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terça-feira, julho 06, 2010

MP recomenda toque de recolher às cidades alagoanas

As sugestões são para garantir a segurança dos moradores dos 15 municípios que decretaram estado de calamidade pública

05/07/2010 | 17:21 | agência Estado

O Ministério Público de Alagoas (MP-AL) recomendou nesta a adoção do toque de recolher, a partir das 22 horas, nas cidades do Estado afetadas pelas fortes chuvas das últimas semanas, e a proibição à noite da venda de bebida alcoólica.

As sugestões são para garantir a segurança dos moradores dos 15 municípios que decretaram estado de calamidade pública. O órgão recomenda também que as delegacias e grupamentos de policiais militares fiquem abertos 24 horas por 90 dias.

Até o momento, mais de 74 mil pessoas tiveram que abandonar as suas casas em Alagoas por causa dos temporais, sendo 26.618 desabrigados e 47.897 desalojados. De acordo com classificação da Defesa Civil, desabrigados são pessoas que perderam tudo e precisam dos abrigos públicos, e desalojadas, aquelas que podem contar com ajuda de vizinhos e familiares.

Fonte: Gazeta do Povo

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Campanhas serão milionárias na Bahia

Luiz Fernando Lima

Os sete candidatos ao governo do estado registraram suas candidaturas até o início da noite ontem no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Além dos postulantes ao Palácio de Ondina, também tiveram seus nomes inscritos para o pleito deste ano os candidatos ao Senado, Câmara Federal e Assembleia Legislativa. A declaração de bens dos candidatos, bem como as estimativas iniciais de gastos com a campanha, também teve que ser registrada. Além disso, os coordenadores das campanhas precisaram levar ao TRE a matriz do programa de governo dos postulantes, cumprindo nova determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De acordo com a coordenação executiva da campanha do governador Jaques Wagner, a estimativa inicial é de que sejam gastos R$ 26 milhões na primeira fase do pleito. Os coordenadores ressaltam que este valor pode variar para mais ou menos. O valor é duas vezes maior do que a estimativa inicial para a campanha de 2006, quando a previsão da equipe do então candidato ao primeiro mandato foi de R$ 12 milhões.

Entre as diretrizes do programa de governo de Wagner que foram divulgadas, está o desenvolvimento democrático através do Plano Plurianual do Estado (PPA). A proposta de “crescer repartindo” também figura entre os pontos destacados no programa para a reeleição do governador. Contudo, as ações de inclusão social, através das parcerias com o governo federal, permanecem na linha de frente neste início de campanha.

No registro da candidatura do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), a estimativa de gasto é de R$ 30 milhões. Segundo a assessoria de imprensa do candidato, o programa de governo registrado ontem pela coligação está bem amarrado, sendo difícil apenas um ou dois destaques. Mesmo assim, o comando da campanha peemedebista revela que entre as prioridades do ex-ministro está um programa na área econômica para reduzir as desigualdades regionais, através da requalificação de políticas públicas nas diversas áreas da gestão estadual.

Outra medida prevista no programa é implementação da infraestrutura agrícola, com a reestruturação da malha rodoviária e investimento para permitir melhor escoamento da produção.

Na educação, os peemedebistas pretendem universalizar o ensino infantil, além de estimular o ensino profissionalizante. Para a segurança pública, o programa prevê a reformulação completa de todo o sistema. Ainda foi anotada a extensão do saneamento básico por todo o estado.

Propostas são exigência do TSE

A definição dos programas de governo foi acelerada nos últimos dias, devido à nova resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que obriga os partidos a apresentar, no ato de registro das candidaturas, o programa dos candidatos ou pelo menos um resumo das propostas. A entrega aconteceu no último dia para o registro, de acordo com o calendário eleitoral.

Para eleger o ex-governador Paulo Souto, candidato do Democratas ao Palácio de Ondina, os coordenadores da campanha estimaram gastar R$ 20 milhões nesses meses que antecedem a eleição. Em 2006, a previsão de gasto foi de R$10,8 milhões. A aposta de tucanos e democratas está em mostrar que a Bahia perdeu espaço nacionalmente e que é possível retomar o crescimento.

Para tanto, a articulação da campanha elaborou um projeto denominado “Soluções”. Segundo a assessoria de imprensa do candidato, a ideia é levantar as demandas da população baiana e tentar apresentar propostas que possibilitem colocá-las efetivamente em práticas. “Rodamos diversos municípios conversando com a população. Agora, vamos intensificar as ações”, conta o candidato, através da assessoria.

