Publicado em 4 de março de 2022 por Tribuna da Internet
Rosanne D’Agostino
G1 Brasília
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta quinta-feira (3) alterações em resoluções para as eleições 2022, entre elas a que amplia o percentual de urnas eletrônicas a serem auditadas antes do pleito. Pelo texto aprovado, a quantidade de urnas submetidas à auditoria dos sistemas eleitorais durante a cerimônia de preparação dos aparelhos será de no mínimo 3% e no máximo 6% das urnas preparadas para cada zona eleitoral.
O TSE ainda não informou quantas urnas eletrônicas serão usadas nas eleições de 2022. Nas eleições de 2020, foram cerca de 450 mil
NO SOFTWARE – A escolha dos aparelhos a serem auditados é aleatória e feita pelos representantes das entidades fiscalizadoras. Essa auditoria é realizada no software da urna. São vários programas de verificação, que podem ser pedidas pelos partidos políticos, pelo Ministério Público e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por exemplo.
A resolução também passa a prever transmissão ao vivo do procedimento, preferencialmente no canal oficial de cada TRE no YouTube.
Na cerimônia de preparação, as urnas são configuradas para as seções eleitorais, primeiro com a inserção do cartão de memória, contendo as informações de candidatos, cargos e os eleitores que votam na seção. Em seguida, é realizado o teste da urna para verificar se os dispositivos estão funcionando corretamente.
BOLETINS – Outro ajuste aprovado com o objetivo de ampliar a transparência e o acesso à informação na etapa de totalização dos votos diminuiu o prazo de disponibilização dos Boletins de Urna no portal do TSE.
Antes, o material era compartilhado em até três dias após o encerramento da totalização. Agora, os boletins e as tabelas ficarão acessíveis para o público ao longo de todo o período de recebimento dos dados pelo tribunal.
O TSE também aprovou a inclusão do novo prazo de registro das federações para 31 de maio, para respeitar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É o chamado Efeito Bolsonaro. Quanto mais ameaças o presidente faz ao sistema de urnas eletrônicas, mas aumentam as salvaguardas. De toda forma, a situação é estranha. O Congresso aprovou o voto com comprovante impresso para ser usado a partir de 2014. O Supremo brecou esta lei e “decidiu” que a adoção seria em 2018, mas não aconteceu nada. Já estamos em 2022 e tudo continua como antes. Aí Bolsonaro reclama, e os ministros do Supremo e do TSE fazem beicinho, para imitar o Gilmar Mendes. Quem aguenta uma palhaçada dessas? (C.N.)