsidade ideológica”, o promotor afirma que houve, em verdade, “mero erro material, por uma falha na leitura da questão, quando do preenchimento do documento” e que não era possível imaginar que um promotor de carreira “intentaria esconder do próprio órgão disciplinar sanção ou procedimento por ele conduzido em seu desfavor”.  

 

Alegou que o equívoco constatado de assinalar “não” ao invés de “sim” no formulário oficial “poderia ser facilmente sanado, mediante simples pedido de esclarecimento ao promotor processado, de modo que o erro material seria corrigido imediatamente, sem necessidade de instauração de processo administrativo disciplinar” já que tais informações estão no banco de dados do CNMP e do MP-BA. 

 

Sobre a segunda acusação, alegou que não há “desídia funcional, bem como a independência e autonomia no exercício da função ministerial”. Aduziu ainda que seria “imperioso pontuar que a condução dos trabalhos junto à 1ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente se deu sim, de forma proativa e eficiente”, esclarecendo que “as Promotorias de Meio Ambiente e Urbanismo compreendem, não apenas as questões relacionadas ao meio ambiente natural da cidade de Salvador e Madre de Deus, como também as questões relacionadas à habitação e urbanismo, meio ambiente cultural e patrimônio histórico; sendo o conjunto dos casos a serem distribuídos, por sorteio, através das sete promotorias existentes nesta capital baiana”. 

 

Para o promotor, seria “impossível esperar de quaisquer das Promotorias, uma forma engessada de atuação, de modo a estabelecer padrões de resposta específicos, quando, em verdade, sendo a distribuição por sorteio, não é possível prever quais casos serão destinados à 1ª Promotoria, quiçá a forma de enfrentamento das questões veiculadas em cada procedimento”. Elencou algumas ações que empreendeu à frente da Promotoria na defesa do Centro de Controle de Zoonoses; caso de poluição sonora no Candeal; problema no Jardim Zoológico de Salvador; uso de animais em experimentação científica nos estabelecimentos de ensino da Ufba; o uso de animais em espetáculos de entretenimento e manifestações populares, como circos, rodeios, charretes no centro antigo e carroças na festa do Senhor do Bonfim; uso de animais em experimentação científica - Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz (FIOCRUZ/BA); as irregularidades no Aeroclube, e irregularidades na Petrobras.  

 

Luciano Rocha Santana afirmou que todos esses casos fizeram com que seu trabalho fosse reconhecido por diversas entidades, promovendo diversas palestras, publicado artigos e teses sobre o papel do MP na seara ambiental, e que, a acusação de que houve falta de zelo nas atividades deve ter sido decorrente de engano “uma vez que esta promotoria titularizada pelo processado, por anos seguidos, tem realizado trabalhos de destaque, instaurando centenas de procedimentos administrativos e judiciais, realizando centenas de audiências e expedindo milhares de ofícios nos últimos dois anos, apesar da insuficiência de estrutura e de pessoal”. Para a sua defesa, o promotor arrolou 24 testemunhas, entre eles, promotores de Justiça, servidores do MP-BA, representantes de entidades ambientais, advogados e a vereadora Ana Rita Tavares. 

 

Para a relatora, não houve dolo do promotor ao responder ao questionário se havia ou não respondido a um processo administrativo disciplinar. “Neste ponto em específico, imperioso esclarecer que houve, em verdade, mero erro material, por uma falha na leitura da questão, quando do preenchimento do documento, não sendo possível de se imaginar que um promotor de Justiça de carreira, intentaria esconder do próprio órgão disciplinar sanção ou procedimento por ele conduzido em seu desfavor”, disse a relatora. Para ela, o ato seria fácil de ser sanado, através de um pedido de esclarecimento do promotor.

 

No interrogatório, ele afirmou que olhou todas as questões, foi respondendo a cada uma delas, que houve uma confusão de sua parte ao responder a esse quesito. “São muitos quesitos e então é normal a gente cometer um erro, são muitas questões para responder sim ou não”, declarou. “Claro, eu peço desculpas pelo erro que eu cometi, mas não foi por desconsideração, por desrespeito ao Conselho. Foi realmente uma circunstância eventual de muita tensão e tive que responder todas as questões (...), mas sabia também que era uma informação que o Conselho Nacional tinha pleno conhecimento porque ele era o dono da informação”, disse no interrogatório. A conselheira relatora afirma que a alegada “pressa” em viajar do promotor “evidencia um comportamento culposo que, embora reprovável e passível de crítica, não é". 

