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segunda-feira, junho 01, 2020

Celso de Mello diz que bolsonaristas querem ditadura e compara Brasil à Alemanha de Hitler


Celso de Mello diz que bolsonaristas querem ditadura e compara Brasil à Alemanha de Hitler
Foto: Nelson Jr./SCO/STF
O ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), enviou mensagem a ministros da corte alertando que a "intervenção militar, como pretendida por bolsonaristas e outras lideranças autocráticas que desprezam a liberdade e odeiam a democracia", nada mais é "senão a instauração, no Brasil, de uma desprezível e abjeta ditadura militar!!!!".

O magistrado, que é o decano da corte, compara o momento vivido pelo Brasil com o da Alemanha sob Adolf Hitler.

"Guardadas as devidas proporções, o 'ovo da serpente', à semelhança do que ocorreu na República de Weimar (1919-1933) parece estar prestes a eclodir no Brasil", diz ele. "É preciso resistir à destruição da ordem democrática, para evitar o que ocorreu na República de Weimar quando Hitler, após eleito pelo voto popular e posteriormente nomeado pelo presidente Paul von Hindenburg como chanceler da Alemanha, não hesitou em romper e em nulificar a progressista, democrática e inovadora Constituição de Weimar, impondo ao país um sistema totalitário de Poder", diz Celso de Mello.

O ministro relata o inquérito que investiga as acusações de Sergio Moro contra Bolsonaro sobre tentativas do presidente de interferir politicamente na Polícia Federal.



Leia, abaixo, a cópia da mensagem:



"GUARDADAS as devidas proporções, O “OVO DA SERPENTE”, à semelhança do que ocorreu na República de Weimar (1919-1933) , PARECE estar prestes a eclodir NO BRASIL ! É PRECISO RESISTIR À DESTRUIÇÃO DA ORDEM DEMOCRÁTICA, PARA EVITAR O QUE OCORREU NA REPÚBLICA DE WEIMAR QUANDO HITLER, após eleito por voto popular e posteriormente nomeado pelo Presidente Paul von Hindenburg , em 30/01/1933 , COMO CHANCELER (Primeiro Ministro) DA ALEMANHA (“REICHSKANZLER”), NÃO HESITOU EM ROMPER E EM NULIFICAR A PROGRESSISTA , DEMOCRÁTICA E INOVADORA CONSTITUIÇÃO DE WEIMAR, de 11/08/1919 , impondo ao País um sistema totalitário de poder viabilizado pela edição , em março de 1933 , da LEI (nazista) DE CONCESSÃO DE PLENOS PODERES (ou LEI HABILITANTE) que lhe permitiu legislar SEM a intervenção do Parlamento germânico!!!! “INTERVENÇÃO MILITAR”, como pretendida por bolsonaristas e outras lideranças autocráticas que desprezam a liberdade e odeiam a democracia, NADA MAIS SIGNIFICA, na NOVILÍNGUA bolsonarista, SENÃO A INSTAURAÇÃO , no Brasil, DE UMA DESPREZÍVEL E ABJETA DITADURA MILITAR !!!!"

Bahia Notícias

Aos 91 anos, morre o ex-juiz Nicolau dos Santos Neto


 Aos 91 anos, morre o ex-juiz Nicolau dos Santos Neto
Foto: Lula Marques/ Folhapress
O ex-juiz Nicolau dos Santos Neto morreu no último domingo (31) aos 91 anos. Ele estava internado em um hospital de São Paulo (SP) com pneumonia e sintomas da Covid-19.

Nicolau ficou conhecido nacionalmente como “Lalau” por conta do caso do superfaturamento na construção da sede do Fórum Trabalhista de São Paulo em 1998.

Em 2006, o ex-juiz foi condenado a 26 anos de prisão por corrupção, estelionato e desvio de verbas. Ele era presidente do TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região) e foi acusado de desviar quase R$ 170 milhões.

