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terça-feira, abril 20, 2010

PPS baiano está sob risco de sofrer intervenção nacional

Dirigentes do diretório nacional do PPS chegam à Bahia na próxima semana para investigar a situação da legenda no estado, que pode sofrer intervenção federal. O motivo é o apoio dado no último sábado pelo PPS baiano ao pré-candidato do PMDB, Geddel Vieira Lima. Segundo o presidente municipal do partido, ex-vereador Virgílio Pacheco, a determinação do diretório nacional é que não sejam formadas coligações que beneficiem a candidatura de Dilma Rousseff (PT).

O partido está fechado nacionalmente desde o ano passado com o PSDB, de José Serra. O presidente estadual do PPS, George Gurgel, sustenta que no plano nacional a sigla vai apoiar a candidatura tucana. O detalhe é que Geddel e os demais partidos da coligação peemedebista preparam o palanque no estado da presidenciável Dilma Rousseff (PT). Em contra-ataque, Virgílio Pacheco resolveu lançar o nome do historiador Antônio Moura ao governo. “É um nome do partido, não pode ser preterido em nome de nenhum outro”, afirmou o ex-vereador.

Pacheco revelou ontem a disposição de seguir indicando Moura até as convenções, em junho. Na sexta-feira, o presidente municipal enviou e-mail para o diretório nacional relatando o caso baiano.

Virgílio alega ainda que a reunião de sábado não teria valor, pois antes mesmo da votação haveria o resultado favorável ao peemedebista, que compareceu ao ato. Oposição no plano estadual, o PPS avaliava ainda duas alternativas ao governo do estado: Paulo Souto (DEM), um dos principais líderes pró-Serra na Bahia, e o verde Luiz Bassuma. No entendimento de Pacheco, o apoio a Geddel foi costurado pelo atual assessor especial da prefeitura, Miguel Kertzman, que hoje assume o comando da Transalvador.

“Eles venderam uma mercadoria que não poderão entregar”, ironizou Pacheco, ameaçando com a possibilidade de a força do diretório nacional “melar” a aliança firmada no final de semana.

Gurgel minimiza

Procurado pela reportagem, o presidente estadual do PPS minimizou o barulho feito pela direção do partido em Salvador. “Está tudo tranquilo com (o presidente nacional) Roberto Freire”, disse. Segundo Gurgel, a comunicação institucional com a direção nacional só ocorre por meio do presidente estadual ou da executiva.

Na nota à imprensa - assinada ainda pelo secretário geral, Antônio Almeida, e pelo coordenador político eleitoral, Ederval Araújo Xavier –, o diretório estadual argumenta que a aliança com o PMDB foi aprovada pela totalidade dos integrantes do diretório e de pré- candidatos. Todos os votantes avalizaram a aliança com Geddel. Houve apenas duas abstenções. O grupo também apresenta disposição de levar essa decisão até as convenções.

Fonte: Tribuna da Bahia

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