Publicado em 8 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet
Vicente Limongi Netto
Inacreditável o deslumbramento de alguns setores diante do apoio inexpressivo de Simone Tebet, senadora em fim de mandato e sem votos, oferecido ao candidato Lula. O acontecimento, transformado em notável notícia nos redutos petistas, trocando em miúdos, não é nada, não é nada, não é nada mesmo.
Na própria terra da boquirrota Tebet, ela teve, no primeiro turno da disputa presidencial, apenas 79 mil votos. Números suficientes, no máximo, para eleger-se deputada federal.
Não se pode negar a Tebet a melancólica façanha de desunir e desestruturar o partido dela, o MDB, no país todo. Esfacelou a agremiação política outrora acostumada a históricas conquistas democráticas e eleitorais. No frigir dos ovos, caso Lula vença o pleito, Simone vai conseguir o que planejou, detalhe por detalhe, desde o início da campanha – um cargo no governo.
EM BUSCA DO HEXA – O comando da CBF não deixa faltar nada a seleção brasileira. Valem todos os esforços em busca do sonhado hexa, no Catar. A entidade tem gestão competente. A CBF conta agora com 16 patrocinadores. O Papa Francisco abençoou os atletas brasileiros. ecebeu do presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, uma camisa autografada da seleção, com o nome Francisco.
Ednaldo não alonga a conversa quando o assunto é o substituto de técnico Tite, depois da Copa do Mundo. Não cita nomes, mas são bem cotados Fernando Diniz, do Fluminense, Dorival Junior, do Flamengo e o português Abel Ferreira, do Palmeiras. Há quem leve fé que Diniz e Dorival poderiam trabalhar juntos.
ARITMETICAMENTE – Cara jornalista Ana Maria Campos, um pequeno engano em seu artigo. Não se trata de “matemática do coeficiente eleitoral”, mas, sim, da “aritmética do coeficiente eleitoral”( Eixo Capital- Correio Braziliense -7/10). O título do box também equivocado: Não é “Derrota na matemática”, o correto seria “Derrota na aritmética”.
Matemática é a ciência dos números. Mas quem cuida deles, explica, anuncia, informa, é a aritmética, dividindo, somando ou multiplicando. A falha é comum e tornou-se vício de linguagem.
No futebol, sobretudo agora, na reta final do Brasileirão, nas duas séries, e na política, no segundo turno. É um tal de matematicamente irritante e incontrolável, quando todos profissionais, analistas, repórteres, comentaristas e colunistas deveriam abraçar, adotar e usar de vez e finalmente, a aritmética. Tentem, aceitem, não tira o pedaço. Fique bem, Limongi.