Ontem mesmo aconteceu uma reunião entre a coordenação da campanha e a equipe de marketing para estabelecer as estratégias com a abertura oficial do calendário eleitoral. O candidato do DEM prevê explorar a distribuição de panfletos e jornais nas cidades em que visitar durante o pleito. Souto coloca ainda em seu programa de governo que a melhoria da qualidade dos serviços públicos em todos os setores da Bahia é uma prioridade.

Segundo ele, a população não pode esperar para que isto seja resolvido. “É preciso que todos os setores funcionem com eficiência”, deseja. Reconquistar o primeiro lugar do Nordeste através da captação de investimentos e trazendo grandes empresas também está nos planos do democrata.

Fonte: Tribuna da Bahia

Largada é dada hoje. Saiba o que está ou não proibido

Luiz Fernando Lima

Com o início do período eleitoral, a população já pode se preparar para receber, aos montes, os tradicionais “santinhos”, nome dado aos cartões distribuídos com foto, nome e número dos candidatos. As gráficas já estão trabalhando a todo favor e, segundo a legislação eleitoral em vigor, este tipo de divulgação está totalmente liberada. Uma curiosidade sobre os “santinhos” é que no canto do papel, em letras quase imperceptíveis, estará escrito: “Não jogue lixo na rua”. Fica a dica.

Outra forma de publicidade permitida a partir de hoje é o carro de som, podendo o mesmo circular pelas ruas entre as 8h e 22h. No entanto, a Lei Eleitoral n° 9504/97 proíbe que o som desses veículos esteja ligado a menos de 200 metros de escolas, bibliotecas, hospitais, repartições públicas, igrejas e teatros. “Está é uma medida que não funciona, mas as pessoas podem denunciar”, revela Ademir Ismerim, especialista em Direito Eleitoral.

Os alto-falantes e caixas de som nas sedes dos partidos e comitês registrados também estão autorizados. Os jingles e pronunciamentos dos candidatos certamente serão transmitidos por estes canais. “A lei municipal que limita o volume de som não pode ser aplicada neste caso. Isto porque a prefeitura não tem poder para intervir no processo eleitoral, apenas a Justiça Eleitoral tem esta autoridade” ressalta.

Na internet, a liberdade é ainda maior. Entre as poucas proibições estão os anúncios, denominados banners, pagos ou gratuitos, em quaisquer sites. Também está proibida a veiculação dos programas eleitorais. A multa para quem não seguir estas determinações pode chegar a R$30 mil. Entretanto, os candidatos podem lançar sites próprios, divulgá-los, enviar e-mails, desde que devidamente assinados. A Justiça Eleitoral também estabeleceu multa para aqueles que atribuírem os textos a terceiros ou a outro candidato, por exemplo.

Os showmícios continuam proibidos, bem como a participação de artistas que tenham como função animar os comícios. O trio elétrico está liberado para os comícios, que podem acontecer até às 24h. A lei recomenda que os interessados em realizar o evento político informem as autoridades policiais para que as medidas de segurança e alteração de tráfego sejam adotadas.

Ismerim ressalta que é proibido colar qualquer panfleto, cartaz ou afim em bem públicos ou de uso comum, como pontos de ônibus, cinemas, postes, passarelas e viadutos. “A multa pode chegar a R$8 mil para quem descumprir a determinação”, revela. Além da multa, os irregulares devem remover o que colocaram e restaurar o espaço em até 48 horas.

Os outdoors também são espaços proibidos para campanhas. Sendo colocada a propaganda nestes locais, tanto a empresa responsável pela placa quanto os partidos anunciantes deverão retirar a publicidade, ficando sujeitos a multas entre R$ 5.320,50 e R$15.961,50. O uso da imagem dos presidenciáveis no material impresso está liberado.

Fonte: Tribuna da Bahia

Inevitabilidade do segundo turno

Carlos Chagas

Apesar de as pesquisas estarem servindo mais para confundir do que para esclarecer, uma previsão pode ser tirada: haverá segundo turno nas eleições presidenciais. É claro que mudanças e reviravoltas acontecem, faltando três meses para o pronunciamento popular, mas, por enquanto, José Serra e Dilma Rousseff estão condenados a enfrentar-se duas vezes. A decisão final do eleitorado, apenas entre os dois, exige desde já esforços suplementares por parte de tucanos e companheiros, bem como de seus afins.

