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sábado, junho 09, 2007

"A classe política rouba, rouba, e não acontece nada"

Por: RUDOLFO LAGO


O senador gaúcho diz que a solução para a crise moral não virá da classe política e defende que as pessoas ocupem as ruas

Aos 77 anos, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) está desencantado com a política. Ele afirma que todo o comando do País, Congresso, Executivo e Judiciário, está de mãos atadas por conta da corrupção. Do alto de seu desencanto, Simon diz não encontrar mais ninguém que possa servir de exemplo às pessoas. Ele percebe que as atitudes da maior parte dos parlamentares não se parecem com as suas e teme que esses comportamentos comecem já a contaminar os valores do Brasil como um todo. Por isso, esse gaúcho de Caxias do Sul, casado e pai de quatro filhos, avalia que já não se deve esperar uma solução para essa crise moral que saia do Parlamento brasileiro ou de qualquer outro setor da elite política nacional. Pedro Simon prega que somente a sociedade, de forma organizada, pode cobrar a saída que faça o País retomar o caminho da ética e da moralidade. Ele quer as pessoas nas ruas, cobrando de políticos, do governo e do Judiciário um novo comportamento.
ISTOÉ - Há cerca de 15 anos, o sr. propôs a CPI das Empreiteiras. Por que essas investigações nunca aconteceram? Pedro Simon - Existem vários interesses em jogo. Nas últimas eleições - nas duas em que o Lula ganhou e nas duas em que a vitória foi do Fernando Henrique -, as empreiteiras estavam no primeiro lugar na lista dos doadores de campanha. Quando nós pedimos a CPI das Empreiteiras pela primeira vez no governo Fernando Henrique, o PT não chegou a ser contra, mas também não fez muita força. Na segunda vez, o PT foi contra, e o PSDB também. Agora, estava quase certo que poderia sair a CPI da Navalha. Porque envolvia uma empreiteira pequena. O dono dessa empreiteira era subgerente de uma outra grande empreiteira da Bahia.
Era quase certo que sairia essa CPI. Mas aí disseram: "Então, vamos fazer de todas as empreiteiras." Agora, não vai nenhuma. Como vai atingir todas as empreiteiras, vai atingir quase todo mundo. Aí, infelizmente, morreu. Retiraram as assinaturas e não se consegue repor.
ISTOÉ - Então temos um Congresso comprometido? Simon - Nós temos é o comando do País de mãos atadas. Congresso, Executivo, Judiciário. Me honra dizer que, ao longo da história, o Rio Grande do Sul tinha fama de ter um grande Judiciário. Agora, não sei mais. O Judiciário também está atingido.
ISTOÉ - E como o País pode sair dessa crise ética? Simon - Não tem que se fazer nenhuma nova lei, não é necessário mudar nada. A única coisa que precisa é acabar com a impunidade. Botar quem comete essas bandalheiras na cadeia. Como aconteceu na Itália na Operação Mãos Limpas. Investigação que prendeu ex-primeiros-ministros, mais de 100 parlamentares, empresários. Quer dizer: fizeram para valer. Aqui no Brasil não se vê qualquer chance de se fazer isso.
ISTOÉ - Por quê? Simon - Aqui, inventaram primeiro o tal foro privilegiado para os parlamentares. Para serem processados, os deputados tinham que ter licença da Câmara ou do Senado. Aí, o procurador denunciava, o Supremo pedia licença e o Congresso nada fazia. Engavetava. Teve parlamentar que ficou aqui 20 anos com homicídio nas costas. Quando eu cheguei aqui pela primeira vez, o primeiro projeto que apresentei terminava com isso. Por milagre, conseguimos aprovar isso há alguns anos. Não precisa mais da licença do Congresso. Foi uma festa: agora, começou a moralizar.
Aí, passou a ficar na gaveta do procurador-geral da República. Ele não denunciava, não fazia nada. No governo Lula, os procuradores começaram a tomar providências. Os processos começaram a ir para o Supremo. Nunca me passou pela cabeça que, então, os processos iam ficar na gaveta do Supremo. O Supremo e nós todos temos que ter responsabilidade para encontrar uma saída para isso.
ISTOÉ - A situação hoje é pior do que há 25 anos, quando o sr. chegou ao Congresso? Simon - É pior. O país foi se corrompendo, infelizmente. Virá ao Senado daqui a alguns dias o escritor de telenovelas Sílvio de Abreu. Ele diz que a tevê faz pesquisas e conclui a novela de acordo com a expectativa da opinião pública. Na última novela dele, fizeram uma pesquisa e disseram que a mocinha devia ficar com o malandro. "O marido é um chato".
Havia outro que cometeu irregularidades e acharam que ele não devia ir para a cadeia."Nesse país, ninguém vai para a cadeia". Há dez anos, isso não acontecia nas novelas.
A mocinha acabava com o mocinho, e o ladrão ia para a cadeia.
Alguém disse que, perto do que acontece hoje, o Collor deveria ser levado para um tribunal de pequenas causas"
ISTOÉ - O que provocou isso?Simon - A falta de bons exemplos da elite política. A classe política rouba, rouba, e não acontece nada. Se você vir o que aconteceu no caso de Fernando Collor, alguém disse que, perto do que acontece hoje, ele deveria ser levado para um tribunal de pequenas causas.
Agora não: no governo Fernando Henrique e Lula, é macrocorrupção. Perdeu-se a seriedade. Envolve enriquecimento do presidente, da família. Um dia, alguém vai esclarecer a venda da Vale do Rio Doce. Venderam a Vale por R$ 3 bilhões. No Sul, nós vendemos 40% de uma termoelétrica por R$ 3,5 bilhões. E a segunda mineradora do mundo é vendida por R$ 3 bilhões. E, de repente, hoje ela está valendo R$ 90 bilhões.
Nem que transformasse o minério em ouro, dava para aumentar o capital dessa maneira. A emenda da reeleição foi um escândalo. E Lula? Eu achei que quando o Lula assumisse eu poderia dormir em paz. Aí, ganha a eleição e dá nisso que está aí?

ISTOÉ - O que o incomoda mais na atitude do presidente Lula?Simon - Essa coisa de, a cada denúncia, dizer que o ministro ou auxiliar é inocente até prova em contrário. Ninguém ainda explicou para ele a diferença da regra jurídica que considera inocente até a condenação definitiva à regra do Direito Penal. O presidente do Banco Central, por exemplo, está sendo processado no Supremo. Não se pode dizer que é criminoso. Mas não se pode dizer que é inocente, porque ele está sendo processado. Ele dirige uma instituição delicada, que precisa ser preservada. Ele está sendo denunciado pelo procurador- geral da República. Contra autoridades, não podem recair suspeitas.
ISTOÉ - A constatação dessa piora não desencanta o sr.? Simon - Eu sou um cara que tem seus princípios. Eu não conseguiria renunciar e ir para casa. Mas, na última eleição, eu vinha ganhando e houve um momento em que comecei a cair nas pesquisas. Confesso que não fiquei chateado com a perspectiva de vir a perder. Sem dúvida, está ficando difícil.
ISTOÉ - O sr. acredita que suas posições políticas ficam na contramão da maioria de seus pares? Simon - Não sei. Mas veja agora: eu não falei mal do senador Sibá Machado. Eu só acho que ele não poderia ser presidente do Conselho de Ética num momento em que vai se julgar o presidente do Senado, Renan Calheiros, que é também um dos maiores aliados do governo. Não é que ele não tenha qualidades. Tem todas, menos uma: ele é suplente.
Está sujeito amanhã a cair fora. Aí, nós temos o corregedor, Romeu Tuma, dizendo que quer absolver, não quer condenar. Eu nunca vi isso na minha vida.
ISTOÉ - Então, o sr. acha que o julgamento do senador Renan Calheiros será uma mera encenação? Simon - Eu acho que sim. Acho que está se levando para isso. Quando Siba devolveu o processo para a Mesa, eu protestei. Achei que ele devia, ao menos, ter ouvido o conselho. Aí, o Tuma dá um parecer que a gente já sabe o que dirá. Ele não deu chance de a gente acreditar que fará um trabalho isento. Nisso tudo, eu só gostei da atitude do Renan, de rapidamente devolver o caso para o conselho. Eu não acho que ninguém tenha que punir o Renan só porque ele teve um caso fora do casamento. Mas o envolvimento com uma empreiteira é preciso apurar com isenção e responsabilidade. E eu não sei se isso vai acontecer.
ISTOÉ - O sr. acha que o Renan deveria se afastar da presidência do Senado? Simon - Se ele devolveu para o conselho, se não está mais na Mesa, que ele preside, acho que ele, então, em tese, não tem como interferir. Ele tomou uma atitude politicamente muito competente. Agora, eu, no lugar dele, me licenciaria.
ISTOÉ - O PMDB aparece em todos os escândalos recentes do País - Operação Navalha, Sanguessugas e no Mensalão. Como o sr. se sente estando nesse partido? Simon - No começo, eu me sentia arrasado. Mas não é só o PMDB.
É o poder, o encanto do poder. Agora, é verdade que, do Sarney para cá, nossa história não é tão bonita. Parece que enterraram uma caveira de burro na sede do nosso partido.
ISTOÉ - Uma reforma política seria a solução para os problemas da corrupção? Simon - Eu não digo que reforma política seja a solução dos problemas. Mas eu digo que a solução dos problemas passa pela reforma política.
É preciso mudar o sistema político brasileiro. Agora, se a elite não tem vontade, não há legislação no mundo que resolva. Aqui, o ministro se envolve numa denúncia de corrupção, é obrigado a renunciar e ajuda a escolher o sucessor dele. No Japão, iam iniciar o inquérito para apurar, e o ministro se matou. Se isso tudo o que aparece no Brasil botasse gente na cadeia, não precisava mudar nada.
"Eu achei que quando o Lula assumisse eu poderia dormir em paz. Aí, ele ganha a eleição e dá nisso que está aí
ISTOÉ - E hoje, quem há? Simon - Não tem ninguém. O que eu defendo é que está na hora de a sociedade fazer um movimento. As pessoas deveriam vir a Brasília de verde-e-amarelo, ou de roupa branca, cercar o Congresso, cercar o Palácio do Planalto, cercar o Supremo, botar a faca no nosso peito, e exigir uma mudança. A sociedade tem que reagir. Nós entramos num lamaçal, numa areia movediça, de onde ninguém consegue sair.
ISTOÉ - O sr. disse que os valores éticos da sociedade estão comprometidos. O Congresso não é o espelho dessa sociedade? Simon - Já há uma contaminação. Os valores do povo ainda não são esses. Ao contrário, eu acho que o povo brasileiro é um grande povo, correto, responsável. Por isso, precisa reagir.
Fonte: ISTOÉ

Vavá usou nome de Lula, o irmão ilustre, em lobby

Falei pra ele [...] das máquinas’, diz Vavá em grampo
Há 20 dias, Lula mandou recado para o primeiro-irmão
Presidente se irritou com ação de Vavá ‘nos ministérios’
Uma escuta instalada pela Polícia Federal no telefone da casa de Genival Inácio da Silva, o Vavá, indica que o irmão de Lula usava o nome do próprio presidente da República em sua atividade de lobby. As gravações revelam também que Lula, informado acerca da movimentação de Vavá em “ministérios” de Brasília, teria chamado o irmão, há 20 dias, para passar-lhe uma carraspana.

O blog teve acesso a parte da documentação do inquérito da Operação Xeque-Mate. O diálogo em que Vavá se refere a Lula foi gravado pela PF em 25 de março de 2007. O irmão de Lula conversava com o ex-deputado estadual paranaense Nilton Cezar Servo, apontado pela polícia como líder de uma quadrilha que explorava a jogatina ilegal de caça-níqueis. Na conversa, Vavá diz que recebera naquele dia uma visita de Lula.

“O homem teve aqui hoje”, repete Vavá três vezes. “Passou aqui, ficou uma hora e meia”. E Servo: “Falou com você?”. A resposta de Vavá: “Conversou. Eu falei pra ele sobre o negócio das máquinas lá. Ele disse que só precisa andar mais rápido, né, bicho.” O irmão de Lula mora na mesma São Bernardo do Campo em que Lula mantém um apartamento. Um despacho veiculado naquele dia pela Radiobras, a agência de notícias oficial do governo, informa que Lula, de fato, esteve na cidade em 25 de março. Não há, porém, notícia de que tenha se avistado com o irmão.