Nicolau cumpriu parte da sua pena em casa. Porém, em 2013, ele foi transferido para Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo. Em 2019, ele deixou o presídio depois de receber indulto para presos com mais de 60 anos e problemas de saúde. 
Bahia Notícias

Como o complexo de vira-latas faz o Brasil importar a loucura de supremacia branca

por Fernando Duarte

Como o complexo de vira-latas faz o Brasil importar a loucura de supremacia branca
'30 pelo Brasil' fingindo serem 300 | Foto: Reprodução/Youtube/The Jornal
O eterno negacionismo do racismo estrutural parece funcionar como uma venda para impedir enxergar os símbolos dessa "nova direita", que chegou ao poder junto com Jair Bolsonaro. Basta ver as recentes apropriações da cultura de supremacistas brancos norte-americanos, que provocam ojeriza em quem entende as mensagens implícitas, ao tempo em que reforçam o comportamento neo facista desses grupos, aprovados por monstros até então escondidos no armário. Isso em um contexto de tensão racial nos EUA, berço desses símbolos agora adotados e relativizados no Brasil.

O exemplo mais explícito - e assustador -, na minha opinião, foi o grupo autoproclamado "300 pelo Brasil" protestar com máscaras e tochas em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Mais referência à Ku Klux Klan (KKK) impossível. Ainda assim, há quem defenda essa mobilização como "liberdade de expressão". Não dá para fingir que não é criminoso utilizar esse direito para divulgar algo tão abjeto como as ideias da KKK. A liberdade de um só existe até o momento em que invade a liberdade do outro. Ser um supremacista branco deveria render prisão e rejeição social. Esse é um dos pontos defendidos pelos movimentos antirracistas inflamados pela morte de George Floyd.

Outro ponto crítico é o ato de beber leite puro, compartilhado pelas hostes bolsonaristas e pelo próprio presidente em transmissões online. É mais uma apropriação da direita radical dos EUA, comprovando o complexo de vira-lata tão presente na política externa do Itamaraty após a posse de Ernesto Araújo como Chanceler. Além de lambe-botas do pseudo filósofo Olavo de Carvalho, viramos capacho oficial na Casa Branca, com direito a importação de muitas ideias imprestáveis da sociedade americana. Tudo isso com a anuência e apoio da elite econômica brasileira, que usou o sentimento antipetista para transformar o país em uma nação comandada por despreparados, bem menores do que o Brasil mereceria.

Enquanto nos EUA, o movimento "Black lives matter" ganha corpo e tenta transceder a realidade racista por lá, aqui fingimos o mito da democracia racial. Inclusive, já se prevê o uso do "quero respirar" para responsabilizar as mobilizações pelas novas ondas de contaminação pelo novo coronavírus. João Pedro, morto aos 14 anos em casa no Rio de Janeiro, se tornou mais um número na escalada criminosa do Estado contra os pobres - e contra a população negra. Fosse ele um garoto de classe média, haveria uma intensa cobrança por punição. Mas Ágatha Félix morreu há mais tempo e pouco se fala daqueles que assassinaram ela aos oito anos.

Feliz será o dia em que consigamos admitir o preconceito arraigado em cada um de nós. Especialmente o racismo, agora negado e rechaçado pelos detentores do poder no Palácio do Planalto. Se você não se deixou emocionar pelas últimas palavras de George Floyd ou pelas falas das mães dos pretos que são mortos diariamente no Brasil, talvez não resida aí humanidade. Vidas pretas importam. Cruzar os braços para esse genocídio ou fingir que não há nada de errado com a semiótica neo facista em ascensão no país fala mais sobre você do que sobre esse projeto de nação que aos poucos vamos implodindo.

Este texto integra o comentário desta segunda-feira (1º) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para as rádios A Tarde FM, Irecê Líder FM, Clube FM, RB FM, Alternativa FM Nazaré e Candeias FM. O comentário pode ser acompanhado também nas principais plataformas de streaming: SpotifyDeezerApple PodcastsGoogle Podcasts e TuneIn.

Bahia Notícias

BN/ Paraná Pesquisas: Administração de Rui é bem avaliada por 84,4% dos baianos

BN/ Paraná Pesquisas: Administração de Rui é bem avaliada por 84,4% dos baianos
Foto: Joilson César/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
O levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, em parceria com o Bahia Notícias, pesquisou não apenas a atuação do governador Rui Costa na crise do novo coronavírus (veja aqui), mas também a percepção dos baianos sobre o governo dele. Para 84,4% dos entrevistados, a administração do petista é bem avaliada. O percentual equivale a soma das avaliações ótima (25,1%), boa (30,8%) e regular (28,5%). Já ruim e péssimo somados equivalem a 13,2% dos pesquisados. Apenas 2,4% não souberam ou não opinaram.
A pesquisa questionou ainda se os baianos aprovam ou não a gestão de Rui à frente do Palácio de Ondina. São 74,2% aprovando, enquanto que 20,4% desaprovam a administração do governador. O número de não souberam ou não opinaram é ligeiramente maior: 5,4%.

