Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

quarta-feira, março 02, 2022

Ataques a mísseis deixam mortos e feridos nas duas maiores cidades da Ucrânia; veja os últimos acontecimentos da guerra




Ataque à maior torre de TV da capital ucraniana.

Cinco pessoas morreram em um ataque das forças militares da Rússia a uma torre de TV em Kiev na terça-feira (1/3), sexto dia da invasão russa no país.

A estrutura fica próxima de um memorial do Holocausto em homenagem às vítimas do Babi Yar, um dos maiores massacres de judeus na Segunda Guerra.

"Qual é a razão de escrever 'nunca de novo' por 80 anos se o mundo permanece em silêncio quando uma bomba cai no mesmo lugar de Babi Yar? Ao menos cinco mortos. A história se repete", escreveu o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no Twitter.

A capital permanece nas mãos da Ucrânia, mas segue sendo duramente atacada, enquanto um enorme comboio militar russo, de 64 km de extensão, avança lentamente em direção à cidade.

O comboio está neste momento a cerca de 30 km de distância.

Na tarde de terça-feira, a Rússia alertou que realizará ataques a sedes dos serviços de segurança em Kiev para "evitar ataques de informação contra a Rússia" e disse que civis devem evacuar esses locais.

Confira a seguir os acontecimentos mais recentes e importantes da guerra.

'O centro de Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, foi alvo de ataque a míssil na manhã de terça-feira. Um prédio do governo regional, localizado no coração da Praça da Liberdade, foi atingido pela explosão'.

Ao menos 10 pessoas morreram e 35 ficaram feridas, segundo as autoridades locais.

Na foto abaixo, é possível ver os socorristas removendo os destroços do edifício atingido. Ppessoas foram retiradas dos escombros, de acordo com o Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia.

'Equipes de resgate fazem buscas nos escombros dos prédiso após o ataque'

Um teatro e uma sala de concertos, ambos localizados na Praça da Liberdade de Kharkiv, também foram atingidos por mísseis e foguetes russos.

A Praça da Liberdade é a segunda maior localizada no centro de uma cidade na Europa e é considerada um marco da cidade.

Kharkiv tem sido fortemente bombardeada há dias, e 16 pessoas foram mortas antes do ataque de terça-feira, disse Zelensky.

O presidente da Ucrânia classificou os ataques à cidade como "terrorismo de Estado".

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia tuitou um vídeo da explosão na Praça da Liberdade (veja abaixo) e acusou o presidente russo, Vladimir Putin, de crimes de guerra.

Moradores da cidade disseram à BBC que estão com muito medo de saírem de seus bunkers ou casas.Os trens de evacuação estão circulando, mas as informações são escassas, e nem todos podem chegar à estação com segurança.

Ataques a outras cidades ucranianas

O Pentágono disse que os russos ainda não tomaram a cidade portuária de Mariupol, considerada estratégica. No entanto, conquistaram o controle da cidade portuária de Berdyansk e Melitopol mais a oeste.

Nas redes sociais, vídeos que foram checados pela BBC mostram prédios residenciais destruídos na cidade de Borodyanka, a noroeste de Kiev.

Em um trecho, um homem fala: "Não há tropas aqui, apenas moradores comuns de Borodyanka - avós, avôs, crianças. As pessoas estão se abrigando nos sótãos".

O vídeo abaixo mostra um parquinho para crianças enquanto uma testemunha diz que de três a quatro bombas foram lançadas de um avião.

Há relatos ainda de que o centro regional de Kherson, no sul da Ucrânia, está cercado por tropas russas.

A cidade, localizada perto da Crimeia, controlada por Moscou, foi alvo de um ataque terrestre no início da terça-feira, de acordo com testemunhas.

"A cidade está realmente cercada, há muitos soldados russos e equipamentos militares por todos os lados, eles montaram postos de controle nas saídas", disse a jornalista Alena Panina, de Kherson, à emissora nacional Ukraine 24.

As autoridades ucranianas confirmaram também que pelo menos 70 soldados foram mortos no domingo (27/2) em um ataque russo à base militar de Okhtyrka, na região de Sumy, que está atualmente sob cerco das tropas russas.

A foto abaixo foi compartilhada pela autoridade local da região de Sumy, Dmytro Zhyvytskyi. E mostra os esforços dos socorristas tentando encontrar sobreviventes em meio aos escombros.