Eis a conclusão da PF, exposta em relatório confidencial anexado ao inquérito: “A análise da conversa indica que Vavá está usando o nome de seu irmão, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para conseguir dinheiro junto a Nilton Cezar Servo, contraventor que tem como principal fonte de renda a exploração do jogo de azar através de máquinas caça-níqueis em diversos Estados [...].” Noutro diálogo, captado há escassos 20 dias, um interlocutor de Vavá, identificado nos documentos da PF apenas como “Roberto”, informa ao irmão de Lula que o presidente estaria irritado com ele. Deu-se no dia 20 de maio, um domingo. Vavá diz ao interlocutor que, na sexta-feira seguinte, 25 de maio, iria a Brasília. E Roberto: “Não vai sem falar comigo, não, porque tem, tem uma bronca da porra.” Vavá estranha: “De quê?”

Roberto, então, soa mais específico: “O Lula quer que você vá lá, ouvi-lo à noite, pra conversar com ele à noite.” Vavá não se dá por achado: “Hã”. Ao final da conversa, Roberto tenta ser mais claro: “[...] Vavá, por que tem umas bronca lá, que você anda apresentando uma pessoa lá nos ministérios e ele...” O irmão de Lula mantém o estilo monossilábico: “Eu?” Não há, de novo, notícia sobre eventual encontro de Vavá com Lula. O presidente encontrava-se em Brasília. Na sexta-feira em que Vavá disse que estaria na cidade, seu irmão mais ilustre recebeu no Planalto um grupo de embaixadores africanos, informa a Radiobras.

Além do diálogo que insinua a irritação de Lula com a movimentação do irmão, não consta dos autos do processo da Operação Xeque-Mate nenhuma informação que estabeleça uma associação do presidente com as estripulias de Vavá. Daí a impressão da PF de que o irmão de Lula vendia uma mercadoria que não podia entregar. Algo que não o livra, porém, de responder pelos crimes de tráfico de influência e exploração de prestígio. Ademais, em outros diálogos, Vavá aparece em situações constrangedoras. Pede explicitamente dinheiro ao contraventor Nilton Cezar Servo. Em certas ocasiões, seus pedidos roçam a mendicância. Como em 22 de março, por exemplo: “Ô, arruma dois pau pra eu”, implora o irmão de Lula ao líder da quadrilha.
Escrito por Josias de Souz
Fonte: Folha Online

Buemba! Tornozeleiras Paris Hilton!

Por: José Simão

BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! Parisinhas do Mundo! Todas para o shopping! Pra torcer pela Paris Hilton. Ela volta pra cadeia ou permanece livre e rastreada 24 horas por uma tornozeleira eletrônica. Eu sou pela tornozeleira. A tornozeleira rastreava a vida da Paris e transmitia em tempo real pela Internet! Aposto que a tornozeleira é Gucci! Ela devia aproveitar e lançar mais um produto: tornozeleiras Paris Hilton. E customizadas com dizeres: "Meu pai é rico"; "My dad is rich"; "Eu estouro cartão"; "Divirta-se em dobro". Faça como a Paris Hilton, divirta-se em dobro! Antes era rastreada por paparazzi, agora é rastreada pela polícia. Não passou nem três dias na prisão. Teve uma prisão de ventre. E a única cadeia que ela passa mais de três dias é a cadeia de hotéis Hilton?! Rarará. E sabe o que é uma patricinha? Um chiclé de bola com cartão de crédito! Tornozeleira é tendência! E a bispa Sonia continua com aquelas tornozeleiras? Dolce e Gabanna customizada com strass e escrito: "Rastreada por Deus e pelo FBI"; "Deus é fiel"; "Enriquecer em Cristo". E a Marcha para Jesus? Três milhões? Para competir com a Parada Gay. Marcha de Jesus x Parada Gay. Nessa cumbuca eu não me meto, mas como me disse aquela biba: "Se Deus fosse gay, o mundo seria mais arrumadinho". Rarará! E o Chávez da Chavezuela? Com aquela televisão estatal? Imagine a programação! TV Chávez apresenta: "Chávez Rural"; "Bom Dia, Chávez"; "Chávez Esporte"; "Sítio do Chávez Amarelo" e "Vale a Pena Ver o Chávez de Novo"! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! Ou, como diz o outro: é mole, mas, se provocar, ressuscita. Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha heróica e mesopotâmica campanha 'Morte ao Tucanês'. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês. É que existe uma marca de doce de leite chamada BIBA! Uma boa dica pra semana da parada. Rarará! E a logomarca é uma carinha com a linguinha pra fora! Mais direto, impossível. Viva o antitucanês. Viva o Brasil! E atenção! Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. 'Gatorade': bebida oficial do companheiro que vai pra Parada Gay! Rarará! O lulês é mais fácil que o inglês. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje, só amanhã. Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno! E quem fica parado é poste! Acorda, Brasil! Que eu vou dormir! simao@uol.com.br

Oito vôos cancelados e 15 atrasos no aeroporto de Salvador

A Tarde On Line


Oito vôos foram cancelados e 15 sofreram atrasos de mais de 45 minutos, desde as 0h desta sexta-feira (8) até as 17h, no Aeroporto Internacional de Salvador. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) não soube explicar o motivo dos atrasos e cancelamentos, acrescentando que são de inteira responsabilidade das empresas aéreas. A Infraero informou ainda, que a empresa Oceanair cancelou os vôos com antecedência.

Vôos cancelados:
GOL – Vôo 01565 – Destino Fortaleza (CE) – Horário 08:50GOL – Vôo 01888 – Destino Rio Jan-Galeao (RJ) – Horário 09:00BRA – Vôo 01071 – Destino Recife (PE) – Horário 09:05GOL – Vôo 01765 – Destino Cuiabá (MT) – Horário 11:10TAM – Vôo 03179 – Destino Maceió (AL) – Horário 8:15GOL – Vôo 1887 – Destino S. Paulo-Guarulhos (SP) – Horário 12:45 TAM – Vôo 03502 – Destino S. Paulo-Guarulhos (SP) – Horário previsto de 13:20 alterado para 14:20.

STF determina que Estados forneçam remédio caro

Agencia Estado
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie Northfleet, emitiu nas duas últimas semanas três decisões obrigando secretarias estaduais de Saúde a fornecer para pacientes medicamentos que não constam da lista de remédios excepcionais. As decisões podem representar o fim do efeito dominó iniciado em março, quando, fundamentados em outra decisão da própria ministra, secretários estaduais decidiram interromper a distribuição de remédios caros que não estão na lista do Ministério da Saúde.A primeira decisão da ministra favorável a pacientes foi dada no último dia 28. O Estado do Rio Grande do Norte pedia a suspensão de um mandado de segurança que o obrigava a fornecer remédios e equipamentos para controle de diabete de uma menina. O pedido foi negado. Ao fundamentar suas mais recentes decisões, a ministra disse estar preocupada com a interpretação ampla que passou a ser dada sobre o fornecimento dos remédios. Um comportamento adotado não só por secretarias estaduais, mas pelo próprio Ministério da Saúde. Já na primeira decisão da ministra, dada em março e que desobrigava o Estado de Alagoas a fornecer remédios para um paciente renal crônico, Ellen Gracie havia dito que "a responsabilidade do Estado em fornecer recursos necessários à reabilitação da saúde de seus cidadãos não pode vir a inviabilizar o sistema público". O argumento passou a ser repetido por secretários estaduais para não fornecer medicamentos fora da lista. O efeito dominó foi duramente criticado pelo procurador da República Carlos Henrique Martins Lima. "Agora, com as três novas decisões, esse argumento se esvaziou", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Prefeito é afastado do cargo pela Câmara

Maria Eduarda Toralles
Por seis votos a dois, o prefeito de Guaratinga (a 699 km de Salvador ), Deldi Ferreira da Costa (PRP), foi afastado do cargo pela Câmara Municipal.

Foi uma sessão tensa e, por várias vezes, o presidente substituto da Câmara, vereador Robério Martins de Araújo pediu a entrada de policiais para acalmar os populares, que lotaram a Casa, principalmente quando o advogado de defesa de Deldi, Ademi Passos, tentou reproduzir uma gravação de áudio contra o presidente da CPI, deputado Ivanaldo de Almeida Porto (PSC).

Há 45 dias o cargo de prefeito de Guaratinga já vinha sendo ocupado pelo vice-prefeito, Ezequiel Viana, pois Deldi foi afastado pela Justiça por improbidade administrativa. início de maio, houve tumultos na Câmara durante uma sessão extraordinária onde seria instaurada a CPI contra Deldi. A vereadora Almerita Cardoso (PP) registrou queixa na delegacia de Eunápolis, dizendo ter sido agredida por seguranças contratados pelo então presidente da Câmara, Jésus Moura (ele foi afastado da presidência pela Justiça).
Fonte: A TARDE

STJ abre caminho para quebra de patente do Viagra

O laboratório norte-americano Lilly, que comercializa o medicamento para disfunção erétil Cialis, conquistou no Brasil uma decisão favorável sobre o concorrente inglês Pfizer, que produz o Viagra e é indicado para o mesmo tipo de doença. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu oficialmente no Brasil a validade de uma decisão da Justiça do Reino Unido que revogou naquele país a patente inglesa do medicamento pirazolopirimidinonas, um dos componentes do Viagra.O STJ fez questão de frisar que a decisão não trata da validade da patente brasileira do Viagra. Porém pode abrir caminho para isso. Para obter a anulação, a Lilly terá de entrar com uma ação específica e conseguir uma decisão da Justiça brasileira sobre o assunto. Segundo o relator do caso no STJ, ministro Francisco Peçanha Martins, não foi discutida no tribunal a anulação da patente brasileira do medicamento. Justamente por não discutir a validade da patente brasileira, o STJ concluiu que ela não colocava em risco princípios garantidos pela Constituição brasileira, como a soberania nacional. ?A homologação ora pretendida não atenta evidentemente contra o princípio da territorialidade nem ofende a soberania nacional ou a ordem pública pois não está em discussão, aqui e agora, a validade da patente brasileira, tema a ser apreciado no processo e momento próprios?, afirmou durante o julgamento o ministro Peçanha Martins. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Jornal A TARDE

Raio Laser

Tribuna da Bahia e equipe
Sem perdão
O deputado estadual Tarcísio Pimenta (DEM) surpreendeu a bancada oposicionista e deixou a governista de cabelo em pé ao anunciar que vai requerer a convocação do ex-secretário estadual da Fazenda, Walter Caires, e do atual, Carlos Martins, para prestarem esclarecimento a respeito de o governo baiano ter perdoado dívida de cerca de R$ 75 mi da Embratel e Intelig.
Surpresa geral
Fechado na administração passada e revelado ontem pelos jornais, o perdão causou surpresa tanto nos meios políticos quanto nos consumidores, de forma geral, que naturalmente não sabem onde foram parar os impostos que recolheram por serviços telefônicos neste período prestados por ambas as operadoras.
Esclarecimento
Ao anunciar a ousada iniciativa de ontem, Tarcísio Pimenta teria sido alertado por colegas de bancada de que pode gerar constrangimentos ao governo a que pertenceu, além de irritação na administração atual, mas não se deu por vencido. “Trata-se de uma situação que precisa ser devidamente esclarecida à população”, teria dito o deputado diante das admoestações.
Satisfação
Na avaliação do parlamentar, a operação por trás do perdão à Intelig e à Embratel pode ter amparo legal e respaldo jurídico, mas o mínino que o Estado precisa fazer é dar uma satisfação ao contribuinte baiano sobre o que faz com seus recursos. “Vamos buscar esclarecer tudo isto”, afirma Tarcísio Pimenta.
No páreo
Quem conversou recentemente com a deputada federal Lídice da Mata (PSB) saiu convencido de que ela é candidatíssima a prefeita em 2008. Sobre a mesa do escritório político da ex-prefeita já é possível identificar até um organograma com ações de pré-campanha, diz amigo de Lídice da Mata louco para que ela efetivamente se encante com a possibilidade de redisputar a Prefeitura de Salvador. De acordo com ele, nem o vice será problema.
Para vice
Segundo a mesma fonte, o PC do B está doido para emplacar o vice de Lídice numa eventual disputa pela sucessão do prefeito João Henrique. O nome cotado até o momento é o da vereadora Olívia Santana, que teria apoio dos deputados Alice Portugal (federal) e Javier Alfaya (estadual), curiosamente, dois que defendem candidatura própria do PC do B em 2008.
Perfil
Crítico mordaz do governo Lula, o deputado federal José Carlos Aleluia (DEM) aproveita os titubeios do presidente brasileiro com relação às decisões do ditador Hugo Chavez sobre a mídia que lhe faz oposição em seu País para acusá-lo de possuir o mesmo perfil autoritário.
DNA
“A postura de Lula em apoio à decisão de Hugo Chávez de fechar uma emissora de TV venezuelana (RCTV), ratifica o DNA autoritário do presidente petista”, afirma José Carlos Aleluia, recordando fatos como a tentativa de expulsar do Brasil um repórter do The New York Times, de criar o Conselho Federal de Jornalismo e controlar os audiovisuais.
Condecoração
O Secretário Nacional de Defesa Civil, coronel Roberto Costa Guimarães, será condecorado no próximo dia 11 com a Medalha Pernambucana do Mérito Policial Militar, durante a solenidade de aniversário da Polícia Militar daquele Estado, em ato a ser presidido pelo Governador Eduardo Campos (PSB).
CURTAS
* Primeiro - O coronel Guimarães é o primeiro Oficial PM no Brasil a galgar o cargo de Secretário Nacional, motivo também que o levará a ser condecorado no Ceará, no próximo dia 02/07, com a medalha Dom Pedro II, a mais alta comenda do Corpo de Bombeiros daquele estado. * Café com Lula I - O presidente Luíz Inácio Lula da Silva se encontra na próxima segunda-feira no Palácio do Planalto com o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, para a gravação do programa de rádio Café com o Presidente. O presidente Lula conversará com o ministro sobre os projetos relacionados ao São Francisco: revitalização, transposição, Água para Todos - o projeto de distribuição de água às populações ribeirinhas - e a construção da hidrovia. . * Café com Lula II - O Café com o Presidente é transmitido em quatro horários: às 6h, 7h, 8h30 e 13h, pelas emissoras do sistema Radiobrás e por outras emissoras de todo o país que captam o sinal do satélite no mesmo canal de distribuição da A Voz do Brasil. * Santo Antônio - Os músicos Luis Caldas e Vânia Abreu se juntaram no louvor a Santo Antônio, ontem, às 19h, no stand de Lauro de Freitas, no Arraiá da Capitá (Parque de Exposições) quando rezadeiras de Portão entoaram a trezena ao santo, abrindo a participação do município no Arraiá. Depois da trezena, o grupo de samba de roda As Matriarcas, uma das mais autênticas manifestações culturais do município, fez a festa com os visitantes. * Portugal - Pelo transcurso do “Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas”, neste domingo, o consulado geral lusitano e as instituições portuguesas na Bahia oferecem nesta segunda um coquetel às autoridades e personalidades da sociedade baiana. Às 20 horas, no Hotel Pestana. * Visita - O presidente da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa, deputado Javier Alfaya, acompanhado do secretário da Saúde, Jorge Solla, visitará as obras do Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus amanhã, às 11h30min. Na oportunidade o secretário Solla, anunciará que o hospital agora denominado; “Hospital Universitário do Recôncavo Baiano”, além de atender a população do Recôncavo será também um hospital escola.