O levantamento ouviu, por telefone, 2.016 habitantes em 184 municípios entre os dias 25 e 28 de maio. Com intervalo de confiança de 95%, a pesquisa tem margem de erro de 2% para mais ou para menos.

Bahia Notícias

Operação contra empresa que não entregou respiradores ao Consórcio NE prende 3 pessoas

Segunda, 01 de Junho de 2020 - 07:51

por Glauber Guerra


Operação contra empresa que não entregou respiradores ao Consórcio NE prende 3 pessoas
Foto: Breno Cunha/ Bahia Notícias
Deflagrada pela Polícia Civil da Bahia, a operação Ragnarok, que investiga um grupo de suspeita de fraude na venda equipamentos hospitalares (saiba mais aqui), culminou com a prisão de três pessoas nesta segunda-feira (1º). Os nomes e os locais das detenções não foram divulgados pela Secretária de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).

O mandado de prisão é contra três pessoas. A fundadora da empresa, o sócio e um dono de outra companhia. 

A empresa recebeu R$ 48 milhões do Consórcio Nordeste por um lote de respiradores. Os equipamentos não foram entregues e a devolução da grana não ocorreu.

A operação ocorre em Salvador e mais três cidades: Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo.

Em Salvador, a operação é realizada no Jardim Apipema, em um apartamento de um dos sócios da empresa, e em outro prédio comercial na Avenida Magalhães Neto.

Bahia Notícias

Coronavírus perde força na Bahia e em mais três estados, mostra estudo

Coronavírus perde força na Bahia e em mais três estados, mostra estudo
Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil
Um levantamento feito pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres apontou que em quatro estados brasileiros há sinais de que o contágio por coronavírus está em desaceleração.

São a Bahia, o Ceará, Sergipe e Pernambuco. Desses quatro, o Ceará é o estado em que o vírus está diminuindo mais claramente, seguido de Sergipe e Pernambuco.

Já a Bahia aparece como "incerto", quando o índice de contágio fica entre a queda e o aumento. As informações são do jornal Estado de S.Paulo. 

Na semana passada, o governador Rui Costa havia dito que sinais mostravam que o coronavírus havia atingido o seu platô de contaminação, isto é, em um nível estável que normalmente precede a queda.

Bahia Notícias

Mourão diz que golpe está 'fora de propósito, fora de ordem e fora de foco'

Mourão diz que golpe está 'fora de propósito, fora de ordem e fora de foco'
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou que um golpe militar está "totalmente fora de propósito" apesar da tensão entre os poderes. Em entrevista ao jornal Valor Econômico publicada nesta segunda-feira (1º), ele afirmou que outros períodos não podem ser repetidos "porque o mundo e o país mudaram".

"Falam de golpe. Isso está totalmente fora de propósito, fora de ordem e fora de foco. Totalmente! Totalmente! Pode ter certeza disso", disse.

De acordo com o Valor Econômico, Mourão reiterou a sua visão em uma nota enviada após o aumento da tensão nos protestos do último domingo (31) e a presença de Bolsonaro em um ato contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

"Enquanto as atribuições dos Poderes estiverem sendo respeitadas, as decisões das autoridades acatadas e a disciplina das Forças Armadas mantida, como vem acontecendo, não há qualquer ameaça ao Estado de Direito Democrático no Brasil", diz o comunicado.

Mourão disse na entrevista que a escalada da tensão está relacionada à "retórica inflamada de ambos os lados". O vice também revelou que costuma conversar com Bolsonaro para que ele não se irrite com frequência.

"O presidente se irrita. Essa é uma característica pessoal dele. A gente procura conversar com ele para ele não se irritar porque quem te irrita te domina. Ele compreende, mas tem hora que ele faz os desabafos dele", indicou Mourão, que pediu que deixem Bolsonaro governar o país.

