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domingo, maio 04, 2008

São João agora é produto turístico

O trade turístico e forrozeiros baianos reagiram com entusiasmo à apresentação do projeto São João da Bahia, como novo produto turístico, feita pela Secretaria de Turismo e Bahiatursa, no Centro de Convenções. O lançamento nacional acontecerá no dia 6, em São Paulo, com uma grande festa junina, que reunirá 1.500 agentes de viagens, operadores de turismo, dirigentes do setor hoteleiro e de companhias aéreas, jornalistas, forrozeiros, convocados pela CVC, e todo o trade turístico. No dia 12 de junho será lançado em nível internacional, na Argentina, em Buenos. O secretário de Turismo, Domingos Leonelli, explicou que a promoção vai dar atenção especial ao São João de Salvador, Ilhéus e Porto Seguro, cujos parques hoteleiros têm, no mês de junho, o seu pior momento, o que é considerado um dos mais graves problemas do turismo na Bahia. O diretor comercial e operacional da CVC, Cleyton Armelin, afirmou que a empresa vai trabalhar na venda do novo produto envolvendo as três mil agências de turismo paulistas, com seis mil vendedores. Os pacotes para os turistas serão vendidos em dez vezes sem juros. Para cada página de publicidade sobre a Bahia, veiculada em jornais paulistas, a CVC publicará outra página vendendo os pacotes turísticos promovidos pela empresa. Já está prevista a publicação de um anúncio de página dupla no jornal Folha de São Paulo para demonstrar porque o São João da Bahia é a maior festa regional do Brasil. Leonelli mostrou, com detalhes, como será a estratégia de divulgação da promoção que terá como slogan “São João da Bahia, a Maior Festa Regional do Brasil”. A campanha publicitária e promocional e os outros investimentos governamentais estão entre 8 e 10 milhões de reais. Serão veiculadas imagens das festas juninas passando pela culinária, fogueiras, fogos, até chegar aos grandes shows do forró. As quadrilhas, bandeirolas, casais dançando, crianças soltando fogos, tudo bem representativo dando a idéia de como são as festejos juninos e convidando o turista a viver tudo isso e muito mais. O São João da Bahia será vendido também na cidade do Porto (Portugal) com o slogan “ Quem gosta do São João do Porto, Vai Amar o São João da Bahia”. Também como parte da campanha será criado o portal www.saojoaobahia.com.br para divulgar todas as informações sobre os festejos como a agenda de shows, aonde ir, o que fazer o que comer, notícias, promoções do trade, enfim, todas informações necessárias para facilitar a vinda dos turistas que queiram curtir a festa. A campanha terá uma ampla divulgação em jornais de São Paulo, o maior emissor nacional de turistas para a Bahia, além dos especializados em turismo, revistas de circulação nacional, tevês e internet. A publicidade do São João baiano será veiculada nas praças de São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Goiânia, Vitória e Maceió. Serão filmes de 30 segundos cada, que serão exibidos no período de 20 de maio a 18 de junho.
Boa impressão no trade
O trade turístico baiano ficou impressionado com a campanha e arriscou algumas propostas para serem incluídas no projeto. O presidente do Conselho Baiano de Turismo, Carlos Casaes, propôs a inclusão da culinária junina no café da manhã nos hotéis durante o período da festa. A criação de uma qualificação específica dos guias de turismo para trabalhar durante os festejos foi defendida pela secretária de Cultura e Eventos do Sindicato dos Guias de Turismo, Rosy Araújo. O presidente do Sindicato de Empresas de Turismo, José Baracho, sugeriu que todos os profissionais envolvidos com a promoção utilizassem uma camisa com a marca do São João da Bahia ou outro tipo customização. O presidente do Sindicato de Hotéis, Silvio Pessoa, lembrou que, mesmo tendo sido um crítico de algumas iniciativas dos governos anteriores, não poderia deixar de ressaltar a qualidade do projeto e propôs a participação dos “embaixadores do axé”. O cantor e compositor, Zelito Miranda, que faz uma média de 40 shows no circuito junino, ficou empolgado com o projeto e disse estar ansioso para botar o pé na estrada. “O evento estava aí há muitos anos, bastava organizar como produto e isso vai ser um efeito multiplicador”, ressaltou. Outro forrozeiro, Adelmário Coelho, acostumado a participar ativamente do São João de Caruaru e Campina Grande, enfatizou que será uma felicidade participar dos festejos de sua terra. “Sou de Curaçá, norte da Bahia, mas muita gente pensava que eu nem era baiano por causa da minha participação do São João de outros estados do Nordeste”, justificou. Para Gereba, conhecido como autêntico forrozeiro, a promoção tem tudo para ser um sucesso, diante da dimensão da festa, que abrange 417 municípios. Ele que passou 30 anos em São Paulo, disse que está articulando a presença de muitos amigos ligados ao forró para o lançamento. Leo Macedo, forrozeiro há 12 anos, disse que há muito espera que o forró baian o tenha uma projeção nacional e agora a chance chegou.
