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quinta-feira, abril 01, 2021

Golpe de 64 cassou mandatos, aposentou ministros do STF, suspendeu eleições diretas — era o amanhecer da ditadura


A história de 64 começa na verdade em 61 quando Jânio Quadros renunciou

Pedro do Coutto
 
As comemorações que o general Braga Netto promoveu nesta quarta-feira, dia 31, foram marcadas por uma história incompleta daquela que ele pretendeu apresentar ao divulgar o texto que achava adequado. Na realidade, a deposição do presidente João Goulart foi sucedida pelo Ato Institucional nº 1, que teve a colaboração do jurista Francisco Campos, também autor, em 1937, do ato de Getúlio Vargas implantando O Estado Novo e estabelecendo uma ditadura total no país que durou até 29 de outubro de 1945 quando foi afastado pelo movimento político-militar que restaurava o regime democrático.  

Em 1964, pelo Ato Institucional nº 1, o general Castelo Branco, então escolhido presidente da República, cassou mandatos parlamentares, aposentou os ministros Victor Nunes Leal, Hermes Lima e Evandro Lins e Silva do STF. Os dois primeiros nomeados por JK, Evandro por João Goulart. Alterou a composição da Corte Suprema; ao invés de sete ministros, onze. Nomeou personalidades ligadas à UDN que possuíam cultura jurídica. Foi o caso de Adaucto Lúcio Cardoso, Aliomar Baleeiro, além de outros que asseguraram a maioria do governo nos julgamentos.

MOBILIZAÇÃO – A história de 1964 começa na verdade em 1961. quando Jânio Quadros renunciou. O vice João Goulart encontrou sérias dificuldades para assumir e, não fosse a mobilização do governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, e do general Machado Lopes, não teria conseguido chegar à Presidência da República. Mas, para isso, teve que aceitar a emenda parlamentarista que estabeleceu um sistema à base de decisões múltiplas no que se refere a decretos e projetos e lei.

As matérias teriam que ser assinadas pelos ministros das pastas a que se referiam, pelo Primeiro Ministro, cargo criado na crise e finalmente pelo próprio presidente da República. Só valiam com as três chancelas.  

O primeiro-ministro foi Tancredo Neves que harmonizava o PSD com o PTB e também era um homem de grande habilidade política. A UDN participou do ministério; Virgílio Távora nos Transportes, Gabriel Passos nas Minas e Energia, Affonso Arinos, embaixador do Brasil na ONU. Walther Moreira Salles na Fazenda, Ulysses Guimarães na Indústria e Comércio e João Pinheiro Neto no Trabalho.

REFORMA MINISTERIAL – E assim formou o governo. Mas teve que fazer a reforma ministerial porque os deputados que formavam a equipe tinham que disputar a reeleição. O mesmo ocorreu com Santiago Dantas, então ministro das Relações Exteriores.

Em relação ao senador Affonso Arinos, a Consultoria da República chegou à conclusão de que ele não poderia acumular o seu mandato com o posto de embaixador da ONU. No episódio, o governo Goulart evaporou. Santiago Dantas perdeu a eleição no Congresso para o cargo de primeiro-ministro.  

QUEDA – Goulart no plebiscito de 6 de janeiro de 1962 livrou-se do parlamentarismo. Sua queda começou aí. No governo foi acossado por Leonel Brizola que desejava ser candidato à sua sucessão, mas não podia porque era seu cunhado. O processo político radicalizou-se e Carlos Lacerda, então governador da Guanabara, desencadeou uma campanha fortíssima com o apoio da UDN e de correntes militares contra Goulart.

João Goulart procurou radicalizar também para não perder a liderança do PTB para Brizola. Com isso, ele mobilizou sindicatos, assinou decreto encampando as refinarias de Manguinhos e Capuava, iniciou um processo de reforma agrária, mas não atribuiu importância aos acontecimentos no Sindicato dos Metalúrgicos quando os trabalhadores carregaram o comandante Aragão.

