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quinta-feira, fevereiro 29, 2024

TJ-BA disponibiliza página com informações para quem deseja adotar

 Foto: Divulgação

Página oferece um guia de adoção passo a passo29 de fevereiro de 2024 | 08:20

TJ-BA disponibiliza página com informações para quem deseja adotar

Para facilitar o acesso à informação dos cidadãos e reunir as informações necessárias para quem se interessa em adotar, a Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ), presidida pelo desembargador Salomão Resedá, criou a página Adoção, cujas informações detalham sobre o que é a adoção; quem pode adotar e quem pode ser adotado; como proceder; a documentação necessária; e os trâmites processuais. Além disso, a página oferece um guia de adoção passo a passo. 

Como a campanha do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de 2023 exaltou, adotar é um ato de amor, tanto para os jovens que encontram um novo lar quanto para as famílias que acolhem um novo ou uma nova integrante. Informações importantes, como a de que qualquer pessoa a partir de 18 anos pode adotar, ou a de que a criança ou o adolescente a ser adotado precisa ter pelo menos 16 anos de diferença para quem deseja adotar, podem ser encontradas na página organizada pela CIJ.

Atualmente, 4.433 crianças estão disponíveis para adoção no Brasil, segundo dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA). Dessas, 207 estão disponíveis para adoção na Bahia e, desde 2019, 401 foram adotadas no Estado. Entre essas crianças disponíveis para adoção, a maior parte tem entre 14 e 16 anos; 91,3% são pardas ou pretas; 84,5% não têm problemas de saúde; a maior parte não tem irmãos; e 78,3% não têm deficiência.

A respeito dos pretendentes a adotar na Bahia, existem 1.287 disponíveis. Desses, a maioria aceita crianças de qualquer etnia, mas somente até 6 anos. Já 54,2% aceitam crianças de qualquer gênero, 71% só aceitam uma criança, 93,4% não aceitam jovem com doença infecciosa e 93,8% não aceitam pessoas com deficiência. E 79,9% dos pretendentes são casais.

O Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) foi criado em 2019 e nasceu da união do Cadastro Nacional de Adoção (CNA) e do Cadastro Nacional de Crianças Acolhidas (CNCA). O novo sistema abrange milhares de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, com uma visão global. Os maiores beneficiários do SNA são as crianças e os adolescentes em acolhimento familiar e institucional, que aguardam o retorno à família de origem ou a adoção.

Coordenadoria da Infância e da Juventude – Criada por meio do Decreto Judiciário de nº 125, de 7 de abril de 2010, com fundamento na Resolução nº 94 do CNJ. As políticas de atendimento às pessoas dessa faixa etária são preconizadas como prioridade pela Constituição Federal no Art. 227 e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal nº 8.069/1990, modificada pela Lei 12.010/2009).

A unidade tem a função de articular ações na área da infância e da juventude, coordenando a elaboração e a execução de políticas públicas e tornando-se um canal de comunicação interno e externo com magistrados. 

Política Livre

Voto secreto, insatisfações, resistência de líder a nova reeleição na Assembleia: fatores que podem ajudar o “azarão” Marcelo Nilo na disputa pelo TCM

 Foto: Vinícius Loures/Arquivo/Câmara dos Deputados

O deputado Marcelo Nilo29 de fevereiro de 2024 | 09:24

Voto secreto, insatisfações, resistência de líder a nova reeleição na Assembleia: fatores que podem ajudar o “azarão” Marcelo Nilo na disputa pelo TCM

EXCLUSIVAS

É inegável que, se der a lógica, o próximo conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que deve ser eleito no próximo dia 5 de março, no plenário da Assembleia Legislativa, será o deputado Paulo Rangel (PT). Embora tenha sido presidente da Casa por dez anos consecutivos, o adversário do petista, o ex-deputado Marcelo Nilo (Republicanos), é visto como um “azarão” na disputa. Mas alguns deputados governistas ouvidos pelo Política Livre apontam fatores além do voto secreto e das boas relações pessoais que podem favorecer o ex-parlamentar.

Um desses fatores tem relação com o comportamento do PT diante da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que abriria a possibilidade de reeleição do presidente da Assembleia numa mesma legislatura. De autoria do deputado Nelson Leal (PP) e com a assinatura de 47 dos 63 parlamentares, a proposição pode beneficiar o atual comandante do Legislativo, deputado Adolfo Menezes (PSD), que foi reeleito em fevereiro de 2023 – vale frisar, entretanto, que ainda há jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) que proíbe duas reconduções, embora essa regra não seja seguida em assembleias e câmaras municipais pelo país.