"Fomos governados pela esquerda e pela centro esquerda e agora é a centro direita e alguns da direita mais extremada. Isso é a alternância democrática. Deixa esse pacote passar. Se provar que funciona ele será eleito em 2022 e, se não funcionar, ele irá para o lixo da história. Deixa a turma cumprir sua tarefa. Se tem algo com o qual não se concorda, então entra com uma ação ou o Congresso bloqueia. Vamos baixar as tensões!", pontuou.

Bahia Notícias

EUA enviam 2 milhões de doses de hidroxicloroquina ao Brasil para tratar a Covid

por Folhapress

EUA enviam 2 milhões de doses de hidroxicloroquina ao Brasil para tratar a Covid
Foto: CFM
Os Estados Unidos enviaram ao Brasil 2 milhões de doses de hidroxicloroquina para o tratamento da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. O fornecimento do medicamento foi anunciado pelos dois governos neste domingo (31) e ocorre poucos dias depois de a OMS (Organização Mundial de Saúde) suspender os testes da substância para pacientes com coronavírus por causa dos riscos e da falta de segurança sobre a eficácia do remédio.

A hidroxicloroquina é tradicionalmente usada no tratamento de pessoas com malária e doenças autoimunes.

O uso da substância para tratar pacientes com Covid-19 é defendido tanto pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quanto por Donald Trump.

O mandatário norte-americano já declarou que faz uso do medicamento como medida preventiva para não se contaminar com o coronavírus. Bolsonaro também disse ter uma "caixinha" do remédio guardada caso sua mãe de 93 anos precise.

No Brasil, o uso da hidroxicloroquina foi ampliado no dia 20 de maio para pacientes com sintomas leves do novo coronavírus. Até então, a orientação era de uso apenas por pessoas com sintomas graves e críticos e com monitoramento em hospitais.

Segundo a Casa Branca, a hidroxicloroquina enviada ao Brasil será utilizada por enfermeiros, médicos e profissionais de saúde, além de pacientes infectados.

O governo de Donald Trump também se comprometeu a fazer uma parceria com o Brasil em testes clínicos controlados randomizados sobre a hidroxicloroquina. "Esses testes ajudarão em avaliações adicionais sobre a segurança e a eficácia [do medicamento] tanto para a profilaxia quanto para o tratamento precoce do coronavírus", de acordo com o comunicado.

Além da hidroxicloroquina, os Estados Unidos disseram que enviarão em breve mil ventiladores mecânicos para unidades de saúde brasileiras.

ESTUDOS DESCARTAM EFICÁCIA DA HIDROXICLOROQUINA
Um dos maiores estudos feitos até o momento não encontrou redução de mortalidade por Covid-19 entre pessoas que foram medicadas com hidroxicloroquina (com e sem associação com azitromicina).

A pesquisa com 1.438 pacientes foi publicada em maio na revista Jama (Journal of the American Medical Association), um dos principais periódicos médicos do mundo. Isso significa que o estudo passou por revisão de outros cientistas não envolvidos nas análises em questão.

Outra grande pesquisa, com 1.376 pacientes de Nova York, publicada no The New England Journal of Medicine, outro respeitado periódico científico, também apontou que não foram encontradas evidências de que o uso da hidroxicloroquina influenciaria na redução de mortes ou intubações.

A revista científica inglesa The Lancet também publicou pesquisa feita com dados de 96 mil pessoas internadas com Covid-19 em 671 hospitais de seis continentes, indicando que o uso de hidroxicloroquina e cloroquina estava ligado a maior risco de arritmia e de morte, em comparação com pacientes que não usaram os medicamentos.

Bahia Notícias

Governo Bolsonaro escolhe nome do Centrão para comandar fundo de R$ 30 bilhões da Educação


