por Leopoldo Stefanno Leone Louveira
A despeito dos avanços em diversos aspectos nos últimos anos — informatização, transparência, criação do Conselho Nacional de Justiça, entre outras — não há dúvida de que o maior mal de que ainda padece o Poder Judiciário é a sua lentidão.
Burocracia, quadro funcional deficiente, poucos juízes, apego excessivo à formalidade são apenas alguns dos motivos que poderiam justificar esta afirmação. Não é novidade que, salvo felizes exceções, a tramitação dos feitos ocorre a passos de tartaruga. Meses, anos, às vezes décadas, para se efetivar a prestação jurisdicional ao cidadão.
Na área do processo penal, quando se está em jogo o status libertatis do indivíduo em face da pretensão punitiva estatal, a falta de celeridade acarreta um problema ainda mais preocupante. Com o acusado preso, o Poder Judiciário tem a obrigação de, dentro do possível, analisar e julgar as questões levantadas com a máxima brevidade.
Mesmo diante da óbvia constatação, não é isso o que geralmente ocorre. Basta o mínimo de exercício diário da advocacia criminal, para se verificar que um Habeas Corpus em caso de acusado preso costuma demorar em média mais do que dois meses — numa previsão otimista — para ser apreciado por nossos Tribunais de Justiça e Regionais Federais. Nas Cortes Superiores, a situação não é diferente. Só no Ministério Público os processos ficam, no mínimo, duas semanas para prolação de parecer. Há casos de Habeas que levaram mais de anos para ser julgados.
No entanto, analisando os últimos “capítulos”1 do caso da morte da garota Isabella, deparamo-nos com uma notícia inusitada, até surpreendente, digna de uma breve reflexão.
Sem adentrar na discussão de mérito sobre a necessidade ou não da custódia cautelar na hipótese em questão, há algo a se ponderar. A atuação de nossas Cortes na apreciação da Ação Penal e dos respectivos incidentes processuais daquele rumoroso caso vem sendo “exemplar”, diria quase que “ideal”.
Para se ter uma idéia, veja-se o trâmite da ordem de Habeas Corpus impetrada pelos advogados do casal apontado como autores do delito no Superior Tribunal de Justiça2, no qual se buscava a revogação da prisão preventiva imposta aos Pacientes: o writ foi protocolizado, distribuído e teve a liminar analisada (e indeferida) pelo ministro relator no mesmo dia (!). No dia seguinte, os autos foram encaminhados à Subprocuradoria da República — e retornaram na mesma data (!) — com parecer oferecido. A Turma Julgadora, então, apreciou (e denegou) o pedido na primeira (!) sessão de julgamento subseqüente. A duração total do processamento foi de exatos doze dias — ou melhor, de surpreendentes sete (!) dias úteis, descontados final de semana e feriado —, tudo conforme andamento disponível no site do STJ e com cada etapa sendo amplamente veiculada pela imprensa.
Muito embora — é importante que se diga — se trate de matéria específica com relação à aplicação (ou não) da Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal no tocante à possibilidade de se atacar a decisão de indeferimento da liminar pelo desembargador relator do habeas no Tribunal de Justiça, sem sombra de dúvidas, trata-se do writ com julgamento mais rápido da história do egrégio STJ.
Isso sem falar na agilidade fenomenal da própria Polícia Judiciária, no âmbito das investigações finalizadas no prazo recorde de 30 dias, em hipótese tão complexa, e também do Juízo de primeiro grau que já procedeu ao interrogatório dos acusados.
Pois bem. Diante de tais fatos, é pertinente a seguinte consideração: na verdade, a Justiça brasileira é rápida, eficiente, ágil, com decisões mais do que imediatas. O Judiciário deu mostras de que, ao contrário do que parece, não está emperrado, atulhado de processos. Talvez toda essa propalada morosidade não passe de uma ilusão coletiva ou resultado de uma análise pessimista da atual conjuntura...
Ou então, deixando a ironia de lado, não custa perguntar: será que tudo está correndo rápido por se tratar de um denominado “caso de mídia”, com acompanhamento online, em período integral, que mexe com a opinião pública? Será que se está buscando, com isso, passar a impressão de que a Justiça é ágil? Que não haverá mais “impunidade” no país? E as outras centenas, milhares de casos que envolvem pacientes que não tiveram a “sorte” de serem famosos? Será que também recebem o mesmo tratamento prioritário?
Aliás, pobres dos advogados que têm de explicar o inexplicável aos clientes presos e seus familiares quando questionados do porquê da demora infindável do Habeas Corpus deles em comparação com o trâmite do remédio heróico do casal famoso.
Concluindo esta despretensiosa análise, é importante destacar que não se está aqui, por óbvio, advogando a tese de que a Justiça deve ser lenta. Ou mesmo que este caso específico deveria seguir a morosidade dos feitos, digamos assim, ordinários. Não. Longe disso. O que se busca trazer ao debate é o absurdo da situação de, somente quando presentes os holofotes da opinião pública, o Judiciário dar demonstrações de eficiência.
O Estado Constitucional de Direito pressupõe a duração razoável dos processos, sempre preservados, claro, o devido processo legal e a amplitude de defesa, tão caros ao cidadão. Também é preciso destacar a necessária serenidade do magistrado ao tomar decisões tão importantes para a vida das pessoas.
Nesse contexto, aguarda-se que nossos juízes se espelhem nessa atípica agilidade do sistema para aplicar e distribuir Justiça de forma igualitária e democrática, pouco importando quem sejam os “clientes” do Judiciário.
Triste do país que precisa de uma tragédia familiar como essa para “fomentar” o andamento dos processos judiciais de réus presos. Afinal, chegaríamos ao absurdo de desejar que todos os pacientes de Habeas Corpus tivessem o sobrenome “Nardoni” a fim de assegurar a almejada celeridade processual deste tão importante instrumento jurídico...
Nota de rodapé:
1. A palavra mais adequada para se definir o andamento deste processo é essa mesma, em face da verdadeira novela criada pela cobertura da mídia. Aqui se vale da licença poética.
2. HC n.º 106.742, Rel. Min. NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO — 5.ª Turma
Fonte: Revista Consultor Jurídico
Leopoldo Stefanno Leone Louveira: é advogado criminalista em São Paulo.
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quinta-feira, junho 05, 2008
quarta-feira, junho 04, 2008
Antro de corrupção
Por: J. Montalvão
O (des)governo passado e que tenta a todo custo retornar novamente, implantou um antro de corrupção em Jeremoabo/Bahia, onde hoje as palavras mais comentadas são:Quadrilha", "Corrupção", "Desvio de recursos", "Propina", "Compra de votos" etc...
Ontem a Polícia Federal aqui esteve e já começou a ouvir os implicados nesse antro ou quadrilha.
A população de Jeremoabo, os mais humildes e prejudicados esperam que a Justiça faça sua parte agilizando o andamento dos processos concernente aos atos de improbidade, principalmente os praticados no (des)governo passado, que ultrapassa a barreira dos 100 (cem).
Hoje encontrei com José Messias do Nascimento (o leão que virou gato, e agora retornou mais feroz ainda), o qual me falou que ontem 03 de maio de 2008, procurou saber do Ministério Público de Jeremoabo/Bahia o andamento da representação dado entrada em 14.02,07 perante aquela autoridade, ao tempo em que entrara com outra contra o Vereador Carlos O. E. Gama, o Carlos Dentista, pois não irá permitir que o mesmo faça suas falcatruas queira dar uma de dono da verdade, e ainda fique zombando do povo.
Diz Messias que Carlos Dentista logo que tomou posse como presidente se vangloriava que seus antecessores em suas administrações deixaram muito a desejar, e ele era o Presidente mais honesto do mundo; ainda segundo ” o leão” “ele não parece ser tão honesto assim.
Abaixo transcrição do Requerimento com recebimento e data de ontem:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR PROMOTOR DE JUSTIÇA DA COMARCA DE JEREMOABO ESTADO DA BAHIA.
Dr. LEONARDO CANDIDO COSTA
EU, JOSÉ MESSIAS DO NASCIMENTO, venho respeitosamente a presença de V. Exa.
Para requerer o andamento da REPRESENTAÇÃO protocolada nesta Promotoria na data de 14 de fevereiro de 2007, feita contra o Vereador CARLOS OLIMPIO EVANGELISTA GAMA, pelo fato do mesmo ter praticado vários atos de IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA e que até a presente data não tivemos nenhuma resposta.
Respeitável promotor, para fortalecer ainda mais ao que foi apresentado na Representação, estamos pedindo juntada de mais um documento que provará que o Representado é pessoa que vive a dilapidar o erário público do nosso Município e por isto mesmo, enriquecendo ilicitamente, trata-se de uma notificação feita pelo atual Vice-Presidente da Câmara Municipal de Jeremoabo, comunicando ao titular do executivo municipal, que o referido vereador, está infringindo o art. 37 inciso XVI da Constituição Federal, estando inserido em verdadeiro ato de improbidade e falta de decoro parlamentar, passivo da perda de mandato de Vereador e de ficar inelegível por bom tempo.
POR TUDO ISTO, pede a continuação da referida Representação contar o Vereador CARLOS OLIMPIO EVANGELISTA GAMA, e requer juntada da copia deste novo documento (doc. Anexo)
Termos em que
Espera Deferimento
Jeremoabo, o3 de junho de 2008
JOSÉ MESSIAS DO NASCIMENTO
Cidadão Eleitor nesta Comarca
O (des)governo passado e que tenta a todo custo retornar novamente, implantou um antro de corrupção em Jeremoabo/Bahia, onde hoje as palavras mais comentadas são:Quadrilha", "Corrupção", "Desvio de recursos", "Propina", "Compra de votos" etc...
Ontem a Polícia Federal aqui esteve e já começou a ouvir os implicados nesse antro ou quadrilha.
A população de Jeremoabo, os mais humildes e prejudicados esperam que a Justiça faça sua parte agilizando o andamento dos processos concernente aos atos de improbidade, principalmente os praticados no (des)governo passado, que ultrapassa a barreira dos 100 (cem).
Hoje encontrei com José Messias do Nascimento (o leão que virou gato, e agora retornou mais feroz ainda), o qual me falou que ontem 03 de maio de 2008, procurou saber do Ministério Público de Jeremoabo/Bahia o andamento da representação dado entrada em 14.02,07 perante aquela autoridade, ao tempo em que entrara com outra contra o Vereador Carlos O. E. Gama, o Carlos Dentista, pois não irá permitir que o mesmo faça suas falcatruas queira dar uma de dono da verdade, e ainda fique zombando do povo.
Diz Messias que Carlos Dentista logo que tomou posse como presidente se vangloriava que seus antecessores em suas administrações deixaram muito a desejar, e ele era o Presidente mais honesto do mundo; ainda segundo ” o leão” “ele não parece ser tão honesto assim.
Abaixo transcrição do Requerimento com recebimento e data de ontem:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR PROMOTOR DE JUSTIÇA DA COMARCA DE JEREMOABO ESTADO DA BAHIA.
Dr. LEONARDO CANDIDO COSTA
EU, JOSÉ MESSIAS DO NASCIMENTO, venho respeitosamente a presença de V. Exa.
Para requerer o andamento da REPRESENTAÇÃO protocolada nesta Promotoria na data de 14 de fevereiro de 2007, feita contra o Vereador CARLOS OLIMPIO EVANGELISTA GAMA, pelo fato do mesmo ter praticado vários atos de IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA e que até a presente data não tivemos nenhuma resposta.
Respeitável promotor, para fortalecer ainda mais ao que foi apresentado na Representação, estamos pedindo juntada de mais um documento que provará que o Representado é pessoa que vive a dilapidar o erário público do nosso Município e por isto mesmo, enriquecendo ilicitamente, trata-se de uma notificação feita pelo atual Vice-Presidente da Câmara Municipal de Jeremoabo, comunicando ao titular do executivo municipal, que o referido vereador, está infringindo o art. 37 inciso XVI da Constituição Federal, estando inserido em verdadeiro ato de improbidade e falta de decoro parlamentar, passivo da perda de mandato de Vereador e de ficar inelegível por bom tempo.
POR TUDO ISTO, pede a continuação da referida Representação contar o Vereador CARLOS OLIMPIO EVANGELISTA GAMA, e requer juntada da copia deste novo documento (doc. Anexo)
Termos em que
Espera Deferimento
Jeremoabo, o3 de junho de 2008
JOSÉ MESSIAS DO NASCIMENTO
Cidadão Eleitor nesta Comarca
Antes tarde do que nunca
Por: J. Montalvão
Jeremoabo talvez por estar situado um pouco distante do centro das atenções, sempre recebe benefícios ou mesmo visitas com um pouco de atraso, no entanto, o importante é que nunca fica por fora da moda ou das atualidades.
Ontem mesmo segundo comentários de rua e o que pudemos observar, recebeu a visita da Polícia Federal, onde este site tira as deduções ou suposições, que não encontrando combustível naquele celebre posto de Malhada Nova( posto que o ex-prefeito gostava de comprar combustível), talvez tenha vindo em busca também daqueles ilustres colchões( que uma candidata a vereadora, armazenava no depósito de sua casa no período eleitoral} sem falar em outros ingredientes oriundos do governo passado.
Pelo visto aqui em Jeremoabo tem uma banda podre fora da realidade, ou então que enganam a si próprios, pois a conversa só é não dá nada, e os ladrões do erário público todos enrolados, e a cada dia que passa se enrolam ainda mais.
No entanto ainda há cegos que não pretendem enxergar e querem gerir a coisa pública como se fosse alguma brega, só que malandro demais também se atrapalha.