O CLIMA ERA TERRÍVEL – O governo militar não identificou o cabo Anselmo como agente duplo e participou no dia 30 de março de uma reunião com sargentos no Automóvel Clube, na Rua do Passeio. Jango foi aconselhado por Tancredo Neves a não comparecer. Não aceitou o conselho. Brizola não esteve presente na reunião com os sargentos. O clima estava terrível. Saiu o decreto da reforma agrária, possibilitando a desapropriação de áreas distantes a dez quilômetros de rios, açudes, ferrovias e hidrovias.

Jango preparou um projeto de reforma urbana que estabelecia que os proprietários de imóveis alugados separassem dois de sua predileção, e os demais seriam vendidos sob a forma de aluguel. Pode-se imaginar a repercussão que isso teve, e que conseguia unir contra Jango tanto a anarquia quanto os setores comunistas. Em 31 de março foi o fim do governo.

OMISSÃO – Mas o general Braga Netto quando diz que o movimento de 31 de março, apoiado por Lacerda, era para garantir a democracia, omitiu as consequências citadas por mim no início deste artigo. Ocultou também o Ato Institucional nº 2 que adiou as eleições presidenciais de 65 para 66, prorrogando o mandato de Castelo por um ano, suspendeu os habeas corpus e mandados de segurança, tornou inapreciáveis judicialmente decisões do governo e transformou a sucessão presidencial de direta para votação pelo Congresso.

A censura à imprensa viria a ser implantada pelo seu sucessor Costa e Silva na dramática reunião ministerial do Palácio das Laranjeiras em dezembro de 68 quando foi editado o Ato Institucional nº 5. Com ele, além da censura, se intensi vieram as torturas e seus personagens que acabaram expostos na história do Brasil.

Assumiu o ministério da Justiça o ministro Gama e Silva, o ultradireitista. Quando Costa e Silva foi atingido por um AVC, o governo foi assumido por uma junta militar formada pelo general Aurélio de Lira Tavares, pelo almirante Augusto Rademaker e pelo brigadeiro Márcio de Sousa Melo. As violências atingiram o auge e se mantiveram ao longo dos cinco anos de mandato do general Emílio Garrastazu Médici.

ELEIÇÕES ADIADAS –  Vale frisar um ponto importante, quando da “eleição” de Castelo Branco, pelo Congresso, Juscelino, então senador por Goiás, votou em seu nome. Castello tinha assumido o compromisso de garantir eleições livres em outubro de 65, conforme previsto na Constituição. Mas depois adiou as eleições para 66 e afastou Carlos Lacerda pelo voto indireto.

Carlos Lacerda não se conformou e rompeu com a revolução e a ditadura militar. Ele, que foi líder do movimento de março, acabou preso e teve os direitos políticos cassados. Havia sido eleito governador da Guanabara em 1960. Em 65 seu candidato Flexa Ribeiro perdeu as eleições diretas para Negrão de Lima na Guanabara. Foram as últimas eleições diretas para governadores antes do seu restabelecimento em 1982.

Depois de Médici, o governo militar elegeu Geisel presidente da República. Seu irmão Orlando Geisel havia sido nomeado ministro do Exército de Médici, e nessa condição assegurou a investidura de Ernesto Geisel na Presidência. Geisel não confirmou Orlando no ministério. Alguns dias após a posse do novo governo, Orlando foi afetado por um AVC. Faleceu pouco depois.

LEIA DA ANISTIA – Geisel escolheu para sucedê-lo o general João Figueiredo, tendo como vice Aureliano Chaves. Figueiredo em 79 assinou a Lei da Anistia. Seu governo partia para abertura, manteve uma relação cordial com Leonel Brizola que estava exilado no Uruguai. Tentava uma abertura política, mas foi surpreendido pela bomba no Riocentro em 30 de abril de 1981, quando morreu o sargento Antônio do Rosário e ficou gravemente ferido o capitão Wilson Machado. Hoje, Machado é coronel da reserva. Antes, em 26 de março, uma bomba destruiu a sede da Tribuna da Imprensa.

A participação dos extremistas militares ficou comprovada. Além da bomba que explodiu no Riocentro, uma segunda bomba caiu no chão ao lado do carro em que os dois se transportavam. O automóvel era dirigido por Wilson Machado. A segunda bomba foi revelada no Jornal de uma da tarde pela TV Globo. Mas foi excluída do Jornal Nacional. O diretor de jornalismo, Armando Nogueira, ficou mal no episódio.