Necessitam os respectivos comandos de campanha de munição extra para travar a batalha final. Nas três vezes em que se disputou o segundo turno nas eleições presidenciais, só a primeira despertou dúvidas quanto ao vencedor. Em 1989, em cima da hora o eleitorado precisou optar entre Fernando Collor e Luiz Inácio da Silva, sem um favorito ostensivo. Ganhou Collor.

Depois, Fernando Henrique venceu no primeiro turno as duas vezes que disputou, em 1994 e 1998. Já o Lula precisou enfrentar a segunda votação, uma contra José Serra, em 2002 e outra contra Geraldo Alckmin, em 2006. Mas era previamente considerado vencedor, nas duas. Apenas, faltaram-lhe pequenos percentuais para vencer de pronto.

Agora, pelo jeito, será diferente. Pelas pesquisas atuais, Dilma e Serra chegarão ao segundo turno no olho mecânico. Sendo assim, necessitarão dispor de alternativas para a batalha final. Quais? Transformar a segunda votação num plebiscito entre o governo Lula e o passado governo Fernando Henrique, gostaria Dilma. Ou travar a batalha em torno da experiência e da capacidade administrativa, optaria Serra.

Mas precisará haver muito mais do que isso: o debate entre programas e promessas, uma discussão aprofundada a respeito das soluções de cada um para os grandes problemas nacionais. Pode ser que a campanha atinja seus pontos mais altos. Ou não?

Depois, só em novembro

No dia 15, quinta-feira da próxima semana, fecham-se as portas do Congresso, para um recesso destinado a ultrapassar de muito os limites constitucionais. Porque em agosto, setembro e outubro só em períodos excepcionais poderão ser encontrados deputados e senadores em Brasília. Empenhados nas campanhas eleitorais, a maioria buscando reeleger-se, todos de olho nas eleições presidenciais e para os governos dos estados.

Não há como criticar os parlamentares. Estarão lutando pela própria sobrevivência política. Quer denominem o período de recesso remunerado ou apelem para o eufemismo dos esforços concentrados, a verdade é que não poderia ser diferente.

Sendo assim, descontados os fins de semana que começam as sextas-feiras e se estendem até as terças-feiras, teremos mesmo cinco dias de trabalho, de hoje até a debandada. Dá para votar alguma coisa de essencial? Parece que nem o pré-sal, ainda que esforços se façam nesse sentido. São coisas da democracia representativa. Pode ser que em novembro, já conhecidos os resultados do segundo turno das eleições, e na primeira quinzena de dezembro, o Congresso consiga apresentar alguns resultados.

Fonte: Tribuna da Imprensa

TRE recebe lista com 1.060 gestores com contas rejeitadas

Felipe Dieder l A TARDE

>>Veja a lista completa

O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) entregou na segunda-feira, 5, ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a lista com a relação de 857 gestores municipais, presidentes de câmaras municipais e responsáveis diretos por empresas vinculadas à esfera municipal que tiveram contas rejeitadas pelo órgão entre os exercícios de 2002 e 2008. Na última quinta, véspera de feriado do 2 de Julho, o TCE entregou sua lista, que conta com 203 nomes ligados a supostas irregularidades.

As duas listas servirão para a Justiça Eleitoral decidir se aceita ou não o registro de candidatos cujos nomes estiverem nos documentos. Entre os que integram as duas listas, estão deputados estaduais e federais candidatos à reeleição e ex-prefeitos que desejam ocupar cadeiras na Assembleia Legislativa ou na Câmara dos Deputados.

Pela nova Lei da Ficha Limpa, sancionada em julho pelo presidente Lula, o candidato que tiver conta rejeitada por uma corte de conta (TCU, TCE e TCM) por dano insanável e incorrigível está inelegível por oito anos a contar da data da condenação.

A entrega das listas atende à Legislação Eleitoral, que determina aos Tribunais de Contas o envio para o TRE, até o dia 5 de julho, da relação dos gestores que tiveram contas rejeitadas nos último oito anos (prazo contido na nova lei). Antes da aprovação da Ficha Limpa, esse prazo era de cinco anos. A nova Lei, contudo, sofre questionamentos em tribunais superiores.