O Brasil está mudando, e corrupto hoje é a mercadoria mais procurada, principalmente pela PF que não brinca em serviço
Jeremoabo talvez por estar situado um pouco distante do centro das atenções, sempre recebe benefícios ou mesmo visitas com um pouco de atraso, no entanto, o importante é que nunca fica por fora da moda ou das atualidades.
Ontem mesmo segundo comentários de rua e o que pudemos observar, recebeu a visita da Polícia Federal, onde este site tira as deduções ou suposições, que não encontrando combustível naquele celebre posto de Malhada Nova( posto que o ex-prefeito gostava de comprar combustível), talvez tenha vindo em busca também daqueles ilustres colchões( que uma candidata a vereadora, armazenava no depósito de sua casa no período eleitoral} sem falar em outros ingredientes oriundos do governo passado.
Pelo visto aqui em Jeremoabo tem uma banda podre fora da realidade, ou então que enganam a si próprios, pois a conversa só é não dá nada, e os ladrões do erário público todos enrolados, e a cada dia que passa se enrolam ainda mais.
No entanto ainda há cegos que não pretendem enxergar e querem gerir a coisa pública como se fosse alguma brega, só que malandro demais também se atrapalha.
O Brasil está mudando, e corrupto hoje é a mercadoria mais procurada, principalmente pela PF que não brinca em serviço
Lula culpa lobby de petróleo por discurso anti-etanol
Daniel GallasEnviado especial da BBC Brasil a Roma
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira na conferência da FAO sobre a crise do preço dos alimentos que os "dedos apontados contra a energia limpa dos biocombustíveis estão sujos de óleo e de carvão".
No plenário da agência da ONU para Agricultura e Alimentos, Lula disse aos líderes mundiais que "para entender plenamente as verdadeiras razões da atual crise alimentar, é indispensável afastar a cortina de fumaça lançada por lobbies poderosos, que pretendem atribuir à produção de etanol a responsabilidade pela recente inflação do preço dos alimentos".
"Esse comportamento não é neutro nem desinteressado", afirmou.
Lula disse que um dos principais fatores da crise são as "absurdas políticas protecionistas na agricultura dos países ricos" e distanciou a produção brasileira de etanol da americana, que é baseada no milho.
Segundo ele, o milho americano só é competitivo contra a cana-de-açúcar brasileira quando "anabolizado por subsídios e protegido por barreiras tarifárias".
"Não sou favorável a que se produza etanol a partir de alimentos, como no caso do milho e outros. Não acredito que alguém vá querer encher o tanque do seu carro com combustível, se para isso tiver de ficar de estômago vazio", disse.
Discurso
"Findas as reuniões e apagadas as luzes, parece que as pessoas voltam-se para seus afazeres do dia-a-dia. E aí a fome é esquecida, para ser lembrada apenas quando ocorre uma explosão como a das últimas semanas."
Discurso de Lula na Conferência
A Conferência da FAO, que começou nesta terça-feira, tenta chegar a uma conclusão sobre o peso dos diferentes fatores que estão causando a alta do preço dos alimentos. Lula discursou no plenário diante dos chefes de Estado do Japão, França, Espanha, Irã e Argentina, entre outros.
O presidente começou o discurso afirmando que seu governo liderou o combate à fome e criticou a comunidade internacional por não dar continuidade a ações negociadas em encontros.
"Findas as reuniões e apagadas as luzes, parece que as pessoas voltam-se para seus afazeres do dia-a-dia. E aí a fome é esquecida, para ser lembrada apenas quando ocorre uma explosão como a das últimas semanas."
Lula falou por quase 30 minutos, o que gerou uma manifestação de desconforto do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi.
Após o discurso, Berlusconi disse que quando Karl Marx pediu um mês para falar aos trabalhadores sobre a revolução do proletariado, recebeu apenas três segundos. "Acho que cinco minutos é um tempo bom", disse o italiano.
Protecionismo
O protecionismo dos países ricos à produção agrícola dos emergentes foi um dos alvos preferidos de Lula em seu discurso.
"É preciso reconhecer que, se a agricultura dos países em desenvolvimento tivesse sido estimulada por um mercado livre, talvez não estivéssemos vivendo essa crise de alimentos"
Lula, durante o discurso
"Vejo com desolação que muitos dos que responsabilizam o etanol - inclusive o etanol da cana-de-açúcar - pelo alto preço dos alimentos são os mesmos que há décadas mantêm políticas protecionistas, em prejuízo dos agricultores dos países mais pobres e dos consumidores de todo o mundo", disse.
"Baratear a energia e os fertilizantes e acabar com os subsídios intoleráveis da agricultura nos países ricos - estes são nossos maiores desafios hoje."
"É preciso reconhecer que, se a agricultura dos países em desenvolvimento tivesse sido estimulada por um mercado livre, talvez não estivéssemos vivendo essa crise de alimentos."
Vilão
Lula disse que a inflação dos alimentos é causada não só por um fator, mas por vários – como a alta do petróleo, as mudanças cambiais, a especulação nos mercados financeiros, as quedas nos estoques mundiais, o aumento do consumo em países em desenvolvimento, como China, Índia, Brasil e as políticas protecionistas dos países ricos.
"Os biocombustíveis não são o vilão que ameaça a segurança alimentar das nações mais pobres", disse.
Sobre o preço do petróleo, Lula apresentou uma série de estatísticas. Ele disse que o petróleo, que representaria 37% da matriz energética brasileira, seria responsável por 30% do custo final.
"Aí, eu me pergunto: e quanto não pesa o petróleo no custo de produção de alimentos de outros países que dele dependem muito mais do que nós? Ainda mais quando se sabe que, nos últimos anos, o preço do barril saltou de 30 para mais de 130 dólares."
"Os biocombustíveis não são o vilão que ameaça a segurança alimentar das nações mais pobres."
Luiz Inácio Lula da Silva
Lula também rebateu as críticas de que o etanol estaria invadindo outras lavouras ou que ela ameaçasse a Amazônia, citando que toda a cana produzida no Brasil estaria em apenas 2% da área agrícola do país.
"Há críticos ainda que apelam para um argumento sem pé nem cabeça: os canaviais no Brasil estariam invadindo a Amazônia. Quem fala uma bobagem dessas não conhece o Brasil", disse Lula.
"99,7% da cana está a pelo menos 2 mil quilômetros da Floresta Amazônica. Isto é, a distância entre nossos canaviais e a Amazônia é a mesma que existe entre o Vaticano e o Kremlin."
Soluções
O presidente concluiu o discurso dizendo que sempre foi um otimista e que ainda confia na capacidade da humanidade de criar novas soluções diante de novos desafios.
"A solução não está em se proteger ou em tentar frear a demanda. A solução está em aumentar a oferta de alimentos, abrir mercados e eliminar subsídios de modo a atender à demanda crescente. E para isso é necessário uma mudança radical nas formas de pensar e atuar."
Fonte: BBC Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira na conferência da FAO sobre a crise do preço dos alimentos que os "dedos apontados contra a energia limpa dos biocombustíveis estão sujos de óleo e de carvão".
No plenário da agência da ONU para Agricultura e Alimentos, Lula disse aos líderes mundiais que "para entender plenamente as verdadeiras razões da atual crise alimentar, é indispensável afastar a cortina de fumaça lançada por lobbies poderosos, que pretendem atribuir à produção de etanol a responsabilidade pela recente inflação do preço dos alimentos".
"Esse comportamento não é neutro nem desinteressado", afirmou.
Lula disse que um dos principais fatores da crise são as "absurdas políticas protecionistas na agricultura dos países ricos" e distanciou a produção brasileira de etanol da americana, que é baseada no milho.
Segundo ele, o milho americano só é competitivo contra a cana-de-açúcar brasileira quando "anabolizado por subsídios e protegido por barreiras tarifárias".
"Não sou favorável a que se produza etanol a partir de alimentos, como no caso do milho e outros. Não acredito que alguém vá querer encher o tanque do seu carro com combustível, se para isso tiver de ficar de estômago vazio", disse.
Discurso
"Findas as reuniões e apagadas as luzes, parece que as pessoas voltam-se para seus afazeres do dia-a-dia. E aí a fome é esquecida, para ser lembrada apenas quando ocorre uma explosão como a das últimas semanas."
Discurso de Lula na Conferência
A Conferência da FAO, que começou nesta terça-feira, tenta chegar a uma conclusão sobre o peso dos diferentes fatores que estão causando a alta do preço dos alimentos. Lula discursou no plenário diante dos chefes de Estado do Japão, França, Espanha, Irã e Argentina, entre outros.
O presidente começou o discurso afirmando que seu governo liderou o combate à fome e criticou a comunidade internacional por não dar continuidade a ações negociadas em encontros.
"Findas as reuniões e apagadas as luzes, parece que as pessoas voltam-se para seus afazeres do dia-a-dia. E aí a fome é esquecida, para ser lembrada apenas quando ocorre uma explosão como a das últimas semanas."
Lula falou por quase 30 minutos, o que gerou uma manifestação de desconforto do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi.
Após o discurso, Berlusconi disse que quando Karl Marx pediu um mês para falar aos trabalhadores sobre a revolução do proletariado, recebeu apenas três segundos. "Acho que cinco minutos é um tempo bom", disse o italiano.
Protecionismo
O protecionismo dos países ricos à produção agrícola dos emergentes foi um dos alvos preferidos de Lula em seu discurso.
"É preciso reconhecer que, se a agricultura dos países em desenvolvimento tivesse sido estimulada por um mercado livre, talvez não estivéssemos vivendo essa crise de alimentos"
Lula, durante o discurso
"Vejo com desolação que muitos dos que responsabilizam o etanol - inclusive o etanol da cana-de-açúcar - pelo alto preço dos alimentos são os mesmos que há décadas mantêm políticas protecionistas, em prejuízo dos agricultores dos países mais pobres e dos consumidores de todo o mundo", disse.
"Baratear a energia e os fertilizantes e acabar com os subsídios intoleráveis da agricultura nos países ricos - estes são nossos maiores desafios hoje."
"É preciso reconhecer que, se a agricultura dos países em desenvolvimento tivesse sido estimulada por um mercado livre, talvez não estivéssemos vivendo essa crise de alimentos."
Vilão
Lula disse que a inflação dos alimentos é causada não só por um fator, mas por vários – como a alta do petróleo, as mudanças cambiais, a especulação nos mercados financeiros, as quedas nos estoques mundiais, o aumento do consumo em países em desenvolvimento, como China, Índia, Brasil e as políticas protecionistas dos países ricos.
"Os biocombustíveis não são o vilão que ameaça a segurança alimentar das nações mais pobres", disse.
Sobre o preço do petróleo, Lula apresentou uma série de estatísticas. Ele disse que o petróleo, que representaria 37% da matriz energética brasileira, seria responsável por 30% do custo final.
"Aí, eu me pergunto: e quanto não pesa o petróleo no custo de produção de alimentos de outros países que dele dependem muito mais do que nós? Ainda mais quando se sabe que, nos últimos anos, o preço do barril saltou de 30 para mais de 130 dólares."
"Os biocombustíveis não são o vilão que ameaça a segurança alimentar das nações mais pobres."
Luiz Inácio Lula da Silva
Lula também rebateu as críticas de que o etanol estaria invadindo outras lavouras ou que ela ameaçasse a Amazônia, citando que toda a cana produzida no Brasil estaria em apenas 2% da área agrícola do país.
"Há críticos ainda que apelam para um argumento sem pé nem cabeça: os canaviais no Brasil estariam invadindo a Amazônia. Quem fala uma bobagem dessas não conhece o Brasil", disse Lula.
"99,7% da cana está a pelo menos 2 mil quilômetros da Floresta Amazônica. Isto é, a distância entre nossos canaviais e a Amazônia é a mesma que existe entre o Vaticano e o Kremlin."
Soluções
O presidente concluiu o discurso dizendo que sempre foi um otimista e que ainda confia na capacidade da humanidade de criar novas soluções diante de novos desafios.
"A solução não está em se proteger ou em tentar frear a demanda. A solução está em aumentar a oferta de alimentos, abrir mercados e eliminar subsídios de modo a atender à demanda crescente. E para isso é necessário uma mudança radical nas formas de pensar e atuar."
Fonte: BBC Brasil
Virou caso patológico
Por: J. Montalvão
Era meu pensamento temporariamente me abster de colocar matérias neste site a respeito da Câmara de Vereadores, na esperança que a mesma entrasse no ritmo normal e pelo menos durante esse curto período que falta para terminar a atual legislatura tomasse o rumo da normalidade.
Hoje pela manhã me chega um vereador denunciando várias irregularidades, sendo que uma delas se refere à contratação de um advogado como Procurador da dita Câmara, que por mais de três anos presta serviços contínuos a Prefeitura e agora foi nomeado também advogado da Câmara de Vereadores de Jeremoabo/Bahia.
E pode?
Eu estou apenas registrando a denuncia, agora quem bem sabe se pode ou não é o próprio advogado, homem da lei e defensor da Constituição
Mas como aqui em Jeremoabo/Bahia tudo pode, só tem um caminho o povo exercer seu direito de cidadania e procurar a Justiça, o TCM/BA, ou então os vereadores da oposição continuar o seu papel de fiscalizar e denunciar, pois a Justiça para ser correta tem que começar de casa.
Aqui fica o registro, e a continuar como está é caso de improbidade.
