Publicado em 8 de novembro de 2022 por Tribuna da Internet
Roberto Nascimento
A maior nação democrática do globo terrestre, os Estados Unidos da América, corre sério perigo de enfrentar graves turbulências políticas, caso o governo democrata de Joe Biden perca a maioria na Câmara dos Representantes nas eleições desta terça-feira, dia 8.
O Partido Republicano já tem a maioria no Senado. Se conquistar a maioria na Câmara e confirmá-la também no Senado, transformará o presidente Joe Biden em refém do Congresso, nestes dois anos que faltam para as novas eleições presidenciais. Nada passará no Capitólio sem o aval do ogro golpista, Donald Trump.
EXTREMA-DIREITA – Não há dúvida de que o invasor do Capitólio conseguiu captar as demandas devidas e indevidas dos americanos da extrema-direita branca, com base na incentivação dos extremismos contra os imigrantes, a partir de fake news e em promessas que não conseguiu cumprir no seu desastrado primeiro mandato, como a construção do muro na fronteira do México.
Grande parte dos americanos apoia também políticos que são contra as evoluçõess sociais e a inclusão de negros, hispânicos e asiáticos no mercado de trabalho da América, incrementando inclusive o ódio contra os refugiados da África e da América Central.
Não à toa, Trump tentou construir um novo “Muro de Berlim” em toda a extensão da fronteira com o México e ainda pretendia que o governo mexicano bancasse a obra.
POLÍTICA EXTERNA – Essas turbulências na política interna dos Estados Unidos acabam influindo também na política externa, exatamente quando a sorte está lançada e o planeta Terra entrou em transe – alô, Glauber Rocha.
Se o Partido Republicano conseguir a maioria na Câmara e no Senado, teremos novamente dois extremistas em postos-chaves na condução dos destinos do mundo – ogro russo Vladimir Putin, atual invasor de países, e o ogro americano Donald Trump, o invasor do Capitólio.
O mundo precisa de paz para superar o retrocesso ocorrido com a pandemia. Se depender de líderes negativos como Putin e Trump, porém, a tendência é de que o mundo caminhe para trás.