'Equipes de resgate procuram sobreviventes em meio aos escombros na base militar de Okhtyrka'

Zelensky: 'Não podemos lidar com isso sozinhos'

A partir de um bunker na capital, Volodymyr Zelensky deu entrevistas à rede de televisão americana CNN e à agência de notícias Reuters.

Ele afirmou ser preciso que os ataques russos sejam interrompidos para que as negociações de cessar-fogo avancem de fato.

Zelensky disse que "a Ucrânia lutará mais forte do que qualquer um", mas que não pode administrar a guerra contra a Rússia por conta própria.

O presidente ucraniano, que emergiu como uma figura símbolo da defesa do país, disse que as negociações de cessar-fogo só poderiam ser levadas a sério se os combates parassem primeiro.

"Se você fizer isso, e ambos os lados fizerem isso, significa que eles [Rússia] estão prontos para a paz", disse ele.

"Se eles não estiverem prontos [sic], significa que você está apenas perdendo tempo. Vamos ver [se eles estão prontos]."

'Volodymyr Zelensky falou a veículos de mídia ocidentais'

Presidente ucraniano é ovacionado no Parlamento europeu

Zelensky falou ao Parlamento europeu por teleconferência e reforçou o pedido para que a Ucrânia se torne membro da União Europeia (UE).

"Nestes últimos dias, não sei mais como cumprimentar as pessoas. Não posso dizer bom dia ou boa noite, porque para alguns este é o último dia", disse ele.

"Estamos tendo que enfrentar a dura realidade, as pessoas estão morrendo todos os dias. Acho que hoje essas vidas estão sendo sacrificadas por valores, direitos, liberdade e igualdade dos quais você se beneficia."

"A opção europeia da Ucrânia é o caminho em que estamos nos empenhando hoje. Eu gostaria de ouvir de vocês que a escolha da Ucrânia também é sua."

"A UE será muito mais forte conosco. Mostramos nossa força e que somos iguais. Vocês podem nos provar que estão do nosso lado, que não vão desistir de nós."

O presidente ucraniano foi aplaudido de pé pelos presentes.

'Zelensky falou ao Parlamento europeu por teleconferência'

Pentágono: 'Forças russas avançam mais lentamente do que planejado'

Autoridades de Defesa dos Estados Unidos disseram que a operação da Rússia avançou muito mais lentamente do que o planejado e, agora, enfrenta escassez de suprimentos.

"Eles estão ficando literalmente sem combustível e começando a ficar sem comida para suas tropas", disse um funcionário à agência de notícias AFP.

O funcionário também disse que há sinais de problemas na moral da força russa, que conta com um grande número de soldados recrutados.

"Nem todos eles estavam aparentemente totalmente treinados e preparados, ou mesmo cientes de que seriam enviados para uma operação de combate."

O Pentágono disse que as forças russas ainda não assumiram o controle dos céus da Ucrânia depois de seis dias, nem atingiram alvos importantes, como Kharkiv ou Mariupol.

O Pentágono acrescentou que:

    A Rússia lançou cerca de 400 mísseis, mas o sistema de defesa antimísseis ucraniano continua funcionando;

    Lançadores que poderiam ser usados para armas termobáricas foram vistos dentro da Ucrânia, mas a inteligência dos EUA não pode confirmar se alguma arma termobárica está no país;

    Cerca de 80% das tropas russas que cercaram a Ucrânia estão agora dentro do país.

Presidentes da Ucrânia e EUA conversam por telefone

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou por meia hora com Zelensky por telefone sobre a invasão russa.

Os dois discutiram sanções contra a Rússia e assistência militar à Ucrânia, disse Zelensky em um tuíte.

O presidente americano também tuitou sobre a ligação.

Diplomatas boicotam ministro russo na ONU

Durante reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, mais de cem diplomatas de 40 países abandonaram a sessão quando o chanceler russo, Sergei Lavrov, discursava por teleconferência.

O boicote foi um protesto contra a guerra travada por Moscou. O representante do Brasil permaneceu no plenário.

Na mesma reunião, o secretário norte-americano de Estado, Antony Blinken, questionou a participação russa no conselho.

"Alguém pode razoavelmente questionar se um Estado-membro da ONU que tenta invadir outro Estado-membro - enquanto comete abusos de direitos humanos e causa grande sofrimento humanitário - deve ter direito de permanecer nesses conselho."