EXPOSIÇÃO DA UNIÃO SOVIÉTICA – Vale destacar no ciclo do poder militar um acontecimento bastante sensível. João Goulart reatara relações diplomáticas e comerciais com a então União Soviética. A União Soviética em 62 montou uma exposição de seus produtos no Rio, no Campo de São Cristóvão. Num sábado, por volta das 22h, chega espavorido à exposição Carlos Lacerda.

Eu era repórter no Correio da Manhã e também estava na exposição. Um radical da corrente militar, major Lameirão, revelou a não sei quem que havia colocado uma bomba na exposição. O governador chegou aflito, pois uma bomba na exposição da União Soviética acarretaria uma intervenção na Guanabara. Chegaram os peritos e encontraram um artefato, mas desativado. Lameirão talvez tenha delirado e confundiu seu desejo com a realidade. Entretanto o objeto estava lá.

Telefonei para o Correio da Manhã e passei o fato. O jornal foi o único a publicar no domingo o acontecimento da noite de sábado. Acrescento isso na história da ditadura militar e na própria história do Brasil.  

NA LINHA DE AZEVEDO E PUJOL –  Em declarações publicadas ontem pelo O Globo, Mourão afirma que não haverá ruptura institucional com as mudanças em curso no Ministério da Defesa e no blog da jornalista Andréia Sadi da TV Globo e da GloboNews, Mourão disse que em matéria de ruptura institucional e constitucional a chance é absolutamente zero. As Forças Armadas, disse, vão se pautar sempre pela legalidade.

Acrescenta o jornal que militares da reserva estão se articulando para defesa da democracia e pela não politização das Forças Armadas, classificando-as como forças do estado e não do governo.  

DEBANDADA – Na Folha de São Paulo, reportagem de Bernardo Caram, Thiago Resende e Fábio Pupo, anuncia que se o presidente Bolsonaro não vetar dispositivos introduzidos pelo Congresso no projeto do Orçamento para 2021, orçamento que se eleva a R$ 3,6 bilhões , a equipe do Ministério da Economia ameaça debandada da pasta.

O ministro Paulo Guedes pretende levar o caso ao presidente Jair Bolsonaro. Novo problema para o governo. Fica com Paulo Guedes ou com Arthur Lira e Rodrigo Pacheco? Os projetos de Paulo Guedes, a meu ver, fracassaram seguidamente. O caso dessas emendas parlamentares é mais um da série.

Impeachment de Bolsonaro pode sair via STF, por um motivo simples – ninguém aguenta mais!


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Moraes pode detonar Jair Bolsonaro com um sorriso nos lábios

Carlos Newton

O primeiro pacto entre os três Poderes foi um sucesso total para os políticos e empresários envolvidos em atos de corrupção. Como num passe de mágica, o Pacote Anticrime do ministro Sérgio Moro foi substituído no Congresso pela Lei do Abuso de Autoridade, para amedrontar juízes, procuradores e delegados.

Com isso, o presidente Bolsonaro deu um grande passo para blindar os filhos e ele próprio, enquanto Lula da Silva, José Dirceu e outros corruptos eram libertados. Ou seja, o pacto pela impunidade funcionou à perfeição, como uma máquina de lavar dinheiro e reputações.

MULHERES DE MINISTROS –Todos sabem a história do primeiro pacto. Começou muito antes da eleição, em maio de 2018, quando um relatório da Receita Federal citou a advogada Guiomar Mendes, mulher do ministro Gilmar, por ocultação de patrimônio, lavagem de dinheiro e tráfico de influência. 

A mesma investigação apanhou na malha fina a advogada Roberta Rangel, mulher de Dias Toffoli, e em julho de 2018 surgia o escândalo de que a ela dava uma mesada de R$ 100 mil ao marido, que não declarava ao IR e usava R$ 50 mil para pagar a pensão da primeira mulher, vejam a que ponto chegamos.

