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quinta-feira, abril 01, 2010

Wagner e Otto concretizam casamento

Política
Wagner e Otto concretizam casamento
Publicada: 01/04/2010 01:14| Atualizada: 01/04/2010 00:13

Adriano Vilella

Mesmo com o atraso de quase duas horas, o governador Jaques Wagner marcou presença ontem, ao ato de filiação do ex-conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios, Otto Alencar, ao PP. A demora, contudo, valeu a pena para as lideranças políticas envolvidas. O evento, ocorrido na sede estadual do partido, serviu para selar a paz definitiva entre o partido e o governador, abalada há cerca de uma semana após o remanejamento da vaga progressista da chapa majoritária.

Fonte: Tribuna da Bahia

O presidente do PP, deputado Mário Negromonte, afirmou que houve equívocos tanto do partido como do governador e da parte de Otto, mas “está tudo sanado, tudo superado”. O distensionamento começou num primeiro encontro no domingo a noite. O consenso foi obtido na manhã de terça e chancelado publicamente ontem.

Jaques Wagner foi além. Admitiu que a mudança partiu dele, para equilibrar na chapa “novos” e “velhos” amigos, tanto na dupla que disputará a permanência no Palácio de Ondina – ele e Otto – como nos dois que concorrerão à vaga do Senado – Lídice da Mata (PSB), praticamente certa, e César Borges (PR), o mais provável. “Se algum erro houve, se houve algum ruído de comunicação, pode debitar na minha conta, que é verdade”, afirmou Wagner, que não perdeu a chance de elogiar o futuro companheiro de chapa.

“Otto é uma figura que agrega um potencial político muito grande”. Segundo o petista, que também elogiou o desempenho do PP no governo do estado - onde responde pelas secretarias da Agricultura e Infra-estrutura -, “tensão subiu, tensão desceu, e a boa tranquilidade fez a gente chegar a este momento”.

PP e PT são aliados desde o ano passado, e ficaram mais próximos após a saída do PMDB do governo baiano. Mário Negromonte não escondeu que o desejo do partido era o Senado, em razão dos planos nacionais dos progressistas de elegerem de quatro a seis senadores em todo o Brasil. Mas, em virtude dos problemas de saúde de Otto Alencar e do relacionamento com o governo Wagner, resolveu aceitar o pedido do gestor. “Como já éramos aliados e entramos nesta eleição para ganhar, aceitamos o acordo numa boa”. Uma das vertentes do acerto é uma possível coligação para proporcional entre as siglas. O assunto está em debate, mas ainda sem definição.

No evento, Otto Alencar também fez um discurso pacificador, ressaltando que nos 18 anos de atividade política antes de se tornar conselheiro do TCM, militou sempre no PL (hoje PR). Ele disse que pretende, neste novo momento, permanecer no PP. Reiterou que confia no projeto do governador e que abraça sua causa, fazendo afago inclusive numa das ações mais polêmicas.

“Sexta economia do país, com sua força política, a Bahia tem todas as condições de sonhar com a ponte Salvador-Itaparica”. Otto e Negromonte negaram que a indicação do sucessor do ex-conselheiro no TCM – o indicado é o técnico Plínio Carneiro Filho – fizesse parte do acordo com Wagner, hipotecando a ele toda a prerrogativa da escolha, que precisará de aval da Assembléia. Compareceram deputados federais, estaduais e outras lideranças do partido.

Conversa com Borges será hoje

Durante a solenidade na sede do PP, o governador Jaques Wagner confirmou que terá um encontro hoje com o senador César Borges (PR). Candidato à reeleição, o republicano não vê problemas no seu lugar na majoritária, embora notícias de bastidores dêem conta de ele que não gostaria de disputar o Senado ao lado Lídice da Mata (PSB), temendo a perda de votos. Porém, Wagner acredita que neste campo as coisas estão encaminhadas. O problema maior é na definição das alianças proporcionais. “Não acredito que se vá bater o martelo amanhã (hoje, no encontro com o senador do PR)”, admitiu.

Conhecido pela habilidade, o governador assegurou que vai exercitar sua paciência. Sequer reconheceu ter pressa no acordo, uma vez que as negociações propriamente ditas começaram há uma semana. Wagner recomendou também que seus aliados exercitem a paciência, pois acredita que as coligações proporcionais – cuja responsabilidade está nas mãos dos partidos - devam ter um equilíbrio entre os múltiplos interesses.

“A arte da política é criar a unidade dentro da diversidade”, filosofou. O petista fez coro à estratégia do presidente estadual do partido, Jonas Paulo, de ter como meta eleitoral a maioria das 63 cadeiras da Assembleia e das 39 vagas baianas da Câmara Federal. O governador confia na sua capacidade de transitar inclusive com adversários – ontem mesmo esteve em Feira de Santana, em ato com o prefeito Tarcízio Pimenta (DEM).

Na entrevista, porém, Wagner deixou escapar recados suficientemente diretos para bons entendedores. “Não sou um homem de imposições, sou um homem de decisões. No momento certo tomaremos decisões”, disse. “Posso ter que tomar uma decisão e trabalhar com imposição. Não é meu estilo. O preço fica mais caro do que do que numa decisão tomada por negociação e consenso”.

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