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terça-feira, maio 03, 2011

Íntegra: Obama anuncia a morte de Bin Laden

Boa noite. Hoje, eu posso informar ao povo americano e ao mundo que os Estados Unidos realizaram uma operação que matou Osama bin Lader, o líder da al Qaeda e terrorista responsável pela morte de milhares de homens, mulheres e crianças inocentes.

Foi há quase dez anos que o pior ataque já desferido contra o povo americano tornou sombrio um ensolarado dia de setembro. As imagens de 11 de setembro estão gravadas na memória nacional – aviões sequestrados cortando um céu de setembro sem nuvens; as torres gêmeas indo ao chão; o Pentágono envolto em fumaça negra; os destroços do voo 93 em Shanksville, Pensilvânia, onde a ação de cidadãos heróicos evitou ainda mais desgosto e destruição.

E mesmo assim sabemos que as piores imagens não chegaram a ser exibidas para o mundo. A cadeira vazia na mesa de jantar. Crianças obrigadas a crescer sem a mãe ou o pai. Pais que jamais conhecerão o sentimento de abraçar os seus filhos. Perto de 3 mil cidadãos tomados de nós, deixando um imenso buraco em nossos corações.

Em 11 de setembro de 2001, no nosso momento de dor, o povo americano se uniu. Nós oferecemos as mãos a nossos vizinhos, oferecemos o nosso sangue aos vizinhos. Reafirmamos nossos laços comuns e nosso amor pela comunidade e pelo país. Naquele dia, sem importar de onde viéssemos, para que Deus orássemos, ou de qual raça ou etnia fôssemos, nos unimos como uma única família americana.

Nós também nos unimos na resolução de proteger nossa nação e de fazer justiça com aqueles que cometeram esse ataque doentio. Verificamos rapidamente que os ataques de nove de setembro foram feitos pela al Qaeda, uma organização chefiada por Osama Bin Lada que abriu guerra declarada contra os Estados Unidos e estava empenhada em matar inocentes no nosso país e ao redor do globo. E assim fomos a guerra contra a al Qaeda para proteger nossos cidadãos, nossos amigos e nossos aliados.

Ao longo dos últimos dez anos, graças ao trabalho incansável e heroico de nossos militares e profissionais antiterroristas, alcançamos grandes avanços nesse esforço. Evitamos ataques terroristas e fortalecemos a nossa defesa interna. No Afeganistão, removemos do poder o governo talibã, que havia dado a Bin Laden e ao al Qaeda refúgio e suporte. E em todo o mundo trabalhamos com os nossos amigos e aliados para capturar ou matar os terroristas, incluindo vários que tomaram parte da ação de 11 de setembro.

Apsar disso, Osama bin Laden evitou a captura escapando pela fronteira afegã até o Paquistão. Enquanto isso, a al Qaeda continuou a operar através de seus integrantes espalhados pelo mundo.

Logo depois de tomar posse, eu determinei a Leon Panetta, o director da CIA, que tornasse a morte ou captura de Bin Laden a prioridade máxima da nossa guerra contra a al Qaeda, mesmo mantendo nossos esforços para romper, desmantelar e derrotar a sua rede.

Então, no ultimo mesmo de agosto, após anos de meticuloso trabalho da nossa comunidade de inteligência, eu fui informado sobre a possibilidade de chegar até bin Laden. Era algo ainda incerto, e levou meses para se materializar. Eu me encontrei reiteradamente com a minha equipe nacional de segurança e apuramos a informação sobre a possibilidade de localizar Bin Laden escondido num complexo residencial no interior do Paquistão. E finalmente, na semana passada, concluí que tínhamos informações suficientes para agir, e autorizei uma operação para capturar Osama bin Laden e levá-lo ante a Justiça.

Hoje, sob minha direção, os Estados Unidos lançaram uma operação contra aquele complexo em Abbottabad, Paquistão. Uma pequena equipe de americanos conduziu a operação com extraordinária coragem e capacidade. Nenhum americano se feriu. Eles tiveram o cuidado de evitar vítimas civis. Depois de um tiroteio, eles mataram Osama bin Laden e assumiram a custódia de seu corpo.

Por quase duas décadas, Bin Laden foi o líder e o símbolo da al Qaeda, e continuou a planejar ataques contra nosso país e nossos amigos e aliados. A morte de Bin Laden marcara o êxito mais significativo até o momento nos esforços de nosso país em derrotar a al Qaeda.

