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sexta-feira, setembro 01, 2023

Governo Lula presta contas sobre pagamento de orçamento secreto e verba política

Quinta-Feira, 31/08/2023 - 17h00

Por Redação

Câmara dos Deputados
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entregou a parlamentares, na terça-feira (29), uma prestação de contas sobre o uso de verba federal para atender aliados, detalhando como o Executivo tem usado o Orçamento para conseguir apoio no Congresso.

 

Assim como as emendas parlamentares comuns, essas verbas são usadas para conseguir apoio em votações na Câmara dos Deputados e no Senado. Ao contrário delas, porém, são distribuídas de forma desigual, sem transparência sobre o padrinho das indicações, como acontecia com as emendas de relator de Jair Bolsonaro, chamadas de orçamento secreto.

 

O documento obtido pela coluna de Guilherme Amado do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, detalha inclusive, como as próprias emendas de relator continuam sendo pagas neste governo, com novos padrinhos. O governo relata ter recebido R$ 2,043 bilhões em novas demandas de aliados da Câmara nesse tipo de emenda, das quais R$ 1 bilhão já foi pago.

 

O relatório foi entregue aos vice-líderes para que eles usem as informações para aplacar a pressão dos partidos da base aliada, já que deputados reclamam do ritmo lento das liberações.

 

O valor total em emendas parlamentares pago em 2023, segundo o relatório, é R$ 13,49 bilhões, incluindo restos do orçamento secreto. O documento foi entregue aos parlamentares por Valmir Prascidelli, secretário especial de assuntos parlamentares da Secretaria de Relações Institucionais (SRI).

 

A SRI foi procurada, mas não respondeu ao contato da coluna. O espaço está aberto a eventuais manifestações.

 

O deputado Bacelar, do PV da Bahia, que estava presente na reunião, disse que o governo mostrou os números para auxiliar no trabalho dos vice-líderes de mostrar às bancadas de seus partidos que estão sendo atendidas.

 

“O que dizem é que as emendas estão sendo pagas numa agilidade maior que antes. Como eu não recebia antes, eu não sei”, disse Bacelar.

 

Outro presente na reunião, o deputado José Nelto, do PP de Goiás, disse que o relatório demonstra a transparência do atual governo. “Tudo transparente, nada secreto. É muito melhor assim.”

 

Nos últimos anos, investigações do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria-Geral da União (CGU) mostraram que a falta de critério técnico no orçamento secreto faz com que o dinheiro público não chegue a quem precisa.

 

As modalidades de verbas para negociação política usadas pela gestão de Lula, citadas no relatório, são as Emendas de Relator (RP 9), Verbas dos Ministérios (RP 2 a 4) e as Emendas de Comissão (RP 8).

Crítica a Zanin é injusta, e governo Lula não é de esquerda, diz Dino


Por Raquel Lopes | Folhapress

Crítica a Zanin é injusta, e governo Lula não é de esquerda, diz Dino
Foto: Marcelo Camargo / EBC

O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), disse nesta quinta-feira (31) que as críticas feitas ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Cristiano Zanin são injustas. Indicado pelo presidente Lula (PT), Zanin vem sendo criticado por juristas e políticos por suas posições tidas como conservadoras.
 

"Há uma incompreensão política nas análises. O nosso governo liderado pelo presidente Lula não é de esquerda, é um governo que expressa maioria democrática. Cristiano Zanin se insere nesse conceito de maioria democrática? Sim, claro. Significa dizer que em dezenas de votos, quem sabe centenas, não haverá um afinamento no que ele vota e as teses da esquerda. É muito cedo para julgar, é muito cedo para avaliar em um mês o desempenho de um ministro do Supremo", disse em entrevista à GloboNews.
 

Segundo o ministro da Justiça, Zanin "nem sempre vai votar de acordo com uma consulta de Facebook".
 

"Então, tem aspectos que ele votou com o qual eu não concordo e há outras que as críticas são até injustas, por exemplo, das guardas municipais, ele disse o que está na lei", acrescentou.
 

Uma resolução do diretório nacional do PT divulgada nesta quarta-feira (30) mandou um recado velado para o novo ministro do STF.
 

Um trecho do texto, proposto pela presidente do partido, Gleisi Hoffmann, faz referência elogiosa a uma série de decisões recentes tomadas pela corte, mas que tiveram oposição do ex-advogado de Lula.
 