Semana passada, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) e uma deputada estadual de Goiás conseguiram habeas corpus para garantir o registro de duas candidaturas, mesmo tendo sido condenados judicialmente por órgãos colegiados, como determina a nova lei.

Palavra final - O corregedor do TCM, Raimundo Moreira – que levou a lista ao TRE na segunda, à tarde –, destacou que, durante o processo de análise das contas, as câmaras municipais podem contradizer o parecer prévio do TCM, aprovando o que tiver sido rejeitado pela corte e enfraquecendo a opinião do tribunal.

Por isso, cabe ao TRE a palavra final sobre o direito de se candidatar ou não de quem fizer parte das listas dos inelegíveis, tanto do TCM quanto do TCE - o que reforça o pepel institucional dos dois órgãos de fiscalização.

Leia reportagem completa na edição impressa do Jornal A Tarde

STF diverge sobre aplicação da lei Ficha Limpa

Nesta semana, o Supremo Tribunal Federal recebeu pedidos de políticos condenados, que pretendem afastar a aplicação da chamada Lei Ficha Limpa. O ministro Gilmar Mendes suspendeu os efeitos da decisão que condenou o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), e o ministro Dias Toffoli suspendeu sentença contra uma deputada estadual de Goiás. Desta vez, o ministro Ayres Britto manteve em três decisões a inegibilidade de políticos condenados em segunda instância. O ministro afirmou que não está totalmente convencido da possibilidade de concessão do efeito suspensivo por decisão monocrática, ao analisar uma decisão de colegiado.

Na primeira decisão, o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ayres Britto, negou liminar em Ação Cautelar 2.654 proposta pelo deputado federal João Alberto Pizzolatti Júnior (PP-SC), com o objetivo de suspender os efeitos da decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina nos autos da Apelação Cível 06.011311-6, que confirmou sentença de primeira instância, condenando o deputado com base na Lei de Improbidade. Ele foi denunciado pelo Ministério Público estadual por irregularidades na contratação, pela prefeitura de Pomerode (SC), da empresa Pizzolatti/Urbe, da qual o deputado é sócio.

“Se não é qualquer condenação judicial que torna um cidadão inelegível, mas unicamente aquela decretada por um 'órgão colegiado', apenas o órgão igualmente colegiado do tribunal ad quem é que pode suspender a inelegibilidade”, afirma o ministro em seu despacho.

O ministro também argumenta que o pedido de liminar não atende os requisitos de plausibilidade jurídica do pedido (fumus boni juris) e do perigo da demora na prestação jurisdicional (periculum in mora). “A decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina está embasada em elementos que estariam a comprovar diversas e graves irregularidades praticadas pelo postulante nos procedimentos licitatórios levados a efeito pelo município de Pomerode/SC.”

Ayres Britto ressalta, ainda, que o deputado não foi condenado unicamente com base em sua condição de parlamentar, que já era sócio de empresa, além de que o acórdão impugnado considerou a participação individualizada nos atos de improbidade administrativa.

Por fim, ao negar a liminar, diz que “para se chegar a conclusão diversa da adotada pela instância de origem, faz-se necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos. Providência vedada pela Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal”.

De acordo com os autos, a ação do deputado pretendia garantir efeito suspensivo à condenação até que o STF julgasse o Recurso Extraordinário apresentado por sua defesa, de modo a assegurar o registro de sua candidatura, sem considerar os efeitos da Lei Complementar 135/2010 (Lei da Ficha Limpa).

Além de recorrer ao STF, os advogados do deputado apresentaram também, simultaneamente, Recurso Especial que foi julgado e negado pelo Superior Tribunal de Justiça.

Minas Gerais
Já no segundo caso, Ayres Britto negou liminar em Ação Cautelar 2.661 proposta pelo ex-prefeito de Montes Claros (MG) Athos Avelino Pereira e por Sued Kennedy Parrela Botelho, ex-vice-prefeito do município, com o objetivo de atribuir efeito suspensivo a agravo de instrumento, a fim de reverter os efeitos de condenação que lhes foi imposta pelo Tribunal Regional Eleitora de Minas Gerais — e confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral —, que resulta em inelegibilidade e impede o registro de suas candidaturas nas eleições gerais deste ano.

O argumento foi o mesmo, o de que tem dúvidas sobre a possibilidade de concessão do efeito suspensivo por decisão monocrática. O ministro disse, ainda, que não está presente, no caso, a plausibilidade do pedido, uma vez que o recurso extraordinário não foi admitido na origem, “o que já revela a ausência dos pressupostos de cautelaridade, nos termos da jurisprudência desta nossa Corte”.