Geddel e Lula gravam programa sobre viagem pelo São Francisco

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontra na próxima segunda-feira no Palácio do Planalto com o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, para a gravação do programa de rádio Café com o Presidente. A pauta será a viagem da nascente à foz do Rio São Francisco que o ministro Geddel inicia logo depois do programa. O presidente Lula conversará com seu ministro da Integração sobre os grandes projetos relacionados ao São Francisco: revitalização, transposição, Água para Todos - o projeto de distribuição de água às populações ribeirinhas - e a construção da hidrovia. O Café com o Presidente é transmitido em quatro horários: às 6h, 7h, 8h30 e 13h, pelas emissoras do sistema Radiobrás e por outras emissoras de todo o País, que captam o sinal do satélite, no mesmo canal de distribuição de A Voz do Brasil. Feita por avião, helicóptero e barco, a viagem de Geddel Vieira Lima com técnicos do Ministério da Integração e jornalistas começa às 13h de segunda-feira, saindo de Brasília em direção a Belo Horizonte, onde haverá uma entrevista coletiva e o encontro com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, que acompanha a jornada no dia seguinte, de Bambuí a Pirapora. Ao final do percurso, em 16 de junho, o ministro da Integração terá percorrido 2.800 quilômetros, com visitas a 15 municípios de quatro estados - Minas, Bahia, Pernam-buco e Alagoas. Durante as paradas, serão inauguradas e vistoriadas obras, realizados encontros com lideranças políticas e religiosas e conferida a situação do rio, sobretudo em termos de assoreamento, tratamento sanitário e recomposição de mata ciliar.
Mandato de senador pode ser reduzido para 4 anos
Tramita na Câmara a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 25/07, do deputado Domingos Dutra (PT-MA), que reduz de oito para quatro anos o mandato dos senadores e estabelece a votação para seus suplentes. A proposta mantém o atual número de vagas de cada Estado no Senado, que são três. Nas eleições, conforme a PEC, cada partido apresentará uma lista de três nomes para cada uma das três vagas. Os nomes indicados nas listas seriam votados individualmente. A lista com maior número de votos seria a vencedora, sendo que o candidato mais votado seria o senador e os outros dois seriam primeiro e segundo suplentes, conforme o número de votos recebidos. Atualmente, os senadores são eleitos para um mandato de oito anos. A cada quatro, o Senado é renovado em um terço (27 senadores) e dois terços (54 senadores), alternadamente. O eleitor vota apenas no candidato a senador. Cada senador tem dois suplentes, indicados livremente pelos partidos, que não são votados. Para Dutra, um dos desvios do modelo político brasileiro é a eleição de suplentes desconhecidos, que rotineiramente assumem o mandato “sem qualquer respaldo popular, comprometendo seriamente o caráter democrático da representação”. Na legislatura atual, por exemplo, das 81 vagas do Senado, 14 estão sendo ocupadas por suplentes, após a renúncia, cassação ou o afastamento provisório dos titulares. Uma das vagas foi preenchida após o falecimento do titular. autor da PEC destacou ainda a redução pela metade do mandato dos senadores. “Mandatos muito longos acabam afastando demasiadamente o senador da vontade expressa pelo eleitor de seu Estado”, defendeu Dutra. De acordo com ele, Brasil, Chile e França são alguns dos poucos países que adotam mandatos longos para o Senado. Ele lembrou que nos Estados Unidos o mandato é de seis anos e na Espanha, quatro. A proposta foi apensada à PEC 142/95, de autoria do próprio Domingos Dutra, que também propõe mudanças na forma de eleição dos senadores. Ambas serão analisadas pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania quanto à admissibilidade. Se aprovadas, serão examinadas por uma comissão especial a ser criada especificamente para esse fim. Depois, seguem para o Plenário, onde precisam ser votadas em dois turnos.
Partidos já se posicionam sobre sucessão municipal
Nos bastidores políticos, se acirra a disputa pelo Palácio Thomé de Souza e, com ela, a debandada dos partidos que ajudaram o prefeito João Henrique a se eleger. Além do PSDB, o primeiro a abandonar a administração da capital, o PT, o PCdoB e o PSB devem seguir o mesmo caminho. Todos em prol de uma candidatura própria. Os petistas, mesmo após o governador Jaques Wagner ter declarado em público apoio a João Henrique, prometem encabeçar a lista dos próximos a deixar os cargos que ocupam na prefeitura (as secretarias de Saúde e Reparação), conforme já declarou o presidente da executiva estadual, Marcelino Galo. A justificativa, segundo ele, é de que o PT detém o controle dos governos federal e estadual e possui grande influência na capital. A demora seria apenas, de acordo com um petista que preferiu não se identificar, é a concretização da reunião do diretório municipal da legenda, prevista para a próxima semana. Os postu-lantes cotados continuam sendo os deputados federais Walter Pinheiro e Nelson Pelegrino. O PCdoB, segundo palavras do deputado federal Daniel Almeida, como todos os outros partidos políticos, não descarta esta possibilidade e teria, inclusive, dois nomes fortes para a disputa: a deputada federal Alice Portugal e a vereadora Olívia Santana. “Estamos analisando os quadros. Mas, é certo que não vemos problema nenhum em lançar um nome para o embate, desde que seja com um compromisso de unidade no segundo turno”, explicou. O PSB, da ex-prefeita Lídice da Mata, que hoje ocupa uma cadeira na Câmara Federal, também prefere não revelar as várias estratégias, no sentido de fortalecer a sigla, rumo à sucessão de 2008. Contudo, na Câmara Municipal a costura por alianças é evidente. Três vereadores, leia-se Palhinha, Atanázio Júlio e Laudelino Conceição (Lau), já estavam com as malas prontas para desembarcar no Partido Socialista Brasileiro, mas foram obrigados a recuar por conta da decisão do Supremo Tribunal Eleitoral (STE) em punir com a perda do mandato os parlamentares considerados infiéis. Na ocasião Lau, questionado quanto à possibilidade de o seu provável futuro partido sair com candidato próprio, embora tenha declarado que a tendência, como legenda da base aliada, era apoiar João Henrique, deixou escapar que Lídice seria uma forte candidata. “A política muda, portanto, isso poderá acontecer, principalmente agora que os repasses de verba são diretos do governo federal e não mais dependem do governo estadual”, declarou, fazendo referência à perseguição política sofrida por Lídice, enquanto prefeita. Ainda no rol dos que pretendem esquentar a disputa pelo Thomé de Souza, encontra-se o PP, que já discute as estratégias que deverão ser implementadas no próximo pleito. O partido, que possui 60 prefeitos em todo o Estado, três deputados federais e cinco estaduais, diz ter condições de entrar no páreo e esquentar a disputa. A surpresa, ficou por conta do PDT, que apesar de ter perdido a sua estrela maior, como classificavam o prefeito, para o PMDB, é o único que até então, se esquiva quando o assunto gira em torno das eleições de 2008 e garante permanecer ao lado de João Henrique.(Fernanda Chagas)
Denúncia de Jefferson faz dois anos parada no Supremo Tribunal
Dois anos depois de o deputado federal cassado Roberto Jefferson (PTB-RJ) ter denunciado o pagamento de uma mesada para a base aliada em troca de apoio ao governo nas votações do Congresso - ‘moeda’ apelidada de mensalão -, a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República se arrasta no Supremo Tribunal Federal (STF). Estopim de um escândalo que atingiu em cheio o governo Lula, a história contada por Jefferson, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, em 6 de junho de 2005, foi confirmada nas investigações da Procuradoria-Geral da República. Em 30 de março de 2006, foram denunciadas 40 pessoas - inclusive Jefferson e outros membros de alta patente do governo. Pela denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, o esquema do mensalão era operado por uma “sofisticada organização criminosa” comandada pelo PT e tinha como “chefe” o ex-ministro José Dirceu. Nas 136 páginas, o procurador-geral afirma que “toda estrutura montada por José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoino e Sílvio Pereira tinha entre seus objetivos angariar ilicitamente o apoio de outros partidos políticos para formar a base de sustentação do governo federal”. O esquema teria provocado um desfalque aproximado de R$ 2 bilhões. Apesar da confissão de alguns dos envolvidos e das provas colhidas, o caso encontra-se em fase preliminar no STF. O processo aguarda voto do relator, ministro Joaquim Barbosa, para só então ser levado ao plenário do Supremo, integrado por 11 ministros. As expectativas são de que isso ocorra até o próximo mês. O plenário analisará se a denúncia será ou não aceita. Só então - se não for arquivado - os 40 acusados passarão a responder formalmente a processo. Não há prazo para a conclusão da fase de instrução do processo, mas internamente no STF fala-se entre cinco e dez anos, correndo o risco de acabar o prazo pelo qual eles podem ser condenados pelo crime. Até hoje, nenhum político sofreu sentença criminal do STF em toda sua história. A sessão plenária para decidir se acolherá ou não a denúncia será uma das mais longas da história, levando-se em conta o número de acusados. O principal fator usado para justificar a demora no trâmite do caso é justamente o número elevado de pessoas citadas. Ao todo, são 51 volumes e 137 anexos, que digitalizados resultaram em cerca de 40 mil páginas. Se o processo for adiante, o relator do caso terá de intimar e interrogar cerca de 400 pessoas. São 40 réus, 41 testemunhas de acusação e 320 testemunhas que podem ser arroladas pela defesa. Se na Justiça não se sabe qual será o final desse caso, na esfera política os resultados já saíram: dos 22 parlamentares acusados no caso, apenas 3 foram cassados - Jefferson, José Dirceu e Pedro Corrêa. Outros 4 renunciaram e 12 foram absolvidos.
Fonte: Tribuna da Bahia

Planos de saúde terão reajuste de até 5,76%

Percentual equivale ao teto de aumento que pode ser aplicado aos contratos posteriores a 1999