Charge do Zé da Silva (Arquivo do Google)
Deu no Estadão
O governo nomeou o chefe do gabinete do senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI), Marcelo Lopes da Ponte, para a presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que tem um orçamento de R$ 29,4 bilhões neste ano. A nomeação foi publicada na edição desta segunda-feira, dia 1, do Diário Oficial da União.
Ele vai substituir Karine Silva dos Santos, que ocupava o cargo desde dezembro e é alinhada ao ministro da Educação, Abraham Weintraub. A entrega do fundo a um nome indicado pelo Centrão – bloco informal da Câmara formado por Progressistas, PL, Republicanos, PTB, Solidariedade, DEM e PSD – faz parte da estratégia do presidente Jair Bolsonaro para ganhar apoio no Congresso.
BASE CONSOLIDADA –  O objetivo do governo é ter uma base consolidada para aprovar projetos e, principalmente, barrar um eventual processo de impeachment. Vinculado ao Ministério da Educação, o FNDE é um dos espaços mais cobiçados por políticos. É responsável desde a contratação de livros escolares, transporte de alunos ao programa federal de financiamento estudantil.
Foi por meio do órgão que a pasta contratou uma empresa para fornecer kits escolares a estudantes que, segundo o Ministério Público, está envolvida em um esquema, revelado em março pelo Estadão, que desviou R$ 134,2 milhões de dinheiro público da saúde e da educação na Paraíba.
O governo já havia nomeado na Diretoria de Ações Educacionais do fundo um indicado ao PL, sigla do ex-deputado Valdemar da Costa Neto, condenado no mensalão. Garigham Amarante Pinto, assessor do partido na Câmara, assumiu o cargo no 18 de abril.
ENGOLIU SECO – Inicialmente, Weintraub chegou a reclamar com o presidente por retomar a prática do “toma lá, dá cá”, no qual o governo distribui cargos em troca de votos no Congresso. Mas teve que “engolir seco”. O presidente se irritou com o subordinado, inclusive o acusando de ter vazado informações sobre a negociação.
No ano passado, o órgão foi alvo de uma disputa entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro. Um indicado pelo deputado, Rodrigo Sérgio Dias, foi exonerado da presidência do fundo em dezembro.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – É a velha política do toma lá dá cá que Bolsonaro jurou de pés juntos durante a campanha não compactuar. Agora, na mira de um possível impeachment, deixa a promessa na página dois e negocia cargos sem pudor algum. Dirão os seus seguidores, “mas e o Lula ?”. O Lula já foi e o combinado era para ser diferente. Mais do mesmo. (Marcelo Copelli)

Dia da Imprensa: há o que comemorar?

Em momentos como o que vivemos, o jornalismo sério ganha ainda mais relevância. Precisamos um do outro para atravessar essa tempestade. Se puder, apoie nosso trabalho e assine o Jornal Correio por apenas R$ 5,94/mês.

Pandemia, crise política e econômica, desrespeito às instituições, ameaças à democracia. Hoje (1º de junho), Dia da Imprensa, há mesmo o que comemorar no Brasil? Pergunta difícil, com múltiplas respostas. No que toca à imprensa é possível responder sim e não. Primeiro, o sim. A mais importante lição da pandemia para o jornalismo brasileiro é o resgate de sua credibilidade pelo público. Em meio a tanta desinformação - as famigeradas "fake news" - onde buscar informação de qualidade, apurada com método e rigor? Nos veículos profissionais de mídia, como jornais, TVs, rádios e sites de notícias. Foi o que confirmaram duas pesquisas feitas em março de 2020.
Realizado com 10 mil pessoas em 10 países, incluindo o Brasil, o levantamento da Edelman mostrou que 59% dos brasileiros (64% no mundo) buscam informações confiáveis sobre a pandemia nos meios de comunicação tradicionais. Já a pesquisa do DataFolha, que ouviu 1.558 pessoas no país, chegou a conclusão semelhante: 61% dos entrevistados confiam nos programas jornalísticos de TV; 56%, em jornais; 50%, em rádio; e 38%, em sites de notícias.

Esse é o lado positivo da pandemia para a imprensa. E o negativo? É o agravamento da crise sofrida pelos veículos de mídia, cujo modelo de negócios tradicional vem fazendo água desde o surgimento da internet, na segunda metade dos anos 1990. Com a queda na receita de publicidade, os meios têm tentado diversificar as fontes de renda, mas não tem sido suficiente para segurar os empregos nas redações, que encolhem ano a ano.

Há ainda um segundo aspecto negativo, que se contrapõe ao reconhecimento conquistado desde o início da crise sanitária mundial. É o processo de deslegitimar a imprensa, o jornalismo e os jornalistas. Quando autoridades públicas, como o presidente Jair Bolsonaro, e militantes políticos radicais investem contra a mídia, desqualificando o seu trabalho de informar a sociedade, não fazem mais do que atacar o mensageiro.