 

Já sobre a falta de produtividade entre agosto de 2017 e agosto de 2019, na Promotoria de Meio Ambiente de Salvador, a conselheira entendeu que, através das testemunhas, Luciano Rocha tentou mostrar que é uma pessoa resolutiva, com influência na sociedade, atento às necessidades de defesa do meio ambiente, laborioso, dentre outras qualidades. Sandra Krieger observou que duas testemunhas arroladas eram beneficiadas em seus projetos sociais ambientalistas com recursos destinados pelo Juizado Especial Criminal. Também considerou que as testemunhas deram relatos genéricos sobre a atuação do promotor. Logo depois da sindicância, segundo a relatora, o promotor começou a impulsionar procedimentos na Promotoria. A relatora pontuou que a atuação de Luciano Rocha era em pequenos problemas, como poluição sonora de bares e restaurantes, problemas de lixos de bares e pequenos comércios, “confirmando a ausência de atuação na área relacionada a resíduos sólidos, nos campos da logística reversa”. 

 

A comissão processante observou que o promotor poderia ter se dedicado a questões importantes como a “ocupação irregular das dezenas de favelas de Salvador, a destinação indevida de resíduos domiciliares ou industriais (esgoto a céu aberto), a adequação do sistema fiscalizatório da coleta e destinação dos resíduos sólidos, dentre outras, a atuação do membro consistia em ser acionado por ONGs ambientais, realizar reuniões com órgãos ambientais para a adoção de procedimentos simples, como a exigência da realização de perícias sonoras (que deveriam ser condutas de ofício daqueles órgãos).”

 

O relatório do processo afirma: “Não faz sentido, no caminho para a eficiência e para a resolutividade, que um órgão ambiental municipal, ao constatar uma irregularidade, como no caso de um restaurante que não destina regularmente seu lixo, tenha que noticiar tal fato ao MP, seguindo-se com a instauração de um procedimento extrajudicial, notificação da parte, perícia, realização de audiência e arquivamento com a resolução. Estes procedimentos deveriam ser adotados diretamente pelo órgão ambiental, uma vez que o Ministério Público não pode ser utilizado como braço forte para causar mais pressão sobre os infratores ambientais”.

 

Um fator observado é que a Promotoria não firmou sequer um  termo de ajustamento de conduta ou ação civil pública por dois anos. “Nesta esteira, verifica-se que os documentos juntados pela defesa, na tentativa de rechaçar a afirmação acima, tais como os casos da Lagos dos Frades, da Lagoa do Abaeté, do Clube Português, do Hotel Carlton, Parque São Bartolomeu, dentre outros, não indicam o momento em que estes procedimentos foram adotados, parecendo, inclusive, trata-se de procedimentos muito antigos, não condizentes com o período compreendido por este PAD”. Com esses argumentos, a conselheira-relatora aplicou a pena de remoção compulsória de Luciano Rocha. Desta forma, ele será alocado em outra unidade para trabalhar. 

Página não oficial da ROCAM (PMPE) posta vídeo das agressões a manifestantes dizendo combater o comunismo

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Policial mirou rosto de popular atingido no olho durante manifestação antibolsonaro no Recife. Confiram o vídeo.

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MPPE notifica Corregedoria da SDS para que informe pormenorizadamente as providências tomadas com relação à violência policial em protesto no Recife

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Consultor ouvido pelo Blog explica fiasco da operação da PM durante protesto no Recife contra Bolsonaro e que deixou duas pessoas cegas

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Investigação contra deputado bolsonarista Daniel Silveira é prorrogada por mais 60 dias

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Para Nicolelis, Copa América é “bala de prata” para haver impeachment de Bolsonaro

Publicado em 31 de maio de 2021 por Tribuna da Internet

Duke Universit / Divulgação

A decisão surpreendeu Nicolelis, um dos maiores cientistas do país

Thiago Braga
Site UOL

A Conmebol anunciou nesta segunda-feira (31), que a Copa América 2021 será disputada no Brasil. A entidade agradeceu publicamente o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por receber a competição depois que Colômbia e Argentina desistiram de sediar o torneio.

