Editorial
A corrupção eleitoral contribui concretamente para que o Brasil ocupe o desonroso 80º lugar no ranking da corrupção, segundo o último levantamento da ONG Transparência Internacional. Dois detalhes a considerar.
O primeiro é que, com as leis mais severas, as fiscalizações intensificadas pelas autoridades, as campanhas educativas aperfeiçoadas ainda não foram suficientes para evitar o avanço da corrupção em relação aos últimos pleitos eleitorais.
O segundo detalhe aponta que o Brasil piorou entre 2007 a 2008, como País corrupto. Esse aspecto expôs à sociedade a diferentes mecanismos de corrupção que não podem ser banalizados nem tampouco reduzidos a singelos atos de suborno do fiscal do serviço público ou na troca de favores entre eleitores e possíveis políticos profissionais.
Esses atos corruptores são os mais visíveis e mais divulgados pelas páginas policiais. Há outros, porém, que escapam aos olhares mais atentos dos cidadãos.
Assim, mantido esse procedimento sob os subterfúgios e a ambigüidade da burocracia, a sociedade não perceberá que a corrupção é um problema muito mais grave, ao interferir negativamente na vida da sociedade, à medida que o dirigente, em qualquer nível da administração pública ou privada, desvia dinheiro da merenda escolar ou superestima uma licitação para favorecer um preposto.
Assim, concorre tal dirigente para desqualificar um determinado serviço ou produto em favor do bem-estar do cidadão.
É claro que um candidato a qualquer função política, eleito sob a suspeita do menor ato de corrupção, não mereceria ter o privilégio de representar ou de governar a sociedade.
Deveria estar impedido eticamente de exercer a democracia por uma prática de princípios que dignificariam o ser humano. É o caso da honestidade intelectual, da transparência de atos e de atitudes e da responsabilidade comprometida com os anseios da comunidade.
Mas não é assim.
Falam mais alto, no âmbito do regime democrático identificado pelo respeito às diferenças, a ambição do poder pelo poder, a insensibilidade social dos candidatos e o desprezo pela confiança do eleitor, que contribui para o descrédito da política e dos políticos como as vias necessárias para o aperfeiçoamento de um modo de viver politicamente em função da qualidade de vida da sociedade.
Não fosse assim, não haveria por parte de setores da sociedade civil o empenho em aperfeiçoar os controles democráticos de uma eleição municipal, por exemplo.
A própria sociedade não reconheceria o trabalho de promotores, juízes, igrejas, universidades, ONGs e líderes comunitários, em divulgar os princípios norteadores de uma eleição livre a serem incorporados pelos cidadãos que não se deixam envolver pela corrupção eleitoral.
Uma corrupção eleitoral que deixa rastros de miséria, ao impedir que os bons administradores e os bons parlamentares possam exercer suas funções em prol dos melhoramentos da vida comunitária, que trabalhem para diminuir as desigualdades sociais e os índices de pobreza que maltratam populações indefesas, por não terem estudos, informações e o conhecimento que os motivariam a criar soluções para sair de dificuldades seculares.
Em qualquer cidade não há brasileiro, candidato ou não, que não conheça e que não se envergonhe da condição de miséria em que sobrevivem milhões de outros brasileiros abandonados pelas periferias segregadas e pelas margens das estradas e dos rios.
São excluídos porque lhes foram negados os direitos de viver como seres humanos e de sonhar sem pesadelos da fome e da doença.
No próximo domingo, o eleitor não votará por obrigação, porque está em jogo uma ação contra a pobreza do analfabetismo, da desinformação e da pobreza política e do pecado da infâmia contra a Nação.
Fonte: O Liberal (PA)
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