"No momento em que o Supremo Tribunal Federal deve retomar o julgamento do marco temporal, manifestamos a expectativa de que a Suprema Corte reafirme os direitos dos povos indígenas, como ocorreu em decisões anteriores. Esta expectativa de uma atuação em defesa da civilização é reforçada por recentes decisões e avanços do STF neste sentido", diz a resolução.
 

Dino também falou sobre a possibilidade de ser o próximo ministro do Supremo indicado pelo presidente Lula.
 

"Ser lembrado é uma honra, mas eu sempre soube que não existe candidatura e campanha para ser ministro do Supremo. Então, eu não sou candidato, estou focado na minha missão e não faço campanha. Se o presidente da República um dia propuser o debate, eu vou pensar. Até hoje nunca tocou no assunto comigo", disse.


Prefeitos torram dinheiro com festas e agora choram miséria

 em 1 set, 2023 7:55

Adiberto de Souza


Dois meses após terem torrado alguns milhões com artistas nacionais para animar os festejos juninos, os prefeitos agora estão se queixando da crise financeira provocada pela queda do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Será que o planejamento das prefeituras não percebeu a tempo a crise se avizinhando ou os gestores sabiam do problema e, mesmo assim, queimaram o dinheiro público com shows caríssimos? Interessante é que nenhum dos prefeitos queixosos com a queda da arrecadação se dispôs a reduzir o gordo salário: alguns ganham mais de R$ 30 mil. Os ilustres também não falam em diminuir pela metade as inúmeras mordomias que dispõe, nem anunciaram cortes no exagerado número de cargos em comissão. Ora, se tivessem realmente preocupados com as finanças municipais, os prefeitos começariam cortando no próprio bolso, em vez de ficarem chorando de barriga cheia, enquanto a população sofre com a falta de educação, saúde, segurança, moradia, comida, etcétera e tal. Marminino!

INFNET


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Nota da redação este Blog -  O autor do texto questiona se o planejamento das prefeituras não percebeu a tempo a crise se avizinhando ou se os gestores sabiam do problema e, mesmo assim, queimaram o dinheiro público com shows caríssimos. Ele também critica o fato de nenhum dos prefeitos queixosos com a queda da arrecadação se dispôs a reduzir o gordo salário ou as inúmeras mordomias que dispõe.

O autor conclui que, se os prefeitos estivessem realmente preocupados com as finanças municipais, eles começariam cortando no próprio bolso, em vez de ficarem chorando de barriga cheia, enquanto a população sofre com a falta de educação, saúde, segurança, moradia, comida, etcétera e tal.

A crítica do texto é válida. É inaceitável que os prefeitos gastem milhões em shows de artistas nacionais, enquanto a população sofre com a falta de serviços básicos. É preciso que os gestores públicos sejam mais responsáveis com o dinheiro público e que coloquem as necessidades da população em primeiro lugar.

É importante lembrar que o FPM é a principal fonte de receita dos municípios brasileiros. A queda do FPM é uma consequência da crise econômica que o Brasil atravessa. No entanto, isso não justifica que os prefeitos gastem dinheiro público de forma irresponsável.

Os prefeitos que estão se queixando da crise financeira deveriam, em primeiro lugar, rever seus gastos. Eles deveriam cortar gastos desnecessários, como shows de artistas nacionais, e priorizar o investimento em serviços básicos.

Além disso, os prefeitos deveriam reduzir seus salários e mordomias. Eles deveriam dar o exemplo e mostrar que estão dispostos a fazer sacrifícios para ajudar a população.

Capitais: apenas AJU e mais 2 não subsidiaram transporte na pandemia

em 1 set, 2023 3:40

Blog Cláudio Nunes: a serviço da verdade e da justiça
“O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.

O Instituto de Defesa do Consumidor – IDEC, divulgou pesquisa este ano mostrando um dado interessante para o usuário do transporte público: para que os serviços de transportes coletivos, em especial de ônibus, não parassem por causa dos efeitos econômicos da pandemia de covid-19, ao menos 122 cidades precisaram subsidiar os sistemas que gerenciam, a maior parte operada por empresas privadas.