Não é à toa que os apoiadores de Adolfo almejam que a PEC seja votada no mesmo dia da eleição para o TCM. Líder do governo, o deputado Rosemberg Pinto (PT), que tem o desejo de suceder o atual presidente, ainda resiste à ideia e tem dito a aliados que não há urgência para a votação da proposta.

Embora a tramitação da matéria não dependa exclusivamente do petista após prazos regimentais cumpridos, caso ele se coloque como obstáculo, o que não deve ocorrer, Marcelo Nilo pode ganhar força. Nesse caso, uma vitória do ex-deputado ao TCM seria um recado claro dos parlamentares de outros partidos da base, sobretudo do PSD, de que não aceitam o domínio total do PT sobre todos os Poderes.

Outro fator que pode beneficiar Nilo é a insatisfação de parte da base aliada com o governo Jerônimo. Os parlamentares do PCdoB, por exemplo, seguem irritados com a manobra capitaneada pelo PT para limar a candidatura do deputado comunista Fabrício Falcão ao TCM. A sigla divulgou uma nota afirmando que não irá apoiar Paulo Rangel, se colocando na posição de neutralidade (clique aqui para ler). Há quem aposte, no entanto, que Fabrício e o deputado Zó (PCdoB), que anda insatisfeito com os petistas em Juazeiro, onde deseja concorrer a prefeito este ano, possam votar no ex-presidente da Assembleia.

Há insatisfações ainda de outros aliados com o atendimento do governo. Desde que assumiu o mandato, Jerônimo só teria recebido em audiências individuais cerca de 30 prefeitos acompanhados de deputados. Às vésperas do período eleitoral, os gestores e parlamentares se queixam da falta de liberação de recursos para a realização de obras e cumprimento de convênios.

Além disso, apesar dos apoios dos senadores Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD), não há no governo o mesmo esforço político em prol da candidatura de Rangel quando a comparação é com o lobby feito junto aos parlamentares em favor da ex-primeira-dama Aline Peixoto, que concorreu e foi eleita ao TCM em 2023. Naquele ano, houve empenho do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), de Jerônimo e do próprio Adolfo, que foi decisivo no processo. Os três, inclusive, se colocaram contra Wagner nessa eleição.

Marcelo Nilo foi inscrito candidato ao TCM com o apoio de 19 parlamentares da oposição – Paulo Rangel obteve 38. Para ser eleito, o vencedor precisa de 32.votos em plenário votação secreta. A eleição para foi marcada para o dia 5 por acordo entre governo e oposição na Assembleia. No mesmo dia, pela manhã, os dos candidatos devem ser sabatinados e ter os nomes aprovados no âmbito da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Política Livre

Pacheco critica proposta de Lira para limitar ação da PF no Congresso

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)28 de fevereiro de 2024 | 21:30

Pacheco critica proposta de Lira para limitar ação da PF no Congresso

BRASIL

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que a proposta que proíbe operações de busca e apreensão no Congresso Nacional é “difícil de avançar” porque pode contar com vícios de constitucionalidade. Ele disse ser contra a proposta do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Lira articula projeto que limita a atuação da Polícia Federal dentro da Câmara. O deputado pediu a líderes partidários que consultem as respectivas bancadas sobre a viabilidade de matérias que tratam do que os deputados chamam de “respeito às prerrogativas parlamentares”, numa reação a operações da PF em gabinetes na Casa.

Perguntado sobre o tema ao final da sessão desta quarta-feira (28), Pacheco afirmou que a intenção não é razoável. “Não é razoável pensarmos a proibição de medidas cautelares contra qualquer tipo de segmento ou qualquer tipo de nível de autoridade pública”, afirmou.

De acordo com ele, esse tipo de medida deve ter critério e equilíbrio, inclusive sobre a forma que ela pode ser executada num ambiente como o Parlamento e quem pode decidir sobre isso. Mas, disse, investigadores têm o direito de coletar provas.

“Busca e apreensão é um instituto do processo penal que se aplica a todo cidadão brasileiro investigado por algum tipo de prática ilícita independente da posição que ele ostente”, declarou.