O pedido de liminar foi apresentado na tentativa de assegurar o registro das candidaturas, a despeito do estabelecido na Lei Complementar 135/2010, que impede o registro de candidatos que tenham sido condenados por colegiado.

Paraná
Por último, o ministro negou seguimento à Ação Cautelar 2.665 apresentada por Juarez Firmino de Souza Oliveira, que contestava decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná e buscava garantir seu registro para concorrer à eleição deste ano. Segundo Britto, não cabe ao STF examinar casos de liminar que busquem atribuir efeito suspensivo a recurso especial eleitoral.

O ministro disse, ainda, que “a má qualidade do fac-símile interposto, em descompasso com a legislação processual (artigo 4º da Lei 9.800/99), já ensejaria o arquivamento da petição”.

Oliveira teve suas contas de campanha para vereador do ano de 2008 rejeitadas pelo Juízo Eleitoral da 66ª Zona de Maringá (PR). O TRE do estado extinguiu o recurso apresentado pelo candidato, que recorreu ao STF para garantir efeito suspensivo a recurso especial eleitoral contra a decisão do TRE, evitando a inelegibilidade.

No Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Hamilton Carvalhido acatou pedido feito pelo deputado federal Márcio Junqueira (DEM-RR) para afastar, liminarmente, a inelegibilidade do parlamentar. Com informações da Assessoria de Imprensa do STF.

Lei aqui a decisão sobre AC 2.654
Lei aqui a decisão sobre AC 2.661
Lei aqui a decisão sobre AC 2.665

Revista Consultor Jurídico,

Leia o voto sobre liberdade de expressão na web

Manifestações de apoio, "ainda que expressas, ou revelações de desejo pessoal que determinado candidato seja eleito, bem como as críticas ácidas que não transbordem para a ofensa pessoal, quando emanadas de pessoas naturais que debatem política na internet, não devem ser consideradas como propaganda eleitoral". Com base nessa afirmação, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Henrique Neves, negou nesta semana um pedido do Ministério Público Eleitoral para retirar do ar um blog em favor de Dilma Rousseff (PT) do ar.

O ministro, relator do caso, disse em seu voto que "diante de alegação da prática de propaganda irregular, de um lado, não pode ser sacrificado o direito à livre expressão do pensamento do cidadão que se identifica, de outro, não é possível permitir que essa manifestação ofenda princípios constitucionais de igual relevância ou afronte as leis vigentes".

Trata-se de um importante passo à frente na interpretação da legislação eleitoral aplicada ao uso da internet. O tribunal define a diferença entre a livre circulação de ideias e a propaganda eleitoral. E lança uma luz para que a internet possa ser usada como meio saudável de informação no processo eleitoral, sem os temores de que tudo que cai na rede é proibido.

O pedido do MPE foi negado porque Neves considerou que suspender todo o conteúdo do blog implicaria em determinar a retirada não só daquelas informações que, eventualmente, infrijam a legislação, mas também todas as demais que constituem meras opiniões e estão abarcadas pela garantia da livre expressão do pensamento.

Os argumentos
O MPE ajuizou o recurso contra o Google do Brasil por considerar que a empresa hospeda site no qual não se podem identificar os responsáveis por seu conteúdo. E argumentou que o site deveria ser retirado imediatamente do ar, a fim de que a disputa eleitoral “obedeça aos ditames de equilíbrio entre os candidatos”, uma vez que a propaganda eleitoral só é permitida após o dia 5 de julho.

Inicialmente, o ministro Henrique Neves, relator do caso, solicitou informações ao Google, que forneceu alguns dados sobre o responsável pela criação e manutenção do blog. Além disso, a empresa alegou que para remover o conteúdo eleitoral de suas ferramentas é imprescindível a apreciação prévia pelo Judiciário, “para que seja verificado se há ou não conteúdo lesivo, na forma da legislação vigente”.

Henrique Neves disse que a criminalização do debate político deve ser evitada. Para o relator, uma pessoa que não seja candidata ou que não aja a mando de um, somente pratica propaganda irregular quando esta se configura de forma abusiva, clara e evidente. Com informações da Assessoria de Imprensa do TSE.