Para o médico e neurocientista Miguel Nicolelis, professor catedrático da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, a decisão de Bolsonaro é a “bala de prata” para a CPI indiciar o governo federal por omissão e crime de responsabilidade pela atuação durante a pandemia de covid-19 no Brasil. “Não falta mais nenhuma prova. O governo demorou meses para responder [as propostas feitas] sobre vacina, e demorou horas para aceitar a Copa América”, disparou Nicolelis ao UOL Esporte.

DIZ A CPI – Em depoimento à CPI da Covid, no Senado, o gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, afirmou que apresentou sete propostas para o governo federal comprar vacinas da empresa, mas que o governo brasileiro não respondeu no ano passado a ofertas de contratos apresentados pela empresa que previam 1,5 milhão de doses da vacina ainda em 2020. O Brasil acabou fechando contrato com a Pfizer só em 19 de março deste ano.

Também à CPI, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que fez três propostas em 2020 para o fornecimento da CoronaVac ao Ministério da Saúde: em julho, agosto e outubro e que não obteve respostas. O acordo, se assinado, possibilitaria a entrega de 60 milhões de doses ao Ministério da Saúde.

STF TEM DE AGIR – “É o teatro da manipulação e da enganação. O futebol é irrelevante neste momento. É um risco a mais. Não só os jogos, tem os deslocamentos, os hotéis, as festas clandestinas. Tem de ter policiamento para impedir os torcedores de fazer uma aglomeração. Os jogadores de futebol também têm de se posicionar. Isso deveria ir para o Supremo (Tribunal Federal). Deveriam interditar a CBF. Qualquer instituição privada que atente contra a segurança sanitária de um país deve sofrer intervenção”, argumenta o professor Nicolelis.

O comunicado de que a competição começará no próximo dia 13, aconteceu horas depois de a Conmebol anunciar que a Copa América estava suspensa após o governo da Argentina abrir mão de sediar a disputa por conta do avanço das infecções de covid-19 no país.

A Copa América, inicialmente, seria dividida entre Colômbia e Argentina; no último dia 20 de maio, a Colômbia pediu adiamento da competição – o país passa por um período de instabilidade, com enormes protestos populares – mas a Conmebol decidiu excluir o país.

TERCEIRA ONDA – “A pandemia está fora de controle e na rampa da terceira onda no país, o sistema de saúde está colapsado, temos a variante indiana em vários pontos do Brasil, taxas de ocupação aumentando. Não faz o menor sentido”, disse o professor Nicolelis, acrescentando:

“Na realidade, é pedir para ter um evento que possa gerar casos e que os jogadores possam levar variantes de volta para a Europa. Será que ninguém pensou nisso?”.

Moderados ainda não estão na rua, mas irão reforçar a terceira via, diz Marcelo Ramos


Protestos ainda estão polarizados, diz o vice-presidente da Câmara

Deu na Coluna do Estadão

O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), avalia que as recentes manifestações populares contra Jair Bolsonaro, apesar de “significativas”, poderiam ter sido ainda maiores se uma parcela dos chamados “moderados” também estivesse mobilizada e disposta a sair às ruas.

“Simbolicamente, foi pouco plural”, disse. “Não estou tirando a legitimidade dos protestos, pelo contrário. Nas ruas, estavam os antibolsonaristas de esquerda, mas tem um Brasil no meio disso, acho até que majoritário”, afirmou Ramos à Coluna.

ATOS ESTREITOS –  “As esquerdas no Brasil insistem em atos estreitos, que não mobilizam uma parcela dos moderados, insatisfeita com Bolsonaro”, afirma Ramos, que, apesar de ocupar a vice-presidência da Câmara por um partido da base do governo, mantém olhar sempre muito crítico sobre Bolsonaro.

Mesmo Marcelo Ramos não tendo participado dos atos, a frase dele que se tornou um bordão foi vista em quase todas as manifestações: “vacina no braço e comida no prato”.