Desde o fim do ano passado, há queixas entre parlamentares de que o STF (Supremo Tribunal Federal) estaria ultrapassando limites e desrespeitando a autonomia dos Poderes. As críticas aumentaram após operações da PF mirarem nomes como os deputados Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ), em janeiro.

Folhapress

Política Livre 

PF mira três e faz buscas em sete Estados para investigar financiadores e fomentadores do 8/1

Foto: Marcelo Camargo/Arquivo/Agência Brasil
Invasão aos poderes em 8 de janeiro29 de fevereiro de 2024 | 08:32

PF mira três e faz buscas em sete Estados para investigar financiadores e fomentadores do 8/1

BRASIL

A Polícia Federal abriu nesta quinta-feira, 29, a 25ª fase da Operação Lesa Pátria para prender três investigados de suposto envolvimento com o financiamento e fomento dos atos golpistas de 8 de janeiro. A corporação vasculha 24 endereços em sete Estados e no Distrito Federal em busca de provas sobre a ligação dos alvos com a intentona golpista. Além disso, cumpre sete ordens de monitoramento eletrônico.

As diligências são realizadas no Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Espírito Santo e Distrito Federal. As ordens foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

O ministro ainda determinou a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados, no valor de até R$ 40 milhões – montante estimado dos danos causados ao patrimônio público no 8 de janeiro.

Permanente, a Operação Lesa Pátria apura supostos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Pepita Ortega/Estadão Conteúdo

Política Livre 

Candidatos podem ter mandatos cassados por uso negativo de IA, afirma Alexandre de Moraes


Por Redação

Candidatos podem ter mandatos cassados por uso negativo de IA, afirma Alexandre de Moraes
Luiz Roberto/Secom/TSE

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, disse nesta quarta-feira (28), em Brasília, que candidatos eleitos que desrespeitarem as regras para o uso da inteligência artificial (IA) durante as eleições municipais de outubro próximo poderão ter os mandatos cassados.

 

O TSE aprovou, nesta terça-feira (27), regras para uso da inteligência artificial no pleito municipal de outubro. A regra principal proíbe manipulações de conteúdo falso para criar ou substituir imagem ou voz de candidato com objetivo de prejudicar candidaturas. 

 

Durante a sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), Moraes, que também é ministro da Corte, disse que a regulamentação da inteligência artificial na campanha eleitoral permitirá acabar com a "terra sem lei" nas redes sociais. As informações são da Agência Brasil. 

 

"Os candidatos que desrespeitarem essa normatização e utilizarem a inteligência artificial negativamente para prejudicar seus opositores, para deturpar o sentido das informações buscando ganhar as eleições, a sanção será a cassação do registro e, se já estiverem sido eleitos, a cassação do mandato", afirmou.

 

NORMAS APROVADAS 

O ministro também destacou que as redes sociais que não retirarem postagens com conteúdos antidemocráticos, homofóbicos e nazistas serão responsabilizadas solidariamente com as autoras das postagens. A medida também está prevista em uma das normas aprovadas pelo TSE.

 

"Posso assegurar que é uma das normatizações mais modernas no combate à desinformação, às fakes news, notícias fraudulentas", garantiu. 

 

Os ministros também aprovaram na sessão desta terça-feira diversas resoluções que vão balizar o pleito deste ano. São normas sobre a restrição da circulação de armas no dia da votação e garantem transporte público para os eleitores, entre outras.  

Sigilo de PAD e dosimetria de pena geram divergência em julgamento de juiz que ofereceu viagem a NY para parte; entenda

Quinta-Feira, 29/02/2024 - 00h00

Por Camila São José

Sigilo de PAD e dosimetria de pena geram divergência em julgamento de juiz que ofereceu viagem a NY para parte; entenda
Foto: Camila São José/ Bahia Notícias

A dificuldade para acessar os autos do processo administrativo disciplinar (PAD) contra o juiz Antônio Mônaco Neto, da 3ª Vara de Família de Salvador, alegada por desembargadores na sessão do Pleno do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), provocou uma discussão acalorada entre os pares. O PAD estava na pauta da sessão desta quarta-feira (28), quando a relatora, desembargadora Soraya Moradillo, opinou pela procedência da ação e aplicação da pena de censura.