Bispo Márcio Marinho será vice de ACM Neto
Varela abre mão de disputar a prefeitura por falta de ‘musculatura’ e anuncia apoio ao democrata
Faltando menos de um mês para as convenções, o pré-candidato do Democratas à prefeitura de Salvador, deputado federal ACM Neto, recebeu ontem dois apoios de peso no cenário político local: o do PR e o do PRB, que integram a base de sustentação do governo federal. O primeiro indicou o vice na chapa encabeçada pelo democrata, que será o bispo Márcio Marinho, primeiro suplente de deputado federal e líder político da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). O segundo, que é o braço político da Iurd, tem em seus quadros o radialista Raimundo Varela, que abriu mão da pré-candidatura para declarar que está com ACM Neto. A chapa democrata, composta por oito partidos, será oficializada na convenção marcada para o dia 27 de junho, no Cais Dourado, no Comércio.
Os apoios foram anunciados pela manhã em evento realizado no Fiesta Convention Center, no Itaigara, que contou ainda com a presença dos senadores César Borges (PR) e Antonio Carlos Júnior (DEM), dos presidentes estadual e municipal do PRB, Valdir Trindade e Sildevan Nóbrega, representantes do PTdoB, do PRP, do PSDC, do PTN e do PTC – além de familiares do deputado, como a esposa Lídia Magalhães, a mãe Rosário Magalhães e o primo Luis Eduardo Magalhães Filho.
A aliança, costurada em sigilo há alguns dias e que foi fechada no último domingo, fortaleceu a pré-candidatura de ACM Neto, em função do apoio da Iurd e de Varela, que liderava as pesquisas e cujos votos serão agora disputados numa campanha acirrada. A manobra também tirou do PT dois possíveis aliados no momento em que o PR negociava uma secretaria com o governo Jaques Wagner, principal incentivador da pré-candidatura petista do deputado Walter Pinheiro. Com os novos apoios, o democrata já conta com oito partidos ao seu lado (DEM, PR, PRB, PTdoB, PRB, PSDC, PTN e PTC) e cerca de cinco minutos de tempo de televisão.
Interlocução - ACM Neto disse esperar que os novos apoios possam favorecer uma interlocução com os governos federal e estadual, caso ele vença a eleição, expectativa também manifestada pelo senador César Borges. O deputado disse que vai agendar, assim que for eleito, uma conversa com o presidente Lula e com o governador Jaques Wagner, ambos do PT. “Espero contar com a força e a inteligência política desses dois partidos para trazer recursos para Salvador, porque projeto nós teremos”, salientou.
O deputado classificou os apoios do PR e do PRB, que tem como presidente de honra o vice-presidente da República, José Alencar – o que foi destacado por ACM Neto –, como “extraordinários” e “plurais”. Ele prometeu a Varela que, caso seja eleito, vai governar para privilegiar os mais pobres, que são os que mais sofrem com o aumento da violência e o caos em setores como saúde e transporte público. O radialista, que apresenta diariamente o programa Balanço Geral, da TV Itapoan, tem grande popularidade nos bairros periféricos da cidade.
ACM Neto disse que não apelou para a amizade com César Borges para obter o apoio do PR. “Muito pelo contrário, eu sempre entendi o papel de César Borges como presidente do PR e como senador da República”. O deputado também afirmou que convidou o deputado federal Luiz Carreira (DEM) para ser o coordenador geral de sua campanha à prefeitura. Carreira, que já vinha trabalhando na pré-campanha democrata, aceitou o convite e vai se licenciar do mandato na Câmara. Com isso, assumirá a vaga o suplente Márcio Marinho (PR).
***
Radialista afirma que aliança é ‘indissolúvel’
O radialista Raimundo Varela (PRB) justificou ontem por que decidiu abrir mão da disputa pela prefeitura de Salvador, mesmo liderando as pesquisas, para apoiar a pré-candidatura do deputado ACM Neto (DEM). “Me faltava musculatura política. Hoje em dia, não se chega ao Executivo no Brasil sem o apoio de um grupo político”, disse. Varela lembrou ainda que não teria tempo de televisão apenas no PRB, e que não era nenhum Enéas Carneiro, falecido deputado federal que com apenas alguns segundos de tempo de TV disputou a Presidência com o famoso bordão “Meu nome é Enéas”.
“Chegamos à conclusão de que o projeto do PRB está perfeitamente casado com o de ACM Neto. E este casamento é indissolúvel”, assegurou o radialista. Varela afirmou que não houve “desistência” da sua parte, mas sim “consciência”. O apresentador afirmou ainda que a maioria dos soteropolitanos queria que ele permanecesse no comando do programa Balanço Geral, da TV Itapoan, o que continuará a fazer.
Varela também lembrou da amizade com o senador Antonio Carlos Magalhães e com Luis Eduardo Magalhães. Também fez uma saudação especial ao senador Antonio Carlos Júnior e ao bispo Márcio Marinho, que será o vice na chapa encabeçada por ACM Neto. “Não conheço homem público como bispo Márcio Marinho. Ele pensa no povo 24 horas por dia”, enfatizou.
Indissolúvel – Antes de fechar com o democrata, Varela chegou a negociar com o pré-candidato do PSDB à prefeitura, Antonio Imbassahy. O tucano queria que o radialista fosse seu vice, mas as articulações não se concretizaram. Ontem, Varela disse que não houve acordo com o tucano porque Imbassahy não aceitou ser seu vice. O radialista confirmou ainda que, assim como o PRB, “namorou” com todos os partidos, mas o “casamento”, ao qual classificou como “indissolúvel”, aconteceu mesmo com o Democratas.
Esta é a segunda vez que Varela abre mão de disputar a prefeitura de Salvador estando bem colocado nas pesquisas. A primeira foi em 2004, quando a desistência do comunicador favoreceu o atual prefeito, João Henrique Carneiro (PMDB). Naquela época, Varela estava no PTC. Como pré-candidato, o principal articulador do radialista na atual pré-campanha era o bispo Márcio Marinho que, ao aceitar o convite do PR para ser o vice de ACM Neto, contribuiu para o apoio de Varela ao deputado.
***
César Borges costurou acordo com DEM
Até o anúncio da aliança DEM-PR-PRB, o bispo Márcio Marinho (PR) era um dos nomes mais cobiçados para vice pelos demais pré-candidatos, por ter peso político em Salvador, ser evangélico (líder da Igreja Universal do Reino de Deus) e negro. Marinho costumava dizer que só aceitaria ser vice do radialista Raimundo Varela (PRB). Mas, com a decisão de Varela de retirar sua pré-candidatura, amadurecida nos últimos dias, o bispo decidiu aceitar o convite do PR para formar a chapa com o deputado ACM Neto (DEM).
“Temos uma chapa forte o suficiente para vencer as eleições. Tenho certeza que vamos ter o apoio dos evangélicos e da comunidade negra”, disse Márcio Marinho, que teve quase 50 mil votos em Salvador nas últimas eleições proporcionais para a Câmara Federal. O bispo afirmou ainda não temer o uso das máquinas municipal e estadual para favorecer candidatos adversários.
“Vai ser uma guerra (a eleição). Eles têm a máquina do município e do estado, mas nós temos os guerreiros”, declarou Marinho. Ele ainda citou a Bíblia para dizer que “os nossos homens valem por milhões”. “Formamos uma chapa jovem, mas com muita responsabilidade e vontade de levantar esta cidade, que está abandonada, com a auto-estima em baixa. Vou andar pelas ruas ao lado de ACM Neto para mostrar à população nossa disposição de mudar, de fazer diferente”.
Márcio Marinho destacou a “humildade” de Raimundo Varela (PRB) que, apesar de liderar as pesquisas, abriu mão da pré-candidatura para apoiar ACM Neto. “Varela deixou de lado a vaidade e os interesses pessoais entendendo que lhe faltava musculatura política, entendendo que Salvador precisava eleger alguém que tivesse o mesmo espírito público. Este alguém é ACM Neto”, afirmou.
Razão - O senador César Borges, que foi fundamental na construção da chapa, disse que, antes de fechar com o Democratas, conversou com todos os partidos. Ele afirmou que a escolha foi com base na razão, e não no coração, pois é amigo pessoal de ACM Neto. “Vejo Salvador passando por momentos difíceis, por crises. Nossa aliança não é para derrotar ninguém, mas sim para apresentar uma proposta que possa mudar este quadro”, declarou.
O ex-governador Paulo Souto (DEM) disse que a aliança não foi construída para derrotar ninguém e nem com objetivos fisiológicos, mas sim para construir um “plano de recuperação de Salvador”.
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Adversários precavidos
A confirmação da chapa encabeçada pelo deputado federal ACM Neto (DEM) e do bispo Márcio Marinho (PR) surpreendeu os outros pré-candidatos. Segundo fontes do PSDB, o clima dentro do partido era de apreensão, apesar da tentativa de mostrar para a opinião pública que estava “tudo bem”. Por meio de sua assessoria, o pré-candidato Antonio Imbassahy disse que não iria comentar a formação de chapa. O tucano escolheu como vice o ex-vereador Miguel Kertzman, do PPS.
Já o integrante da executiva estadual da sigla, vereador Jorge Jambeiro, disse que os tucanos estavam “esbanjando otimismo”, diante “da confirmação do candidato que iria com ele para o segundo turno”. Segundo análise do vereador, com a retirada do nome do apresentador Raimundo Varela (PRB) do páreo, o quadro ficou definido. “Apostamos que o segundo turno agora será entre o DEM e o PSDB, melhor posicionados em todas as pesquisas de intenção de votos. Até porque o PT e o prefeito João Henrique Carneiro (PMDB) não vão ultrapassar a marca dos 10%”. O integrante da executiva tucana disse ainda “ter a certeza que o PT vai apoiar o ex-prefeito Imbassahy em um eventual segundo turno”.
Análise - O coordenador do programa de governo do prefeito João Henrique e pré-candidato a vice na chapa peemedebista, Edvaldo Brito (PTB), disse que a definição antecipada dá mais base para os partidos e para a própria população discutir os problemas da cidade. “O pluralismo se torna útil para o eleitor, na medida em que pode ele visualizar bem o cenário apresentado. Entendo que o eleitorado de Salvador vai demonstrar sua preferência em razão das idéias que cada coligação vai apresentar”.
Na chamada frente das esquerdas, o clima que impera é o da indefinição. Às vésperas do período determinado pela legislação eleitoral para realização das convenções e confirmação das candidaturas, PT, PSB, PCdoB e PV ainda não definiram o futuro de uma possível aliança. Mesmo após intensas rodadas de negociação, nenhum desfecho para o imbróglio foi anunciado publicamente. De acordo com a pré-candidata do PSB, deputada Lídice da Mata, os partidos estão em processo de diálogo e um acordo pode ser divulgado até o fim desta semana. Por enquanto, o pré-candidato do PT, Walter Pinheiro,insiste em ser o “cabeça de chapa” da chamada frente de esquerda.
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Empate entre Marta e Alckmin
SÃO PAULO - Num momento em que 48% dos eleitores admitem ter pouco ou nenhum interesse pelas eleições de outubro, o Ibope revelou ontem que a petista Marta Suplicy e o tucano Geraldo Alckmin continuam tecnicamente empatados – Marta com 30% das intenções de voto e Alckmin com 28%. O prefeito Gilberto Kassab, do DEM, obteve 13%.
Esse cenário inclui a candidatura do ex-prefeito Paulo Maluf (PP), que aparece com 9%. Se Maluf não concorrer, cada um dos três primeiros sobe dois pontos – os números passam a ser 32%, 30% e 15%. Na pesquisa espontânea, Marta lidera com 13% e Kassab vem em segundo com 10%, ficando Alckmin com 9% – um quadro também já detectado em pesquisas anteriores. “Acredito que isso ocorre porque muita gente ainda não sabe que Alckmin é candidato”, diz Hélio Gastaldi, do Ibope.
Os novos números foram anunciados pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo, que encomendou a pesquisa. O Ibope ouviu 602 pessoas, entre os dias 27 e 29 de maio, e a margem de erro é de quatro pontos porcentuais. A pesquisa foi registrada pelo Ibope na 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, sob o protocolo 00800108-SPPE. (AE)
Fonte: Correio da Bahia
Faltando menos de um mês para as convenções, o pré-candidato do Democratas à prefeitura de Salvador, deputado federal ACM Neto, recebeu ontem dois apoios de peso no cenário político local: o do PR e o do PRB, que integram a base de sustentação do governo federal. O primeiro indicou o vice na chapa encabeçada pelo democrata, que será o bispo Márcio Marinho, primeiro suplente de deputado federal e líder político da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). O segundo, que é o braço político da Iurd, tem em seus quadros o radialista Raimundo Varela, que abriu mão da pré-candidatura para declarar que está com ACM Neto. A chapa democrata, composta por oito partidos, será oficializada na convenção marcada para o dia 27 de junho, no Cais Dourado, no Comércio.
Os apoios foram anunciados pela manhã em evento realizado no Fiesta Convention Center, no Itaigara, que contou ainda com a presença dos senadores César Borges (PR) e Antonio Carlos Júnior (DEM), dos presidentes estadual e municipal do PRB, Valdir Trindade e Sildevan Nóbrega, representantes do PTdoB, do PRP, do PSDC, do PTN e do PTC – além de familiares do deputado, como a esposa Lídia Magalhães, a mãe Rosário Magalhães e o primo Luis Eduardo Magalhães Filho.
A aliança, costurada em sigilo há alguns dias e que foi fechada no último domingo, fortaleceu a pré-candidatura de ACM Neto, em função do apoio da Iurd e de Varela, que liderava as pesquisas e cujos votos serão agora disputados numa campanha acirrada. A manobra também tirou do PT dois possíveis aliados no momento em que o PR negociava uma secretaria com o governo Jaques Wagner, principal incentivador da pré-candidatura petista do deputado Walter Pinheiro. Com os novos apoios, o democrata já conta com oito partidos ao seu lado (DEM, PR, PRB, PTdoB, PRB, PSDC, PTN e PTC) e cerca de cinco minutos de tempo de televisão.
