Pequim tem aumentado as ações militares perto da ilha
O governo de Taiwan informou, nesta quarta-feira (31), que exercerá seu direito de autodefesa e contra-ataque se as Forças Armadas chinesas entrarem no território, no momento em que Pequim aumenta as ações militares perto da ilha.
Pequim, que reivindica Taiwan como seu território contra fortes objeções do governo em Taipé, tem realizado exercícios militares ao redor da ilha este mês, em reação a uma visita da presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi.
Autoridades de defesa de Taiwan disseram que as patrulhas militares da China perto de Taiwan continuam e que a intenção de Pequim, de transformar o Estreito de Taiwan que separa os dois lados em seu "mar interior", é a principal fonte de instabilidade na região.
"Para aeronaves e navios que entrarem em nosso território marítimo e aéreo, o Exército Nacional exercerá o direito de autodefesa e contra-ataque sem exceção", disse Lin Wen-Huang, vice-chefe do Estado-Maior Geral de Operações e Planejamento, em entrevista.
Taiwan tem reclamado de drones chineses voando repetidamente perto de seus pequenos grupos de ilhas, perto da costa da China.
Os militares exercerão o mesmo direito de contra-atacar os drones chineses que não atenderem aos avisos para deixar o território, depois de representar ameaças, acrescentou Lin.
Taiwan disparou nessa terça-feira (30), pela primeira vez, tiros de advertência contra um drone chinês, logo após a presidente Tsai Ing-wen determinar que os militares de Taiwan tomassem "fortes contramedidas" contra o que chamou de provocações chinesas.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, reiterou a posição chinesa de que Taiwan pertence a ela.
"Em primeiro lugar, preciso dizer a vocês que Taiwan é uma província da China, não tem o chamado Ministério da Defesa. As autoridades de Taiwan estão atuando com nervosismo, isso não tem sentido", afirmou.
Agência Brasil / Diário de São Paulo