Pior quando os ataques descem ao nível pessoal, como mostram dados coletados pela Abraji. Em 2019, houve no Brasil 59 registros de discurso estigmatizante feitos por agentes políticos e públicos contra jornalistas; em 2020, foram 39 até agora. Os casos de assédio virtual foram 30 em 2019 e chegam a 20 este ano. Desde a chegada da pandemia ao Brasil, a Abraji registrou 24 violações à liberdade de imprensa entre 1º de março e 21 de abril, sendo 13 ataques a repórteres, nove discursos estigmatizantes e dois assédios virtuais.

No caso das jornalistas mulheres, a situação é mais grave, pois o assédio assume  contornos machistas e misóginos, como mostram os casos de Patricia Campos Mello e Vera Magalhães, entre tantas outras.

Apesar do cenário desalentador, o jornalismo vive e sobreviverá à pandemia. Seu papel de fiscalizar o Estado e os poderes seguirá, pois é vital a toda democracia. Ideal seria que a imprensa e seus profissionais fossem respeitados e tivessem um ambiente seguro para trabalhar, garantido pelo Estado. Aí, sim, se poderia comemorar o Dia da Imprensa em sua plenitude.
Cristina Zahar é secretária executiva da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji)

Fatos que deveriam envergonhar a história de Jeremoabo.

    

"A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios"
    Montesquieu 1689-1755

Esses desmandos denunciado através do Programa Alerta Jeremoabo, realizados em nome  da mudança do município, além de manchar o presente,   mancham também o passado para sempre e deveriam servir de exemplo como algo nunca mais a ser repetido.

. “O governo que comanda hoje o município é, se não for o mais corrupto da história, o qual sem dúvida, galga esta posição.”



O PENSAMENTO DO PADRE ANTÔNIO VIEIRA
NA ATUALIDADE
Lucia Carine Rocha Corlinos (UERJ)
Ruy Magalhães de Araújo
 (UERJ)

O SERMÃO DO BOM LADRÃO
Um dos sermões que mais se identifica com a atualidade brasileira, pregado na Igreja da Misericórdia de Lisboa em 1655, diante de D. João IV e sua corte. Lá estavam também os maiores representantes do reino, que possuíam cargos elevados, tais como: juízes, ministros e conselheiros.
Vieira utilizou-se do púlpito como mensageiro das absorções públicas, à maneira de uma imprensa ou de um palanque político. Apesar de estar na Igreja da Misericórdia, disse ser a Capela Real e não aquela Igreja o local que mais combinava com o seu discurso, porque iria expor assuntos pertinentes à sua Majestade e não à piedade.
Vejamos alguns trechos abaixo:


Levarem os reis consigo ao paraíso os ladrões, não só não é companhia indecente, mas ação tão gloriosa e verdadeiramente real, que com ela coroou e provou o mesmo Cristo a verdade do seu reinado, tanto que admitiu na cruz o título de rei.
Mas o que vemos praticar em todos os reinos do mundo é, em vez de os reis levaram consigo os ladrões ao paraíso, os ladrões são os que levam consigo os reis ao inferno.
Esta pequena introdução serviu para que Vieira manejasse os seus dardos inflamados contra aquele auditório composto por pessoas da nobreza. E continuou enérgico:
A salvação não pode entrar sem se perdoar o pecado, e o pecado não se perdoa sem se restituir o roubado: Non dimittitur peccatum nisi restituatur ablatum.
Suposta esta primeira verdade, certa e infalível; a segunda coisa que suponho com a mesma certeza é que a restituição do alheio sob pena de salvação, não só obriga aos súditos e particulares, sendo também aos cetros e as coroas. Cuidam ou devem cuidar alguns príncipes, que assim como são superiores a todos, assim são senhores de tudo; e é engano. A lei da restituição é lei natural e lei divina. Enquanto lei natural obriga aos reis, porque a natureza fez iguais a todos; enquanto lei divina também os obriga; porque Deus, que os fez maiores que os outros, é maior que eles.


