Fernanda Chagas
Após ter confirmado o nome do baiano João Santana para o seu lugar no Ministério da Integração Nacional, o pré-candidato ao governo estadual pelo PMDB, Geddel Vieira Lima - diga-se de passagem, maior rival do governador Jaques Wagner (PT) - não escondeu a satisfação ontem, durante a transmissão de cargos, em Brasília. Segundo o peemedebista, o presidente Lula, ao nomear seu “companheiro” para o posto, demonstrou mais uma vez o carinho que nutre pela Bahia e o comprometimento com o povo baiano. “Não posso negar que estou muito feliz com mais essa prova pública de confiança”, comemorou. Sobre os três anos que permaneceu à frente da pasta, o ex-ministro considerou o período como extremamente positivo. “Onde pude dar grande contribuição ao Brasil, em especial para a Bahia. Muitas obras foram inauguradas e muitas ainda estão por vir. Tive a oportunidade de realizar coisas ditas impossíveis e vi projetos brotarem do papel, como o Projeto São Francisco. Posso dizer que não conheço ministro que tenha feito mais pelo seu estado e por isso tenho sido crucificado, mas repito que, se essa for a crítica, me orgulho disso. Garanto, inclusive, que João Santana preservará a mesma linha de trabalho empreendida por mim”, destacou. João Santana, ao aceitar o cargo, reforçou a tese e destacou que dará continuidade às ações da gestão de Geddel. “Vai continuar tudo do mesmo modo que vinha sendo, talvez um pouco mais acelerado, porque o presidente Lula quer que a gente acelere um pouco mais”, concluiu. Quando o assunto foi a formação da sua chapa majoritária, Geddel foi enfático: “Até domingo ela será fechada e no início da próxima semana anunciada. Estou apenas ajustando os últimos detalhes. Portanto, prefiro não adiantar nomes para não gerar especulações. Só posso adiantar que será composta por políticos que dignifiquem a Bahia, que representem a esperança de um cenário bastante diferente do que temos hoje”. Questionado sobre a possibilidade de compor com o senador César Borges (PR), o pré-candidato disparou que para ele esse assunto é página virada. “Aliás, para ser franco, nunca cultivei essa esperança e há muito tempo não converso sobre política com Borges, até porque está nítido que o PR está no caminho do PT”, pontuou. Entre os nomes cotados está o do presidente da UPB, Roberto Maia. Fonte: Tribuna da BahiaFormação de chapa adiantada