Ou seja, em 2018, Gilmar e Toffoli necessitavam desesperadamente desse pacto com o Executivo para evitar o prosseguimento das investigações da Receita.

ANTES DA ELEIÇÃO – O entendimento foi proposto pelo então presidente do Supremo, Dias Toffoli, antes do segundo turno da eleição de 2018, não importava quem ganhasse, pois o PT precisava mais do pacto do que Bolsonaro, já que Lula e Dirceu estavam presos.

Toffoli voltou ao assunto após a eleição de Jair Bolsonaro e fez nova carga na sessão de abertura dos trabalhos do Congresso, em 1º de fevereiro de 2019. Em 28 de maio de 2019, com a tese já amadurecida, o presidente recebeu para um café-da-manhã no Alvorada o ministro Dias Toffoli e os presidentes de Câmara e Senado, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre.

Nascia assim o pacto da impunidade, que soltou Lula e Dirceu, destruiu o Pacote Anticrime de Moro e terminou com os problemas das famílias Toffoli e Mendes.

BOLSONARO MELOU TUDO – O pacto acabou se dissolvendo por culpa do próprio presidente, que infantilmente deu força a manifestações antidemocráticas contra o Congresso e o Supremo em abril de 2020.

Com a troca de comando na Câmara e no Senado, agora em 2021, Bolsonaro usou a caneta e a chave do cofre para refazer o pacto com o Congresso, mas teve como incluir  o Supremo, presidido por Luiz Fux.

Agora, o impeachment de Bolsonaro pode até sair através do Supremo, num dos quatro inquéritos a que ele está respondendo:  fake news, atos antidemocráticos, interferência na Polícia Federal e atuação da Abin em defesa de Flávio Bolsonaro. 

GABINETE DO ÓDIO – Os dois primeiros inquéritos estão concluídos e incriminam o “gabinete do ódio”, instalado no terceiro andar do Planalto, ao lado da sala de Bolsonaro. Portanto, logo saberemos se o relator Alexandre de Moraes terá coragem de processar o presidente da República, ou vai passar um pano nessa emporcalhação…

A verdade é que ninguém aguenta mais tanta ignorância, tanto despreparo, tanta desfaçatez, tanto despudor, tanta falta de educação. Realmente, chega! Deveriam dar uma chance de o vice Mourão mostrar serviço.  

Santos Cruz diz que Bolsonaro erra por não compreender a cultura e a educação militar

Publicado em 1 de abril de 2021 por Tribuna da Internet

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Santos Cruz vai trabalhar por uma terceira via em 2022

Marcelo Godoy
Estadão

O general Carlos Alberto Santos Cruz avalia que o presidente Jair Bolsonaro deu “um tiro no pé” ao substituir os comandantes das Forças Armadas para tentar envolvê-las na política. E acredita que o repúdio às ações nesse sentido vai sair reforçado do episódio. O general acusa o presidente de ter desrespeitado os comandantes, as funções e as próprias instituições: “É uma coisa que o presidente não entendeu ou não tem capacidade para entender”.

Há três dias que o telefone do ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo não para. São mensagens e pedidos de entrevista para o ex-aliado de Bolsonaro. Rompido com o presidente que ajudou a eleger, Santos Cruz afirma ter dois objetivos: afastar as Forças Armadas da política e alertar para os riscos do radicalismo.

Qual o significado da decisão do presidente Bolsonaro de mudar a cúpula da Defesa e, depois, das três Forças?
O ministro é um cargo político e tem um significado diferente das três Forças. Os comandantes delas não estão na camada política. São comandantes operacionais, pessoas que nasceram dentro das instituições e contam com 45 anos de serviço, período em que foram testados e avaliados. Eles fazem parte da instituição. Dispensar essas pessoas, da maneira como foi feito, mostra desrespeito total às pessoas, à função e à instituição. Isso é um desrespeito inaceitável. Outra coisa é que as Forças Armadas têm uma cultura que nada tem a ver com a conduta do presidente, apesar de ele ostentar o título de capitão.