RIO - A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) fixou em 5,76% o percentual máximo de reajuste para os planos e seguros-saúdes contratados por pessoas físicas a partir de 1º de janeiro de 1999 (planos novos) e para os planos antigos que foram adaptados à nova legislação. O aumento autorizado pela ANS foi muito superior à inflação acumulada nos últimos 12 meses, que está em 3,18%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE.
O reajuste incide sobre aproximadamente 6,8 milhões de consumidores, ou 15% do total de beneficiários do país, que hoje é de 45,6 milhões de pessoas, e será aplicado entre maio de 2007 a abril de 2008, de acordo com a data de aniversário de cada contrato. As operadoras cujos contratos fazem aniversário nos meses de maio e junho poderão cobrar o reajuste referente a esses meses de forma retroativa e, necessariamente, diluída pelo mesmo número de meses em atraso. Ou seja, se houver cobrança retroativa referente a dois meses, este valor deverá ser diluído em duas parcelas.
O presidente da ANS, Fausto Pereira dos Santos, destacou a queda no percentual de aumento, já que no ano passado o reasjuste foi de 8,89%, também superior à inflação do período. “A redução no índice de reajuste aprovado pela Agência é um reflexo do sucesso obtido pela política econômica do país e da manutenção de uma mesma metodologia de cálculo ao longo do tempo” disse Pereira, em nota.
Entidade vê abuso - A Pro Teste, entidade de defesa do consumidor, criticou o índice de reajuste de 5,76% concedido pela ANS. A associação defende a correção pela inflação do período, em torno de 3%. O peso do plano de saúde no orçamento familiar já é de quase 10%, conforme dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-econômicos (Dieese). Na avaliação da entidade, o reajuste a ser aplicado nos próximos 12 meses (depende do mês de aniversário do contrato), válido para os contratados a partir de janeiro de 1999, seria “injusto porque os usuários não tiveram atualização salarial nesses patamares”. E também porque os médicos, hospitais e laboratórios não recebem por seus serviços valores com esse índice de correção. “Esse é um setor que não pode ser puramente mercantilista, não se pode pensar somente na lucratividade do setor, em detrimento do livre exercício da medicina e dos direitos fundamentais do paciente e do consumidor”, afirmou Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Pro Teste.
Empresas acham pouco - A Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde), que representa as operadoras de planos de saúde e as seguradoras especializadas em saúde, informou que o reajuste autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), de 5,76%, é mais uma vez inferior ao necessário para repor o poder de compra dos contratos, considerando a inflação dos custos médico-hospitalares. Em nota, a Fenasaúde afirma que não há como comparar a inflação geral medida por qualquer índice de preços (IPCA, INPC, IGP-M) com a inflação dos custos de assistência à saúde, que vêm subindo em ritmo superior ao do custo de vida, no Brasil e em qualquer outro país. Segundo a entidade, a inflação de custos médico-hospitalares está sendo influenciada principalmente pelo aumento de preços de medicamentos e materiais, bem como pela inclusão sistemática de novas tecnologias de tratamentos, novos materiais e fármacos, itens esses que não são regulados pela ANS.
Conforme a Fenasaúde, os preços de materiais e medicamentos vêm subindo mais de 30% ao ano desde 2004. Como eles participam com cerca de 35% da estrutura de custos das seguradoras de saúde, apenas esse impacto inflacionário foi de aproximadamente 10% no período, sem contar o aumento de diárias e taxas hospitalares, honorários médicos e introdução de novas tecnologias de tratamentos. A entidade ressalta ainda que a questão dos reajustes merece ser examinada e tratada com enfoque essencialmente técnico, sob pena de agravamento dos desequilíbrios já existentes. (AG)
Fonte: Correio da Bahia

Os fura-poços

Miriam Leitão
Quem perdeu a compostura? O governo? Os políticos? Todos? A resposta explicará a desavergonhada disputa por cargos. É da natureza das coalizões que os ministérios e certos cargos formuladores sejam espaço para escolha de políticas públicas, de aplicação de programas partidários e, por isso, são distribuídos à base parlamentar. De outra e obscura natureza é a maneira como se distribuem cargos técnicos, agências reguladoras e postos pelos quais passam dinheiro público e privado.
Os jornais trouxeram ontem flagrantes desta distorção. O ex-governador de Goiás Maguito Vilela, do PMDB, pode assumir a vice-presidência de governo do Banco do Brasil, responsável pelo BB Previdência e pelo relacionamento comercial com todas as esferas públicas, informou O Globo. O Banco do Brasil, um banco comercial, capta poupança dos seus clientes para aposentadoria complementar através do BB Previdência. Por que a gestão de dinheiro dos poupadores entra no rateio político?
Maguito, de fato, foi previdente: quando defendeu ardorosamente o governo na época do mensalão, ou quando se filiou nas hostes de José Sarney-Renan Calheiros dentro do balaio de gatos que é o PMDB. Outra parte do poder desta vice-presidência é ser canal de pagamento de tributos. “Só de tributos federais recolhidos pelo banco, passarão pelo político R$120 bilhões”, informa a repórter Patrícia Duarte.
Das nove vice-presidências do Banco do Brasil, cinco serão entregues ao PT. Para acomodar tanta gente talentosa, o BB dividiu sua vice-presidência de governo, criando a área de agronegócios, para onde está sendo indicado o ex-ministro da agricultura.
O governo nada aprendeu com o uso recente do Banco do Brasil, do Visanet, dos contratos com Marcos Valério, das festas promovidas pelo banco para angariar dinheiro para o PT. A diferença agora é que ele dividiu o Banco do Brasil entre dois feudos: o dos petistas e o dos peemedebistas. O governo nada aprendeu com a destruição de um bom programa, como o Luz para Todos, ao fatiá-lo em todas as correntes dos partidos que o apóiam e, assim, abri-lo à sanha das gautamas.
Na Caixa Econômica, o PMDB já emplacou o ex-governador do Rio Moreira Franco em uma das 11 vice-presidências. “O banco ainda não informou onde ele vai atuar, mas especula-se que será na área de transferência de benefícios”, diz o texto. Pode-se imaginar que os benefícios pelos quais o poupador da Caixa paga acabarão mesmo transferidos. Há outros cinco políticos do PT que a Caixa terá que encarapitar na sua hierarquia, entregando a eles nacos de poder numa instituição cuja função é salvaguardar os recursos poupados pelos que nela acreditam.
Como o Banco do Brasil está se reestruturando para entrar no Novo Mercado, das duas uma: ou tudo isso é revogado, ou a Bovespa pode chamar sua criatura de Velho Mercado. Criado pela bolsa para abrigar as empresas com novas práticas, só podem entrar nele os que cumprem quesitos como boa governança, transparência, respeito ao acionista minoritário. Essa forma de encampação política dos cargos gerenciais do banco só pode ser avalizada com a desmoralização do conceito. Com a palavra, a Bovespa.
O ministro Walfrido dos Mares Guias está lá com cargos a mancheias para distribuir. A novidade é que tudo está dentro. Parece aqueles resorts all inclusive. A lista tem 12 páginas com 270 cargos DAS só para esta fase. O instituto de estatística do governo, IBGE, está lá no rachuncho. A comissão de valores mobiliários está lá. A CVM é órgão técnico que fiscaliza o mercado de capitais. Os negócios na bolsa multiplicaram por sete em quatro anos. Precisa ter regulação boa e fiscalização ágil e exemplar para continuar merecendo a confiança dos investidores, entre eles, a recém-chegada classe média. O que fará lá um político? Está na lista dos postos a serem ocupados, a Susep, que regula a área de seguros, o INPI, Inmetro, Fundação Oswaldo Cruz, Cnen, Casa Rui Barbosa. Assuntos das mais variadas áreas técnicas, sendo entregues aos políticos.
O pior caso recente foi o momento em que duas pessoas, dizendo-se representantes do senador Marcelo Crivella, entraram no Ipea pedindo a lista dos DAS porque, com a criação da Secretaria de Longo Prazo para Mangabeira Unger, o órgão passaria a ser do PRB. O Ipea é um centro de pensamento e estudos criado pelos militares para abrigar nele a inteligência brasileira; a maioria, na época, opositora explícita do regime. É forçoso reconhecer que nunca ocorreu à ditadura nomear um coronel para tomar conta do Ipea.
As reportagens dos últimos dias exibem políticos falando explicitamente em pressionar os ministros para que os cargos saiam logo e se queixando do que não foi posto no botim. Pela avidez com que brigam pelos cargos, todos serão em diretorias para furar poços... no bolso do contribuinte.
Com esta forma despudorada de formar uma coalizão, sem haver limites de cargos técnicos, sem critérios de políticas públicas a orientar o compartilhamento do poder, tudo o que o governo garante é que a temporada de escândalos vai continuar. Ao final dela, já se sabe o que nos espera: a confiança da população nas instituições vai definhar um pouco mais.
Fonte: Correio da Bahia

sexta-feira, junho 08, 2007

PF: irmão de Lula vendia favores à gang do jogo

“Segundo a Polícia Federal, Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recebia dinheiro -valores que variavam de R$ 2.000 a R$ 3.000- do empresário de jogos Nilton Cezar Servo, preso na Operação Xeque-Mate.
Ele pedia dinheiro prometendo benefícios e vantagens a Servo em órgãos governamentais. A PF, porém, não informou quais interesses Vavá defendia e em que órgãos. Segundo a polícia, Vavá fazia promessas, porém não conseguia atender os pedidos.
Mesmo sem alcançar os objetivos, o irmão do presidente foi indiciado sob suspeita de tráfico de influência no Poder Executivo e exploração de prestígio no Judiciário, dentro da Operação Xeque-Mate, na última segunda-feira. A PF, que fez busca e apreensão na casa de Vavá em São Bernardo do Campo, chegou a pedir a prisão dele, no que não foi atendida.
A Justiça entendeu que não estava comprovado o tráfico de influência do irmão de Lula no setor da máfia dos jogos, alvo da Operação Xeque-Mate e dos pedidos de prisão.Conforme a polícia, foi descoberto na operação que donos de caça-níqueis em Mato Grosso do Sul e São Paulo pagavam propina a policiais para manterem o jogo funcionando, além de importarem ilegalmente componentes eletrônicos para as máquinas.
Um delegado próximo às investigações afirmou que a PF, ao investigar Servo, que até abril deste ano operava máquinas de caça-níqueis, chegou a Vavá e passou a investigá-lo também.Para essa operação, foram 166 mil ligações gravadas nos últimos seis meses, das quais 5.600 foram selecionadas.Depoimento - Preso anteontem em Minas, Servo prestou depoimento ontem em Campo Grande. Candidato a deputado federal pelo PSB em 2006 em coligação com o PT, quando declarou patrimônio de R$ 500 mil dinheiro e a mesma quantia em jóias, Servo é considerado um dos líderes da máfia dos caça-níqueis.
Escutas telefônicas registram conversas de Servo com Vavá pelo menos até março deste ano, apontando que ele continuava com o tráfico de influência. Em 2005, no auge da crise do mensalão, a imprensa publicou que Vavá abriu escritório em São Bernardo para ajudar empresários a ter acesso ao governo federal. Ele, por exemplo, intermediou encontros de representantes da Federação Brasileira de Hospitais com assessores próximos a Lula.
Em outra frente, Vavá, apresentando-se como irmão do presidente, também intermediou audiências do empresário português Emídio Mendes, do Riviera Group, na Petrobras. A informação da PF sobre pagamento de dinheiro a Vavá confirma acusações de um ex-gerente de Servo, Andrei Cunha, em depoimento a PF. Também preso na Operação Xeque-Mate, Cunha aceitou o benefício da delação premiada.Até o início deste ano, Cunha era gerente de Servo. Os dois se desentenderam. Um policial contou que, segundo Cunha, Vavá pedia quantia acima de R$ 10 mil, mas o valor repassado por Servo era menor -de R$ 2.000 a R$ 3.000. No depoimento, porém, Cunha não informa por que motivo Servo pagaria Vavá”.
Escrito por Josias de Souza
Fonte: Folha online

A Hora É Essa!