Interlocução - ACM Neto disse esperar que os novos apoios possam favorecer uma interlocução com os governos federal e estadual, caso ele vença a eleição, expectativa também manifestada pelo senador César Borges. O deputado disse que vai agendar, assim que for eleito, uma conversa com o presidente Lula e com o governador Jaques Wagner, ambos do PT. “Espero contar com a força e a inteligência política desses dois partidos para trazer recursos para Salvador, porque projeto nós teremos”, salientou.
O deputado classificou os apoios do PR e do PRB, que tem como presidente de honra o vice-presidente da República, José Alencar – o que foi destacado por ACM Neto –, como “extraordinários” e “plurais”. Ele prometeu a Varela que, caso seja eleito, vai governar para privilegiar os mais pobres, que são os que mais sofrem com o aumento da violência e o caos em setores como saúde e transporte público. O radialista, que apresenta diariamente o programa Balanço Geral, da TV Itapoan, tem grande popularidade nos bairros periféricos da cidade.
ACM Neto disse que não apelou para a amizade com César Borges para obter o apoio do PR. “Muito pelo contrário, eu sempre entendi o papel de César Borges como presidente do PR e como senador da República”. O deputado também afirmou que convidou o deputado federal Luiz Carreira (DEM) para ser o coordenador geral de sua campanha à prefeitura. Carreira, que já vinha trabalhando na pré-campanha democrata, aceitou o convite e vai se licenciar do mandato na Câmara. Com isso, assumirá a vaga o suplente Márcio Marinho (PR).
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Radialista afirma que aliança é ‘indissolúvel’
O radialista Raimundo Varela (PRB) justificou ontem por que decidiu abrir mão da disputa pela prefeitura de Salvador, mesmo liderando as pesquisas, para apoiar a pré-candidatura do deputado ACM Neto (DEM). “Me faltava musculatura política. Hoje em dia, não se chega ao Executivo no Brasil sem o apoio de um grupo político”, disse. Varela lembrou ainda que não teria tempo de televisão apenas no PRB, e que não era nenhum Enéas Carneiro, falecido deputado federal que com apenas alguns segundos de tempo de TV disputou a Presidência com o famoso bordão “Meu nome é Enéas”.
“Chegamos à conclusão de que o projeto do PRB está perfeitamente casado com o de ACM Neto. E este casamento é indissolúvel”, assegurou o radialista. Varela afirmou que não houve “desistência” da sua parte, mas sim “consciência”. O apresentador afirmou ainda que a maioria dos soteropolitanos queria que ele permanecesse no comando do programa Balanço Geral, da TV Itapoan, o que continuará a fazer.
Varela também lembrou da amizade com o senador Antonio Carlos Magalhães e com Luis Eduardo Magalhães. Também fez uma saudação especial ao senador Antonio Carlos Júnior e ao bispo Márcio Marinho, que será o vice na chapa encabeçada por ACM Neto. “Não conheço homem público como bispo Márcio Marinho. Ele pensa no povo 24 horas por dia”, enfatizou.
Indissolúvel – Antes de fechar com o democrata, Varela chegou a negociar com o pré-candidato do PSDB à prefeitura, Antonio Imbassahy. O tucano queria que o radialista fosse seu vice, mas as articulações não se concretizaram. Ontem, Varela disse que não houve acordo com o tucano porque Imbassahy não aceitou ser seu vice. O radialista confirmou ainda que, assim como o PRB, “namorou” com todos os partidos, mas o “casamento”, ao qual classificou como “indissolúvel”, aconteceu mesmo com o Democratas.
Esta é a segunda vez que Varela abre mão de disputar a prefeitura de Salvador estando bem colocado nas pesquisas. A primeira foi em 2004, quando a desistência do comunicador favoreceu o atual prefeito, João Henrique Carneiro (PMDB). Naquela época, Varela estava no PTC. Como pré-candidato, o principal articulador do radialista na atual pré-campanha era o bispo Márcio Marinho que, ao aceitar o convite do PR para ser o vice de ACM Neto, contribuiu para o apoio de Varela ao deputado.
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César Borges costurou acordo com DEM
Até o anúncio da aliança DEM-PR-PRB, o bispo Márcio Marinho (PR) era um dos nomes mais cobiçados para vice pelos demais pré-candidatos, por ter peso político em Salvador, ser evangélico (líder da Igreja Universal do Reino de Deus) e negro. Marinho costumava dizer que só aceitaria ser vice do radialista Raimundo Varela (PRB). Mas, com a decisão de Varela de retirar sua pré-candidatura, amadurecida nos últimos dias, o bispo decidiu aceitar o convite do PR para formar a chapa com o deputado ACM Neto (DEM).
“Temos uma chapa forte o suficiente para vencer as eleições. Tenho certeza que vamos ter o apoio dos evangélicos e da comunidade negra”, disse Márcio Marinho, que teve quase 50 mil votos em Salvador nas últimas eleições proporcionais para a Câmara Federal. O bispo afirmou ainda não temer o uso das máquinas municipal e estadual para favorecer candidatos adversários.
“Vai ser uma guerra (a eleição). Eles têm a máquina do município e do estado, mas nós temos os guerreiros”, declarou Marinho. Ele ainda citou a Bíblia para dizer que “os nossos homens valem por milhões”. “Formamos uma chapa jovem, mas com muita responsabilidade e vontade de levantar esta cidade, que está abandonada, com a auto-estima em baixa. Vou andar pelas ruas ao lado de ACM Neto para mostrar à população nossa disposição de mudar, de fazer diferente”.
Márcio Marinho destacou a “humildade” de Raimundo Varela (PRB) que, apesar de liderar as pesquisas, abriu mão da pré-candidatura para apoiar ACM Neto. “Varela deixou de lado a vaidade e os interesses pessoais entendendo que lhe faltava musculatura política, entendendo que Salvador precisava eleger alguém que tivesse o mesmo espírito público. Este alguém é ACM Neto”, afirmou.
Razão - O senador César Borges, que foi fundamental na construção da chapa, disse que, antes de fechar com o Democratas, conversou com todos os partidos. Ele afirmou que a escolha foi com base na razão, e não no coração, pois é amigo pessoal de ACM Neto. “Vejo Salvador passando por momentos difíceis, por crises. Nossa aliança não é para derrotar ninguém, mas sim para apresentar uma proposta que possa mudar este quadro”, declarou.
O ex-governador Paulo Souto (DEM) disse que a aliança não foi construída para derrotar ninguém e nem com objetivos fisiológicos, mas sim para construir um “plano de recuperação de Salvador”.
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Adversários precavidos
A confirmação da chapa encabeçada pelo deputado federal ACM Neto (DEM) e do bispo Márcio Marinho (PR) surpreendeu os outros pré-candidatos. Segundo fontes do PSDB, o clima dentro do partido era de apreensão, apesar da tentativa de mostrar para a opinião pública que estava “tudo bem”. Por meio de sua assessoria, o pré-candidato Antonio Imbassahy disse que não iria comentar a formação de chapa. O tucano escolheu como vice o ex-vereador Miguel Kertzman, do PPS.
Já o integrante da executiva estadual da sigla, vereador Jorge Jambeiro, disse que os tucanos estavam “esbanjando otimismo”, diante “da confirmação do candidato que iria com ele para o segundo turno”. Segundo análise do vereador, com a retirada do nome do apresentador Raimundo Varela (PRB) do páreo, o quadro ficou definido. “Apostamos que o segundo turno agora será entre o DEM e o PSDB, melhor posicionados em todas as pesquisas de intenção de votos. Até porque o PT e o prefeito João Henrique Carneiro (PMDB) não vão ultrapassar a marca dos 10%”. O integrante da executiva tucana disse ainda “ter a certeza que o PT vai apoiar o ex-prefeito Imbassahy em um eventual segundo turno”.
Análise - O coordenador do programa de governo do prefeito João Henrique e pré-candidato a vice na chapa peemedebista, Edvaldo Brito (PTB), disse que a definição antecipada dá mais base para os partidos e para a própria população discutir os problemas da cidade. “O pluralismo se torna útil para o eleitor, na medida em que pode ele visualizar bem o cenário apresentado. Entendo que o eleitorado de Salvador vai demonstrar sua preferência em razão das idéias que cada coligação vai apresentar”.
Na chamada frente das esquerdas, o clima que impera é o da indefinição. Às vésperas do período determinado pela legislação eleitoral para realização das convenções e confirmação das candidaturas, PT, PSB, PCdoB e PV ainda não definiram o futuro de uma possível aliança. Mesmo após intensas rodadas de negociação, nenhum desfecho para o imbróglio foi anunciado publicamente. De acordo com a pré-candidata do PSB, deputada Lídice da Mata, os partidos estão em processo de diálogo e um acordo pode ser divulgado até o fim desta semana. Por enquanto, o pré-candidato do PT, Walter Pinheiro,insiste em ser o “cabeça de chapa” da chamada frente de esquerda.
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Empate entre Marta e Alckmin
SÃO PAULO - Num momento em que 48% dos eleitores admitem ter pouco ou nenhum interesse pelas eleições de outubro, o Ibope revelou ontem que a petista Marta Suplicy e o tucano Geraldo Alckmin continuam tecnicamente empatados – Marta com 30% das intenções de voto e Alckmin com 28%. O prefeito Gilberto Kassab, do DEM, obteve 13%.
Esse cenário inclui a candidatura do ex-prefeito Paulo Maluf (PP), que aparece com 9%. Se Maluf não concorrer, cada um dos três primeiros sobe dois pontos – os números passam a ser 32%, 30% e 15%. Na pesquisa espontânea, Marta lidera com 13% e Kassab vem em segundo com 10%, ficando Alckmin com 9% – um quadro também já detectado em pesquisas anteriores. “Acredito que isso ocorre porque muita gente ainda não sabe que Alckmin é candidato”, diz Hélio Gastaldi, do Ibope.
Os novos números foram anunciados pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo, que encomendou a pesquisa. O Ibope ouviu 602 pessoas, entre os dias 27 e 29 de maio, e a margem de erro é de quatro pontos porcentuais. A pesquisa foi registrada pelo Ibope na 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, sob o protocolo 00800108-SPPE. (AE)
Fonte: Correio da Bahia
Brasil/Fraude em habilitações leva 19 pessoas à prisão em SP
Força-tarefa desarticula quadrilha e suspende pelo menos 40 mil carteiras consideradas suspeitas
SÃO PAULO - Dezenove pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha que falsificava carteiras de habilitação foram presas ontem durante a Operação Carta Branca, realizada por uma força-tarefa formada pelo Ministério Público Estadual (MP), Polícia Rodoviária Federal, Corregedoria da Polícia Civil, Secretaria da Fazenda do Estado e Agência Nacional de Petróleo (ANP). As falsificações eram realizadas, principalmente, nas cidades de Ferraz de Vasconcelos, na grande São Paulo, e Mogi das Cruzes, a 58km da capital.
Pelo menos 40 mil carteiras foram suspensas sob suspeita de fraude. Além de 19 mandados de prisão deferidos pela Justiça, que resultaram nas prisões, a força-tarefa cumpriu também mandados de apreensão em 34 localidades espalhadas pela grande São Paulo. Foram apreendidos milhares de documentos que comprovam a fraude, computadores, além de dinheiro e prontuários de carteira de habilitação. O esquema da venda dos documentos falsos contava com médicos, psicólogos, despachantes, proprietários e funcionários de auto-escolas, pelo menos um delegado e agentes policiais.
A quadrilha movimentou ao menos R$1,3 milhão nos últimos dois anos, segundo o Ministério Público. Durante a operação, que envolveu a Corregedoria de Polícia Civil de São Paulo, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria da Fazenda do estado e até da ANP (Agência Nacional do Petróleo), 19 pessoas foram presas e 44 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Entre os presos estão o delegado de polícia Juarez Pereira Campos, que comanda a Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) de Ferraz de Vasconcelos (grande São Paulo), e o policial civil Aparecido da Silva Santos, que trabalha na mesma Ciretran.
Segundo as investigações, a quadrilha mandava carteiras de habilitação falsificadas para o Rio de Janeiro e outros seis estados brasileiros: Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e Rondônia. O bando também cobraria para dar baixa na pontuação de multas.O esquema só era possível, segundo o MP, porque o delegado Juarez Campos participava. Ele e a mulher, Ana Lúcia Máximo de Campos, foram presos ontem pela manhã em Mogi das Cruzes, na casa onde residem. Ela também é dona de auto-escola. Na mesma cidade, agentes policiais e promotores cumpriram mandados de busca e apreensão em dois centros de formação de condutores e uma auto-escola. Também foram feitas diligências nas cidades de Poá, Guarulhos e Barueri, na grande São Paulo.
A investigação do esquema começou com a Polícia Rodoviária Federal de Mato Grosso do Sul. Os policiais daquele estado verificaram que diversas ocorrências envolvendo motoristas com carteiras emitidas no estado de São Paulo eram suspeitas de fraude. Entre os fatores que despertaram a desconfiança de policiais estão CNHs de pessoas analfabetas e deficientes físicos, que não possuíam a carteira para portadores de deficiência. De acordo com o Ministério Público, essas carteiras eram emitidas sem que houvesse a necessidade da presença física do candidato a condutor.
A quadrilha descobriu que o sistema de identificação por impressão digital do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) de São Paulo poderia ser fraudado. Segundo Marcelo Oliveira, promotor do Gaerco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado) de Guarulhos, o sistema é falho. “Ele (o sistema) permite que qualquer digital seja colocada no lugar da digital do candidato. Em alguns casos foram registrados 200 condutores usando a mesma digital no procedimento de emissão de habilitação”, afirmou o promotor. Além de usar a mesma digital em diversos documentos, a quadrilha também usava dedos de silicone e digitais coletadas em massas de modelar.
