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quarta-feira, maio 04, 2022

Boicote do Itamaraty faz TSE retirar convite à União Europeia para acompanhar eleições


Charge do Zé Dassilva: urna eletrônica nos holofotes | NSC Total

Charge do Zé Dassilva (NSC Total)

José Carlos Werneck

A jornalista Andréia Sadi publicou em seu Blog no G1 que o Tribunal Superior Eleitoral negociava um convite para uma missão da União Europeia atuar como observadora nas eleições brasileiras deste ano. Houve, inclusive, conversas para alinhar os interesses, mas, sem apoio do Ministério do Exterior, responsável por cuidar dos interesses do país com outros governos, o tribunal teve de recuar.

O texto diz, ainda, que ministros do TSE se mostraram surpreendidos com o posicionamento e acham que o presidente Jair Bolsonaro não quer integrantes da União Europeia no Brasil.

OBSERVADORES – Mas outras missões internacionais virão para acompanhar a eleição, como as da Organização dos Estados Americanos , do Parlamento do Mercosul (Parlasul) e da Rede Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

A jornalista informa que, sobre a União Europeia, a Justiça Eleitoral confirma ter feito reuniões, mas que “o diálogo não prosperou” e “constatou que não estavam presentes todas as condições necessárias para viabilizar uma missão integral de observação eleitoral”.

“Nos próximos meses, se for verificada a necessidade e o interesse de ambos os lados, poderá haver uma participação mais reduzida e de caráter técnico de membros da União Europeia no período eleitoral”.

HÁ OBJEÇÕES – Seria a primeira vez que a União Europeia participaria como observador na eleição em que Bolsonaro busca sua reeleição. O Itamaraty diz haver “objeções” para não apoiar um convite oficial do Tribunal Superior Eleitoral à União Europeia.

Após ser divulgado que os europeus poderiam enviar uma missão ao país, o Ministério das Relações Exteriores fez críticas ao convite, ao dizer que o Brasil nunca teve eleições “avaliadas por uma organização internacional da qual não é membro”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – 
A quem interessa essa atitude isolacionista? A má vontade do Itamaraty pode ser chamada de servilismo. 
E a jornalista Ana Flor, da Globonews, informa que o comando do TSE não desistiu, e vai trazer observadores de outro países, inclusive europeus. (C.N.)

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