Por Giulio SanmartiniQuanto mais se mexe na fossa negra do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) mais sobem os miasmas nauseabundos dos dejetos de sua corrupção.A confusão atingiu tal dimensão que valores começam a ser confundidos. Passou a considerar-se um fato normalíssimo que ele tenha uma filha fora do casamento, que isso faz parte de sua vida particular e que ninguém tem nada a ver com isso. Este é um grande engano, ou a banalização de uma conduta imoral. Ora, a um representante de seu estado junto ao poder Legislativa, exige-se no mínimo que seja ilibado, que tenha um conduta proba, duas qualidades que são incompatíveis com o adultério, que é uma violação, transgressão da regra de fidelidade conjugal imposta pelo contrato matrimonial. O senador mostra arrependimento com relação à sua mulher legítima, mas não demonstra vergonha junto aos seus eleitores pela imoralidade cometida. O tratamento que vem recebendo de seus pares é também de um machismo vergonhoso, é tratado como o “Garanhão das Alagoas”, tenho certeza que se fato idêntico acontecesse com uma senadora, ou seja que esta tivesse um filho fora do casamento, chamada e tratada por mundana.Fato é que o lobista Cláudio Gontijo, pagou em espécie a devida pensão alimentícia da amante e da filha do senador, com um dinheiro, cuja proveniência não está, por mais que tentem, esclarecida. A cada tentativa. como quem anda nas areias movediças, Calheiros afunda mais.Ontem Amaury Ribeiro Jr. do Correio Braziliense, publicou uma matéria :” Operação navalha: senador Renan Calheiros omitiu bens à Receita Federal”, relata o jornalista que uma investigação da Receita Federal, mostra que o senador somente declarou duas fazendas e parte dos rendimentos com lucros presumidos com atividade rural após a denúncia de supostas ligações com Gontijo.A retificação que foi descoberta agora pelos auditores da Receita Federal, mostra que a declaração de glebas rurais, que o senador mostrou como fonte de renda para sustentar a segunda família, foram anteriormente omitidas ao fisco e somente declaradas agora depois de ter estourado o escândalo.Essa declaração retificadora tem um prazo de até 5 anos para ser apresentada, portanto esse artifício usado pelo senador, apesar de imoral, não caracteriza sonegação fiscal, mas compromete mais ainda a defesa de Renan.A pergunta que se faz é a seguinte: por que esses bens foram declarados somente agora depois da confusão?Uma pesquisa de opinião mostra que 93,3% dos entrevistados não acreditam que Renan Calheiros tenho pago com seu dinheiro as despesas de sua ex amante Mônica Veloso. Isso faz ver que sua permanência no cargo é uma afronta à dignidade, um insulto à sociedade e um perigo para a democracia.Portanto, acordem senadores, peguem o que ainda lhes restar de hombridade e bradem junto com os brasileiros de bem:FORA RENAN CALHEIROS!
Fonte: prosa & politica

Que polícia é essa?

Por Caros Amigos 07/06/2007 às 17:35
As matérias que o leitor encontra daqui em diante procuram traçar um perfil da atual Polícia Federal, instituição que tem empolgado o país. Quase todo dia um espetáculo inédito na televisão: gente da alta roda algemada e levada para a cadeia. Melhor que novela, cenas inimagináveis há não muito tempo atrás.
Máscara Negra põe o Brasil às claras Esse é o nome do edifício do Departamento de Polícia Federal, em Brasília, coração e cérebro da instituição. Vamos ver o que há lá dentro que tanto ajuda a prender tanta gente, principalmente os colarinhos brancos. por João de Barros Máscara Negra é o apelido do edifício de dez andares localizado no setor de autarquias que é sede da Polícia Federal em Brasília. Ganhou o apelido logo após a inauguração no governo do general Ernesto Geisel, em 1977, por causa dos vidros escuros que recobrem a fachada. Fazia sentido. No regime militar, a Polícia Federal era um órgão de repressão política usado pelo sistema para caçar subversivos, infiltrar-se nas organizações populares e censurar livros e filmes, entre outras atribuições. Uma "caixa preta", onde trabalhavam homens conhecidos por "chuta-portas" - como diz a nova geração de policiais federais - por causa dos métodos hostis de abordagem que costumavam aplicar. O Máscara Negra não mudou. Ainda exibe hoje as mesmas salas do subsolo onde os policiais assistiam aos filmes que seriam censurados, assim como não foram trocadas as placas que identificavam a turma da tortura - está lá a do execrado DOPS - Departamento de Ordem Política e Social, que funcionava no sexto andar. O que mudou foi a atuação da Polícia Federal. O orçamento aumentou. Passou de 1,848 bilhão de reais no último ano do governo FHC para 3,458 bilhões este ano. O número de policiais saltou de 7.000 para pouco mais de 13.000. "No governo Fernando Henrique Cardoso, a idéia do Estado mínimo repercutia na polícia mínima. Nossos carros não eram mais abastecidos pelos postos de gasolina; hoje têm ar condicionado. A idéia era: a polícia tem de cuidar do que cai na mão dela, não tem de correr atrás. Os policiais, além de não terem um centavo de aumento, ficaram oito meses sem receber diária: viajavam, faziam a investigação com o próprio dinheiro e não recebiam de volta. Com a chegada do advogado criminalista Márcio Thomaz Bastos, ministro da Justiça do primeiro mandato do governo Lula, é que a Polícia Federal começou a mudar. Ele sentiu que havia um grupo de policiais com boa condição pessoal, com potencial para investigar e decidiu investir", diz Marcos Wink, presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef). Operações especiais A eficiência das investigações aumentou. A cocaína apreendida pulou de 9,1 toneladas em 2002 para 15,7 toneladas em 2005. O número de pessoas libertadas do trabalho escravo subiu de 1.741 em 2002 para 3.993 no ano retrasado. O número de inquéritos policiais foi de 1.027 em 2002 para 18.641 em 2005. Houve 119.000 operações de rotina no governo Lula. Porém, o que chama a atenção - pelos nomes que ganham e pela quantidade de policiais destacados para cada diligência ? são as operações especiais, que saltaram de nove em 2003 para 42 em 2004, 67 em 2005 e 178 no ano passado. A maior delas foi a Operação Dilúvio*, em agosto de 2006, deflagrada em oito Estados brasileiros e nos Estados Unidos. Após investigação de quase dois anos, a ação desarticulou um esquema de fraudes no comércio exterior, arquitetado por um punhado de empresários, onde havia de tudo: fraudes, sonegação, falsidade ideológica e documental, evasão de divisas, cooptação de servidores públicos. Contou com a participação de 950 policiais federais e 350 servidores da Receita Federal, que prenderam 102 pessoas e cumpriram mais de duzentos mandados de busca e apreensão, no Brasil e nos EUA. (...) *após o fechamento da edição, a PF deflagrou a Operação Navalha, que em 17/5 prendeu 46 suspeitos em 9 Estados, entre eles um ex-governador (José Reinaldo Tavares, PSB-MA), dois prefeitos (Luiz Carlos Caetano, PT-BA e Nilson Aparecido Leitão, PSDB-MT) um deputado (Pedro Passos Júnior - PMDB-DF), assessores e funcionários públicos. Segundo a PF, também está envolvido no esquema o atual governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT). As investigações da operação, que tiveram início em novembro do ano passado, revelaram um megaesquema de desvio de recursos públicos por meio de fraudes em obras de eletrificação rural, saneamento básico e manutenção de rodovias. ______________________________________________________ Parceiros na lei por Marina Amaral A evolução da Polícia Federal evidencia-se aos olhos da população e do Ministério Público, que depende da eficiência de suas investigações para mover ações e processar criminosos. Não é uma parceria fácil: entre as atribuições constitucionais de procuradores e promotores está o controle externo da atividade policial, ou seja, a fiscalização da polícia Em 29 anos de polícia, Marcos Wink, presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, nunca viu coisa igual: durante as operações-padrão da PF nos aeroportos para exigir o cumprimento de um acordo salarial, os policiais foram aplaudidos por passageiros que aguardavam em longas filas a minuciosa inspeção. A imagem dos homens de preto derrubando uma parede falsa na casa do sobrinho do bicheiro Capitão Guimarães e a exclamação do jovem agente - "muita grana, moleque!" -, quando aparece o dinheiro camuflado, ainda estavam frescas. Converso com Wink no dia 18 de abril, três dias depois de o Fantástico, da TV Globo, exibir esse vídeo, gravado pelos policiais durante a Operação Furacão, no Rio de Janeiro. Mais do que os bens apreendidos com a máfia dos caça-níqueis e bingos (20 milhões de reais em dinheiro e jóias, além de 51 carros de luxo), reluzem as prisões dos figurões: entre os 25 detidos havia dois desembargadores e um juiz - este, o único dos três a confessar participação no esquema de venda de informações privilegiadas e liminares favoráveis à máfia -, um procurador regional da República e três delegados da PF. O sobrenome de um dos quatro advogados presos, Virgílio Medina, também chamou a atenção: ele é irmão do ministro do Superior Tribunal de Justiça, Paulo Medina (hoje afastado do cargo), e negociava liminares milionárias - suspeita-se que com ajuda do irmão ministro - com os prepostos dos três grandes bicheiros cariocas presos (pela segunda vez) nessa operação: Aílton Guimarães Jorge, o "Capitão Guimarães"; Antônio Petrus Kalil, o "Turcão", e Aniz Abraão Davi, o "Anísio". "Nunca antes no Brasil tantos poderosos caíram juntos", anunciava a apresentadora Glória Maria antes de exibir o vídeo gravado pela PF. (...)
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quinta-feira, junho 07, 2007

Raio Laser

Tribuna da Bahia e equipe
O presidente
A Polícia Federal dá uma batida na casa do irmão de Lula em mais uma de suas operações de nome retórico. Não o leva preso, porque a Justiça não autorizou, mas o indicia por exploração de prestígio e tráfico de influência. No exterior, o presidente diz que os policiais estão certos, mas acredita que Vavá, o irmão lá dele, também esteja.
O irmão
Para completar, Tarso Genro sobe no palco e bem defronte aos holofotes, com o ar cada vez maior de superministro da Justiça, diz que a ação contra o irmão de Lula é uma demonstração de que a PF “neste governo” age de forma republicana, sem poupar sequer familiares do chefe da República.
O ministro
Pode ser que o ministro não queira aparecer como o super-xerife que as pesquisas apontam que a população quer ver na Presidência em 2010 e que Lula esteja falando a mais pura verdade sobre a PF e seu irmão, cujas pretensas peripécias no mundo da ilegalidade desconheceria, como aparentemente desconhecia outras maldades feitas em gabinetes contíguos ao seu.
E a cena toda
Pode ser que tudo seja verdade. Pode ser que Lula e seu ministro estejam cobertos de razão. Ainda assim, o xeque-mate na casa humilde do irmão do presidente da República, com a pirotecnia de que a PF se faz acompanhar nestas horas, parece mais um jogo de cena friamente armado para impressionar incautos. Mesmo para incautos petistas desde criancinha.
Indignado
Se também foi pensada para servir de consolo a petistas que se sentiram agredidos pela ação recente da Polícia Federal, a batida da PF na casa do irmão do presidente Lula não atingiu seu objetivo. O prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, que chegou a ser preso sob a acusação até agora não provada de envolvimento com a Gautama, está convencido de que as ações da PF demonstram fragilidade do governo, motivo pelo qual pretende procurar pessoalmente o presidente Lula e o ministro Tarso Genro para protestar e mostrar que não pode ser responsabilizado do que o acusam.
Confiança
Se depender do prefeito Luiz Caetano (PT), Marlúcio Palmeira, um dos secretários grampeados pela PF em conversa com representantes da Gautama, permanece na pasta da Administração em Camaçari, assim como os demais membros do governo citados pela Polícia Federal. “Todos gozam da inteira confiança do prefeito”, afirma Luiz Caetano.
Em processo
Apesar de o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), ter dito ontem que João Henrique já assinou a ficha de filiação ao PMDB, o prefeito ainda não se desligou formalmente do PDT. O presidente pedetista, Severiano Alves, continua esperando dele um pedido oficial de desfiliação para encaminhar ao TRE baiano e liberá-lo. Tudo na mais absoluta paz.
Ciumeira
Depois que o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) roubou ontem a cena nos jornais ao aparecer como o grande responsável pela liberação de vultosos recursos federais para obras em Salvador e no interior, os petistas baianos combinaram (entre eles) que só aceitam vê-lo fazendo novos anúncios na Bahia na companhia do presidente Lula.
Lei do silêncio
A maior demonstração de que o PT baiano gostaria que os recursos destinados a obras de infra-estrutura na capital baiana e de irrigação em outras regiões do Estado fossem anunciados por um petista em vez de um peemedebista aconteceu na Assembléia Legislativa, onde apenas um governista repercutiu os anúncios. Foi Leur Jr., líder do PMDB na Casa.
CURTAS
* Esclarecido - Depois de apontar em diversas ocasiões que o contrato entre a empresa de segurança Protector e a Prefeitura de Salvador foi celebrado na gestão passada, a secretária municipal de Administração, Liziane Reis, foi obrigada a admitir ontem, em audiência pública na Câmara Municipal, que fez pessoalmente uma auditoria jurídica e financeira no documento e não encontrou nenhuma irregularidade. * Terra arada - Presente ontem à comissão de Orçamento na Assembléia Legislativa para falar sobre as metas do governo para 2007, o secretário estadual da Fazenda, Carlos Martins, deu munição farta à oposição para cobrar um reajuste maior do governo aos professores em greve. Entre outras informações, disse que a receita foi 12% superior com relação ao primeiro quadrimestre de 2006. . * No barco - De namorico com o PMDB, o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), já confirmou presença no trecho mineiro - de Bambuí a Pirapora - da viagem que o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) faz pelo leito do Rio São Francisco a partir do próximo dia 11. * Revanche - Apesar de ser praticamente o único nome do DEM para a disputa pela Prefeitura de Salvador em 2008, o deputado federal José Carlos Aleluia não vai levar com facilidade a posição de candidato oficial do partido. Ainda com memória fresca das dificuldades que ele criou para a definição do novo presidente da sigla na Bahia, carlistas vão exigir discussão ampla antes de se tomar qualquer decisão sobre o assunto. * Estratégia - A designação pelo Thomé de Souza de um procurador do município especialmente para acompanhar as denúncias do MP com relação à Secretaria Municipal de Saúde é o primeiro indício de que, se for possível, farta munição pretende ser levantada sobre a pasta nos próximos dias. * Convocado - Secretário estadual de Cultura, Márcio Meirelles tentou dar o zignal na Comissão de Cultura da Assembléia, alegando compromissos anteriormente assumidos para não comparecer a convocação ontem para falar sobre a mirabolante proposta de extinção do Balé TCA.