 

O juiz é acusado de atuação parcial em processo de divórcio litigioso e de alimentos. O processo administrativo disciplinar (PAD) foi instaurado em 2022, após uma mulher denunciar o caso à Corregedoria-Geral de Justiça do TJ-BA alegando suposto favorecimento do juiz ao seu ex-marido.

 

A desembargadora Regina Helena Ramos Reis chegou a pedir vista do processo: “estranhando essa forma de julgar sem ter acesso”, mas retirou o pedido e em seguida votou junto com a relatora. O desembargador Mário Albiani Júnior levantou preliminar para adiamento da análise da ação, alegando não ter tido acesso aos autos no PJECor por conta do segredo de justiça imposto ao processo, o que teria prejudicado a sua análise acerca do caso. “Precisamos que todos tenham acesso para emitir juízo de valor sobre as provas produzidas”. No entanto, também retirou o pedido. Isso porque o gabinete da desembargadora Soraya Moradillo retirou o sigilo do PAD após os posicionamentos dos pares. O desembargador votou pela improcedência do PAD.

 

A quebra do sigilo foi anunciada pela presidente da Corte, desembargadora Cynthia Maria Pina Resende, que indicou um possível adiamento do julgamento por “prudência”, permitindo o amplo acesso a todos os desembargadores. Porém, ainda durante a sessão, desembargadores acessaram a íntegra da sindicância.

 

As colocações causaram estranhamento ao corregedor-geral de Justiça, desembargador Roberto Maynard Frank, que destacou não ser a primeira vez que um PAD sigiloso é analisado pelo Pleno. “Outros processos já tramitaram em segredo de justiça e foram julgados”, a exemplo, inclusive, da época em que os processos eram apenas físicos.

 

Ao todo 41 desembargadores adiantaram o voto, acompanhando a relatora pela procedência do PAD e três pela improcedência.

 

A dosimetria da pena foi outro ponto de polêmica entre os desembargadores. O corregedor-geral de Justiça defendeu a aplicação das penas de aposentadoria compulsória ou a disponibilidade, que afasta o magistrado da função com vencimentos proporcionais, ambas rejeitadas pela maioria do Pleno. Ao todo, 52 desembargadores participaram da votação e 43 acompanharam a relatora quanto à pena de censura.

 

Conforme a Lei Orgânica da Magistratura (Loman), o juiz punido com a pena de censura não poderá figurar em lista de promoção por merecimento pelo prazo de um ano, contado da sua imposição.

 

Juiz Antônio Mônaco Neto

 

DEFESA E DIVERGÊNCIA

Durante a sessão, a defesa do juiz Antônio Mônaco Neto pediu o encerramento do PAD e afirmou que a pena de censura se revela “injusta”.  Segundo a defesa, o magistrado não tomou nenhum ato decisório e as ações terminaram em acordo, o que não teria prejudicado as partes.

 

Ainda, conforme a defesa, Neto está em uma fase delicada da vida, enfrentando questões de saúde devido à idade - já que está prestes a completar 70 anos. Também na sustentação foi posto que, ao longo de 40 anos de carreira, o juiz não acumula nenhuma condenação.

 

A suposta conduta ilibada do magistrado foi um dos pontos levantados pelo desembargador Mário Albiani Júnior para abrir divergência e apresentar preliminar para adiamento do julgamento do PAD.

 

O desembargador Lidivaldo Reaiche Raimundo Brito acompanhou a divergência, afirmando que “se ele [o juiz] se excedeu foi por cuidado” e defendeu que o magistrado é “uma pessoa íntegra”. “Desconfio muito das pessoas que conversam com as outras gravando sem autorização, com segundas intenções”, completou.

 

O posicionamento foi criticado pela desembargadora Rosita Falcão que chegou a dizer que a pena de censura é “muito leve” diante da gravidade dos fatos. “Não estamos aqui para fazer favor, estamos aqui para fazer justiça”.

 

Na opinião do corregedor-geral de Justiça, desembargador Roberto Maynard Frank, os fatos narrados “expõem a magistratura baiana, enxovalham a magistratura baiana”, não havendo outro caminho a não ser a condenação do juiz. O desembargador pontuou que diante da infração a diretrizes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o PAD poderia ser avocado pelo colegiado, o que poderia acarretar uma pena mais grave.

 

Soraya Moradillo rebateu as alegações de falta de acesso aos autos. Segundo a desembargadora, o seu voto estava disponível antes da sessão e bastava aos desembargadores interessados “ligar para a secretaria ou para o gabinete desta relatora para pedir a liberação do sigilo para ter acesso aos autos”. Sendo assim, não se justificaria a suspensão ou adiamento do julgamento.