É uma questão de cultura?
A cultura das Forças Armadas é outra, completamente diferente da dele. Ele tem um pensamento inaceitável de politização das Forças e de falta de respeito que as Forças Armadas não têm. Elas não são assim. Temos uma cultura completamente diferente. Por fim, não é fácil quebrar a postura institucional, baseada na hierarquia, na disciplina e na liderança. São coisas que o presidente não entendeu ou não tem capacidade de entender. Acha que você pode destratar e fazer uma ofensa desse nível e que vai dar tudo certo. Não é possível uma coisa dessas. É preciso respeito e consideração pelas pessoas e pelas instituições. Isso é fundamental.

Há também a questão institucional..
Não se pode ser um governante que não tenha respeito e consideração pelas pessoas, por qualquer cidadão. Ele mostrou que não tem consideração. Outra coisa é que as Forças Armadas não têm nenhuma tendência de apoiar governo ou manobras pessoais ou a política rotineira. Elas não têm essa característica e estão muito firmes na linha institucional e acho que agora vão ficar mais firmes ainda. Essa solidez vai ser reforçada. Bolsonaro cometeu um erro gravíssimo de avaliação e de comportamento político e de educação. O que Bolsonaro fez foi dar um tiro no pé.

Companheiros do senhor dizem que se sentem envergonhados e ofendidos, como militares, por quem pensa que as Forças Armadas servem para aventuras. Em função disso, qual a avaliação que o senhor faz hoje dos atuais generais do Exército?
Conheço muitos. Os que estão aí trabalharam comigo durante 30 anos. Jamais se desviarão do dever profissional. São pessoas preparadas, não são irresponsáveis. É gente que se preparou a vida inteira, pessoas testadas e avaliadas o tempo todo na carreira. Não vão se expor a uma aventura dessas. A liderança da estrutura militar começa lá embaixo, no cabo, no sargento, no tenente e no capitão. É uma estrutura toda sólida. Não vejo nenhuma chance de qualquer desvio do que é legal, honesto e previsto.

Na véspera do 31 de Março, um colega do senhor disse que as Forças Armadas também têm um aprendizado histórico. E citou o que se passou na Argentina e na Venezuela, como caminhos que não se pretende seguir. O senhor concorda?
Essa geração de militares quer distância disso. No caso da Argentina, os militares arrumaram uma guerra sem ter condições econômicas e estruturais. Meteram-se nela de uma maneira irresponsável e deu no que deu. A Venezuela é esse populismo de característica militar que a gente aqui pratica de vez em quando em eventos muito semelhantes. Trata-se de um exemplo que não pode ser seguido. Ninguém aceitará isso.

Em 2018, o senhor apoiou a candidatura de Jair Bolsonaro contra a candidatura do PT. Empresários que, como o senhor, votaram em Bolsonaro dizem que não o fariam mais, que votariam em branco em um eventual segundo turno entre ele e Lula. O que o senhor faria numa situação assim?
A primeira coisa é que eu acho que o PT já teve a sua chance de governar por quatro mandatos. Não é o caso de retornar 20 anos para trás. É preciso uma nova geração. Já Bolsonaro, infelizmente, em dois anos e pouco está mostrando que não atendeu às expectativas de quem votou nele por uma série de deficiências. Não desejo uma decisão final entre Lula e Bolsonaro. Em um primeiro turno, sem dúvida, será mais fácil escolher outro candidato. Pensar em um segundo turno entre Lula e Bolsonaro é criar um dilema que você não devia nem mesmo me perguntar, de tão ruim. Ninguém quer se imaginar nessa situação agora.  Eu tenho absoluta certeza – e já escutei várias pessoas – que, se chegar nessa situação, vamos votar em branco. A gente ficaria entre a cruz e a espada. É uma situação que muitos pensam em trabalhar para que não aconteça.

O que o senhor pretende fazer até lá?
Tenho duas motivações nesse momento: alertar todo o dia  e onde eu possa que o fanatismo vai levar à violência. Não pode haver fanatismo. E a minha segunda motivação é não deixar o Exército ser arrastado para a política partidária. O que aconteceu (a demissão dos comandantes das três Forças) não é a primeira tentativa. No ano passado, com aquela conversa fiada do Ives Gandra Martins sobre o poder moderador das Forças Armadas, estavam criando uma brecha para tentar arrastar as Forças para a política. Então, de tempos em tempos, essa investida volta, como agora, com essa nova tentativa. Os comandantes reagiram de maneira honesta e nobre para evitá-la. Temos de ficar vigilantes.