Clique aqui para ler o voto na íntegra

Revista Consultor Jurídico,

segunda-feira, julho 05, 2010

Plenário do Senado vira a sala dos perigos

Estudo do Corpo de Bombeiros, obtido com exclusividade pelo Congresso em Foco, revela que estado de segurança e conservação do plenário do Senado é precário e exige reformas. Também há problemas na Câmara dos Deputados

Relatório do Corpo de Bombeiros
Ar-condicionado danificado, gambiarras elétricas. Esse é o lado que ninguém vê do plenário do Senado

Thomaz Pires

Aparelhos de ar-condicionado danificados. Instalação elétrica com gambiarras. Teto enferrujado. Ausência de sistema de segurança contra incêndio. Por incrível que pareça, a descrição anterior é de um dos cartões postais de Brasília, o plenário do Senado, no prédio do Congresso Nacional. As condições de segurança e de conservação da sala azul onde acontecem as sessões presididas pelo senador José Sarney (PMDB-AP) são arriscadamente precárias. A conclusão é de um relatório apresentado à primeira-secretaria da Casa que denuncia o estado de degradação. Mesmo alertada da situação degradante, a diretoria-geral da Casa prevê executar as medidas emergenciais sugeridas somente no recesso parlamentar do fim de ano.

O Congresso em Foco teve acesso ao documento, encomendado ao setor de vistorias do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, e verificou que parte das instalações datam da inauguração de Brasília. Algumas delas nunca passaram por reposição. A tubulação de ar condicionado, por exemplo, está remendada com fitas isolante e os aparelhos de refrigeração apresentam falhas com a vida útil desgastada.

Veja as imagens do relatório

A situação também se repete na estrutura do teto. Ela é formada por várias placas metálicas que refletem a luz, aumentando a iluminação do local, num belo efeito imaginado por seu idealizador, o arquiteto Oscar Niemeyer. Ocorre que, sem manutenção, as placas acabam virando pequenas armas. Uma delas já caiu na cabeça do falecido senador baiano Antônio Carlos Magalhães. Na época, ele já alertava sobre as constantes quedas da estrutura do teto nas cadeiras. Recentemente, outros senadores endossaram a queixa.

As conclusões finais do Corpo de Bombeiros, a princípio, surtiram efeito e mobilizaram um pequeno grupo de senadores. A Mesa Diretora resolveu posicionar-se sobre o assunto. Como resposta, o primeiro-secretário Heráclito Fortes (DEM-PI) determinou, ainda no início do ano, um estudo técnico para elaborar o plano de reforma nas dependências do plenário. Somente na última semana foi anunciada pela Comissão Permanente de Licitações (COPELI) a empresa vencedora da concorrência pública que fará essa reforma. Entretanto, ainda não há contrato de serviço.

Com a proposta de reforma em mãos, o primeiro secretário foi contundente em manifestar as preocupações com o estado degradante do Senado. Nas justificativas, ele manifestou a preocupação com as sucessivas quedas de energia no plenário e as gambiarras nos arredores do local.

Breve reparos

A reforma anunciada está orçada em R$ 5,1 milhões. No primeiro momento, será reparada somente a estrutura metálica do teto. As recomendações emergenciais, que compreendem instalações de hidrantes e a construção de uma rampa de acessibilidade, ficarão para uma etapa posterior. Nela, também estão previstas obras nas bancadas, púlpitos, cadeiras, banheiros e troca do carpete.

Entre as ações da primeira fase está prevista a instalação de chuveirinhos (sprinklers) e detectores de fumaça no teto. Além disso, a revitalização na cobertura interna do Plenário: sistemas de ar condicionado e ventilação, isolamento acústico e térmico, iluminação (normal e de emergência) e estrutura metálica (defletores opto-acústicos suspensos). O Congresso em Foco teve acesso ao plano completo da reforma no plenário (confira aqui).

Diretor da Secretaria de Engenharia do Senado, Adriano Bezerra de Faria não esconde as preocupações com o adiamento de parte das ações recomendadas pelos bombeiros. Segundo ele, o estado de precariedade pode agravar-se até o fim do ano e o ideal é que todo o serviço fosse realizado em uma única ação. “A situação está no limite. Fizemos todo o estudo detalhado conforme o solicitado. A preocupação maior é que a situação fique ainda mais grave até o início de dezembro e possa prejudicar os trabalhos”, explica.