 

Apenas seis desembargadores acolheram a preliminar de adiamento.

 

DENÚNCIA QUE GEROU O PAD

A mulher afirmou que o juiz Antônio Mônaco Neto mantinha uma amizade íntima com o ex-marido, parte adversa nos cinco processos que tramitam na Vara de Família conduzida pelo juiz. Entre as provas apresentadas por ela estão o uso do carro do magistrado, um modelo da Mercedes Benz, pelo seu ex-esposo - automóvel que chegou a ser fotografado na casa do seu então marido -,  e o anúncio de venda do carro na plataforma OLX feito por ele, com os dados pessoais do juiz.

 

Em fevereiro de 2019, como narrado pela mulher, o juiz ligou diretamente para seu celular do telefone da vara, pedindo para que ela comparecesse na unidade judicial para uma reunião com o ex-marido para “lavagem de roupa suja”, em uma audiência informal. Na conversa, que foi gravada por ela, o juiz fala que propôs ao ex que viajasse para Nova York e que daria as passagens para ele trabalhar lá como Uber e acalmar a cabeça.

 

Ela assegurou, inclusive, ter relatado ao juiz sofrer risco de vida e ter medo de ser morta pelo ex-juiz.

 

No entendimento da relatora, Soraya Moradillo, o áudio juntado pela mulher revela “conduta absolutamente indevida” por parte do juiz.

STF invalida regra de distribuição de sobras eleitorais em eleições proporcionais; mudança será aplicada no pleito de outubro


Por Redação

STF invalida regra de distribuição de sobras eleitorais em eleições proporcionais; mudança será aplicada no pleito de outubro
Foto: Gustavo Moreno / SCO / STF

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria dos votos, invalidou a restrição de acesso de partidos e candidatos à segunda etapa de distribuição das sobras eleitorais, vagas não preenchidas nas eleições proporcionais. Com a decisão, todos os partidos poderão participar da última fase de distribuição dessas vagas, antes reservada aos que atingissem cláusula de desempenho.

 

No julgamento prevaleceu o entendimento de que a aplicação dessa cláusula de desempenho, que exigia o atingimento de 80% do quociente eleitoral, para os partidos, e 20% para os candidatos, introduzida no Código Eleitoral pela Lei 14.211/2021, na última fase da distribuição de vagas, inviabilizaria a ocupação de lugares no parlamento por partidos pequenos e por candidatos que tenham votação expressiva.

 

Também, por maioria, foi declarada a inconstitucionalidade de regra do Código Eleitoral, introduzida pela lei 14.211/2021, e de resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que prevê que, caso nenhum partido alcançasse o quociente eleitoral, as vagas seriam preenchidas pelos candidatos mais votados. O entendimento, nesse caso, foi de que a regra retiraria o caráter proporcional para as eleições parlamentares.

 

O colegiado definiu, ainda, que a decisão será aplicada a partir das eleições de 2024 e não afetará o resultado das eleições de 2022.

 

O quociente eleitoral é obtido com a divisão dos votos válidos pela quantidade de vagas a serem preenchidas. Já o quociente partidário, que define o número de vagas de cada partido, é obtido com a divisão do total de votos da agremiação pelo quociente eleitoral.

 

A lei estabeleceu que as vagas nas eleições proporcionais são distribuídas em três fases. Inicialmente as vagas são distribuídas aos partidos que obtiveram 100% quociente eleitoral e preenchidas pelos candidatos que tenham tido votos em número igual ou superior a 10% do quociente.

 

Na segunda fase, em que começam a ser distribuídas as sobras, participam os partidos com pelo menos 80% do quociente eleitoral, e os candidatos com votação igual ou superior a 20% desse quociente.

 

Ainda havendo vagas residuais, a lei prevê que as cadeiras sejam distribuídas aos partidos que apresentarem as maiores médias. Nesse ponto, a maioria do colegiado entendeu que, para compatibilizar a regra com a Constituição Federal, é necessário permitir a participação de todas as legendas, independentemente de terem alcançado a cláusula de desempenho.

 

As ações foram propostas pela Rede Sustentabilidade, Partido Socialista Brasileiro (PSB) e Partido Progressista (PP).


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