Receita Federal prende 850 mil na malha fina do IR

TRIBUNA DA BAHIA Notícias
A malha fina da Receita Federal pegou 850 mil contribuintes com problemas nas declarações de ajuste do Imposto de Renda apresentadas neste ano. Segundo levantamento obtido pela Folha, entre os principais motivos para reter as declarações estão a omissão de renda (própria ou de dependentes) e divergências nos dados de despesas médicas. No ano passado, cerca de 1 milhão de contribuintes ficaram na malha fina, de um total de 22 milhões de declarações entregues à Receita. Neste ano, foram entregues 23,27 milhões de declarações. Apesar desse aumento, houve queda no número de contribuintes presos na malha fina. De acordo com o secretário-adjunto Paulo Ricardo de Souza, o aumento na quantidade de declarações retificadoras pode explicar a redução nas retenções em malha. No ano passado, 230 mil contribuintes enviaram declarações revendo seus dados iniciais. “Ainda não temos o número deste ano, mas é crescente o volume”, disse Souza. A partir do dia 15, a Receita começará a depurar os dados dos contribuintes presos na malha, e a tendência é que uma parcela das declarações retidas comece a ser liberada. “Há casos em que houve erro involuntário de soma, troca de uma informação de uma linha para outra. É possível sanar esses problemas sem chamar o contribuinte à Receita e liberar a declaração”, disse Souza. Na maior parte dos casos, no entanto, a Receita não tem como identificar a divergência de dados. O secretário-adjunto adiantou que, antes de intimar os contribuintes, a Receita tentará checar os dados com as fontes pagadoras. Ou seja, se a renda apresentada pelo trabalhador não bater com a declaração apresentada pela empresa, a Receita buscará explicações primeiro com o estabelecimento para resolver o problema. Em muitas situações, porém, a origem do problema está em um “erro” ou “esquecimento” do contribuinte na hora de declarar sua renda. Isso ocorre com freqüência, relata Souza, com pessoas físicas que têm mais de uma fonte pagadora. Por um “lapso”, uma delas não é declarada.
Gastos do PAC terão atraso, diz ministro Paulo Bernardo
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, admitiu que o governo federal não deve cumprir o cronograma de gasto de R$ 15,7 bilhões previstos para o primeiro ano do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A falta de projetos deve impedir o desembolso do dinheiro que está disponível no Orçamento e não pode ser contingenciado. A situação não preocupa Bernardo, que compara o PAC a uma corrida e diz que o governo vai tomar fôlego no início. Ontem, Bernardo informou que a elaboração dos projetos tem sido um dos obstáculos dos primeiros meses do PAC. Conforme dados do Tesouro, só 3,5% dos R$ 15,7 bilhões previstos foram liquidados de janeiro a abril. Bernardo também disse que o governo espera implantar dois novos sistemas de controle de obras públicas até julho. Uma quer incluir empreendimentos de mais de R$ 10,4 milhões no Siafi (sistema que publica a execução de recursos federais).
Fonte: Tribuna da Bahia

PF indicia irmão de Lula por tráfico de influência

Tribuna da Bahia Notícias-----------------------
A Polícia Federal confirmou ontem que indiciou, pelos crimes de tráfico de influência e exploração de prestígio, Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A operação Xeque-Mate cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Genival, onde foram levados documentos, embora não haja detalhes do que foi apreendido. A investigação está sob segredo de Justiça. Em viagem a nova Nova Delhi (Índia), Lula comentou o caso e disse que não acredita no envolvimento de seu irmão. “Conheço o meu irmão há 61 anos, sou capaz de duvidar que ele tem algum problema, mas de qualquer forma, se a PF fez a investigação, está feita e isso vale para qualquer um dos 190 milhões de brasileiros”, afirmou. A operação investiga o contrabando de componentes eletrônicos para a utilização em máquinas caça-níqueis e tráfico de drogas. Os detidos são acusados de praticarem crimes como corrupção, falsidade ideológica, formação de quadrilha, tráfico de influência e exploração de prestígio. Os 77 presos começaram ser ouvidos ontem pela manhã. A expectativa é de que já na manhã desta quarta-feira todos tenham prestado depoimento, de acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Federal.
Vavá teria recebido ligação de preso
Benedicto de Tolosa Filho, advogado de Genival Inácio da Silva, o Vavá, disse que seu cliente foi envolvido na Operação Xeque-Mate da Polícia Federal por conta de um telefonema que recebeu do empresário Nilton Cézar Servo — preso anteontem. Cézar Servo —apontado como suposto chefe da máfia dos jogos— é investigado pela PF por ser dono de máquinas de caça-níqueis em vários Estados. Segundo Tolosa Filho, a conversa entre Vavá e Servo teve “caráter pessoal”. “Eles se conhecem há muito tempo. Servo gostava muito do meu cliente, que é uma pessoa muito simpática.” Tolosa afirmou ainda que Vavá nunca usou o nome do presidente Lula para fazer negócios ou obter vantagens profissionais. “Ele nunca usou o nome do irmão.” Vavá foi indiciado por tráfico de influência no Executivo e exploração de prestígio no Judiciário. A PF pediu a prisão de Vavá, mas a Justiça indeferiu o pedido alegando que o tráfico de influência e a exploração de prestígio não beneficiaram a máfia dos caça-níqueis e que ele não faria parte da quadrilha.
"Sinal de democracia", afirma OAB
O presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cezar Britto, afirmou ontem que a investigação da Operação Xeque-Mate, da Polícia Federal, que envolve o irmão mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Genival Inácio da Silva, o Vavá, é um bom sinal para a democracia. “Isso é muito bom para a democracia; é bom saber que o irmão da mais alta autoridade da República teve sua casa vistoriada por ordem judicial”, disse. Para Britto, o fato demonstra ainda que não está havendo interferência do presidente nas investigações da PF. “O lado ruim também nessas investigações é a sensação de que a corrupção tomou conta de todos, ao atingir diversos setores como a magistratura, a advocacia e vários outros segmentos que merecem credibilidade. Esse é um lado ruim, mas há o lado bom de saber que as coisas estão funcionando; é importante passar para a República a idéia de que todos podem ser investigados.” Vavá foi indiciado por tráfico de influência no Executivo e exploração de prestígio no Judiciário, segundo reportagem publicada nesta terça-feira pela Folha. A Polícia Federal realizou ontem busca e apreensão na casa do irmão de Lula, em São Bernardo, no ABC Paulista. A reportagem informa ainda que a PF pediu a prisão de Vavá, mas a Justiça indeferiu o pedido alegando que o tráfico de influência e a exploração de prestígio não beneficiaram a máfia dos caça-níqueis e que ele não faria parte da quadrilha. O presidente Lula elogiou o trabalho da Polícia Federal realizado na Operação Xeque-Mate, mas disse não acreditar no envolvimento de seu irmão com o esquema. “Não acredito que ele tenha envolvimento com qualquer coisa. Agora, como presidente da República, se a Polícia Federal tinha uma autorização judicial e o nome dele aparecia, paciência”, disse na Índia. Lula afirmou ainda não ter conversado com o irmão sobre o caso. “Eu sei poucos detalhes, as pessoas ainda não foram ouvidas. O que peço é que a polícia tenha serenidade nas investigações para que a gente não condene inocentes e não venha a absolver culpados”, afirmou. A Polícia Federal de Mato Grosso do Sul espera tomar os depoimentos dos 77 presos pela Operação Xeque-Mate, da Polícia Federal, até esta quarta-feira, por vota das 12h. A operação, deflagrada nos Estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Rondônia e Minas Gerais, prendeu acusados de envolvimento em crimes como contrabando de peças para máquinas caça-níqueis, corrupção e tráfico de drogas.
Ação foi golpe publicitário, acusa Pannunzio
Em entrevista no Salão Verde da Câmara dos Deputados, o líder do PSDB, Antonio Carlos Pannunzio, disse que o envolvimento de Vavá, irmão de Lula, na Operação Xeque-Mate tem todo o jeito de “um tremendo golpe publicitário”. Pannunzio lembra que, em 2005, durante a crise do mensalão, Vavá foi acusado de tráfico de influência, mas a Polícia Federal não aprofun-dou as investigações. - Agora, o simples aparecimento do nome do irmão do presidente em escuta telefônica resulta numa operação de busca e apreensão na casa dele e numa entrevista do presidente dizendo que a Polícia Federal tem que investigar todo mundo. Essa recomendação é absolutamente dispensável. Afinal, a investigação de crimes e de denúncias de crimes é função da polícia, sejam quem forem os denunciados. Tem que investigar, em profundidade, as atividades do compadre do presidente, Dario Morelli que, segundo a Polícia Federal, é dono de máquinas caça-níquel. O envolvimento do irmão do presidente tem jeito de um tremendo golpe publicitário.
Fonte: Tribuna da Bahia

Palocci sofre duas condenações

Ex-ministro do PT é condenado por desvio de verba na prefeitura de Ribeirão Preto


RIBEIRÃO PRETO (SP) - O ex-ministro da Fazenda e atual deputado federal Antônio Palocci (PT) foi condenado em dois processos de ação popular, em Ribeirão Preto, pela época em que foi prefeito, entre 2001 e 2002. As condenações são em primeira instância, pela 1ª Vara da Fazenda Pública, e cabem recursos. A assessoria de Palocci alegou que as condenações não são definitivas e que irá recorrer assim que as decisões forem publicadas no Diário Oficial.
Os advogados não se manifestarão antes que isso ocorra. O próprio Palocci estava retornando de viagem de Berlim e também não falaria sobre os casos. As condenações referem-se ao polêmico projeto Vale dos Rios e à doação de materiais de construção para a Associação dos Funcionários da Universidade de São Paulo (Arfusp).
O Vale dos Rios é um projeto de revitalização do centro que previa até uma ponte suspensa, no valor de R$8 milhões. Foram gastos R$4,68 milhões entre desapropriações da área e “obras”, mas somente R$323,4 mil foram explicados, segundo o levantamento da Câmara. A dispensa da licitação, o contrato e todas as despesas foram considerados irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
O juiz auxiliar da Fazenda Pública, Luís Eduardo Scarabelli, determinou a imediata e definitiva interrupção das obras e a condenação de Palocci à perda de eventual função pública e a suspensão dos direitos políticos por cinco anos, além de pagar multa civil de cem vezes o valor da remuneração recebido naquele período.
No caso da Arfusp, o juiz condenou Palocci à perda de função pública, pagamento de multa civil de cem vezes o valor da remuneração recebida e ampliou para dez anos a suspensão dos direitos políticos. Nesse processo, vários vereadores da época também foram condenados, com perdas de funções públicas e suspensão de direitos políticos por cinco anos.
Quatro antigos secretários de Palocci foram condenados a restituir ao erário os valores correspondentes às doações de materiais, acrescida de 1% de multa ao mês, suspensão de direitos políticos por cinco anos e multa em dobro do valor do dano. Entre os secretários estão Donizeti Rosa e o falecido Ralf Barquete Santos (este último envolvido no caso do lixo do município).
Rosa é diretor-superintendente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), ligado ao Ministério da Fazenda. “Não me lembro disso, não fui ouvido e nem participei da autorização para essa doação”, disse Rosa. “É estranho o nome ter sido citado, mas vou esperar a sentença e recorrer, com certeza”, emendou Rosa.
Fonte: Correio da Bahia

Irmão de Lula cobrava propina de donos de bingos

Genival Inácio da Silva, Vavá, foi indiciado pela PF porque cobrava até R$3 mil para traficar influência