Procurada pela reportagem, a diretoria do Senado alegou que a empresa contratada para a reforma executará a primeira etapa do serviço em 45 dias, em três turnos de trabalho. Sobre as medidas de segurança apresentadas pelo corpo de bombeiros e deixadas para a etapa posterior, como o sistema de combate a incêndios (na parte inferior), a diretoria justificou a decisão de desmembrar a obra alegando não haver tempo hábil para executar todas as recomendações.

Risco inflamável

O relatório do Corpo de Bombeiros também apontou que as gambiarras no quadro de energia do plenário podem ser os causadores dos freqüentes apagões no local. A última vistoria no quadro de energia, realizada em setembro do ano passado, revelou que a fiação elétrica está comprometida e oferece risco de curtos, o que pode ser encarado como um potencial causador de princípio de incêndio.

Também externando preocupações com a situação degradante, o major Antônio Ferreira, membro do setor de vistorias do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, argumenta que o local corre grandes riscos com a situação atual. “As colas e carpetes do plenário são altamente inflamáveis. O simples fato de não haver sistema de prevenção contra incêndio e risco de curtos-circuitos são suficientes para o local ser interditado. Os parlamentares têm que ter ciência disso”, afirma.

Atualmente, a falta de hidrantes no pavimento inferior do plenário faz com que as medidas de segurança sejam cumpridas através da presença dos brigadistas. Eles trabalham em turnos alternados para atender emergências e caso de princípio de incêndio.

Perigos também na Câmara

Noticiado em 2007 pelo Congresso em Foco, o plenário da Câmara dos Deputados também foi alvo de relatórios apontando riscos estruturais e condições precárias de segurança. Um relatórios de prevenção a incêndio apontou falhas que vinham sendo relatadas desde 1996. A conclusão do documento foi assinada, na ocasião, pelo então diretor do Departamento da Polícia Legislativa (Depol) da Câmara, Claudionor Rocha.

O documento apontou o plenário e a biblioteca como “os locais mais críticos da Casa”. O problema do carpete inflamável – também observado no Senado – deveria ser resolvido com a adoção de “materiais similares mais modernos e que contenham características retardantes”.

Passado o período de três anos, a diretoria da Casa segue sem ter implementado as medidas de segurança. Ainda assim, a situação de conservação é considerada melhor que a do Sendo. A confirmação é da própria Secretaria de Engenharia do Senado. “Sabemos que estamos com alguns pontos menos conservados em comparação à Câmara. O plenário é o principal. Mas as obras não deverão passar de dezembro”, afirma o diretor da Secretaria de Engenharia do Senado, Adriano Bezerra de Faria.

Leia também:

Câmara corre perigo

Fonte: Congressoemfoco

Nas revistas: Deputados gastam verba indenizatória na campanha

IstoÉ

Congresso financia campanha

O uso indevido da verba indenizatória é alvo constante de polêmica na Câmara, mas os deputados não se cansam de extrapolar os limites de utilização desta cota, bancada pelos cofres públicos. Neste ano eleitoral, a verba de gabinete, criada para dar suporte à atividade parlamentar, vem sendo usada descaradamente para financiar campanhas. Foi o que revelou levantamento feito por ISTOÉ no portal da Câmara. Os gastos dos parlamentares com as rubricas relativas à divulgação do mandato e aluguel de jatinhos pularam de R$ 4,5 milhões, entre janeiro e junho de 2009, para R$ 9,6 milhões, no primeiro semestre de 2010.

O caso do deputado Carlos Willian (PTC-MG) é emblemático. Candidato à reeleição, ele não havia gasto nenhum centavo no primeiro semestre de 2009 com frete de jatos ou divulgação. Valeu-se da verba indenizatória apenas para custear despesas inerentes ao mandato, como as com combustíveis, alimentação e manutenção de escritório. Já neste ano de eleição, Willian gastou R$ 89,1 mil com o aluguel de aeronaves para percorrer cidades de Minas Gerais. Só no mês de fevereiro pagou R$ 39,9 mil à empresa de aviação Abelha Air. “O Estado é grande e o deputado ficou traumatizado depois de ser vítima de um acidente de carro no início do ano”, justificou sua assessoria. Já o deputado Wilson Santiago, aspirante a uma cadeira no Senado, de 2009 para 2010 elevou de R$ 9 mil para R$ 62,5 mil suas despesas com gráficas, publicidade e fretamento de aviões.

