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sábado, março 05, 2022

Líder do governo tenta escapar de investigação insinuando que houve interferência de Moro

Publicado em 5 de março de 2022 por Tribuna da Internet

Imagem analisada visualmente

Barros está de olho no delegado que o acusa de corrupção

João Pedroso de Campos
Veja

O líder do governo Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), não se deu por vencido depois de o ministro Alexandre de Moraes negar seu pedido para afastar um delegado da Polícia Federal de uma investigação. O parlamentar não se deu por vencido depois de o ministro Alexandre de Moraes negar seu pedido para afastar um delegado da Polícia Federal da investigação que mira sua gestão no Ministério da Saúde, entre 2016 e 2018.

Barros teme ser preso pela Operação Pés de Barro, que investiga prejuízos milionários à pasta na compra de medicamentos de alto custo.

SEM IMPARCIALIDADE – Em um pedido de reconsideração a Moraes, os advogados de Barros continuam a afirmar que o investigador não tem imparcialidade para tocar a apuração contra o líder do governo. A tentativa do aliado do presidente Jair Bolsonaro de derrubar o delegado foi revelada por Veja há duas semanas.

Com base em um depoimento do deputado Luís Miranda (União Brasil-DF), desafeto de Ricardo Barros, a defesa insiste no relato de que o delegado José Augusto Versiani externou intenção de prender Barros.

No pedido, além disso, os advogados tiraram da cartola um novo argumento para tentar afastar o delegado: ligá-lo ao ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos, apontado na petição como “adversário político” de Ricardo Barros.

DATA DA NOMEAÇÃO – A defesa de Barros lembra que Moro foi o responsável pela nomeação do delegado quando era titular da pasta. A cessão ao órgão do ministério foi assinada por um subordinado do ex-ministro, em 4 de janeiro de 2019. Com base nisso, os advogados dizem haver uma “ligação de confiança” entre Moro e Versiani.

 “O fato trazido à baila só reforça a argumentação expendida na exordial, qual seja, a autoridade coatora, com todas as vênias, parece estar inserida em um circuito de laços e relações profissionais que acabam tendo como pano de fundo o fortalecimento do projeto político do ex-juiz, ex-ministro da justiça, e atual pré-candidato (fato público e notório) à presidência da República, Sérgio Fernando Moro”, diz a defesa de Barros.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O argumento é ridículo, mas está na moda na Justiça fazer denúncia de que o juiz foi parcial. Mas é justificativa do tipo vacina – às vezes pega, e em outras vezes não pega. O fato é que Bolsonaro, que já disse suspeitar dos “rolos” de Ricardo Barros, não moveu uma palha para afastar o delegado federal. E este é o fato que sobressai em mais um rumoroso caso de corrupção(C.N.)

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