Entre estas 122 cidades estão 23 capitais e apenas Aracaju, Boa Vista (Roraima) e Belém (Pará) foram as capitais que não subsidiaram de nenhuma forma o sistema de transportes na pandemia.

O IDEC comprovou que, juntos, estes subsidiaram cerca de R$ 2,8 bilhões, porém, há casos em que as cidades não divulgaram claramente os valores exatos.

Este é um ponto interessante para o usuário de Aracaju saber também o outro lado da história. O problema da mobilidade urbana em Aracaju vai além de uma futura licitação, mas também da falta de uma transparência por parte do gestor do sistema, neste caso, a SMTT.

É preciso transparência em todos os dados por parte da Prefeitura de Aracaju, que muitas vezes tomam decisões meramente políticas, quando deveriam ser técnicas e, ao final, sobra para o usuário quando o sistema torna-se ineficiente.

 

 

 

Entrevistas aos sábados E a partir de amanhã, 02, todo sábado o blog publicará uma entrevista. Por enquanto a entrevista será apenas através de texto neste espaço, mas em breve, as entrevistas serão em forma de vídeo e disponibilizadas nas redes sociais, inclusive, com a participação de outros colegas.

Missa A missa de Sétimo Dia da senhora Edite Maria Santos Prejuízo, será realizada hoje, 1 de setembro, na Igreja José de Anchieta, localizada no conjunto Augusto Franco, Bairro Farolândia em Aracaju. Edite é filha do saudoso Gervásio dos Santos – conhecido como Careca – e mãe do ex-vereador Max Prejuízo. Desde já família agradece a todos que comparecem a este ato de fé e piedade cristã.

 

 Prestígio O governador em exercício, Ricardo Abreu, sancionou lei que altera a composição do Colegiado no Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE) de 13 para 15 vagas. A solenidade reuniu todos os desembargadores, deputados estaduais e secretários de Estado. As duas novas vagas serão ocupadas por critério de antiguidade e por votação interna do TJSE. “O Estado cresceu e as causas aumentaram. Então, houve essa necessidade do aumento de duas vagas. O suprimento de mais dois desembargadores seguramente irá desafogar o número de processos, dando maior agilidade aos trabalhos do nosso Tribunal “, destacou o governador em exercício.

 UFS: dois novos Campus, Estância e Propriá E nas redes sociais o senador Alessandro Vieira divulgou uma reunião com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo, o senador Alessandro Vieira para tratar da criação de dois novos Campus da UFS. “Os novos campi serão erguidos nas cidades de Estância e Propriá, nas regiões Sul e do Baixo São Francisco”, escreveu o senador informando que essa expansão vai garantir diversos benefícios para as regiões, impulsionando a economia local, além de oferecer a formação de profissionais capacitados para enfrentar os desafios do desenvolvimento do estado nos próximos anos.

Yandra Moura defende maior participação das mulheres na política no lançamento do programa “Defesa Lilás” A deputada Yandra Moura (União) encerrou as atividades da campanha “Agosto Lilás” com sua participação no lançamento do programa “Defesa Lilás”, promovido pelo seu partido, União Brasil. O projeto tem como objetivo promover e difundir a participação política das mulheres, atuando na formação de lideranças em todo o Brasil.

Respeito às diferenças Para Yandra, o União Brasil tem sido plural, democrático e possui em sua essência o respeito às diferenças e a luta pela igualdade de direitos e oportunidades. “É motivo de grande emoção participar do lançamento do Defesa Lilás neste mês tão simbólico, exercendo a função de coordenadora geral do Observatório Nacional da Mulher na Política, estando na vice-liderança do União Brasil na Câmara e sendo a primeira deputada federal eleita pelo meu estado de Sergipe, além de ter sido a mais votada em sua história”, disse.

Projeto A deputada acredita que iniciativas como a do União Brasil com o projeto “Defesa Lilás” combatem as “candidaturas laranjas”. Para ela, as mulheres precisam se sentir fortalecidas e cada vez mais acolhidas para participar de uma campanha eleitoral. A parlamentar afirmou que a estrutura desse projeto surge grandiosa e com adesão das mulheres detentoras de mandatos pelo Brasil. “O Defesa Lilás percorrerá todo o país, oferecendo formação política, comunicação relevante, calendário eleitoral e a importância da filiação partidária. Temos que formar lideranças femininas e promover a atuação das mulheres nas bases”, defendeu.