Em 2022 teremos eleições. O senhor pretende se candidatar?
Não quero pensar em me filiar, pois, ao não me filiar a partidos, tenho mais liberdade; não fico preso à bandeira de partido nenhum. Se eu me filiar, vou fazer isso aos 44 do segundo tempo ou na prorrogação. Essa decisão não consegue ocupar minha cabeça agora.

Há divisões nos quarteis – oficiais são contra Bolsonaro, mas as bases apoiam o presidente


Braga Netto defende Mandetta e é alvo de ala ideológica

Braga Netto será do time de “um manda, o outro obedece”?

Vicente Nunes
Correio Braziliense

A troca dos comandantes das três Forças Armadas: Marinha, Exército e Aeronáutica foi o jeito encontrado para não deixar o comandante do Exército, Edson Pujol, sozinho na chuva. Era uma determinação do presidente Jair Bolsonaro trocar Pujol. Mas ele acabou mandando demitir os três como sinal de que quem manda é ele.

Pujol vinha sendo mantido no cargo, mesmo com toda a pressão de Bolsonaro, por determinação do então ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. Como ele foi demitido, as portas ficaram abertas para que o presidente da República assumisse o comando do Exército.

PERIGO À VISTA – A meta de Bolsonaro é ver as Forças Armadas, sobretudo o Exército, totalmente vinculadas a seu governo. Um perigo, como ressaltou o próprio Azevedo e Silva, que barrou, por diversas vezes, a entrada da política nos quartéis. A chegada do general Braga Netto no Ministério da Defesa é a senha para a mudança de postura na Forças.

A politização dos quartéis é vista com muita apreensão no Congresso e no Judiciário. Bolsonaro já mostrou, por diversas vezes, o desejo de adotar um tom autoritário em seu governo. Recentemente, disse que “o meu Exército” atuaria contra as medidas restritivas adotadas por prefeitos e governadores contra a pandemia do novo coronavírus.

TROPAS DIVIDIDAS – A demissão dos três chefes da Forças Armadas, fato inédito na República, ocorre um dia antes da data marcada como o do golpe militar de 1964. A partir de agora, é ficar atento aos nomes que serão escolhidos para suceder Edson Pujol no Exército, Ilques Barbosa Júnior, na Marinha, e Antonio Carlos Bermudez, na Aeronáutica. A tendência é de que os novos comandantes das Três Forças sejam mais alinhadas a Bolsonaro. É aí que mora o perigo.

O clima é de tensão nos quartéis. Há divisão nas tropas. A maior parte do alto escalão é contra o alinhamento das Forças ao governo e à política. As bases estão quase que totalmente fechadas com o bolsonarismo.

Lei que permite aos empresários a compra de vacinas é inconstitucional e até imoral

Publicado em 1 de abril de 2021 por Tribuna da Internet

Charge do Adão (Site Um Brasil)

Jorge Béja

O primeiro inviolável Direito da pessoa humana que a Constituição Federal aponta é o direito à vida (artigo 5º, caput). E vida com saúde, porque vida sem saúde é vida moribunda. A mesma Carta é clara e impositiva quando diz que “A saúde é direito de todos e dever do Estado…” (artigo 196).

A pandemia roubou a saúde de toda a Humanidade. E nesta quadra deste flagelo, o Brasil é o país mais atingido, porque seu governo federal é o mais relapso dos relapsos. E o povo brasileiro vai sendo dizimado.

LEI INCONSTITUCIONAL – A tal lei que vai permitir (ou já permite) que a iniciativa privada (empresariado) compre vacina, a pretexto de vacinar seus empregados e familiares a fim de sustentar o emprego e a produção, é lei inconstitucional.

Quando a primeira oração do artigo 5º da Constituição Federal dispõe que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza…”, a Carta está proibindo a distinção entre nós, brasileiros, sem jamais privilegiar os empregados (e seus familiares) de empresas poderosamente ricas, a ponto de conseguir a vacina por meio que o Estado brasileiro não consegue.