“Não há país que assista passivo às quase 500 mil mortes, quase 15 milhões de desempregados, 19 milhões com fome e 800 mil micro e pequenas empresas fechadas”, disse. Para ele, só “turbinando” o Bolsa Família, Bolsonaro consegue se recompor a tempo.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – 
Marcelo Ramos é uma das revelações políticas. Formado em Advocacia, tornou-se professor de duas universidades amazonenses. Começou sua carreira no PCdoB, elegendo-se vereador. Depois, passou para o PSB e conquistou uma vaga de deputado estadual. Em 2018, elegeu-se deputado federal pelo PL amazonense. Suas declarações têm sido sempre positivas, sem radicalismos. Com isso, vem ganhando cada vez mais destaque na mídia. No caso da terceira via, ele parece ter razão. Os índices de rejeição de Lula e de Bolsonaro são tão elevados que a eleição realmente pode favorecer um candidato alternativo. (C.N.)

Cerco se fecha contra Ricardo Salles e sua situação está cada vez mais insustentável

Publicado em 1 de junho de 2021 por Tribuna da Internet

Charge do Claudio Mor (Arquivo Google)

Augusto Fernandes
Correio Braziliense

Revogação de medidas que proibiam a exportação ilegal de madeira; exoneração de servidores do Ministério do Meio Ambiente e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que queriam evitar a flexibilização das regras de envio de produtos florestais para o exterior; nomeação de pessoas de confiança para estabelecer atos oficiais que facilitaram o contrabando e as movimentações financeiras suspeitas de pelo menos R$ 1,7 milhão desde que entrou no governo federal.

Esses são alguns dos indícios apontados pela Polícia Federal para a abertura de investigação contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, acusado pela corporação de integrar um esquema criminoso de tráfico de madeira.

ANDA SUMIDO -Desde a revelação das informações, há quase duas semanas, o ministro pouco foi visto. Na entrevista à imprensa no dia da operação da PF — que recolheu celulares, tablets e outros aparelhos eletrônicos dele para a busca por mais evidências da sua participação no esquema —, Salles classificou a ação policial como “exagerada e desnecessária” e garantiu não haver “substância em nenhuma das acusações”.

A partir daí, sumiu das redes sociais e deixou de informar os compromissos diários da agenda oficial. Chegou até a não comparecer à reunião do Conselho da Amazônia Legal, que busca auxiliar as ações do Ministério do Meio Ambiente para a preservação do bioma.

Além disso, teve pouco ou quase nenhum apoio público do presidente Jair Bolsonaro, seu maior defensor dentro do governo. A única manifestação do chefe do Executivo foi de que Salles é um “excepcional ministro” e de que ele luta contra os “xiitas ambientais” do Ministério Público.

AFASTAR O MINISTRO – Contudo, internamente, Bolsonaro tem sido aconselhado a afastar o ministro do cargo para preservar a sua gestão. A avaliação de pessoas próximas ao presidente é de que o ministro balança no cargo a cada dia que passa, visto que a Polícia Federal já revelou ter “fortes indícios de uma série bastante complexa de condutas empreendidas” por Salles para favorecer o contrabando de madeira.

A apuração conduzida pelo delegado Franco Perazzoni, chefe da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros, afirma que Salles agiu em favor de empresas madeireiras com sede no Pará, na região amazônica.

Elas pediram a suspensão de uma instrução normativa do Ibama, que entrou em vigor em 2011, para permitir a exportação de produtos e subprodutos madeireiros de origem nativa de florestas naturais ou plantadas apenas mediante autorização do instituto.

NA ILEGALIDADE – Para cancelar os efeitos desse ato, o ministro do Meio Ambiente e o presidente afastado do Ibama, Eduardo Bim — também investigado —, desconsideraram recomendações técnicas de servidores de carreira e, “em total descompasso com a legalidade”, anularam a instrução normativa, legalizando retroativamente milhares de cargas que haviam sido remetidas ao exterior sem a respectiva autorização.

Segundo a PF, é “evidente que o interesse privado de alguns poucos empresários foi colocado à frente do interesse público”.

“A situação que se apresenta é de grave esquema criminoso de caráter transnacional. Essa empreitada criminosa não apenas realiza o patrocínio do interesse privado de madeireiros e exportadores em prejuízo do interesse público, mas também tem criado sérios obstáculos à ação fiscalizatória do Poder Público no trato das questões ambientais com inegáveis prejuízos a toda a sociedade”, afirma a Polícia Federal.

INÉRCIA DO GOVERNO – A corporação também alerta, no inquérito, sobre um crescimento constante da devastação da Amazônia e diz que, se a situação do bioma “nunca foi confortável, o momento atual é gravíssimo”.

