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domingo, maio 11, 2008

Comer sem controle pode ser sinal de síndrome

Compulsão alimentar se desenvolve a partir de situações traumáticas e exige tratamento multidisciplinar


SÃO PAULO - Comer muito em curto espaço de tempo pelo menos duas vezes por semana e não ter controle sobre a alimentação não é normal. Esse “hábito” pode virar uma doença conhecida como síndrome da compulsão alimentar, principalmente se estiver associado a outros fatores, como comer alimentos pouco saborosos (comida gelada, por exemplo). Apesar de ser uma doença nova – diagnosticada há cerca de 20 anos –, a prevalência já gira em torno de 1,5% a 5% da população.
Segundo a endocrinologista e nutróloga Ellen Simone Paiva, do Centro Integrado de Terapia Nutricional, esse índice é maior quando se trata de pessoas obesas ou que têm sobrepeso. “Mais de 30% dos participantes de programas de perda de peso e mais de 50% dos pacientes que procuram a cirurgia de redução de estômago têm a síndrome”, afirma a médica. Segundo Ellen, a pessoa deve ficar alerta se apresentar pelo menos três dos cinco sintomas a seguir: comer muito mais rápido que o normal, comer até a sensação de grande desconforto, comer grande quantidade de alimentos sem estar com fome, comer sozinho devido à sensação embaraçosa criada pelo grande volume de comida e, por fim, sentir culpa, decepção e até repulsa com reação depressiva pelo ato de comer em exagero e sem controle.
Para a nutricionista Sheila Castro, do hospital e maternidade Beneficência Portuguesa de Santo André (ABC), o distúrbio se desenvolve a partir de situações traumáticas. “O tratamento engloba acompanhamento psicológico e nutricional para restabelecer a reorganização psicológica e a forma física”, diz Sheila. De acordo com Ellen Paiva, a terapia pode ser individual ou em grupo. “Acreditamos que a terapia em grupo pode ser uma ferramenta importante no tratamento dos pacientes com transtornos alimentares, uma vez que as pessoas que sofrem com a síndrome do comer compulsivo se enquadram no diagnóstico de outros transtornos do impulso – compulsão por beber, comprar ou fazer sexo”, diz a médica.
Ansiedade - Segundo Ellen, a ansiedade é a base do diagnóstico da síndrome do comer compulsivo. “Pacientes chegam no consultório e dizem que são ansiosos, que não conseguem fazer dieta e não dão conta de parar de comer”, diz. Por isso, o tratamento inclui o acompanhamento psicológico, que serve ainda para tratar a psicopatologia associada ao comer compulsivo, como depressão, transtornos do impulso, uso de álcool e drogas e transtornos ansiosos. O apoio do especialista, porém, não resolve todo o problema, e o uso de medicamentos antidepressivos e ansiolíticos torna-se quase obrigatório. O sucesso do tratamento depende da gravidade do transtorno. (Folhapress)
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Perguntas e Respostas
A síndrome do comer compulsivo é a mesma coisa da bulimia? Na bulimia, a pessoa também come exageradamente, mas força a saída do alimento para não engordar. Nesses casos, o paciente força o vômito ou toma laxantes de forma indiscriminada.
A síndrome do comer compulsivo não tem cura? O sucesso do tratamento dependo do grau do transtorno do paciente, mas a maioria dos casos tem cura, sim. Se o grau do transtorno for muito alto, há pelo menos uma melhora no quadro.
Geralmente, quem tem a síndrome do comer compulsivo tem vergonha de comer com outras pessoas? A quantidade exagerada de alimentos ingerida pelo paciente acaba constrangendo a pessoa a comer em público.
A medicina ainda não descobriu a causa da doença? Os especialistas afirmam que múltiplas causas podem causar a síndrome, mas não se tem certeza da causa preponderante. Mesmo assim, o distúrbio aparece após situações traumáticas. (Folhapress)
Fonte: Correio da Bahia

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