Projeto II A deputada sergipana ressaltou que o “Defesa Lilás” tem potencial para alterar a realidade existente. “Se em cada município houver uma embaixadora, uma liderança feminina que realmente se importe, e se ela tiver acesso às políticas públicas que construiremos em conjunto, tenho certeza de que conseguiremos reduzir os indicadores nacionais de violência contra a mulher”, concluiu Yandra.

Arrecadação: gestor precisa ter planejamento e olhar sensível à população”, apela Nitinho “É preciso que o gestor público tenha vontade de fazer, seja responsável, tenha planejamento e trabalhe com uma equipe técnica competente para enxergar o sofrimento do povo. Tem que sair do gabinete e entrar na casa do cidadão”, apelou o vereador Nitinho Vitale (PSD, na manhã da quinta-feira, 31.

Afetando as famílias “A queda na arrecadação compromete as receitas dos municípios e do Estado, ameaça a gestão pública e prejudica diretamente a população, as famílias, com a falta de assistência, de saúde, de medicamentos. O cidadão entra em estado de desespero por falta de uma cirurgia”, alertou o parlamentar, durante pronunciamento no Grande Expediente da sessão legislativa da Câmara Municipal de Aracaju.

Convocação Nitinho convocou os poderes legislativos de todo país a se somarem à manifestação dos prefeitos e doa governadores, que pedem uma solução ao Governo Federal. “O Estado de Sergipe já sofreu uma redução de R$ 50 milhões na arrecadação”, argumentou Nitinho, ao defender uma compensação aos entes federados.

Comprometimento “A queda na arrecadação é um problema de todo Executivo e também do Legislativo. A crise começa lá e vai chegar aqui. Em Sergipe, 57% dos municípios já operam no vermelho. Com a queda da arrecadação, há uma tendência forte de comprometimento do pagamento das folhas dos servidores e também de pagamentos de terceirizados e fornecedores”, chamou atenção, prevendo o início de uma crise aguda com potencial para gerar instabilidade econômica, desempregar mais pessoas e causar conflitos sociais.

Gastos Ele também apela para que, neste momento de baixa arrecadação, os gestores públicos ajam com prudência, evitem gastos desnecessários e que tenham sensibilidade para enxergar a vulnerabilidade da população, que já sofre com insuficiência alimentar, falta de assistência, conflitos, violência urbana e até casos mais extremos de dependência química. “Já se pode perceber nas ruas do centro de Aracaju algumas aglomerações de dependentes químicos, que se assemelham a formação de uma cracolândia, como existe em São Paulo”, lamentou.

Estimulando a doação de sangue Alunos de Enfermagem do Centro Universitário Estácio de Sergipe, juntamente com o Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose), promovem uma campanha para estimular a doação de sangue, em prol da doação de medula óssea. A coleta acontece hoje das 8h às 12h, na sede da Estácio em Aracaju, Rua Teixeira de Freitas, 10, Salgado Filho. Para doar, é necessário apresentar documento oficial com foto, ter mais de 50 kg e idade entre 16 e 69 anos. Os menores de idade devem portar também autorização do responsável.

PELO ZAP DO BLOG CLÁUDIO NUNES – (79) 99890 2018


 

Ticket alimentação vergonha dos militares sergipanos Deu no Blog Espaço Militar: O blog Espaço Militar e a ASPRA/SE (Associação de Praças Policiais e Bombeiros Militares de Sergipe) fizeram mais um estudo do valor do ticket alimentação dos militares sergipanos que atualmente é de R$ 11,00 por refeição, o qual está muito defasado, principalmente devido ao aumento da inflação, o que impactou nos gêneros alimentícios e por conseguinte das refeições. Tal valor de R$ 11,00 por refeição está há mais de 6 anos nesse valor, sem que tenha sofrido reajuste, apesar das diversas denúncias feitas na imprensa. Em 16 de março deste ano, o governador Fábio Mitidieri, em entrevista a uma emissora de rádio, falou que não tinha conhecimento do problema e que conversaria com o Secretário de Segurança Pública acerca do fato, porém, até a presente data, o valor permanece o mesmo, sem qualquer perspectiva de reajuste. Só para se ter uma ideia, de acordo com o site http://www.pesquisaprecomedio.com.br/ , o preço médio de uma refeição comercial em Aracaju é de R$ 34,19, já uma refeição em autosserviço custa R$ 40,97; e por fim, uma refeição executiva sai por R$ 33,66. Deixamos as perguntas a serem respondidas:  será que o governador faria uma refeição míseros R$ 11,00? Onde em Sergipe se faz uma refeição com esse valor?  Matéria do blog Espaço Militar.