Somente na Ciretran de Ferraz de Vasconcelos foram emitidas, ao menos, 1.231 CNHs por meio desse sistema fraudulento nos últimos dois anos. Cada habilitação, que podia ser emitida para o país inteiro, custava em média R$1.500. Somente as CNHs para Minas Gerais custavam R$1.800, já que a fiscalização no Detran daquele estado é mais rígida, segundo informou o promotor. Foram apreendidos milhares de documentos que comprovam a fraude, além de dinheiro e prontuários de CNH. (Folhapress e AG)
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Greve de vigias fecha 493 agências bancárias
SÃO PAULO - O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região estima que ao menos 493 agências bancárias fecharam nas duas cidades na manhã de ontem devido à greve dos vigilantes. Os bancos que abrirem as agências sem o mínimo de dois vigilantes estarão descumprindo a Lei Federal 7.102 de 1983, que trata de segurança bancária. O movimento deve continuar amanhã, já que os vigilantes decidiram manter a greve. Um levantamento feito junto às regionais do sindicato indica que estavam fechadas, por volta das 13h30, 244 agências do centro de São Paulo, 204 da zona norte, 24 na região da Avenida Paulista e outras 21 em Osasco (Grande São Paulo). “As instituições financeiras que estão desrespeitando a lei serão responsabilizadas por eventuais danos aos trabalhadores e à população.
Os bancos têm de preservar a integridade física de bancários e clientes”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários. Pela manhã, cerca de 2.500 vigilantes protestaram no centro da cidade. Já o Seevissp (Sindicato dos Empregados em Empresas de Vigilância, Segurança e Similares de São Paulo), que representa a categoria, estimou que o número de manifestantes é de cinco mil. Após o protesto, os vigilantes se reuniram em frente à Câmara Municipal para uma assembléia, onde decidiram pela manutenção da paralisação.
O Sindicato dos Bancários enviou uma carta aos responsáveis pela Policia Federal de São Paulo solicitando fiscalização efetiva das agências bancárias e que tomem as providências cabíveis como autuação por descumprimento da legislação e fechamento das agências. A entidade também encaminhou comunicado ao departamento de recursos humanos dos bancos cobrando o cumprimento da lei. Segundo o sindicato, as direções do Unibanco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Nossa Caixa, Itaú e Safra se comprometeram em não abrir agências sem vigilantes.
Por meio de nota, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos, em São Paulo), informou que o movimento na maioria das agências no estado foi normal. A nota lembra que o pagamento de contas com vencimento ontem deveria ser considerado normal. O Sesvesp, que representa as empresas de segurança, informou que as reivindicações do sindicato dos funcionários estão sendo negociadas no TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo). Segundo a assessoria do Sesvesp, 13 dos 22 sindicatos dos trabalhadores de vigilância espalhados em todo o estado aceitaram a proposta de 5,9% de reajuste salarial e elevação do tíquete-alimentação para R$6. (Folhapress)
Fonte: Correio da Bahia
SÃO PAULO - Dezenove pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha que falsificava carteiras de habilitação foram presas ontem durante a Operação Carta Branca, realizada por uma força-tarefa formada pelo Ministério Público Estadual (MP), Polícia Rodoviária Federal, Corregedoria da Polícia Civil, Secretaria da Fazenda do Estado e Agência Nacional de Petróleo (ANP). As falsificações eram realizadas, principalmente, nas cidades de Ferraz de Vasconcelos, na grande São Paulo, e Mogi das Cruzes, a 58km da capital.
Pelo menos 40 mil carteiras foram suspensas sob suspeita de fraude. Além de 19 mandados de prisão deferidos pela Justiça, que resultaram nas prisões, a força-tarefa cumpriu também mandados de apreensão em 34 localidades espalhadas pela grande São Paulo. Foram apreendidos milhares de documentos que comprovam a fraude, computadores, além de dinheiro e prontuários de carteira de habilitação. O esquema da venda dos documentos falsos contava com médicos, psicólogos, despachantes, proprietários e funcionários de auto-escolas, pelo menos um delegado e agentes policiais.
A quadrilha movimentou ao menos R$1,3 milhão nos últimos dois anos, segundo o Ministério Público. Durante a operação, que envolveu a Corregedoria de Polícia Civil de São Paulo, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria da Fazenda do estado e até da ANP (Agência Nacional do Petróleo), 19 pessoas foram presas e 44 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Entre os presos estão o delegado de polícia Juarez Pereira Campos, que comanda a Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) de Ferraz de Vasconcelos (grande São Paulo), e o policial civil Aparecido da Silva Santos, que trabalha na mesma Ciretran.
Segundo as investigações, a quadrilha mandava carteiras de habilitação falsificadas para o Rio de Janeiro e outros seis estados brasileiros: Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e Rondônia. O bando também cobraria para dar baixa na pontuação de multas.O esquema só era possível, segundo o MP, porque o delegado Juarez Campos participava. Ele e a mulher, Ana Lúcia Máximo de Campos, foram presos ontem pela manhã em Mogi das Cruzes, na casa onde residem. Ela também é dona de auto-escola. Na mesma cidade, agentes policiais e promotores cumpriram mandados de busca e apreensão em dois centros de formação de condutores e uma auto-escola. Também foram feitas diligências nas cidades de Poá, Guarulhos e Barueri, na grande São Paulo.
A investigação do esquema começou com a Polícia Rodoviária Federal de Mato Grosso do Sul. Os policiais daquele estado verificaram que diversas ocorrências envolvendo motoristas com carteiras emitidas no estado de São Paulo eram suspeitas de fraude. Entre os fatores que despertaram a desconfiança de policiais estão CNHs de pessoas analfabetas e deficientes físicos, que não possuíam a carteira para portadores de deficiência. De acordo com o Ministério Público, essas carteiras eram emitidas sem que houvesse a necessidade da presença física do candidato a condutor.
A quadrilha descobriu que o sistema de identificação por impressão digital do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) de São Paulo poderia ser fraudado. Segundo Marcelo Oliveira, promotor do Gaerco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado) de Guarulhos, o sistema é falho. “Ele (o sistema) permite que qualquer digital seja colocada no lugar da digital do candidato. Em alguns casos foram registrados 200 condutores usando a mesma digital no procedimento de emissão de habilitação”, afirmou o promotor. Além de usar a mesma digital em diversos documentos, a quadrilha também usava dedos de silicone e digitais coletadas em massas de modelar.
Somente na Ciretran de Ferraz de Vasconcelos foram emitidas, ao menos, 1.231 CNHs por meio desse sistema fraudulento nos últimos dois anos. Cada habilitação, que podia ser emitida para o país inteiro, custava em média R$1.500. Somente as CNHs para Minas Gerais custavam R$1.800, já que a fiscalização no Detran daquele estado é mais rígida, segundo informou o promotor. Foram apreendidos milhares de documentos que comprovam a fraude, além de dinheiro e prontuários de CNH. (Folhapress e AG)
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Greve de vigias fecha 493 agências bancárias
SÃO PAULO - O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região estima que ao menos 493 agências bancárias fecharam nas duas cidades na manhã de ontem devido à greve dos vigilantes. Os bancos que abrirem as agências sem o mínimo de dois vigilantes estarão descumprindo a Lei Federal 7.102 de 1983, que trata de segurança bancária. O movimento deve continuar amanhã, já que os vigilantes decidiram manter a greve. Um levantamento feito junto às regionais do sindicato indica que estavam fechadas, por volta das 13h30, 244 agências do centro de São Paulo, 204 da zona norte, 24 na região da Avenida Paulista e outras 21 em Osasco (Grande São Paulo). “As instituições financeiras que estão desrespeitando a lei serão responsabilizadas por eventuais danos aos trabalhadores e à população.
Os bancos têm de preservar a integridade física de bancários e clientes”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários. Pela manhã, cerca de 2.500 vigilantes protestaram no centro da cidade. Já o Seevissp (Sindicato dos Empregados em Empresas de Vigilância, Segurança e Similares de São Paulo), que representa a categoria, estimou que o número de manifestantes é de cinco mil. Após o protesto, os vigilantes se reuniram em frente à Câmara Municipal para uma assembléia, onde decidiram pela manutenção da paralisação.
O Sindicato dos Bancários enviou uma carta aos responsáveis pela Policia Federal de São Paulo solicitando fiscalização efetiva das agências bancárias e que tomem as providências cabíveis como autuação por descumprimento da legislação e fechamento das agências. A entidade também encaminhou comunicado ao departamento de recursos humanos dos bancos cobrando o cumprimento da lei. Segundo o sindicato, as direções do Unibanco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Nossa Caixa, Itaú e Safra se comprometeram em não abrir agências sem vigilantes.
Por meio de nota, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos, em São Paulo), informou que o movimento na maioria das agências no estado foi normal. A nota lembra que o pagamento de contas com vencimento ontem deveria ser considerado normal. O Sesvesp, que representa as empresas de segurança, informou que as reivindicações do sindicato dos funcionários estão sendo negociadas no TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo). Segundo a assessoria do Sesvesp, 13 dos 22 sindicatos dos trabalhadores de vigilância espalhados em todo o estado aceitaram a proposta de 5,9% de reajuste salarial e elevação do tíquete-alimentação para R$6. (Folhapress)
Fonte: Correio da Bahia
Brasil/Candidata com apenas um voto é empossada vereadora
O fato inusitado aconteceu anteontem, na Câmara de Vereadores do município de Pau d’Arco do Piauí
TERESINA – Apesar de ter recebido apenas um voto nas eleições para a Câmara do município de Pau d’Arco do Piauí, em 2004, Carmem Lúcia Portela Santos (PSB) foi empossada vereadora, anteontem, pela Câmara da cidade. A posse ocorreu.após o Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) cassar o mandato do vereador Miguel Abreu do Nascimento por infidelidade partidária. Ele tinha sido eleito pelo PSDB, mas, depois, migrou para o PCdoB. O suplente que deveria assumir a vaga na Câmara era Reginaldo Sousa Santos, que morreu em um acidente de carro em abril. Com isso, foi empossada Carmem Lúcia Portela Santos, que teve apenas um voto na última eleição municipal .
Para o presidente da Câmara de Pau d’Arco, Josenildo de Sousa Rodrigues Bacelar (PT), “isso é muito ruim”. “Infelizmente, temos que seguir a resolução do TSE e ninguém poder fazer nada. A resolução diz que temos que empossar”, afirmou Bacelar ao site G1. “As pessoas até brincam aqui na cidade e dizem que nem ela votou nela mesma”, disse o presidente da Câmara. “A cidade inteira está abismada com o fato de ela ter assumido a vaga, apesar de ter obtido apenas um voto”, acrescentou ele.
Segundo o TRE-PI, 61 vereadores já perderam o mandato por infidelidade partidária no estado. Até agora, o tribunal apreciou 255 processos. Ao todo foram ajuizados, no TRE-PI, 985 processos pedindo a perda de mandato de vereadores que mudaram de partido.Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Pau d’Arco do Piauí contava com 3.589 eleitores em maio deste ano. Nas eleições de 2004, o número, no entanto, era menor. De acordo com o TSE, o município contava com 2.972 eleitores naquele pleito. (Redação e Agência Globo)
Fonte: CorreiodaBahia
TERESINA – Apesar de ter recebido apenas um voto nas eleições para a Câmara do município de Pau d’Arco do Piauí, em 2004, Carmem Lúcia Portela Santos (PSB) foi empossada vereadora, anteontem, pela Câmara da cidade. A posse ocorreu.após o Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) cassar o mandato do vereador Miguel Abreu do Nascimento por infidelidade partidária. Ele tinha sido eleito pelo PSDB, mas, depois, migrou para o PCdoB. O suplente que deveria assumir a vaga na Câmara era Reginaldo Sousa Santos, que morreu em um acidente de carro em abril. Com isso, foi empossada Carmem Lúcia Portela Santos, que teve apenas um voto na última eleição municipal .
Para o presidente da Câmara de Pau d’Arco, Josenildo de Sousa Rodrigues Bacelar (PT), “isso é muito ruim”. “Infelizmente, temos que seguir a resolução do TSE e ninguém poder fazer nada. A resolução diz que temos que empossar”, afirmou Bacelar ao site G1. “As pessoas até brincam aqui na cidade e dizem que nem ela votou nela mesma”, disse o presidente da Câmara. “A cidade inteira está abismada com o fato de ela ter assumido a vaga, apesar de ter obtido apenas um voto”, acrescentou ele.
Segundo o TRE-PI, 61 vereadores já perderam o mandato por infidelidade partidária no estado. Até agora, o tribunal apreciou 255 processos. Ao todo foram ajuizados, no TRE-PI, 985 processos pedindo a perda de mandato de vereadores que mudaram de partido.Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Pau d’Arco do Piauí contava com 3.589 eleitores em maio deste ano. Nas eleições de 2004, o número, no entanto, era menor. De acordo com o TSE, o município contava com 2.972 eleitores naquele pleito. (Redação e Agência Globo)
Fonte: CorreiodaBahia
Opinião - A lição dos vereadores de Campos
Villas-Bôas Corrêa
Por uma deleitável coincidência, a iniciativa do Ministério Público Federal de pedir à Justiça, em ação de improbidade administrativa, o afastamento e o seqüestro dos bens de todos os 17 vereadores da Câmara Municipal de Campos, atropela, na reta de chegada, a aprovação pela alvoroçada maioria na Câmara dos Deputados, por 419 votos da virtual unanimidade, contra oito gatos pingados que ousaram votar contra, da emenda constitucional que cria mais 7.500 vagas de vereador em todo o país.