Falta estrutura nas universidades públicas
As declarações polêmicas do coordenador do curso, Natalino Dantas, alertaram para a situação de descaso com a estrutura da universidade. Apesar de admitirem defasagem na grade curricular e ausência de recursos, professores afirmam que o resultado da prova do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) não mostra a qualidade dos alunos. Segundo eles, a maioria dos profissionais de medicina formados na Ufba apresenta currículo de excelência. O reitor Naomar Almeida e a Câmara de Graduação da Ufba irão realizar uma auditoria acadêmica na faculdade de medicina para avaliar questões como a oferta de vagas. A comissão quer também apurar os motivos para a má classificação na prova aplicada pelo MEC. Falta de laboratórios, deficiências no funcionamento do hospital universitário e modelo de ensino ultrapassado são alguns dos motivos que colaboraram para o baixo rendimento dos estudantes. No entanto, segundo alguns professores universitários, esses fatores não justificam a tese do coordenador Natalino Dantas de que os “baianos têm baixo QI”. “Pelo contrário, muitos de nossos alunos têm sido destaque em trabalhos nacionais e internacionais”, diz o professor da universidade e pesquisador da Fiocruz, Mitermayer Galvão dos Reis, citando nomes de estudantes que já ganharam prêmios e têm destaques em pesquisas, como os alunos e ex-formandos, Júlio Proda, André Basca, entre outros. O professor Mitermayer assume que o ensino da faculdade precisa de uma nova injeção de ânimo através de mais recursos, materiais para aperfeiçoamento do estudo, melhores condições para os laboratórios e para o hospital universitário, porém discorda das declarações do coordenador do curso que responsabilizou a nota baixa no Enade para a falta de inteligência e de “cultura” dos estudantes. De acordo com o pesquisador, a prova do Enade sem nenhum outro tipo de avaliação processual não tem o poder de avaliar a capacidade de aprendizagem dos alunos e a qualidade do ensino. “É preciso avaliar também os professores, se os estudantes fizeram monitoria e se participam de algum programa de iniciação científica”, cita. O sociólogo Gustavo Almeida que também ensina na Ufba e em uma universidade particular de Salvador afirma que o baixo rendimento da prova não pode estar associado ao quociente de inteligência dos alunos baianos. Conforme Almeida, o ensino de qualidade está ligado à seriedade dos gestores da educação e a qualidade dos recursos que a instituição dispõe. ”A competência administrativa e a quantidade de investimentos fazem a diferença”, diz sinalizando a crise da falta de recursos da Ufba, como algo que tem influenciado na educação prestada pela instituição. De acordo com o sociólogo, o coordenador do curso de medicina foi extremamente infeliz nas declarações feitas à imprensa. “Um homem como ele que tem uma titulação larga jamais poderia falar uma coisa dessas. Ele revelou total preconceito com a diversidade cultural que é tão característica da Bahia”, enfatiza. Após recorrer ao afastamento do coordenador do curso de medicina, Natalino Dantas, o reitor da universidade Naomar Almeida pretende investigar as causas para a baixa nota da prova. Uma das explicações seria a de que uma parte dos alunos deixou a prova em branco como forma de protesto. Outra corrente de estudantes explicou à imprensa que no mesmo período ocorreu a prova de residência médica no Estado de São Paulo, o que teria comprometido a avaliação do MEC, já que alguns saíram sem responder a prova por completo, pois iriam para o aeroporto. Há uma discordância sobre os critérios de avaliação do Enade. A maioria demonstra não acreditar no método da prova. (Lilian Machado)
Fonte: Tribuna da Bahia

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