INFONET 

PF fura o esquema de defesa de Bolsonaro e consegue quatro depoimentos importantíssimos


Estou rindo', diz Michelle sobre caso das joias que | Política

Bolsonaro e Michelle só depõem após resposta à petição

Carlos Newton

Conforme assinalamos aqui, a propósito de Jair e Michelle Bolsonaro terem se recusado a depor à Polícia Federal, a linha de defesa é inteligente e positiva, mas não surtiu efeito. Os advogados Paulo Amador Bueno e Daniel Tesser instruíram o casal a permanecer em silêncio, a pretexto de que o Supremo Tribunal Federal não tem competência para julgar Bolsonaro, por ter perdido o foro privilegiado ao deixar a Presidência.

Os peticionários, no pleno exercício de seus direitos e respeitando as garantias constitucionais que lhes são asseguradas, optam por adotar a prerrogativa do silêncio no tocante aos fatos ora apurados“, diz a nota assinada pelos defensores.

ALEGAÇÃO SEM BASE – Na petição, os advogados alegam que Moraes não pode continuar  atuando no inquérito, que, segundo eles, deveria ser transferido à 6ª Vara Federal de Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo, onde se localiza o aeroporto onde um primeiro kit de joias presenteadas por autoridades sauditas foi retido pela Receita Federal.

Os defensores citam como justificativa a manifestação da Procuradoria-Geral da República que requereu o “declínio de competência” do caso, mas não foi atendida. 

Essa manobra da defesa, no entanto, não tem base legal, conforme Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes sustentam em obras publicadas sobre Direito Constitucional. 

COMPETÊNCIA DO SUPREMO – Segundo os dois ministros, mesmo após encerrado o exercício do mandato, é mantida a competência do STF para julgar o presidente da República sempre que os ilícitos penais tenham sido cometidos durante a gestão (in officio) e estejam relacionados com o exercício do mandato (propter officium).

É exatamente a situação do caso das joias, em que são investigadas as ocorrências referentes a presentes recebidos em função do exercício da Presidência e no decorrer do mandato. 

E a estratégia da defesa fracassou nesta quinta-feira, porque houve defecções. Fabio Wajngarten, ex-Secom, e o assessor Marcelo Câmara ficaram em silêncio, mas os outros quatro intimados prestaram longos depoimentos  — Mauro Cid e o pai, general Lourena Cid, o assessor Osmar Crivelatti e o advogado Frederick Wassef. 

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P.S. 1 –  Até as 22 horas desta quinta-feira, ainda não vazara o teor dos quatro depoimentos. Mas pode-se afirmar que a situação de Bolsonaro deve ter piorado bastante. O general Lourena Cid, pai de Mauro Cid, parece ter seguido o exemplo de Emilio Odebrecht, que disse ao filho na Lava Jato: “Se você não contar, eu mesmo conto”. E Wassef, que está correndo o risco de perder a inscrição na OAB? Bem, de uma forma ou outra, logo saberemos. (C.N.)

Democracia lotérica! Que tal trocar eleições por um sorteio para os cargos públicos?


The power of unlearning: Adam Grant in the Book Club podcast | World  Economic Forum

Adam Grant diz que ninguém mais as surpresas políticas

Hélio Schwartsman
Folha

Vamos acabar com as eleições? Calma, a ideia não é minha, mas de Adam Grant, que não é exatamente um golpista de quatro costados, mas um acadêmico, interessado em aprimorar a democracia. Ele expôs essa ideia em artigo que acaba de ser publicado no New York Times.

Grant é um psicólogo organizacional e, se há algo que psicólogos organizacionais temem, é a chamada tríade sombria, o nome dado à conjunção de altos teores de narcisismo, psicopatia e maquiavelismo numa mesma personalidade.