Delirante, Bolsonaro confia que o procurador e os militares vão mantê-lo no poder


Análise | O que Bolsonaro ganha e perde na briga com governadores ...
Situação de Bolsonaro está cada vez mais complicada
Carlos Newton
Com pouquíssima cultura e capacidade intelectual, se tivesse prosseguido sua carreira no Exército, Jair Bolsonaro jamais chegaria a general. Seu raciocínio é sempre primário e sem profundidade, incapaz de desenvolver um planejamento a longo prazo. Essas características pessoais, é claro, atrapalham sua gestão, mas o pior, mesmo, é o bloqueio que o impede de ouvir sugestões e conselhos.
Se tivesse ouvido ministros como Santos Cruz, Gustavo Bebianno, Heleno Nunes, Santa Rosa, Eduardo Ramos e Braga Netto, é evidente que os resultados do governo seriam bem melhores e o presidente não estaria hoje nessa situação de ruptura, equilibrando-se para se manter no cargo.
TUDO AO CONTRÁRIO – O fato concreto é que Bolsonaro exibe um comportamento que indica estar perto da idiotia, porque faz tudo ao contrário e não sabe aproveitar as oportunidades abertas pelo destino, como a pandemia de coronavírus.
Como se sabe, o ministro da Economia, Paulo Guedes, está indo mal. Seu antecessor, Henrique Meirelles, tirou o país de uma recessão brutal (PIB negativo de 3,6% em 2015 e 3,3% em 2016), equilibrando a economia em 2017 e 2018, com crescimento de 1,3%.
Com todo o entusiasmo da eleição de Bolsonaro, o PIB mal chegou a pegou a 1,1,%, após uma maquiagem estatística.
CHEGA A PANDEMIA – A chegada da pandemia foi uma espécie de habeas corpus econômico para o governo, porque causou uma recessão mundial. Assim, Bolsonaro e Guedes jamais poderiam se acusados pela derrocada econômica, e as mortes decorrente seriam debitadas nas contas dos prefeitos e governadores, garantindo a reeleição do presidente.
Mas Bolsonaro fez o contrário, assumiu a responsabilidade pelo combate à pandemias, entrou em choque com os prefeitos e governadores, os prejuízos serão debitados em sua conta política.
O resultado é seu progressivo enfraquecimento político, com 32 pedidos de impeachments na Câmara, sete pedidos de abertura CPIs e dois inquéritos pesadíssimos no Supremo (caso Moro e fake news), além do recém-aberto contra seu filho Eduardo.
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P.S. –
 Para escapar do impeachment, Bolsonaro oferece publicamente ao procurador-geral Augusto Aras uma vaga no Supremo. Ao mesmo tempo, mostra contar com uma intervenção das Forças Armadas a seu favor. Em seu delírio de grandeza, julga (?) que os militares se considerarão engrandecidos ao defendê-lo, sem percebe que eles não veem a hora de dar posse ao vice-presidente eleito, que é um homem sério e capaz de conduzir o país por um caminho seguro. E nem vamos falar nessa criação do grupo Ku Klux Klan à brasileira. Realmente, é demais(C.N.)

52% dos brasileiros são contra a presença fardada no poder político, aponta pesquisa do Datafolha


