Adriano villela e Raul monteiro
O último impasse, leia-se a oficialização da “união” entre o governador Jaques Wagner e o senador César Borges (PR), para o anúncio oficial da “chapa dos sonhos” de Wagner, tende a ser solucionado nos próximos dias, conforme apostam os próprios petistas. De acordo com o presidente estadual da legenda, Jonas Paulo, “resta apenas a cereja do bolo”. Até mesmo a coligação na proporcional, que seria uma das imposições do senador republicano, já estaria bem encaminhada. A chapa dos sonhos inclui, além do senador César Borges (PR), a deputada federal e ex-prefeita de Salvador, Lídice da Mata (PSB), assim como três nomes que já governaram o estado – o atual gestor, Borges e Otto . “O partido está concluindo com sucesso e harmonia com o processo nacional a definição da estratégia, perfil e composição da chapa majoritária. Vamos, nas proporcionais, costurar as composições que nos garanta uma maioria estável”, assegurou o dirigente petista. Novas conversas estão previstas para hoje (Sábado de Aleluia) e amanhã (Domingo de Páscoa). A meta é que o anúncio possa ser dado na próxima segunda-feira, mesmo dia em que o PR nacional promoverá festa em Brasília para oficializar a aliança com o PT na coligação da ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff. No domingo, o governador da Bahia pretende chegar mais cedo da viagem que faz ao Rio de Janeiro, onde visita familiares, com o objetivo de concluir os acertos. Vale ressaltar que uma reunião entre Wagner e o senador César Borges (PR), na última quinta-feira, aprofundou as negociações para a estratégia da disputa proporcional, tida como principal entrave no momento, conforme reconheceu o governador na solenidade em que o nome de Otto Alencar foi oficializado como candidato a vice. Outro encontro ocorreu em Brasília, envolvendo as direções nacionais do PT e do PR e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Wagner, entretanto, ao discursar no ato de filiação de Otto, reconheceu haver dificuldades nas negociações para a candidatura a deputado federal, por envolver interesses “de partidos, parlamentares e candidatos” que querem uma situação mais confortável para seu projeto eleitoral. O gestor e candidato à reeleição pediu também para que os correligionários que disputam as eleições para deputado exercitem a paciência ao máximo, mas deixou um recado direto: “Posso ter que tomar uma decisão e trabalhar com imposição. Não é meu estilo. O preço fica mais caro do que do que numa decisão tomada por negociação e consenso”. Os novos aliados, PP e PR, preferem o chapão – mas os partidos do campo de esquerda da coligação (PT,PcdoB, PSB e PDT) admitem apenas a candidatura conjunta para deputado federal. O PP até aceita mais de uma chapa na eleição para deputado, mas quer na mesma aliança do PT. Os petistas baianos apostam numa estratégia afinada com a campanha para Presidente da ex-ministra Dilma Rousseff, o que significa dizer polarizar com partidários do grupo do presidenciável José Serra (PSDB) e mirar vencer no primeiro turno. “É hora da costura paciente e cuidadosa para eleger a maioria legislativa, fazendo da governabilidade um componente do processo político eleitoral e não uma necessidade legislativa episódica às vezes na fronteira da ética política”, reiterou Jonas Paulo. A chapa dos sonhos inclui, além do senador César Borges (PR), a deputada federal Lídice da Mata (PSB). Além do amplo leque do ponto de vista político (teria ainda os partidos PCdoB, PDT e PHS), a coalizão liderada por Jaques Wagner conta com três nomes que já governaram o estado – o atual gestor, Borges e Otto – e uma ex-prefeita da capital. Fonte: Tribuna da Bahia