DOENÇA POLÍTICA – Essa combinação é característica de líderes autoritários e bem mais comum entre políticos do que na população geral. Uma das razões para isso é que portadores da tríade tendem a ter ambição política e a ser bons manipuladores, o que lhes dá vantagem nas urnas.

O ponto de Grant é que é possível afastar a tríade mantendo-se nas quatro linhas da democracia. É só trocar as eleições, que geram essa seleção adversa, pelo sorteio, prática cujo pedigree democrático remonta à Atenas pós-Clístenes, na qual vários cargos públicos eram preenchidos por loteria.

Há um resquício disso no instituto do júri, ainda presente em democracias modernas. O interessante no texto de Grant é como ele tenta desmontar as objeções que imediatamente nos vêm à mente.

LÍDERES POR ACASO – Um exemplo? Ele cita trabalhos de Alexander Haslam mostrando que grupos tendem a tomar decisões melhores quando conduzidos por indivíduos escolhidos ao acaso do que por eleitos ou selecionados com base em testes de liderança. Ele admite, porém, que seria necessário submeter os “sorteáveis” a uma prova de conhecimentos básicos.

Ele também cita, e isso para mim é novidade, uma série de experimentos com democracia lotérica que estão em curso em países como Canadá, Holanda, França, Alemanha e Reino Unido.

O argumento central de Grant, com o qual concordo, é que às vezes a prioridade da democracia deve ser proteger-se da exposição a personalidades perigosas.


Ao nomear ministro “terrivelmente amigo”, Lula se desgastou dentro e fora do PT

Publicado em 1 de setembro de 2023 por Tribuna da Internet

Zanin está pouco ligando para as pautas progressistas do PT

Maria Hermínia Tavares
Folha

Ao indicar para uma vaga do STF (Supremo Tribunal Federal) seu advogado amigo, o presidente Lula criou indignação dentro e fora do PT. Afinal, logo que vestiu a toga, deu cinco votos que o opuseram à maioria da Corte e o alinharam aos ministros patrocinados por Bolsonaro.

Mas, para além do conhecido pragmatismo do cliente, sua escolha leva à cena uma questão maior, que há décadas desafia os progressistas — como acomodar, na agenda classista e redistributiva, a questão ambiental e as demandas por direitos de grupos que não se imaginam parte dessa ou daquela maioria.

COISA ANTIGA – O fenômeno tem milhagem. Já em 1977, o cientista político americano Ronald Inglehart (1934-2021) publicou “A Revolução Silenciosa”, no qual anunciava significativo câmbio na cultura política dos países desenvolvidos, associado à chegada do que então se passou a designar sociedade pós-industrial.

O conflito político — organizado em termos de crescimento econômico, redistribuição de seus frutos e o papel do Estado nisso tudo — ganhava outras clivagens, advindas dos temas trazidos pelas gerações mais jovens.

Assim, Inglehart anunciou a ascensão de uma agenda que chamou de pós-materialista. O conceito incluía muitas coisas díspares: defesa do meio ambiente, direitos das mulheres e outros grupos de gênero (na sociedade e nas famílias), antirracismo, pluralismo cultural e religioso, tolerância com o uso de drogas.

FALTOU COMBINAR… – Na visão do autor, a nova cultura política progressista se somaria àquela que tradicionalmente identificava as esquerdas social-democratas e as opunha às forças conservadoras.  Faltou combinar com os fatos. Salvo raríssimas exceções, o diálogo entre as duas formas de progressismo — o redistributivo e o ecológico-identitário — foi e continua a ser difícil em toda parte, Brasil incluído.

Aqui é enorme a resistência daquela parcela da sociedade, muito mais conservadora do que bem-informada, a bandeiras que lhes pareçam distantes de suas carências cotidianas, como a da proteção ambiental; que sejam do interesse de minorias, como a defesa dos povos indígenas; ou que preguem o reconhecimento de direitos tido como ameaça a seus valores e crenças morais. Por essa razão, quem dependa de votações majoritárias para fazer carreira política trata de dar as costas a isso tudo.

Assim, a efetividade daqueles direitos abrigados na Carta de 1988 — e imprescindíveis para civilizar o país — só pode vir do poder contramajoritário da Suprema Corte. Daí que a escolha de seus membros poderá ter terríveis consequências se a amizade e o pragmatismo míope prevalecerem.

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