Charge do Nani (nanihumor.com)
Igor Gielow
Folha
Em tempos de rumores sobre o papel dos militares na política, a forte presença de fardados no governo do capitão reformado do Exército Jair Bolsonaro (sem partido) divide opiniões no Brasil, com ligeiro predomínio daqueles que condenam a prática.
Segundo pesquisa do Datafolha, 52% dos brasileiros são contra a presença fardada no poder político, enquanto 43% a aprovam e 5%, não sabem responder. O levantamento foi feito na segunda e na terça-feira, dias 25 e 26, ouvindo 2.069 adultos possuidores de telefone celular — ele não foi presencial para evitar riscos de contágio pelo novo coronavírus. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
FORTE PRESENÇA – Hoje, 8 dos 22 ministros do governo são egressos das Forças, e dois deles (o general Luiz Eduardo Ramos, secretário de Governo, e o almirante Bento Albuquerque, das Minas e Energia) ainda são parte do serviço ativo.
Um nono oficial, o general da ativa Eduardo Pazuello, ocupa interinamente o Ministério da Saúde, centro da coordenação de combate à Covid-19. Lá, após as traumáticas saídas de Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, promoveu uma militarização de cargos vitais, nomeando 17 fardados.
Por fim, o vice-presidente é um general de quatro estrelas da reserva, Hamilton Mourão. Espraiam-se pela Esplanada cerca de 2.500 outros militares, ocupando cargos diversos, pelo menos 1.200 deles emprestados da ativa.
APROVAÇÃO – A militarização, fenômeno inédito no escopo mas que tem sua origem já no governo de Michel Temer (MDB, 2016-18), agrada mais os mais ricos e instruídos: 62% dos que ganham mais de 10 salários mínimos aprovam o movimento, assim como 50% dos que têm curso superior –neste caso, empatando com os 47% contrários à ocupação.
A presença desagrada mais as mulheres (57% de rejeição) do que homens (51% de aprovação). Como seria de se esperar, e amplamente aprovada (76%) pelos que consideram o governo ótimo ou bom, e igualmente rejeitada (78%) por quem o acha ruim ou péssimo.
DIVISÃO – A discussão sobre a militarização bolsonarista divide as Forças Armadas desde o começo do governo. Em entrevista à Folha logo após a eleição de Bolsonaro, o então comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, tentou dissociar os militares do então futuro governo.
Caso perdido, como a recente aliança dos fardados com o Centrão em prol da governabilidade e contra um impeachment mostra.Além de sua origem fardada, aliás uma distorção dado que ele saiu do Exército após passar por um processo disciplinar por suposta trama de atentados em 1988, Bolsonaro cercou-se de generais da reserva na campanha.
A estrela era Augusto Heleno, colega seu e de Mourão no curso de paraquedismo da Força. Hoje com menos poder do que já teve, o militar segue como chefe do Gabinete de Segurança Institucional.
ALA MILITAR – Com o governo em curso, formou-se a ala militar, para a crítica constante de Heleno, hoje na chefia do Gabinete de Segurança Institucional. Na realidade, são várias as alas, e a configuração atual passa pelo eixo Fernando Azevedo (Defesa)-Walter Braga Netto (Casa Civil)-Ramos (Secretaria de Governo).
Os três generais já serviram juntos no Comando Militar do Leste, no Rio, com Azevedo à frente e hoje servindo de pivô do grupo e contato com o serviço ativo devido a seu cargo.
Ramos, contudo, se destaca pela relação pessoal com Bolsonaro, com quem dividiu quarto como cadete, e foi especulado pelo presidente como um nome para comandar o Exército, já que a relação com o atual chefe, Edson Pujol, não é das mais azeitadas. Azevedo, por sua vez, se equilibra numa corda após ver o enfraquecido chefe buscar mais apoio entre seu esteio militar.
NOTAS – Foi obrigado a divulgar notas reforçando o comprometimento das Forças com a Constituição após Bolsonaro participar de atos golpistas, mas também apoiou Heleno em sua nota em que apontava riscos à estabilidade em decisões do Supremo Tribunal Federal.
O serviço ativo, contudo, é outra história. Nem todos os membros do Alto-Comando do Exército se sentem confortáveis com a associação a um governo tão polêmico quanto o de Bolsonaro, e o temor expresso por Villas Bôas em 2018 de que uma militarização da política se transfigurasse numa politização dos quartéis permanece.
Até aqui, indícios disso são vistos muito em redes sociais, com a popularidade das mensagens bolsonaristas entre médios e baixos escalões das Forças. A atração que o discurso exerce sobre PMs pelo país, contudo, é mais notória, como se viu na greve da corporação no Ceará neste ano.
VITÓRIAS – Azevedo tem logrado diversas vitórias corporativas no cargo, enquanto Bolsonaro busca associar-se cada vez mais aos fardados durante a crise política embutida na emergência da Covid-19. O plano de reestruturação de carreira e reforma previdenciária dos militares foi aprovado no ano passado, após duas décadas de protelação, além de várias benesses acessórias.
A Marinha, Força mais afastada do núcleo do poder, ganhou R$ 7,6 bilhões para construção de novos navios, numa operação criticada dentro da área econômica. Já a Força Aérea, ainda mais distante do bolsonarismo, manteve seu cronograma de programas estratégicos, como o caça Gripen ou o cargueiro C-390 Millenium.

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