E ainda sua morte não marca o fim de nosso esforço. Não há dúvidas de que a al Qaeda continuará a tentar ataques contra nós. Devemos, e iremos, permanecer vigilantes em casa e no exterior.

Devemos também reafirmar que os Estados Unidos não estão – e nunca estarão – em guerra contra o Islã. Já esclarecemos, como o presidente Bush o fez logo depois do 11 de setembro, que nossa guerra não é contra o Islã. Bin Laden não era um líder muçulmano, ele era um assassino em massa de muçulmanos. De fato, a al Qaeda assassinou milhares de muçulmanos em vários países, incluindo o nosso. Por isso seu desaparecimento deve ser bem recebido por todos que acreditam na paz e na dignidade humanas.

Através dos anos, deixei claro repetidamente que adotaríamos uma ação no Paquistão se soubéssemos onde Bin Laden estava. Foi isso o que fizemos. Mas é importante notar que nossa cooperação antiterrorismo com o Paquistão nos ajudou a nos levar a Bin Laden e ao complexo onde ele se escondia. De fato, Bin Laden também declarou guerra contra o Paquistão e ordenou ataques contra o povo paquistanês.

Esta noite, liguei para o presidente Zardari, e minha equipe também falou com seus colegas paquistaneses. Eles concordaram que esse é um dia histórico para nossas nações. E agora é essencial que o Paquistão continue unido a nós na luta contra a al Qaeda e seus associados.

O povo americano não escolheu essa luta. Ela chegou até nós e começou com o assassinato sem sentido de nossos cidadãos. Depois de quase dez anos de trabalho, luta e de sacrifício, conhecemos bem os custos da guerra. Esses esforços pesam em mim toda vez que eu, enquanto comandante-em-chefe, tenho que assinar uma carta para uma família que perdeu um ente querido, ou olhar nos olhos de um militar que ficou gravemente ferido.

Os americanos compreendem os custos da guerra. Mas, como país, jamais toleraremos que nossa segurança seja ameaçada, nem ficaremos impassíveis quando nosso povo é assassinado. Seremos incansáveis na defesa de nossos cidadãos e nossos amigos e aliados. Seremos fiéis aos valores que fizeram de nós o que somos. E, em noites como esta, podemos dizer às famílias que perderam seus entes queridos para o terror da al Qaeda: a justiça foi feita.

Esta noite, agradecemos aos incontáveis profissionais da inteligência e antiterrorismo que trabalharam incansavelmente para alcançar essa vitória. O povo americano não pode ver seu trabalho, nem conhece seus nomes. Mas, nesta noite, eles sentem a satisfação com seu trabalho e com o resultado de sua busca de justiça.

Agradecemos aos homens que se encarregaram dessa operação, porque eles exemplificam o profissionalismo, o patriotismo e a coragem sem paralelo dessas pessoas que servem ao nosso país. E elas são parte de uma geração que suportou o maior peso disso desde aquele dia de setembro.

Finalmente, deixem-me dizer às famílias que perderam entes queridos em 11 de setembro de que nunca esqueceremos sua perda, nem fraquejaremos em nosso compromisso de fazer tudo que pudermos para prevenir outro ataque em nosso solo.

E nesta noite vamos nos lembrar da sensação de unidade que predominou em 11 de setembro. Eu sei que isso, às vezes, desgasta. Mas o êxito de hoje é um testamento da grandeza de nosso país e da determinação do povo americano.

A busca de segurança de nosso país não está completa. Mas, esta noite, mais uma vez lembramos que os Estados Unidos podem fazer tudo que se dispuser a fazer. Essa é a história de nossa história, seja na busca da prosperidade para nosso povo, ou na luta pela igualdade de todos os nossos cidadãos; nosso compromisso é lutar por nossos valores no exterior, e nosso sacrifício é fazer do mundo um lugar mais seguro.

Deixem-nos lembrar de que podemos fazer essas coisas não apenas por riqueza e poder, mas por causa do que somos: uma nação, sob um Deus, com liberdade e justiça para todos.

Obrigado. Que Deus abençoe vocês. E que Deus abençoe os Estados Unidos da América.

(Tradução por Sylvio Costa)

Fonte: Congressoemfoco

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