CAMPO GRANDE - Investigações da Polícia Federal revelam que o irmão mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Genival Inácio da Silva, o Vavá, 66 anos, pedia propinas para empresários de bingos e caça-níqueis envolvidos em crimes, a pretexto de influir politicamente no Executivo nacional e ainda explorar seu prestígio junto ao poder Judiciário. Segundo a PF, Vavá pedia pequenas quantias, de R$2 mil, a R$3 mil, para favorecer pessoas envolvidas com formação de quadrilha, contrabando e corrupção, presos na Operação Xeque-Mate, mas não cumpria suas promessas.
Cópias das gravações telefônicas e do inquérito foram entregues ontem à noite à Justiça – cerca de 40 CDs – pelos delegados da PF que comandam a investigação. “Ele (Vavá) não chegava a efetivar os pedidos, sequer os encaminhava, mas de qualquer modo, como irmão do presidente da República, ele pedia dinheiro a pretexto de influir politicamente nas ações criminosas. E isso é crime”, afirmou um delegado da PF.
Além de gravações de telefonemas envolvendo Vavá, obtidos pela PF com autorização do juiz Dalton Conrado, de Campo Grande, um dos presos na Operação Xeque-Mate, Andrei Cunha, aceitou o sistema de delação premiada e contou que Vavá pedia dinheiro. Cunha é ex-gerente de uma casa de caça-níqueis de Nilton Cezar Servo, o principal chefe das quadrilhas investigadas na operação e de quem se tornou desafeto. Nilton, que também está preso com a mulher, os três filhos e alguns funcionários das casas de caça-níqueis espalhadas no Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo e Minas Gerais, é amigo de Vavá e fazia festas em Caraguatatuba, na casa de praia de Dario Morelli Filho, compadre do presidente Lula.
“Na verdade, o Vavá é um cara simples, quase analfabeto, que enrolava as pessoas, porque não conseguia passar da porta do Palácio do Planalto, não tinha relações para isso”, disse outro delegado da PF que também atua no caso. O ex-gerente Andrei Cunha contou à PF que Servo costumava ficar irritado com Vavá, que lhe pedia sempre pequenas quantias (entre R$2 mil e R$3 mil). Todas as vezes que Servo ia a Caraguatatuba, Vavá lhe pedia dinheiro, segundo Cunha.
O advogado de Cunha, Marcelo Dib, confirmou ontem que seu cliente aceitou a delação premiada. Outro delegado da PF informou que o ex-deputado Nilton Cezar Servo (PSB) era apenas uma das pontes de Vavá para o tráfico de influências e exploração de prestígio, crimes nos quais Vavá foi indiciado pela PF no inquérito que investiga a máfia dos caça-níqueis que atuam em seis estados. Na realidade, Vavá só foi descoberto por causa da amizade com Servo, ao ser identificado em uma das conversas monitoradas do deputado, segundo o delegado.
A PF não esclareceu se há outros focos de investigação sobre Vavá, alegando que somente o Ministério Público Federal (MPF) poderá orientar futuras ações e mesmo se Vavá será ou não denunciado à Justiça Federal pelos crimes que teria cometido.
De um total de 80 investigados pela PF, apenas Vavá e o empresário Jamil Name, indiciado ontem em Campo Grande, não foram detidos até agora. Além desses 80, outros sete envolvidos continuavam foragidos até o fim da tarde de ontem. A PF informou que não há ainda provas suficientes que apontem a necessidade de prisão de Name. Já o irmão de Lula foi apenas indiciado porque não tem envolvimento direto com os jogos de azar nem contrabando, objetos da Operação Xeque-Mate.
Fonte: Correio da Bahia

Justiça Federal vai investigar Paulo Bezerra

Ministério Público consegue desmembramento de inquérito que apura fraudes em licitações para obras


BRASÍLIA - O Ministério Público Federal (MPF) conseguiu o desmembramento do inquérito que investiga o esquema de fraudes em licitações para a realização de obras públicas, desmontado pela Operação Navalha, da Polícia Federal (PF). O desmembramento, autorizado pela ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), refere-se aos delegados Zulmar Pimentel (diretor-executivo da PF, considerado o segundo homem dentro da instituição), César Nunes (superintendente da instituição na Bahia) e Paulo Bezerra (afastado do órgão para comandar a Secretaria de Segurança Pública do estado). Eles devem ser investigados perante a Justiça Federal da Bahia.
Para o MPF, os delitos praticados pelos delegados, afastados dos cargos pelo STJ, “são crimes autônomos, que não guardam conexão com os fatos específicos atribuídos à organização criminosa”. Eles devem ser investigados por abuso de autoridade, violação de sigilo funcional e prevaricação. Apesar da investigação, o secretário permanece no cargo, avisou o governador Jaques Wagner (PT). A oposição na Assembléia Legislativa continua pedindo o afastamento do secretário, para que ele possa se defender das acusações.
A Procuradoria Geral da República informou ainda que nessa parte do inquérito será apurado o esquema denominado Evento Camaçari. O prefeito da cidade, Luiz Caetano (PT), foi preso na Operação Navalha, acusado de participar do esquema de fraudes em licitações. A PF tem provas contra o petista, principalmente diálogos transcritos de conversas gravadas.
Fonte: Correio da Bahia

O roto e o esfarrapado

Por Pedro Oliveira - Jornalista e presidente do Instituto Cidadão
Dois artigos na imprensa nacional me chamaram a atenção esta semana principalmente pela ousadia de seus autores que seriam as últimas pessoas com autoridade para abordar os temas em questão. Muitos consideraram um acinte, alguns um despropósito fico eu com aqueles que estarrecidos os reconhecem como verdadeiros “caras de paus”.O primeiro tem o titulo “Corrupção, voto e orçamento” e tem como autor, pasmem: Fernando Henrique Cardoso que aborda os recentes episódios envolvendo o presidente do Senado Renan Calheiros e a safra de corrupção que assola o Brasil. No artigo ele comenta: “O sentimento de impunidade é tanto que a repressão, mesmo arbitrária, traz a esperança de que afinal se coíbam os abusos. Assim como as fotos das pontes inacabadas são metáfora do desperdício e da corrupção, as algemas colocadas indiscriminadamente passam a simbolizar a moralidade”. É como se o passado recente tivesse sido apagado e o seu governo fosse exemplo de moralidade. Esquece o “articulista” coisas que o Brasil viu e condena em seu governo. A corrupção desenfreada em muitos setores da administração, a negociação espúria para aprovação da emenda da reeleição, onde alguns parlamentares chegaram a ganhar R$ 200 mil para votar a favor do projeto, o desvio de R$ 1,4 bilhão em projetos da Sudene, o levantamento do Tribunal de Contas da União onde foi indicada a existência de 121 obras federais com indícios de irregularidades e nada foi apurado ou alguém punido. E vai além FHC em seu faroleiro texto: “É preciso agir. A responsabilidade maior é do Executivo que deveria comandar uma ação enérgica de reforma política. Na falta desse comando, as lideranças políticas e as da sociedade, em vez de se amesquinharem no dia-a-dia de compromissos de tapar o sol com a peneira, poderiam pressionar em duas direções, ambas coibidoras dos abusos e da corrupção”. E ele o que fez em seu governo senão jogar o lixo da podre política para debaixo do tapete e manter sob o manto protetor da impunidade os casos mais escabrosos de corrupção?
A dose se completa com um segundo artigo com frases dignas de um autêntico paladino da moralidade e da ordem pública. Começa assim: “Indignação, ceticismo, acusações. Tudo isto é muito pouco – e tem resultado nulo – diante do desvio de dinheiro público, corrupção e manipulação indevida do Orçamento. É hora de trocar os discursos inflamados por uma agenda positiva de combate à relação promíscua entre o poder público e empresas privadas (sic), que vem abrindo um rombo de bilhões de reais, a cada ano nos cofres nacionais” (sic, sic, sic). Em qual das alternativas você indicaria o autor desta frase: Pedro Simon, Eduardo Suplicy, Arthur Virgilio? Errou amigo leitor. O autor do artigo em questão é simplesmente Renan Calheiros. Ele mesmo, atingido por gravíssimas acusações de relação promiscua entre o público e o privado e que não convenceu a nação de sua inocência na participação em manipulações marginais do erário. Transformou o plenário do senado em “teatro bufão” de quinta categoria confessando um dramalhão familiar, sem convencer a ninguém (a exceção dos seus iguais) a sua submissão ao dinheiro sujo de empreiteiras corruptas.Ainda no artigo Renan nos dá lições de moralidade: “Para fechar os ralos por onde escoa o dinheiro do contribuinte, uma das medidas urgentes é a atualização da Lei de Licitações e Contratos. O resultado será maior transparência e mais economia nos gastos públicos. Apertar o cerco a quem infringe a lei é, obviamente fundamental. Mas também não basta a independência do Ministério Público, e a agilidade da Policia Federal. O que o brasileiro cobra, e com absoluta razão, é o fim da impunidade”.Renan e FHC se assemelham até no quesito traição conjugal. Ambos têm filhos fora do casamento com jornalistas. Tudo igual.O que precisa mesmo senhores Renan Calheiros e Fernando Henrique é mudar a cara do Brasil, botar políticos corruptos na cadeia, fazer uma assepsia no Congresso Nacional mesmo que com isto grande número de cadeiras fiquem vazias. Expurgar ministros, desembargadores, deputados, prefeitos e vereadores corruptos da vida pública brasileira. Vasculhar e confiscar o patrimônio de quem enriqueceu ilicitamente. É necessário e urgente que a sociedade e as instituições, os estudantes e o povo ganhem as ruas, invadam o Congresso e os palácios, tirando se preciso à força, a escória que saqueia os cofres públicos, e torna o Brasil um modelo internacional de corrupção.
Fonte: prosa & politica

Opinião: Um jeito de fim de governo

Villas-Bôas Corrêa, repórter político do JB
A impressão de que o governo da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva custou a começar deu uma cambalhota, virou pelo avesso: hoje e cada vez mais, toma o jeito de que curte a vida e arruma as malas para passar a faixa para o sucessor que aspira eleger.
O governo mira-se no espelho dos inegáveis êxitos emplacados nos quatro anos iniciais e que ainda saboreia, como quem custa a deixar a mesa antes de provar de todas as sobremesas. Estatísticas é o que não faltam para o oba-oba de fim de festa: índices de inflação domada, o risco do país despenca em queda livre, o superávit comercial nas nuvens, a dívida externa é menor do que as reservas e o balanço de pagamentos está no azul.
Mas pisar no freio e parar diante do painel dos sucessos não é atitude adequada para o ambicioso líder sindical que galgou cada degrau da escada e tentou três vezes, para na quarta emplacar a vitória, enfeitada pelo bis.
De lá para cá, a traquitana anda com a morosidade de um jegue das suas memórias do filho da Dona Lindu, nascido em Garanhuns, cidade do sertão pernambucano maltratada pela seca, em 27 de outubro de 1945. E não há uma boa explicação para o seu desligamento diante do modesto, contraditório governo, deformado pela extravagância das improvisações.
Não há como dissimular a evidência de que a rotina administrativa escorregou para as mãos da ministra Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil e virtual presidente em exercício, seja nas ausências do recordista de viagens internacionais e domésticas ou mesmo nos dias em que o titular passa em Brasília. Pelo visto, a semana da madraçaria parlamentar de dois a três dias úteis pegou como tiririca.
Agora, exatamente neste momento, a ausência presidencial agrava e prolonga as encrencas em que o governo e o Congresso se enroscam. E as suas viagens pelos quatro cantos do mundo baixaram para o nível da rotina. Rendem poucos e sumários registros na mídia e passam batidas pela desatenção popular.
Mais de uma semana nas asas do exausto Aerolula, para encontros de escassa significação na Inglaterra - que a pífia atuação da indefinida Seleção Brasileira das experiências de Dunga, na inauguração do novo estádio de Wembley, não aliviou as angústias do antigo peladeiro e torcedor fanático - o cancelado encontro em Marrocos, as cerimônias na Índia e os três dias em Berlim para participar de encontro da cúpula do G-8 compõem uma agenda de quem tem pouco o que fazer.
Por cá, as coisas se complicam. A Polícia Federal decidiu ir à luta e impor a sua autonomia com a iniciativa de operações em série para desbaratar as quadrilhas que roubam o dinheiro público na espantosa estimativa oficial de R$ 40 bilhões anuais.
No último bote, a PF caiu em cima da gangue envolvida com a máfia dos caça-níqueis e prendeu 77 integrantes da turma em seis Estados e em Brasília. Claro que Lula não tem que se envolver na atuação da Polícia Federal. Só que desta vez, um dos 50 mandados de busca e apreensão, em São Bernardo do Campo (SP) varejou a casa de Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do presidente e que fora acusado de fazer lobby, no Palácio do Planalto, para empresas do ABC paulista.
Vavá foi preso. Ainda na capital da Índia, o presidente Lula, falando aos jornalistas, emplacou uma declaração perfeita. Não negou a solidariedade ao irmão, que conhece "há 61 anos" e dúvida que tenha feito "alguma coisa errada". Renovou rasgados elogios à Polícia Federal e fechou o raciocínio com lógica direta: quem provar a inocência, será solto; quem tiver culpas no cartório, pagará por elas. O que vale para todos, seja ou não parente do presidente da República.
No Congresso experiente em lidar com tais enredos, a poeira assenta nos acertos em surdina. O senador Renan Calheiros conta as horas para a sumária absolvição pelo severo Conselho de Ética do Senado.
No mais, as reformas continuam empacadas. Na forma do louvável costume.