O acidente aconteceu no trecho inicial do primeiro turno do percurso. Falta o bis do segundo turno e os dois turnos no Senado. E agora, como salta aos olhos da indignação nacional, ficou muito mais complicada a farra para agradar os prefeitos e vereadores que compõem a base eleitoral para a eleição e a reeleição de senadores e deputados federais.
De um puxão, caiu a máscara da impostura para exibir a face de uma jogada marota, escorada em argumentos que não resistem a um peteleco. Dá para desconfiar de saída que a promessa da drástica redução dos gastos das prefeituras com as câmaras é um jogo de cartas marcadas. Para começo do papo, se os vereadores estavam esbanjando o dinheiro da viúva com despesas indefensáveis, a solução natural e correta seria reduzir os repasses para o ajuste às efetivas necessidades dos ilustres representantes de cada município. A economia anunciada de R$ 1,2 bilhão é uma conversa para enganar os trouxas. Pois é claro que 59.514 vereadores do inchaço programado acabariam custando muito mais do que os atuais 51.748.
Além da multiplicação do numero de assessores, servidores, motoristas, gabinetes, cadeiras no plenário, a trampa finge ignorar a lição da experiência, dolorosa e inquestionável, que quanto maior o número de vereadores, como de deputados estaduais e federais e senadores, pior o nível da casa legislativa.
Uma cruzada para valer, com a seriedade do espírito público de que foi exemplo o saudoso senador Jefferson Péres (PDT-AM), não apenas sustentaria a redução de três para dois senadores por Estado, de 513 para não mais de três centenas de deputados federais e a poda de deputados estaduais e de vereadores seguindo os mesmos percentuais da campanha de reabilitação ética do Poder Legislativo. Na crista da onda, o Executivo da obesidade doentia dos 37 ministros e secretários do maior ministério de todos os tempos e com pior média de desempenho e o Judiciário, apesar da boa fase de excelentes decisões.
Esta cultura desleixada de compadrio, de levar vantagem, de enriquecer a qualquer preço é o fundo do cenário da corrupção da série de escândalos, quase sempre impunes, do segundo mandato do presidente Lula. Do mensalão para a compra de aliados, do caixa 2 para o financiamento de campanhas, das ambulâncias superfaturadas e demais jóias das falcatruas até o descalabro que nos expõe ao vexame internacional dos novos recordes do desmatamento da Amazônia. Em abril, foram desmatados 1.123 km², quase a área de todo o município do Rio de Janeiro.
E, para o nosso opróbrio, o desfile cínico das desculpas dos envolvidos nas culpas e lucros da degradação da floresta. O senador Mozarildo Cavalcanti, do glorioso PTB de Roraima, finge-se surpreso com o alarido em torno dos índices de desmatamento. Debocha: "O que é área de uma cidade como o Rio de Janeiro em relação à Amazônia? Isso é um número ínfimo". E rebate no mesmo falsete trocista: "O que querem impedir é o desenvolvimento da Amazônia".
Que tal este outro dado do monitoramento da Amazônia: a cada 10 segundos, desmata-se o equivalente a um campo de futebol?
Fonte: JB Online
Por uma deleitável coincidência, a iniciativa do Ministério Público Federal de pedir à Justiça, em ação de improbidade administrativa, o afastamento e o seqüestro dos bens de todos os 17 vereadores da Câmara Municipal de Campos, atropela, na reta de chegada, a aprovação pela alvoroçada maioria na Câmara dos Deputados, por 419 votos da virtual unanimidade, contra oito gatos pingados que ousaram votar contra, da emenda constitucional que cria mais 7.500 vagas de vereador em todo o país.
O acidente aconteceu no trecho inicial do primeiro turno do percurso. Falta o bis do segundo turno e os dois turnos no Senado. E agora, como salta aos olhos da indignação nacional, ficou muito mais complicada a farra para agradar os prefeitos e vereadores que compõem a base eleitoral para a eleição e a reeleição de senadores e deputados federais.
De um puxão, caiu a máscara da impostura para exibir a face de uma jogada marota, escorada em argumentos que não resistem a um peteleco. Dá para desconfiar de saída que a promessa da drástica redução dos gastos das prefeituras com as câmaras é um jogo de cartas marcadas. Para começo do papo, se os vereadores estavam esbanjando o dinheiro da viúva com despesas indefensáveis, a solução natural e correta seria reduzir os repasses para o ajuste às efetivas necessidades dos ilustres representantes de cada município. A economia anunciada de R$ 1,2 bilhão é uma conversa para enganar os trouxas. Pois é claro que 59.514 vereadores do inchaço programado acabariam custando muito mais do que os atuais 51.748.
Além da multiplicação do numero de assessores, servidores, motoristas, gabinetes, cadeiras no plenário, a trampa finge ignorar a lição da experiência, dolorosa e inquestionável, que quanto maior o número de vereadores, como de deputados estaduais e federais e senadores, pior o nível da casa legislativa.
Uma cruzada para valer, com a seriedade do espírito público de que foi exemplo o saudoso senador Jefferson Péres (PDT-AM), não apenas sustentaria a redução de três para dois senadores por Estado, de 513 para não mais de três centenas de deputados federais e a poda de deputados estaduais e de vereadores seguindo os mesmos percentuais da campanha de reabilitação ética do Poder Legislativo. Na crista da onda, o Executivo da obesidade doentia dos 37 ministros e secretários do maior ministério de todos os tempos e com pior média de desempenho e o Judiciário, apesar da boa fase de excelentes decisões.
Esta cultura desleixada de compadrio, de levar vantagem, de enriquecer a qualquer preço é o fundo do cenário da corrupção da série de escândalos, quase sempre impunes, do segundo mandato do presidente Lula. Do mensalão para a compra de aliados, do caixa 2 para o financiamento de campanhas, das ambulâncias superfaturadas e demais jóias das falcatruas até o descalabro que nos expõe ao vexame internacional dos novos recordes do desmatamento da Amazônia. Em abril, foram desmatados 1.123 km², quase a área de todo o município do Rio de Janeiro.
E, para o nosso opróbrio, o desfile cínico das desculpas dos envolvidos nas culpas e lucros da degradação da floresta. O senador Mozarildo Cavalcanti, do glorioso PTB de Roraima, finge-se surpreso com o alarido em torno dos índices de desmatamento. Debocha: "O que é área de uma cidade como o Rio de Janeiro em relação à Amazônia? Isso é um número ínfimo". E rebate no mesmo falsete trocista: "O que querem impedir é o desenvolvimento da Amazônia".
Que tal este outro dado do monitoramento da Amazônia: a cada 10 segundos, desmata-se o equivalente a um campo de futebol?
Fonte: JB Online
Marina volta ao Senado com espírito desarmado
Ex-ministra diz que o desmatamento é preocupante
Brasília
No seu primeiro dia no Senado, a ex-ministra e senadora Marina Silva (PT-AC) evitou, ontem, criticar o governo federal. A petista afirmou que os dados sobre o aumento de desmatamento "são alarmantes" e elogiou as medidas anunciadas pelo Ministério do Meio Ambiente.
– (Os dados) são alarmantes, mas as medidas são corretas – afirmou
Marina informou que não fará oposição acirrada ao governo, argumentando que que tem um lema de vida:
– Sempre costumo fazer a aeróbica do bem.
Pronunciamento
A senadora informou que prepara um pronunciamento para ser feito hoje à tarde. Depois de quase cinco anos e meio no governo, deixou o ministério no mês passado. Mas promete lutar pelos interesses do país.
– Não fiz oposição cerrada nem durante o governo Fernando Henrique Cardoso – lembrou. Vou defender temas (de interesse) do governo – afirmou.
Ao ser questionada sobre as posição críticas do governador do Mato Grosso, Blairo Maggi (PR) sobre a política ambiental, a ex-ministra sugeriu que ele se esforce para somar forças à campanha de preservação e defesa do meio ambiente.
Novo comando
Marina deixou o Ministério do Meio Ambiente depois de uma série de embates com setores do governo. De acordo com aliados dela, o que teria provocado sua decisão foi o fato de o Programa da Amazônia Sustentável (PAS) ficar sob comando do ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger.
Após a saída de Marina, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou desfazer a imagem negativa provocada por seu pedido de demissão. Em várias ocasiões, Lula ressaltou o bom relacionamento entre ambos e a amizade que os unia.
Fonte: JB Online
Brasília
No seu primeiro dia no Senado, a ex-ministra e senadora Marina Silva (PT-AC) evitou, ontem, criticar o governo federal. A petista afirmou que os dados sobre o aumento de desmatamento "são alarmantes" e elogiou as medidas anunciadas pelo Ministério do Meio Ambiente.
– (Os dados) são alarmantes, mas as medidas são corretas – afirmou
Marina informou que não fará oposição acirrada ao governo, argumentando que que tem um lema de vida:
– Sempre costumo fazer a aeróbica do bem.
Pronunciamento
A senadora informou que prepara um pronunciamento para ser feito hoje à tarde. Depois de quase cinco anos e meio no governo, deixou o ministério no mês passado. Mas promete lutar pelos interesses do país.
– Não fiz oposição cerrada nem durante o governo Fernando Henrique Cardoso – lembrou. Vou defender temas (de interesse) do governo – afirmou.
Ao ser questionada sobre as posição críticas do governador do Mato Grosso, Blairo Maggi (PR) sobre a política ambiental, a ex-ministra sugeriu que ele se esforce para somar forças à campanha de preservação e defesa do meio ambiente.
Novo comando
Marina deixou o Ministério do Meio Ambiente depois de uma série de embates com setores do governo. De acordo com aliados dela, o que teria provocado sua decisão foi o fato de o Programa da Amazônia Sustentável (PAS) ficar sob comando do ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger.
Após a saída de Marina, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou desfazer a imagem negativa provocada por seu pedido de demissão. Em várias ocasiões, Lula ressaltou o bom relacionamento entre ambos e a amizade que os unia.
Fonte: JB Online
Marina sem pintura
Por: Carlos Chagas
BRASÍLIA - Caso não tenha mudado de idéia, a ex-ministra Marina Silva fará hoje sua reentrada na tribuna do Senado, até com direito de ser assistida, na televisão, pelo presidente Lula, já retornado de Roma.
Ninguém deve esperar retaliações ou lavagem de roupa suja nesse primeiro pronunciamento da senadora pelo Acre, depois de sua demissão do Ministério do Meio Ambiente. No reverso da medalha, porém, colher-de-chá ela não vai dar ao governo. Poderá abordar os motivos que levaram-na a pedir exoneração.
O ponto alto do pronunciamento de Marina Silva deverá voltar-se para o futuro. Abordará o que entende necessário em termos de política ambiental, com ênfase para a Amazônia. Fazer o quê, daqui por diante, para corrigir rumos, rebater visões distorcidas e conciliar preservação com desenvolvimento.
Curiosa deverá ser a reação das bancadas do governo e da oposição, no Senado. Porque senadores como Mozarildo Cavalcanti, de Roraima, e Flexa Ribeiro, do Pará, empedernidos defensores da abertura de fronteiras agrícolas na região, não deixarão de participar da sessão.
Provavelmente Tião Viana, do Acre, e Eduardo Suplicy, de São Paulo, sairão em defesa da companheira, que inaugura um novo ciclo de debates ecológicos no Congresso, com uma peculiaridade: Marina Silva poderá fazer mais pela causa ambiental no exercício de seu mandato do que durante os cinco anos em que malhou em ferro frio, no ministério. E isso por razão muito simples: chegou à hora de se rever a esfrangalhada legislação ambiental.
Quanto a opinar se o seu sucessor deve ou não sair caçando bois piratas nos pastos amazônicos, é possível que a senadora peça licença para continuar abordando coisas sérias...
Quem lucra e quem paga
O Copom anunciará novo aumento dos juros, hoje, da ordem de meio ponto percentual. A taxa irá para 11,75%. O argumento do Banco Central é de conter possíveis investidas da inflação, mas, além do óbvio reconhecimento de estarmos chamando a recessão, a pergunta que se faz é sobre quem lucra e quem paga esse reajuste.
Os bancos e o sistema especulativo financeiro, como sempre, vão ganhar. Quanto aos que vão pagar, vemos todo dia no espelho.
Não dá para conciliar esse novo aumento com as palavras do presidente Lula na FAO, ontem, em Roma. Porque se o mundo pretende reduzir o preço dos alimentos e elevar a sua produção, não será favorecendo os atravessadores e aqueles que só vão lucrar sem jamais terem segurado o cabo de uma enxada ou movimentado um trator.
O regime é de exceção
Ontem, durante sessão de homenagem aos duzentos anos da instalação da imprensa no Brasil, o presidente do Senado, Garibaldi Alves, aproveitou para contundente pronunciamento contra as medidas provisórias. Pediu a ajuda dos jornalistas e não poupou o governo, lembrando que ano passado, das 145 sessões deliberativas realizadas pelo Senado, 89 apresentavam-se com a pauta trancada, por conta da obrigação dos senadores de apreciar os ucasses do trono. Para ele, o regime democrático transformou-se num regime de exceção, onde o poder Executivo paralisa as atividades legislativas com intromissões que na maioria dos casos não apresentam urgência nem relevância.
Garibaldi Alves denunciou que o governo recebeu e aplicou 126 bilhões de reais por conta das medidas provisórias. Acredita que esse dinheiro terá tido destino correto, mas garantir, quem garante?
A cerimônia enalteceu a figura de Hipólito José da Costa, fundador do "Correio Braziliense", mas prestou-se para que cada senador puxasse a brasa para sua sardinha. Se Garibaldi Alves verberou as medidas provisórias, Cristovam Buarque aproveitou para exigir educação para todas as crianças, Romeu Tuma falou da segurança pública e Pedro Simon denunciou a impunidade como o maior dos males nacionais.
