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Qual
o valor do conhecimento?
Quando Dedé Montalvão
ou eu escrevemos sobre algo que aprendemos como sendo errado, surge uma
infinidade de “não
é bem assim”, seguido de uma lista de erros alheios, ora! Como
podemos corrigir nossos próprios erros se vivemos e nos fundamentamos em
comparativos com a vida alheia, onde fica a consciência de cada um? Sendo uma “Maria vai com
as outras” por não ter vontade própria, não sendo capaz de analisar
e julgar seus próprios atos.
Habitualmente Dedé os
chama de “desaculturados”, eu os
classifico como “hipócritas”, pois
esquecem esses, como já dito por alguém: não
é a água que cerca o navio que o faz afundar, mas a água que passa a fazer
parte do seu interior, isso nos leva a refletir sobre a origem dos males,
quando percebemos que esses, enquanto ao nosso redor, apenas nos lembram de sua
existência e que ali estão, mas quando passam a conviver conosco e ser parte do
nosso dia a dia, aí realmente o problema se tornou fato, que em menor ou maior
proporção, a qualquer momento se manifestará.
Desaculturado - diz-se
daquele que não possui ou ao qual não foi introduzida a cultura, educação, os
bons modos; sem cultura, inculto. Sem educação, sem modos, sem costumes.
Hipócrita - que ou aquele que demonstra uma coisa, quando sente ou pensa outra, que
dissimula sua verdadeira personalidade e afeta, quase sempre por motivos
interesseiros ou por medo de assumir sua verdadeira natureza, qualidades ou
sentimentos que não possui; fingido, falso, simulado.
Não importa se vistos
como “desaculturados
ou hipócritas”, o adjetivo apenas os rotula, enquanto que a parte
grave está na sua curta visão entre o legal e ilegal, o certo e o errado, o
mérito e a bajulação, o conhecimento da verdade e a análise do seu particular
entendimento, mesmo quando a sua consciência lhe grita em sentido contrário.
Vemos assim, que por analogia já podemos compara-los a água que penetrou no
navio, deixou de ser o fluído que o faz flutuar para se tornar no peso que
ajudará a fundar, esse é o resultado obtido por aqueles que se deixam levar por
aculturados ou hipócritas.
Tal manifestação não
é atribuída a esse(a) ou aquele(a), pois não estamos aqui para sermos palmatoria
do mundo, não, não é o que aqui buscamos, mas tão somente esperar que um jovem
possa ler e fazer uma interpretação do que ora estamos a escrever, não que
estejamos a nos apresentar como detentores do saber, mas tão simplesmente como
pessoas que sobre os ombros, já carregam o aprendizado e uma criança, de um
jovem, de um adulto e hoje, vive a fase que é atribuída aos idosos, e é nesta
que está a sabedoria, pois as bravatas da juventudes já não tem lugar, nem a
arrogância inicial da vida adulta, muito menos o agir sem pensar da criança.
A vida não nos torna
grandes pelos bens que venhamos a possuir, mas por aquilo que tenhamos
aprendido e venhamos a ensinar, servindo de base para o aprendizado e melhoria
de outrem.
J. M. VARJÃO
DEDÉ MONTALVÃO
EM, 06/02/2019