Diante dos relatos de testemunhas, a corporação diz que se tornaram uma constante “as denúncias de sucateamento dos órgãos ligados ao Ministério do Meio Ambiente; o afastamento de fiscais de carreira, com anos de experiência, de suas funções; e a adoção de novos procedimentos e interpretações, contrariando pareceres técnicos”.

As testemunhas ouvidas pela Polícia Federal também afirmam que isso não acontecia em governos anteriores e que a questão ambiental nunca era colocada em segundo plano.

MILITARIZAÇÃO – Segundo os depoimentos, houve uma militarização na pasta do Meio Ambiente e no Ibama, com Salles tendo indicado ex-integrantes da Polícia Militar de São Paulo para postos de importância nos dois órgãos. Alguns deles, inclusive, teriam emitido documentos que não têm previsão de expedição pelo Ibama para defender as empresas que enviaram ilegalmente remessas de madeira para os Estados Unidos e países da Europa.

Na avaliação da PF, há uma “evidente inércia governamental” que precisa ser cessada. “A tarefa exige dos poderes constituídos forte papel no fomento de modelos sustentáveis de exploração da floresta, sem, contudo, perder de vista o papel de suma importância que a fiscalização ambiental possui nesse contexto”, frisa a autoridade policial. “É urgente e necessário que as autoridades e os poderes constituídos estejam atentos a todas essas questões, sobretudo diante do atual momento em que vivemos.”

A reportagem tentou contato com Ricardo Salles e com a defesa do ministro, mas não obteve retorno.


Protestos de sábado fazem com que bolsonaristas dirijam ataques a Lula

Publicado em 1 de junho de 2021 por Tribuna da Internet

Charge do Sidney Falcão (humorpolitico.com.br)

Pedro do Coutto

A onda de protestos contra o governo Jair Bolsonaro verificada no último sábado fez com que os seus apoiadores  passassem a atacar diretamente Lula da Silva, buscando assim a polarização tendo em vista o desfecho nas urnas de 2022.

Assumiram a posição destacada como o melhor caminho para que o bolsonarismo possa enfrentar o lulismo, o que, em síntese, significa reduzir a possibilidade de surgir um terceiro candidato capaz de abalar o choque que hoje parece estabelecido para a próxima disputa presidencial.

BANDEIRA PRÓPRIA – A meu ver, os bolsonaristas não possuindo projetos a destacar que possam ir ao encontro das reivindicações sociais que se projetam no cenário nacional, partem para uma tentativa de afastar o debate do plano das ideias, da economia e do lado social, restringindo assim as alternativas pela falta de uma bandeira própria  capaz de motivar os eleitores e eleitoras do país.

A direita, aliás, está tentando obter efeitos eleitorais sobre a polarização porque não possui uma mensagem capaz de seduzir o eleitorado. O bolsonarismo não toca em nenhum ponto favorável à população e preferem buscar o debate entre duas figuras políticas que se encontram consolidadas no momento.

No momento só não, digo eu, no futuro marcado para outubro do próximo ano. No mundo inteiro a direita procura destacar defeitos das correntes adversárias, incorporando o velho anticomunismo em seus posicionamentos. Mas como o comunismo não assusta mais ninguém, o debate restringe-se à tentativa de influenciar aqueles que irão votar mais pelos defeitos dos  adversários do que pelas qualidades que deixam de apontar, no caso brasileiro, do governo do país.

REDES SOCIAIS – Sem dúvida, os protestos de sábado surpreenderam pela reunião de manifestantes em várias capitais do país. Tais manifestações devem ter sido impulsionadas pelas redes sociais, uma vez que não houve nenhuma convocação oposicionista para que as pessoas levassem os seus protestos às ruas, partindo de um apelo pela vacina e terminando com a ameaça de um corte no regime democratico.

Matheus Teixeira, na Folha de São Paulo, focaliza um movimento de aproximação entre  o Supremo Tribunal Federal e o Congresso numa engrenagem baseada na ideia democrática contra Bolsonaro, que a rigor sintetiza a possibilidade de uma ruptura nas instituições brasileiras.

