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quinta-feira, setembro 08, 2022

Ministério Público acorda do sono profundo e descobre que existem fraudes nas pesquisas

Publicado em 8 de setembro de 2022 por Tribuna da Internet

Se você confia em pesquisa eleitoral, não perca tempo por aqui, estamos  ocupados demais… - Flávio Chaves

Charge do Tiago Recchia (Arquivo Google)

Carlos Newton

Somente agora, na reta final das eleições, o Ministério Público Federal enfim acordou de seu sono letárgico e descobriu que as pesquisas eleitorais são uma iniciativa que possibilita fraudes absurdas, praticadas dentro da lei. O excelente repórter Rayanderson Guerra, apurou esse escândalo para o Estadão, mas sua importante matéria passou meio despercebida em meio às notícias sobre o Sete de Setembro.

A reportagem mostra que a atual legislação permite que os tais institutos de pesquisa não revelem de onde veio dinheiro para pagar as sondagens eleitorais. Basta informar que o levantamento está sendo feito sem patrocinador, vejam bem até onde vai a desfaçatez dessa gente,

VÉU DA CORTINA – O repórter Rayanderson levantou o véu dessa cortina que esconde os bastidores da política brasileira, com o número de pesquisas eleitorais aumentando significativamente em 2022. Ao mesmo tempo, as sondagens viraram alvo de crescentes questionamentos judiciais.

De 1º de janeiro a 30 de agosto de 2022, o volume de processos em todo o País saltou 582% na comparação com o mesmo período de 2018, mostra levantamento feito pelo Estadão em Tribunais Regionais e no Tribunal Superior Eleitoral.

Um dos casos mais escabrosos envolve o estatístico Augusto da Silva Rocha, do Instituto Ranking Brasil, que foi denunciado pelo procurador regional eleitoral Pedro Gabriel Siqueira Gonçalves, do Mato Grosso do Sul,

CAIXA DOIS – Em parecer enviado ao juiz eleitoral Alexandre Branco Pucci, o procurador sustenta que a prática de os institutos “custearem” os próprios levantamentos pode mascarar caixa 2, e essas pesquisas autofinanciadas hoje representam quase 2/3 das que são registradas no TSE

Se alegar que usa recursos próprios, o instituto não precisa apresentar nota fiscal, tampouco prestar contas sobre a origem do dinheiro das pesquisas, configurando assim caixa 2 eleitoral, segundo o procurador Branco Pucci.

Recordista em sondagens eleitorais nas duas últimas eleições, o estatístico Augusto da Silva Rocha é investigado por suspeita de manipular levantamentos em diferentes campanhas nos últimos anos. Também enfrenta apurações no Conselho Federal de Estatística.

BATENDO RECORDE – Rocha foi o profissional que liderou o maior número de levantamentos financiados pelos próprios institutos desde 2018 no País. Somente em 2022, tem sob sua responsabilidade 62 trabalhos com essa modalidade de financiamento. Sua defesa nega que ele tenha cometido irregularidades, é claro.

Bem, isso é apenas a ponta do iceberg. As pesquisas com patrocinador, feitas por institutos mais conhecidos, também não sofrem a menor fiscalização, embora sejam indutoras da opinião pública, porque a grande maioria dos eleitores sempre tende a votar nos dois candidatos favoritos, a pretexto de “não perder o voto”.

Infelizmente, esta é a nossa realidade. Em toda eleição, os eleitores são movidos pelas pesquisas e  não escolhem os candidatos que acham melhores, preferindo aqueles que têm mais chance de vencer, que invariavelmente são os piores, como é o caso agora de Lula e Bolsonaro.

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P.S. –
 É por isso que a estatística é considerada a arte de torturar os números até que eles confessem os resultados que almejamos. E como não é crime fazer essas pesquisas claramente fraudadas e nenhum desses “estatísticos” pega cadeia por essa prática amoral, a situação jamais mudará, enquanto não chegarmos a ser uma civilização. Até lá, teremos de ser governados quase sempre pelos piores(C.N.)

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