E daí?
Depois de seis anos de disputa na Organização Mundial do Comércio, o Brasil ganhou em todas as instâncias o processo aberto contra os Estados Unidos, por conta dos subsídios que concedem aos plantadores de algodão no território americano.
A decisão obriga os Estados Unidos a nos indenizar e, mais do que isso, a suspender o protecionismo dado ao algodão. Vamos celebrar? Não há motivo, porque o governo de Washington deu de ombros, não vai cumprir as determinações indenizatórias daquele organismo internacional e nem por sombra suspenderá os subsídios a seus agricultores.
Fazer o quê? Acreditarmos que nossos interesses só poderão ser defendidos por nós mesmos. Nada de abandonar a OMC, mesmo em se tratando de uma entidade-fantasma, muito menos declarar guerra aos Estados Unidos. Mas por que não retaliar, no limite de nossas possibilidades? Aumentar tarifas, obrigar o capital especulativo cujo maior volume vem lá de cima a permanecer aqui por prazo determinado. Até mesmo obrigar cidadãos americanos que demandam o Brasil a tirar os sapatos nos aeroportos...
Fonte: Tribuna da Imprensa
BRASÍLIA - Caso não tenha mudado de idéia, a ex-ministra Marina Silva fará hoje sua reentrada na tribuna do Senado, até com direito de ser assistida, na televisão, pelo presidente Lula, já retornado de Roma.
Ninguém deve esperar retaliações ou lavagem de roupa suja nesse primeiro pronunciamento da senadora pelo Acre, depois de sua demissão do Ministério do Meio Ambiente. No reverso da medalha, porém, colher-de-chá ela não vai dar ao governo. Poderá abordar os motivos que levaram-na a pedir exoneração.
O ponto alto do pronunciamento de Marina Silva deverá voltar-se para o futuro. Abordará o que entende necessário em termos de política ambiental, com ênfase para a Amazônia. Fazer o quê, daqui por diante, para corrigir rumos, rebater visões distorcidas e conciliar preservação com desenvolvimento.
Curiosa deverá ser a reação das bancadas do governo e da oposição, no Senado. Porque senadores como Mozarildo Cavalcanti, de Roraima, e Flexa Ribeiro, do Pará, empedernidos defensores da abertura de fronteiras agrícolas na região, não deixarão de participar da sessão.
Provavelmente Tião Viana, do Acre, e Eduardo Suplicy, de São Paulo, sairão em defesa da companheira, que inaugura um novo ciclo de debates ecológicos no Congresso, com uma peculiaridade: Marina Silva poderá fazer mais pela causa ambiental no exercício de seu mandato do que durante os cinco anos em que malhou em ferro frio, no ministério. E isso por razão muito simples: chegou à hora de se rever a esfrangalhada legislação ambiental.
Quanto a opinar se o seu sucessor deve ou não sair caçando bois piratas nos pastos amazônicos, é possível que a senadora peça licença para continuar abordando coisas sérias...
Quem lucra e quem paga
O Copom anunciará novo aumento dos juros, hoje, da ordem de meio ponto percentual. A taxa irá para 11,75%. O argumento do Banco Central é de conter possíveis investidas da inflação, mas, além do óbvio reconhecimento de estarmos chamando a recessão, a pergunta que se faz é sobre quem lucra e quem paga esse reajuste.
Os bancos e o sistema especulativo financeiro, como sempre, vão ganhar. Quanto aos que vão pagar, vemos todo dia no espelho.
Não dá para conciliar esse novo aumento com as palavras do presidente Lula na FAO, ontem, em Roma. Porque se o mundo pretende reduzir o preço dos alimentos e elevar a sua produção, não será favorecendo os atravessadores e aqueles que só vão lucrar sem jamais terem segurado o cabo de uma enxada ou movimentado um trator.
O regime é de exceção
Ontem, durante sessão de homenagem aos duzentos anos da instalação da imprensa no Brasil, o presidente do Senado, Garibaldi Alves, aproveitou para contundente pronunciamento contra as medidas provisórias. Pediu a ajuda dos jornalistas e não poupou o governo, lembrando que ano passado, das 145 sessões deliberativas realizadas pelo Senado, 89 apresentavam-se com a pauta trancada, por conta da obrigação dos senadores de apreciar os ucasses do trono. Para ele, o regime democrático transformou-se num regime de exceção, onde o poder Executivo paralisa as atividades legislativas com intromissões que na maioria dos casos não apresentam urgência nem relevância.
Garibaldi Alves denunciou que o governo recebeu e aplicou 126 bilhões de reais por conta das medidas provisórias. Acredita que esse dinheiro terá tido destino correto, mas garantir, quem garante?
A cerimônia enalteceu a figura de Hipólito José da Costa, fundador do "Correio Braziliense", mas prestou-se para que cada senador puxasse a brasa para sua sardinha. Se Garibaldi Alves verberou as medidas provisórias, Cristovam Buarque aproveitou para exigir educação para todas as crianças, Romeu Tuma falou da segurança pública e Pedro Simon denunciou a impunidade como o maior dos males nacionais.
E daí?
Depois de seis anos de disputa na Organização Mundial do Comércio, o Brasil ganhou em todas as instâncias o processo aberto contra os Estados Unidos, por conta dos subsídios que concedem aos plantadores de algodão no território americano.
A decisão obriga os Estados Unidos a nos indenizar e, mais do que isso, a suspender o protecionismo dado ao algodão. Vamos celebrar? Não há motivo, porque o governo de Washington deu de ombros, não vai cumprir as determinações indenizatórias daquele organismo internacional e nem por sombra suspenderá os subsídios a seus agricultores.
Fazer o quê? Acreditarmos que nossos interesses só poderão ser defendidos por nós mesmos. Nada de abandonar a OMC, mesmo em se tratando de uma entidade-fantasma, muito menos declarar guerra aos Estados Unidos. Mas por que não retaliar, no limite de nossas possibilidades? Aumentar tarifas, obrigar o capital especulativo cujo maior volume vem lá de cima a permanecer aqui por prazo determinado. Até mesmo obrigar cidadãos americanos que demandam o Brasil a tirar os sapatos nos aeroportos...
Fonte: Tribuna da Imprensa
Governo deve reajustar Bolsa-Família
ROMA - Menos de um ano depois de reajustar o Bolsa-Família e a quatro meses das eleições municipais, o governo federal está estudando mais um aumento no valor do benefício, possivelmente em torno de 6%. A informação, dada ontem em Roma pelo ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, é que estudos com o reajuste serão entregues ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva esta semana. Ainda não há uma data prevista, mas o mais provável é que o aumento possa sair ainda neste primeiro semestre. Caberá ao presidente decidir se e quando concede esse novo aumento.
Em Roma, acompanhando o presidente na abertura da Conferência de Alto Nível do Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, sigla em inglês), Patrus afirmou que o valor do Bolsa-Família foi "corroído" em 6% nesse último ano, quando se leva em conta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPC-A).
Esse é o índice que leva em conta o custo de vida das famílias com renda entre um e 40 salários mínimos e onde mais pesam os preços dos alimentos. "É muito importante a recomposição desse poder de compra. O Bolsa-Família tem esse compromisso de garantir o direito à alimentação, até para garantir o cumprimento das condicionalidades com relação à saúde e educação", afirmou Patrus.
"Vamos considerar esse impacto no sentido de garantir que o Bolsa-Família mantenha esse poder de compra como um instrumento de combate à pobreza". O reajuste anterior do Bolsa-Família foi decidido em julho de 2007 e começou a ser pago a partir de agosto do mesmo ano.
Elevou em 18,25% o valor do benefício, que era o mesmo desde a criação do programa, em outubro de 2004. Com o aumento, as famílias passaram a receber um pagamento básico de R$ 58, partindo dos anteriores R$ 50. A parcela variável - cada família tem direito a receber um outro valor por filho entre 0 e 15 anos matriculado na escola; até no máximo de três filhos - passou de R$ 15 para R$ 18. Com isso, o valor máximo aumentou de R$ 95 para R$ 112.
Na época, o índice escolhido foi o INPC, maior que o INPC-A que deve ser agora. Isso porque, entre outubro de 2004 e julho de 2007, o INPC tinha acumulado uma alta de 18%, bem mais do que o INPC-A, de apenas 5%. À época, a inflação de alimentos medida pelo INPC-A era bastante baixa. Nesse último ano, no entanto, foram nos alimentos a maior alta.
Em 2006, o governo havia chegado a anunciar o reajuste antes mesmo da eleição presidencial, mas segurou a mudança até metade do ano seguinte. Coincidentemente, o novo reajuste também aparece em ano eleitoral, mesmo que seja apenas nos municípios. Os estudos sobre esse aumento estão prontos, e podem levar o valor máximo do benefício para pouco mais de R$ 118 mensais. Hoje, 11,1 milhões de famílias recebem o programa. Em média, o valor pago para cada uma é de R$ 72 por mês.
Fonte; Tribuna da Imprensa
Em Roma, acompanhando o presidente na abertura da Conferência de Alto Nível do Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, sigla em inglês), Patrus afirmou que o valor do Bolsa-Família foi "corroído" em 6% nesse último ano, quando se leva em conta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPC-A).
Esse é o índice que leva em conta o custo de vida das famílias com renda entre um e 40 salários mínimos e onde mais pesam os preços dos alimentos. "É muito importante a recomposição desse poder de compra. O Bolsa-Família tem esse compromisso de garantir o direito à alimentação, até para garantir o cumprimento das condicionalidades com relação à saúde e educação", afirmou Patrus.
"Vamos considerar esse impacto no sentido de garantir que o Bolsa-Família mantenha esse poder de compra como um instrumento de combate à pobreza". O reajuste anterior do Bolsa-Família foi decidido em julho de 2007 e começou a ser pago a partir de agosto do mesmo ano.
Elevou em 18,25% o valor do benefício, que era o mesmo desde a criação do programa, em outubro de 2004. Com o aumento, as famílias passaram a receber um pagamento básico de R$ 58, partindo dos anteriores R$ 50. A parcela variável - cada família tem direito a receber um outro valor por filho entre 0 e 15 anos matriculado na escola; até no máximo de três filhos - passou de R$ 15 para R$ 18. Com isso, o valor máximo aumentou de R$ 95 para R$ 112.
Na época, o índice escolhido foi o INPC, maior que o INPC-A que deve ser agora. Isso porque, entre outubro de 2004 e julho de 2007, o INPC tinha acumulado uma alta de 18%, bem mais do que o INPC-A, de apenas 5%. À época, a inflação de alimentos medida pelo INPC-A era bastante baixa. Nesse último ano, no entanto, foram nos alimentos a maior alta.
Em 2006, o governo havia chegado a anunciar o reajuste antes mesmo da eleição presidencial, mas segurou a mudança até metade do ano seguinte. Coincidentemente, o novo reajuste também aparece em ano eleitoral, mesmo que seja apenas nos municípios. Os estudos sobre esse aumento estão prontos, e podem levar o valor máximo do benefício para pouco mais de R$ 118 mensais. Hoje, 11,1 milhões de famílias recebem o programa. Em média, o valor pago para cada uma é de R$ 72 por mês.
Fonte; Tribuna da Imprensa
Ibope: empate técnico entre Marta e Alckmin
SÃO PAULO - Num momento em que 48% dos eleitores admitem ter pouco ou nenhum interesse pelas eleições de outubro, o Ibope revelou ontem, que a petista Marta Suplicy e o tucano Geraldo Alckmin continuam tecnicamente empatados - Marta com 30% das intenções de voto e Alckmin com 28%. O prefeito Gilberto Kassab, do DEM, obteve 13%.
Esse cenário inclui a candidatura do ex-prefeito Paulo Maluf (PP), que aparece com 9%. Se Maluf não concorrer, cada um dos três primeiros sobe dois pontos - os números passam a ser 32%, 30% e 15%. Na pesquisa espontânea, Marta lidera com 13% e Kassab vem em segundo com 10%, ficando Alckmin com 9% - um quadro também já detectado em pesquisas anteriores.
"Acredito que isso ocorre porque muita gente ainda não sabe que Alckmin é candidato", diz Hélio Gastaldi, do Ibope. Os novos números foram anunciados pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo, que encomendou a pesquisa. O Ibope ouviu 602 pessoas, entre os dias 27 e 29 de maio, e a margem de erro é de 4 pontos percentuais.
Para Gastaldi, "essa situação, que repete pesquisas anteriores, só deve mudar com o início da campanha. Aí começarão os ataques e o longo tempo na televisão permitirá a Kassab defender as suas realizações. O fator PMDB ainda não começou a pesar na disputa".
Não mudaram também os números dos demais candidatos. Luiza Erundina (PSB) e Soninha (PPS) aparecem empatadas com 3%, Paulo Pereira da Silva (PDT) tem 2%, Zulaiê Cobra (PHS) e Ivan Valente (PSOL) ficaram com 1%. Aldo Rebelo (PCdoB), incluído na lista, não foi citado por nenhum dos eleitores consultados. Brancos e nulos somaram 8% e 3% não opinaram.
Cenários
Em três cenários para o segundo turno, Alckmin vence os rivais diretos: ele bate Marta por 50% a 40% e Kassab por 56% a 25%. Marta ganharia de Kassab por 47% a 38%. O prefeito reagiu aos números com otimismo. "Recebo o resultado como um incentivo ao trabalho. Para quem nunca participou de uma eleição majoritária, esse nível de intenção de voto é muito bom. A eleição é só em outubro".
Alckmin distribuiu nota em que agradece à população "por mais essa prova de confiança e de reconhecimento" aos serviços prestados à cidade. Marta disse apenas que a pesquisa foi "boa, realmente boa". Na avaliação de Gastaldi, é fundamental para Marta que Kassab siga na disputa, pois sua saída daria a liderança de Alckmin.