Belarus não vai se juntar à invasão, diz Lushenko

O presidente da Belarus, Alexander Lukashenko, disse à mídia estatal que suas forças não se juntarão às tropas russas na invasão da Ucrânia.

Lukashenko, que é um aliado do presidente russo, disse que o "Exército bielorrusso não está participando de uma ação militar, e nunca o fez".

"Podemos provar isso para qualquer um. Mais do que isso, a liderança russa nunca levantou essa questão conosco - nosso envolvimento no conflito armado. E não pretendemos participar dessa operação especial na Ucrânia no futuro. Não há necessidade disso."

Na segunda-feira (28/2), surgiram temores de que Lukashenko estava se preparando para enviar uma força militar para se juntar ao ataque.

Um porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Ned Price, disse que a Rússia "zombou" da soberania da Belarus ao lançar sua invasão da Ucrânia a partir do território bielorrusso.

Reino Unido anuncia sanções contra Belarus

O Reino Unido está impondo sanções à Belarus, anunciou o governo britânico.

A secretária de Relações Exteriores, Liz Truss, disse que as sanções estão sendo lançadas contra indivíduos e organizações por causa do papel que o país está desempenhando na invasão da Ucrânia.

"O regime de Lukashenko ajuda ativamente e é cúmplice da invasão ilegal da Rússia e sentirá as consequências econômicas de seu apoio a Putin", disse Truss.

Mais de 660 mil ucranianos já fugiram do país

A agência de refugiados da ONU diz que mais de 660 mil pessoas - a maioria delas mulheres e crianças - deixaram a Ucrânia desde o início da guerra.

Shabia Mantoo, porta-voz da agência, disse que há relatos de pessoas esperando até 60 horas para entrar na Polônia, enquanto as filas na fronteira romena chegam a 20 km.

FIA decide que pilotos russos continuarão a competir

O órgão regulador do automobilismo, a FIA, decidiu que os pilotos russos podem continuar a competir em eventos globais, embora não sob a bandeira russa.

O mesmo se aplica aos pilotos bielorrussos devido ao apoio de Minsk à invasão da Ucrânia.

A decisão permitirá que o piloto russo Nikita Mazepin corra na F1 nesta temporada com a equipe Haas.

Os competidores dos dois países hastearão uma bandeira neutra e devem assumir "compromisso específico e adesão aos princípios de paz e neutralidade política da FIA, até novo aviso", disse o órgão.

A FIA também anunciou que cancelaria o próximo evento da Intercontinental Drifting Cup que seria realizado em Sochi, na Rússia, neste verão.

Ucrânia vai vender 'títulos de guerra' para financiar Forças Armadas

O governo da Ucrânia disse que planeja vender títulos para financiar suas Forças Armadas, enquanto elas defendem o país da invasão russa.

Pelo Twitter, o Ministério das Finanças da Ucrânia informou que cada título de um ano teria um valor nominal de 1.000 hryvnias, moeda local (cerca de R$ 172) e que a taxa de juros oferecida aos investidores seria "determinada no leilão".

"Os rendimentos dos títulos serão usados ​​para atender às necessidades das Forças Armadas da Ucrânia", acrescentou.

ONU deve votar resolução em reunião de emergência

Diplomatas esperam para a quarta-feira uma votação de um projeto de resolução das Nações Unidas a respeito da guerra.

As negociações ocorrem meio a uma reunião de emergência da Assembleia Geral que foi convocada pelo Conselho de Segurança da ONU.

'ONU deve votar resolução sobre guerra na Ucrânia'

O encontro, que começou na segunda-feira (28/2), reúne seus 193 países-membros.

Esta é apenas a 11ª sessão especial de emergência da Assembleia Geral da ONU desde a primeira, em 1956. A natureza rara desta reunião ressalta a enorme preocupação em torno desta crise.

A expectativa é que a resolução seja aprovada, embora ela tenha um valor mais simbólico porque as medidas previstas por ela não serão vinculativas.

BBC Brasil

Em destaque

Denúncia em Jeremoabo: Suspeita de Desvio de Recursos da Lei Aldir Blanc Durante Gestão Anterior

       Foto Divulgação -  Denúncia em Jeremoabo: Suspeita de Desvio de Recursos da Lei Aldir Blanc Durante Gestão Anterior Nesta terça-feira...

Mais visitadas