E aqui reside outra anomalia intrigante e suspeitíssima: como a iniciativa privada vai conseguir comprar o que o Poder Público Nacional não consegue? Por contrabando? Atravessadores? Clandestinidade? Falsificações?

AMPARO LEGAL – O livre comércio, a livre iniciativa, o livre mercado, tudo enfim que seja lícito no mundo comercial é salutar, necessário, útil e tem amparo legal. Mas numa pandemia que vai matando a Humanidade, que vai matando perto de 4 mil brasileiros por dia, sem parar, sem esperança de ser estancada, privilegiar o empresariado com esta esdrúxula e improba exceção é gesto estatal e oficial de fracasso, de desumanidade, de favorecimento aos ricos em detrimento dos pobres, dos sem vez e sem voz, sem emprego… sem nada.

A vacinação é para todos. É dever do Estado, com quem a iniciativa privada, neste ponto, não pode competir. Muito menos lucrar.

Oportunismo e demagogia, já dizia o ex-senador André Franco Montoro Filho que " o desvio mais comum da democracia é a demagogia"

                                  Fotos das Redes Sociais enviadas por leitores deste Blog

                                                        Prefeito promoção pessoal                     
                                                 Aglomeração do povo
                                                    Aglomeração expondo o povo ao Covid-19
             Símbolo do partido do prefeito, politicagem na distribuição do peixe. 

                                             Aglomeração e pessoas sem máscaras
                                          Adolescente junto adultos sem máscaras na aglomeração
                                                                     Carreata
                   Promoção pessoal as custas do dinheiro do povo juntamente com crianças sem máscara no centro da aglomeração.



A imagem do prefeito  de Jeremoabo e alguns de seus Secretários na distribuição  do peixe da Semana Santa   aproveitando-se das ações sociais do Governo do Município nesse período de pandemia de coronavírus para fazer promoção pessoal na entrega de peixes às famílias carentes  postando vídeos e fotos fazendo a entrega é a  caracterização do oportunismo, já que nem na desgraça do novo coronaviros perdem a oportunidade  explorando a pobreza

Ninguém é contra a entrega do peixe  que é muito importante. Muitas pessoas não tem condições de comprar o alimento que é tradicional da época e isso beneficia muito a estas pessoas”, no então é contra fazer politicagem, promoção pessoal com o dinheiro do povo para zombar  dos mais carentes que estão em situação de vulnerabilidade social

A distorção mais comum da ação social é o assistencialismo. É dar o peixe e não ensinar a pescar. Com o assistencialismo, quem recebe a "esmola" ou o "favor" fica devendo ao doador ou a seu padrinho - e o apadrinhamento prolifera quando as instituições públicas funcionam mal. "(A distorção mais comum da ação social é o assistencialismo. É dar o peixe e não ensinar a pescar. Com o assistencialismo, quem recebe a "esmola" ou o "favor" fica devendo ao doador ou a seu padrinho - e o apadrinhamento prolifera quando as instituições públicas funcionam mal. Se o sistema de saúde ou de creches funcionasse bem, não haveria espaço para padrinhos, já que não seria necessário pedir ajuda para ser atendido.).

Essa distribuição de peixe que em tese deveria ser um ato para permitir às famílias mais pobres o direito de ter o peixe em seu cardápio durante o período da Semana Santa”, não passa de uma politicagem eleitoreira antecipada, promoção pessoal com o dinheiro do povo, desrespeito aos comerciantes que estão com seus estabelecimentos fechados, atentado a saúde do povo devido as aglomerações e até carreatas afronta as normas da OMS, ao Decreto do Governado e o pior ao decreto do proprio prefeito,

Lamentavelmente estão implantando uma " genérica nova sucupira em Jeremoabo, com uma cópia de  Odorico  Paraguaçu.

Em destaque

Narrativa Lógica sobre o Caso de Negliência no Hospital Geral de Jeremoabo

  "Contra fatos não há argumentos"                                         O termo "fake news" se refere a informações ...

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