Contribuinte já pode checar se caiu na malha fina

SÃO PAULO - Quem entregou declaração do Imposto de Renda este ano, referente ao ano-base 2006, já pode checar no site da Receita Federal se é um dos 850 mil contribuintes que tiveram o documento retido em malha fina. Na consulta, o contribuinte fica sabendo qual a pendência detectada pelos técnicos da Receita e pode avaliar se é o caso de fazer uma declaração retificadora para regularizar sua situação e sair da malha.
Para fazer a consulta, basta entrar no site www.receita.fazenda.gov.br. Na lista de serviços oferecidos no centro da página, clique sobre "IRPF - Extrato Simplificado do Processamento". No quadro que se abre, informe: 1) O número do CPF completo, com o dígito e sem o traço.
2) O número do recibo de entrega. No caso de declarações entregues em meio eletrônico, devem ser digitados apenas os dez primeiros dígitos do número que consta no recibo de entrega da declaração. O número do recibo pode ser obtido no computador ou disquete onde tenha sido gravada a declaração. Basta acessar no menu "Declaração" a função "Imprimir/Recibo". No caso de declarações entregues em formulários, devem ser digitados os nove números constantes da etiqueta dos Correios, desprezando as letras.
3) O código de segurança informado - digite os 4 caracteres da imagem.
4) Por fim, clique em "Consultar". Se na coluna "Situação" aparecer a mensagem "Processada, aguardando novos lotes", o processamento da declaração foi encerrado com sucesso. Mas se a mensagem for sobre existência de pendências, clique sobre essa informação para ter detalhes do problema encontrado pela Receita.
O contribuinte na malha fina deve analisar se deve ou não entregar declaração retificadora. Se tiver como provar que tem razão na pendência informada, ele não precisa fazer a retificadora e deve aguardar um chamado da Receita, o que pode ocorrer em até 5 anos.
Fonte: Estadão On Line

quarta-feira, junho 06, 2007

TUTTY VASQUES

Invasão de privacidadeSabe quantos vestidos Geraldo Alckmin trouxe de viagem para dona Lu? Não te interessa, ora bolas!Marca registradaPelo agasalho que Fidel Castro vestia em sua última aparição publica, tudo indica que a filha de Dunga virou figurinista do Comandante.Dom DieguitoEra só o que faltava: a Seleção Brasileira está prestes a ter um ídolo chamado Diego. Só se fala disso em Buenos Aires.Basta!Será possível que o mundo não tem mais o que fazer além de cantar parabéns para os 40 anos de um disco dos Beatles? Ninguém agüenta mais ouvir falar de Sergeant Pepper’s, caramba!Beijo pé-quenteO gol de Diego no finalzinho do jogo contra a Inglaterra salvou Lula da fama de pé-frio. A oposição já tinha pronto discurso para atribuir a derrota ao beijo do presidente nos jogadores da Seleção antes da partida.É por aí!Ao esculhambar o Congresso brasileiro, Hugo Chávez começou a ganhar votos entre os eleitores de Lula.RC e ZVZuenir Ventura tem lamentado com amigos o azar de ver suas iniciais expostas na mídia por Zenildo Veras, mas imagina só o drama de Roberto Carlos com Renan Calheiros roubando-lhe, além das iniciais, o argumento da invasão de privacidade.

Por que Lula não nada?Entre outras coisas interessantes que disse na Índia, meio que tomado pelo espírito de Gandhi, Lula esclareceu que não nada por causa da bursite. Essas coisas a oposição não vê - ô, raça!BoatoA jornalista Mônica Veloso, pivô da crise público-privada do senador Renan Calheiros, não vai posar para a “Playboy”. E não se fala mais nisso nem nas reuniões de pauta da revista, ok?Acontecimento do anoAcontece tanta coisa ao mesmo tempo em Brasília, que a gente aqui de longe acaba até perdendo a piada: perdi, por exemplo, a posse de Sibá Machado na presidência do Conselho de Ética do Senado. Deve ter sido engraçadíssima.SubiiiindoManifestantes a caminho do G8 descem por engano no playground. Está a maior farra em Rostock, na Alemanha. Muito mais divertido, aliás, do que a ocupação da reitoria da USP.Você por aqui?Em sua atual turnê mundial, Lula corre o risco de encontrar Hugo Chávez pra lá de Marrakech.Piada prontaA ministra Marta Suplicy não deveria se meter com a tocha do Pan. Tá na cara que vai virar piada, né não?!ErramosOk, ok, andei chamando o Zuleido de Zenildo, mas, e daí? Com o Zuenir já aconteceu coisa muito pior.Mania de independência'NoMinimo' recusou proposta de parceria para a troca de conteúdo com BBC de Lula.
tutty@nominimo.ibest.com.br

O pior Congresso da história deste país

Por: Villas-Bôas Corrêa



Não importa que a defesa do senador Renan Calheiros tenha mais furos que rede de pescador. E é pura perda de tempo catar as contradições e lacunas no seu depoimento: o presidente do Senado jamais correu qualquer risco.Tal como em comédia burlesca ou em novelas de televisão, antes do primeiro capítulo o final está pronto na cabeça do autor. Por que infernizar a vida do presidente do Congresso, um dos líderes do PMDB que ajudou a tanger o partido para as pastagens do governo, de um companheiro sempre pronto a atender os pedidos dos colegas? Depois, os antecedentes armam a grelha – ou o limpa-trilhos do preciso regionalismo alagoano – para o pouso do senador no fofo colchão da impunidade: o Congresso não tem autoridade para punir ninguém, nem deputado do baixo-clero, depois de consagrada a absolvição de dezenas de denunciados no festival de escândalos do Legislativo recordista, como nunca se viu igual na história deste país. Por entre os felizardos premiados com os gasparinos da absolvição da ladroagem do caixa dois, das propinas do mensalão, nas trapaças apuradas pelas CPI dos Correios, das ambulâncias e de emplacada a máxima de que o voto que elege e reelege tem o generoso sentido do perdão do povo, o ilustre e empelicado representante de Alagoas desfila com o garbo de carneiro em parada.A imprensa cumprirá o seu dever de catar contradições na defesa que parece armada com tela de galinheiro. Se os documentos exibidos nos 24 minutos de engasgada emoção não comprovam a origem do dinheiro que o pai pródigo gastou com a filha, fruto de uma relação extraconjugal, o senador arranjará outros. O lobista da Mendes Junior, o prestimoso amigo Cláudio Gontijo, deve dispor de pilhas de recibos para todas as serventias. O presidente do Senado obedeceu ao figurino e comportou-se como recomendam as normas da Casa. À fila de senadores de todos os partidos que o afogaram nos abraços e sacudiram o pó com as palmadas nas costas e anteciparam o desfecho sabido, seguiu-se o blablablá da bazófia: tudo deve ser apurado para a exemplar punição dos culpados. Se for o caso, o rigoroso Conselho de Ética examinará as acusações e a defesa. E, na forma do louvável costume, o plenário do Senado garante a absolvição e a nova manifestação de solidariedade.A esfuziante solidariedade pessoal ajusta-se ao modelo ético de novos tempos. Pipocam as justificativas para barrar a ressaca da indignação dos poucos que gritam e dos muitos que calam. Todas ou muitas de inegável oportunidade, como o financiamento público de campanha; a fidelidade partidária ou o fechamento dos ralos na elaboração do Orçamento. Mas não se toca nem com o dedo mindinho nas causas reais da desmoralização do mais democrático dos poderes, como as semanas de dois a três dias úteis, as quatro passagens mensais para o fim de semana com a família, a orgia das mordomias, vantagens e benefícios, como a da inqualificável verba indenizatória de R$ 15 mil para as despesas dos quatro dias da folga semanal.O ex-deputado federal e estadual, acadêmico Afonso Arinos de Melo Franco Filho, confessou a sua perplexidade: “Não consigo encaixar o meu pai neste Congresso.”Puxamos o fio do saudosismo e fomos longe na especulação: não apenas o senador Afonso Arinos, o mais completo parlamentar desde o fim do Estado Novo. Para ficar em alguns exemplos: Milton Campos, Nereu Ramos, Gustavo Capanema, Aliomar Baleeiro, Bilac Pinto, Carlos Lacerda, Alberto Pasqualini, Odilon Braga, Daniel Krieger, Petrônio Portela, Thales Ramalho, Paramos por aí. Silenciados pela vergonha.
Fonte: Nominimo

O pior Congresso da história deste país

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Não importa que a defesa do senador Renan Calheiros tenha mais furos que rede de pescador. E é pura perda de tempo catar as contradições e lacunas no seu depoimento: o presidente do Senado jamais correu qualquer risco.Tal como em comédia burlesca ou em novelas de televisão, antes do primeiro capítulo o final está pronto na cabeça do autor. Por que infernizar a vida do presidente do Congresso, um dos líderes do PMDB que ajudou a tanger o partido para as pastagens do governo, de um companheiro sempre pronto a atender os pedidos dos colegas? Depois, os antecedentes armam a grelha – ou o limpa-trilhos do preciso regionalismo alagoano – para o pouso do senador no fofo colchão da impunidade: o Congresso não tem autoridade para punir ninguém, nem deputado do baixo-clero, depois de consagrada a absolvição de dezenas de denunciados no festival de escândalos do Legislativo recordista, como nunca se viu igual na história deste país. Por entre os felizardos premiados com os gasparinos da absolvição da ladroagem do caixa dois, das propinas do mensalão, nas trapaças apuradas pelas CPI dos Correios, das ambulâncias e de emplacada a máxima de que o voto que elege e reelege tem o generoso sentido do perdão do povo, o ilustre e empelicado representante de Alagoas desfila com o garbo de carneiro em parada.A imprensa cumprirá o seu dever de catar contradições na defesa que parece armada com tela de galinheiro. Se os documentos exibidos nos 24 minutos de engasgada emoção não comprovam a origem do dinheiro que o pai pródigo gastou com a filha, fruto de uma relação extraconjugal, o senador arranjará outros. O lobista da Mendes Junior, o prestimoso amigo Cláudio Gontijo, deve dispor de pilhas de recibos para todas as serventias. O presidente do Senado obedeceu ao figurino e comportou-se como recomendam as normas da Casa. À fila de senadores de todos os partidos que o afogaram nos abraços e sacudiram o pó com as palmadas nas costas e anteciparam o desfecho sabido, seguiu-se o blablablá da bazófia: tudo deve ser apurado para a exemplar punição dos culpados. Se for o caso, o rigoroso Conselho de Ética examinará as acusações e a defesa. E, na forma do louvável costume, o plenário do Senado garante a absolvição e a nova manifestação de solidariedade.A esfuziante solidariedade pessoal ajusta-se ao modelo ético de novos tempos. Pipocam as justificativas para barrar a ressaca da indignação dos poucos que gritam e dos muitos que calam. Todas ou muitas de inegável oportunidade, como o financiamento público de campanha; a fidelidade partidária ou o fechamento dos ralos na elaboração do Orçamento. Mas não se toca nem com o dedo mindinho nas causas reais da desmoralização do mais democrático dos poderes, como as semanas de dois a três dias úteis, as quatro passagens mensais para o fim de semana com a família, a orgia das mordomias, vantagens e benefícios, como a da inqualificável verba indenizatória de R$ 15 mil para as despesas dos quatro dias da folga semanal.O ex-deputado federal e estadual, acadêmico Afonso Arinos de Melo Franco Filho, confessou a sua perplexidade: “Não consigo encaixar o meu pai neste Congresso.”Puxamos o fio do saudosismo e fomos longe na especulação: não apenas o senador Afonso Arinos, o mais completo parlamentar desde o fim do Estado Novo. Para ficar em alguns exemplos: Milton Campos, Nereu Ramos, Gustavo Capanema, Aliomar Baleeiro, Bilac Pinto, Carlos Lacerda, Alberto Pasqualini, Odilon Braga, Daniel Krieger, Petrônio Portela, Thales Ramalho, Paramos por aí. Silenciados pela vergonha.
Fonte: Nominimo

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