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sábado, setembro 03, 2022

Contradição do destino! Militares inventaram Lula como líder e agora não o aceitam mais…


Emissários de Lula sondam Exército sobre reação a possível vitória

Militares inventaram Lula e agora têm de aturá-lo novamente

Carlos Newton

A pedido do jornalista, poeta e compositor Paulo Peres, há poucos dias republicamos aqui na Tribuna da Internet um importantíssimo artigo de Antonio Santos Aquino, mostrando que Lula da Silva é um líder artificial, criado pelo regime militar para dividir os trabalhadores e impedir que Leonel Brizola chegasse ao poder.

No artigo, Aquino relata que o então jovem sindicalista foi indicado aos militares pelos irmãos Villares, empresários do ramo metalúrgico, que o apresentaram como liderança trabalhista confiável. Desde então Lula passou a ser protegido pelo general Golbery do Couto e Silva, ideólogo da revolução de 1964.

UM ANTI-BRIZOLA – Lula foi preparado para se contrapor a Leonel Brizola, que voltaria do exílio depois de 15 anos e ainda metia medo aos militares com a tal “República Sindicalista”, que na verdade nunca existiu e jamais foi cogitada pelos trabalhistas brasileiros.

Assim, Lula serviu de agente duplo para o regime militar, uma espécie de Cabo Anselmo que deu certo. Nos anos 80, com a criação do PT, tornou-se o maior líder dos trabalhadores da nova geração. E não somente evitou a vitória de Brizola, como acabou se transformando no mais importante político brasileiro, praticamente imbatível na urnas, coisa que Golbery jamais imaginaria.

Mas Lula era uma fraude, enriqueceu ilicitamente junto com os filhos e acabou comandando o maior esquema de corrupção do mundo. Foi condenado em três instâncias, mas acabou se livrando graças a um golpe jurídico do Supremo e mais uma vez é favorito na disputa presidencial.

UM CAPITÃO REBELDE – A trajetória do capitão Jair Bolsonaro foi muito diferente. Por se rebelar contra os baixos soldos no fim da ditadura, tornou-se líder dos militares, policiais e bombeiros, que eram por ele representados na Câmara Federal.

Em 2016, quando sentiu o clima de antipetismo, Bolsonaro resolveu se candidatar a presidente e procurou o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, que gostou da ideia e apoiou a aventura do capitão, já recentemente filiado a um partido evangélico e até batizado no Rio Jordão, para atrair os votos dos pentecostais.

Em alguns aspectos, Bolsonaro não é diferente de Lula. Ambos são limitados intelectualmente e enriqueceram através de atividades ilícitas, pois não há como explicar o vultoso patrimônio amealhado pelos dois.

A NOVA REALIDADE – Quatro anos depois da estrondosa vitória de Bolsonaro, as Forças Armadas vivem uma nova realidade. O governo do capitão encheu de militares o Ministério e os escalões inferiores, algo que nem acontecera na ditadura, e mesmo assim não deu certo.

Espertamente, Bolsonaro protegeu os militares ao máximo, com altos salários e gratificações, privilégios na aposentadoria e tudo o mais, porém o governo foi uma decepção interna e externa, porque Bolsonaro é um estorvo, não sabe se portar como presidente da República, tornou-se um personagem infantil, caricato e patético.

Agora os militares estão diante do problema que eles mesmos causaram, porque se trata de uma eleição forçadamente polarizada entre dois líderes criados pelas Forças Armadas. Não querem que Lula volte ao poder, preferem que o destrambelhado Bolsonaro continue, mas nada podem fazer, dentro das quatro linhas.

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P.S. –
 Para civis e militares, o ideal é que algum candidato da terceira via chegue ao poder. Qualquer um deles é melhor do que Lula e Bolsonaro, dois perdidos numa política suja, como diria o genial dramaturgo e ator Plínio Marcos. Mas o fato concreto é que a eleição será mesmo decidida entre Lula e Bolsonaro, porque a terceira via é movida pela vaidade e não aceita se compor em torno de Ciro Gomes, o candidato com melhores perspectivas. Mas quem se interessa? (C.N.)

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