Como aconteceu diversas manifestações de bolsonaristas pedindo pela volta da ditadura militar com Bolsonaro no comando, além do fechamento do Congresso e do STF, os fatos comprovam que a preocupação de resguardar a democracia faz com que, como observa a reportagem, se construa uma ponte na Esplanada de Brasília entre dois poderes, isolando o terceiro, no caso o Executivo. Cenário não falta para comprovar tudo isso.

DECLARAÇÕES – Basta ver as declarações do próprio Bolsonaro contra qualquer punição, por mais leve que seja, contra Eduardo Pazuello. Inclusive a situação do ex-ministro da Saúde não foi estabelecida por nenhum ato do Palácio do Planalto. Pazuello, pelo que se supõe, não está ocupando nenhuma função pública. Apesar disso, o presidente da República se empenha para que ele não seja enquadrado no regulamento disciplinar do Exército baseado na própria Constituição do país.

Pazuello já foi representado pela Advocacia Geral da União, embora não seja mais ministro da Saúde. Ele também ainda não retornou às funções militares. Assim, é surpreendente o empenho do governo, sobretudo porque o próprio presidente da República se viu na obrigação de afastá-lo da Saúde.

GOVERNOS DITATORIAIS –  Portanto o empenho de Bolsonaro, revelado pelo próprio Planalto de que Pazuello não seja punido por ato do comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira, soa estranho aos ouvidos da grande maioria da população brasileira que não deseja reviver as sombras que resguardam no passado recente os governos ditatoriais que se sucederam de 1964 a março de 1985. Foram assim 21 anos de autoritarismo.

O STF e o Congresso sob ameaça, naturalmente, assumiram uma posição capaz de exprimir a preocupação dos dois poderes contra a ameaça de um terceiro poder que só pode ter origem nas armas. Aliás, a ocupação do poder só pode ser alcançada por dois caminhos. O caminho das urnas ou o caminho das armas. A semana que começou ontem será um espaço de tempo de fundamental importância para que os rumos a partir de agora se esclareçam.

IGP-M –  O IGP-M da Fundação Getúlio Vargas, como destaca Roberto Dumas, na FSP de ontem, é formado por fatores que se distanciam do relacionamento social entre o governo e o poder de consumo da população.

O autor da matéria coloca bem a questão, pois se o IGP-M reflete os preços das commodities, produtos que seguem os preços internacionais, e também com base nas flutuações do câmbio, não faz sentido que se transforme em ponto de reajuste dos aluguéis e do consumo da energia elétrica.

Como se constatou o índice subiu mais de 30% de 2020 para 2021. Enquanto os salários permaneceram estacionados no marco zero da realidade. Vê-se por essa colocação que é impossível continuar sendo um fator de reajuste tanto da energia elétrica residencial quanto dos aluguéis aos quais estão vinculados milhões de brasileiros.

CRIPTOMOEDAS – Júlia Moura, também na Folha, publicou matéria revelando ter ocorrido uma nova desvalorização das criptomoedas, modelo que já possui um ativo bastante alto no mesmo nível do risco que nelas representam os aplicadores.

O volume das perdas ocorridas no mês de março, publicadas agora, mostram nitidamente uma questão eterna: as engrenagens financeiras, no fundo da questão, dependem do poder de consumo sobre o qual repousam as movimentações. Nenhuma medida financeira por si só é capaz de produzir riqueza e muito menos melhorias da economia ou produção de qualquer avanço social.

CONCENTRAÇÃO DE RENDA – O lance financeiro não existe se não tiver uma base sólida no poder aquisitivo da população. Lance de dados financeiros não criam, por isso, riqueza. Muito menos são capazes de melhorar o panorama econômico ou proporcionar qualquer redistribuição de renda. Pelo contrário; só promovem mais concentração. Isso porque somente os segmentos de renda alta podem ter acesso ao balanço dos índices que representam o caminho da concentração, não o da redistribuição.

O problema da concentração de renda não é só do Brasil, mas em nosso país atinge um grau elevadíssimo. A prova está aos olhos de todos. Basta recorrer aos vídeos que focalizam do alto os redutos da pobreza. A imagem fala por si e resume a triste verdade de que uma parcela enorme da população vive sem contar com o abastecimento de água e serviço na rede de esgotos. As duas imagens, na verdade, são as que condenam a concentração de riqueza levada a uma estratosfera tanto política quanto social.

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