A pesquisa confirma que o eleitorado até dois salários mínimos é o ponto forte de Marta Suplicy. Nesse segmento, ela chega a 41% dos votos, contra 22% dados a Alckmin. Nas outras duas faixas, Alckmin é mais votado - ganha de Marta por 39% a 20% acima dos cinco mínimos e por 35% a 30% no segmento entre 2 e 5 mínimos.
Vereadores
Outra tabela indica que o prestígio da Câmara dos Vereadores está no fundo do poço. Somam 90% os eleitores que não opinam ou pretendem votar nulo para vereador. Dos demais, PSDB e PT receberam 1% das intenções de voto e 9% se repartiram entre os demais partidos. A pesquisa foi registrada pelo Ibope na 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, sob o protocolo 00800108-SPPE.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Esse cenário inclui a candidatura do ex-prefeito Paulo Maluf (PP), que aparece com 9%. Se Maluf não concorrer, cada um dos três primeiros sobe dois pontos - os números passam a ser 32%, 30% e 15%. Na pesquisa espontânea, Marta lidera com 13% e Kassab vem em segundo com 10%, ficando Alckmin com 9% - um quadro também já detectado em pesquisas anteriores.
"Acredito que isso ocorre porque muita gente ainda não sabe que Alckmin é candidato", diz Hélio Gastaldi, do Ibope. Os novos números foram anunciados pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo, que encomendou a pesquisa. O Ibope ouviu 602 pessoas, entre os dias 27 e 29 de maio, e a margem de erro é de 4 pontos percentuais.
Para Gastaldi, "essa situação, que repete pesquisas anteriores, só deve mudar com o início da campanha. Aí começarão os ataques e o longo tempo na televisão permitirá a Kassab defender as suas realizações. O fator PMDB ainda não começou a pesar na disputa".
Não mudaram também os números dos demais candidatos. Luiza Erundina (PSB) e Soninha (PPS) aparecem empatadas com 3%, Paulo Pereira da Silva (PDT) tem 2%, Zulaiê Cobra (PHS) e Ivan Valente (PSOL) ficaram com 1%. Aldo Rebelo (PCdoB), incluído na lista, não foi citado por nenhum dos eleitores consultados. Brancos e nulos somaram 8% e 3% não opinaram.
Cenários
Em três cenários para o segundo turno, Alckmin vence os rivais diretos: ele bate Marta por 50% a 40% e Kassab por 56% a 25%. Marta ganharia de Kassab por 47% a 38%. O prefeito reagiu aos números com otimismo. "Recebo o resultado como um incentivo ao trabalho. Para quem nunca participou de uma eleição majoritária, esse nível de intenção de voto é muito bom. A eleição é só em outubro".
Alckmin distribuiu nota em que agradece à população "por mais essa prova de confiança e de reconhecimento" aos serviços prestados à cidade. Marta disse apenas que a pesquisa foi "boa, realmente boa". Na avaliação de Gastaldi, é fundamental para Marta que Kassab siga na disputa, pois sua saída daria a liderança de Alckmin.
A pesquisa confirma que o eleitorado até dois salários mínimos é o ponto forte de Marta Suplicy. Nesse segmento, ela chega a 41% dos votos, contra 22% dados a Alckmin. Nas outras duas faixas, Alckmin é mais votado - ganha de Marta por 39% a 20% acima dos cinco mínimos e por 35% a 30% no segmento entre 2 e 5 mínimos.
Vereadores
Outra tabela indica que o prestígio da Câmara dos Vereadores está no fundo do poço. Somam 90% os eleitores que não opinam ou pretendem votar nulo para vereador. Dos demais, PSDB e PT receberam 1% das intenções de voto e 9% se repartiram entre os demais partidos. A pesquisa foi registrada pelo Ibope na 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, sob o protocolo 00800108-SPPE.
Fonte: Tribuna da Imprensa
terça-feira, junho 03, 2008
Servidores defendem o benefício integral
Thaís Rocha, do A TARDE
A proposta do governo de igualar modelos de aposentadoria de funcionários públicos e da iniciativa privada mobiliza associações e entidades de classe na Bahia. O projeto, em tramitação no Congresso, estabelece um teto, antes inexistente, para a aposentadoria de servidores e cria um fundo de previdência complementar opcional para quem quiser manter o salário integral. A Federação dos Trabalhadores Públicos da Bahia (Fetrab) está engajada a uma mobilização nacional contra as mudanças. “Não há dúvida de que esta reforma só vai prejudicar os servidores”, afirma a coordenadora da Fetrab, Marinalva Nunes. Ela explica que a contribuição dos servidores já é superior à dos trabalhadores da iniciativa privada e por isso não se justificaria a fixação de um teto.
“No setor privado, há a contribuição patronal, enquanto nós servidores contribuímos integralmente para a nossa aposentadoria”, explica a coordenadora da Fetrab. Entre outros fatores que justificariam a aposentadoria integral estão o aumento do tempo de contribuição em cinco anos e a obrigatoriedade de associação com a idade do trabalhador. “No setor privado, o tempo de contribuição é maior, mas não precisa estar vinculado à idade”, completa Marinalva.
O Ministério da Previdência, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que as alterações propostas pelo governo são adequações à Reforma da Previdência, aprovada em 2004, e só entram em vigor depois que o projeto for aprovado e implantado. Através dela, a contribuição obrigatória seria reduzida para servidores. Hoje, esta contribuição é de 11% do salário integral e, com as reformas, seria de 11% do valor do teto. Se respeitado o mesmo limite do Regime Regular de Previdência, o maior salário para aposentados será R$ 3.038,99.
No caso de salários superiores a este valor, o servidor teria a opção de aderir a um fundo de previdência complementar. “Nenhum sindicalista que acompanha este assunto de forma consciente pode concordar com a aposentadoria complementar”, diz Marinalva Nunes. Ela comenta que esta proposta não dá segurança aos trabalhadores, já que, historicamente, estes fundos complementares não foram bem-sucedidos.
“A aposentadoria complementar é jogar no escuro. O servidor busca segurança no seu futuro e um fundo complementar para nós é um jogo”, completou. Para posicionar-se contra as mudanças, a Fetrab planeja realizar um seminário no dia 7 de julho como tema “O Estado, a Sociedade e o Servidor Público”. Antes, porém, estão previstos encontros e ações simultâneas em todo o Brasil.
Nesta terça-feira, a Associação dos Servidores da Assembléia Legislativa da Bahia (Assalba) também se reúne para discutir as alterações. O presidente da entidade, Antônio Sobrinho, defende a adoção de um plano de cargos e salários e a discussão do assunto internamente antes de estabelecer as mudanças.
O projeto de lei que iguala os modelos de aposentadoria de funcionários públicos e do Regime Regular de Previdência está em tramitação, desde de 2007, na Câmara dos Deputados. “Antes da aprovação, lutaremos para garantir a aposentadoria integral dos servidores”, anuncia Marinalva Nunes.
Fonte: A TARDE
A proposta do governo de igualar modelos de aposentadoria de funcionários públicos e da iniciativa privada mobiliza associações e entidades de classe na Bahia. O projeto, em tramitação no Congresso, estabelece um teto, antes inexistente, para a aposentadoria de servidores e cria um fundo de previdência complementar opcional para quem quiser manter o salário integral. A Federação dos Trabalhadores Públicos da Bahia (Fetrab) está engajada a uma mobilização nacional contra as mudanças. “Não há dúvida de que esta reforma só vai prejudicar os servidores”, afirma a coordenadora da Fetrab, Marinalva Nunes. Ela explica que a contribuição dos servidores já é superior à dos trabalhadores da iniciativa privada e por isso não se justificaria a fixação de um teto.
“No setor privado, há a contribuição patronal, enquanto nós servidores contribuímos integralmente para a nossa aposentadoria”, explica a coordenadora da Fetrab. Entre outros fatores que justificariam a aposentadoria integral estão o aumento do tempo de contribuição em cinco anos e a obrigatoriedade de associação com a idade do trabalhador. “No setor privado, o tempo de contribuição é maior, mas não precisa estar vinculado à idade”, completa Marinalva.
O Ministério da Previdência, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que as alterações propostas pelo governo são adequações à Reforma da Previdência, aprovada em 2004, e só entram em vigor depois que o projeto for aprovado e implantado. Através dela, a contribuição obrigatória seria reduzida para servidores. Hoje, esta contribuição é de 11% do salário integral e, com as reformas, seria de 11% do valor do teto. Se respeitado o mesmo limite do Regime Regular de Previdência, o maior salário para aposentados será R$ 3.038,99.
No caso de salários superiores a este valor, o servidor teria a opção de aderir a um fundo de previdência complementar. “Nenhum sindicalista que acompanha este assunto de forma consciente pode concordar com a aposentadoria complementar”, diz Marinalva Nunes. Ela comenta que esta proposta não dá segurança aos trabalhadores, já que, historicamente, estes fundos complementares não foram bem-sucedidos.
“A aposentadoria complementar é jogar no escuro. O servidor busca segurança no seu futuro e um fundo complementar para nós é um jogo”, completou. Para posicionar-se contra as mudanças, a Fetrab planeja realizar um seminário no dia 7 de julho como tema “O Estado, a Sociedade e o Servidor Público”. Antes, porém, estão previstos encontros e ações simultâneas em todo o Brasil.
Nesta terça-feira, a Associação dos Servidores da Assembléia Legislativa da Bahia (Assalba) também se reúne para discutir as alterações. O presidente da entidade, Antônio Sobrinho, defende a adoção de um plano de cargos e salários e a discussão do assunto internamente antes de estabelecer as mudanças.
O projeto de lei que iguala os modelos de aposentadoria de funcionários públicos e do Regime Regular de Previdência está em tramitação, desde de 2007, na Câmara dos Deputados. “Antes da aprovação, lutaremos para garantir a aposentadoria integral dos servidores”, anuncia Marinalva Nunes.
Fonte: A TARDE
Governo quer garantir reajuste de servidor por meio de projeto de lei
Agência Brasil
Brasília - O governo federal vai mandar, nos próximos dias, ao Congresso Nacional, projeto de lei para garantir o pagamento de reajuste a 17 categorias de servidores públicos, dentre elas os advogados da União e os auditores fiscais da Receita Federal. As duas categorias tiveram reajuste negociado recentemente. Segundo o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, a proposta de projeto de lei está em análise pela Casa Civil.
Paulo Bernardo destacou que os militares também estarão incluídos na proposta. “O reajuste dos militares está garantindo”, disse, referindo-se ao anúncio feito na semana passada pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, de um aumento médio de 47,1%.
O ministro disse que o governo precisará de uma suplementação orçamentária para cobrir os reajustes, caso todos os acordos em andamento com os servidores públicos forem fechados. Ele, no entanto, não adiantou o quanto de recursos será necessário. “Estamos preocupados que [os reajustes] sejam feitos de acordo com os parâmetros que nós temos para a execução do orçamento este ano, e isso vai ser feito”, disse.
Paulo Bernardo garantiu que o governo vai cortar o ponto dos auditores fiscais da Receita Federal que estão em greve desde o dia 18 de março. Segundo ele, os descontos deverão ser feitos de forma parcelada, para não deixar os servidores com o saldo negativo.
“Nós determinamos o corte do ponto durante a greve e houve reação dos auditores. Eles, legitimamente, entraram na Justiça e conseguiram liminar que impediu o corte. Nós recorremos a Supremo Tribunal Federal e recebemos a decisão do ministro Gilmar Mendes para cortar. Portanto, seria um absurdo agora não cortar”, explicou.
O Ministério do Planejamento ainda está analisando quantos dias serão cortados do ponto dos servidores. Segundo Paulo Bernardo, cerca de 3,8 mil auditores fiscais faltaram ao trabalho nos últimos dias.
Fonte: A TARDE
Brasília - O governo federal vai mandar, nos próximos dias, ao Congresso Nacional, projeto de lei para garantir o pagamento de reajuste a 17 categorias de servidores públicos, dentre elas os advogados da União e os auditores fiscais da Receita Federal. As duas categorias tiveram reajuste negociado recentemente. Segundo o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, a proposta de projeto de lei está em análise pela Casa Civil.
Paulo Bernardo destacou que os militares também estarão incluídos na proposta. “O reajuste dos militares está garantindo”, disse, referindo-se ao anúncio feito na semana passada pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, de um aumento médio de 47,1%.
O ministro disse que o governo precisará de uma suplementação orçamentária para cobrir os reajustes, caso todos os acordos em andamento com os servidores públicos forem fechados. Ele, no entanto, não adiantou o quanto de recursos será necessário. “Estamos preocupados que [os reajustes] sejam feitos de acordo com os parâmetros que nós temos para a execução do orçamento este ano, e isso vai ser feito”, disse.
Paulo Bernardo garantiu que o governo vai cortar o ponto dos auditores fiscais da Receita Federal que estão em greve desde o dia 18 de março. Segundo ele, os descontos deverão ser feitos de forma parcelada, para não deixar os servidores com o saldo negativo.
“Nós determinamos o corte do ponto durante a greve e houve reação dos auditores. Eles, legitimamente, entraram na Justiça e conseguiram liminar que impediu o corte. Nós recorremos a Supremo Tribunal Federal e recebemos a decisão do ministro Gilmar Mendes para cortar. Portanto, seria um absurdo agora não cortar”, explicou.
O Ministério do Planejamento ainda está analisando quantos dias serão cortados do ponto dos servidores. Segundo Paulo Bernardo, cerca de 3,8 mil auditores fiscais faltaram ao trabalho nos últimos dias.
Fonte: A TARDE
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