As sete vidas do coronel Roriz

Ao rejeitar por 7 votos a 1 a intervenção na capital do País, o Supremo Tribunal Federal deixou nas mãos dos eleitores a responsabilidade pelo futuro de Brasília. Caberá ao povo, nas urnas, separar o joio do trigo e escolher o que for melhor para a cidade. Entretanto, a considerar as atuais pesquisas de opinião, não haverá mudanças mais profundas nos quadros políticos do DF. Ao contrário, tudo indica que Joaquim Roriz deu a volta por cima e poderá sentar na principal cadeira do Palácio Buriti pela quinta vez em sua longa vida política. Bateria, assim, o recorde que divide com Miguel Arraes, que foi quatro vezes governador de Pernambuco. No momento, Roriz (PSC e mais nove partidos) lidera as pesquisas com 42% dos votos contra apenas 22% do petista Agnelo Queiroz, ex-ministro do Esporte. “Vou ganhar no primeiro turno, pois as pesquisas são feitas por domicílio e não ouvem quem mora no entorno de Brasília. Lá tenho mais de 80% dos votos”, afirmou Roriz à ISTOÉ.

A própria oposição está conformada com a volta ao poder da velha raposa, de 72 anos e há mais de 40 na política. Sabe que, embora enfrente a rejeição da classe média que vive no Plano Piloto e nas casas dos Lagos Sul e Norte, Roriz é praticamente imbatível nas cidades-satélites que criou. “Brasília, este ano, viveu o pior escândalo de sua história. A população deveria aproveitar para fazer uma enorme limpeza na classe política do Distrito Federal”, afirma, resignado, o deputado distrital Antônio Reguffe (PDT), que se destacou nas denúncias ao governo Arruda. Nos meios políticos, comenta-se que o petista Agnelo Queiroz, após aliar-se ao PMDB, teria feito um acordo com Roriz, pelo qual serão evitados ataques pessoais na campanha.

A voz de Serra na UNE

Logo após o golpe da madrugada de 1º abril de 1964, a União Nacional dos Estudantes (UNE) foi posta na alça de mira dos militares que tomaram o poder. Os generais enxergavam na entidade um braço político do governo João Goulart. E avançaram com virulência sobre os universitários. A UNE era presidida por José Serra, então com 22 anos e hoje candidato do PSDB à Presidência da República. Ele cursava o último ano da Escola Politécnica da USP e, assim como os outros nove diretores, passou a ser caçado pelos quatro cantos do País. Acreditavam os golpistas que a UNE recebia ajuda financeira da União Soviética. “Era pura mistificação. As verbas da UNE eram verbas oficiais, e o relator do Orçamento era, inclusive, um deputado da UDN e amigo do general Castello Branco”, nega Serra. Mas, numa das primeiras ações repressivas da ditadura, a sede da UNE na Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro, foi invadida em busca do “ouro de Moscou”. Só encontraram um cofre enferrujado, coberto pela bandeira de Cuba. Mas o ódio à UNE era tão grande que atearam fogo ao prédio histórico.

Ação popular – Depois de dirigir a União Estadual dos Estudantes em São Paulo, Serra foi eleito presidente da UNE em julho de 1963, para um mandato de um ano, num clima de turbulência política. Metade da chapa encabeçada pelo atual tucano era composta pela Ação Popular (AP), organização que nasceu nos movimentos católicos e da qual Serra fazia parte. A outra fatia pertencia a militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB), o Partidão. A esquerda estava unida, reforçando a tendência das eleições de Aldo Arantes em 1961 e Vinícius Caldeira Brant em 1962. O hoje senador Marco Maciel (DEM-PE) chegou a se lançar em uma chapa alternativa pela direita em 1963, mas desistiu diante do amplo favoritismo de Serra, que foi consagrado com a chapa única. “Na época da UNE, eu já tinha o hábito de não dormir e conversava com todos, por isso, fui eleito”, disse Serra na quinta-feira 1º.

Vários caciques e um índio

A novela em torno do vice na chapa de José Serra ao Palácio do Planalto fez com que caciques de PSDB e DEM protagonizassem cenas de trapalhadas raramente vistas na política brasileira. A trama envolveu pressões pouco ortodoxas exercidas por dois irmãos senadores e mostrou de forma cristalina como dois minutos na tevê foram mais importantes do que plataformas políticas na composição da chapa.

A escolha do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) gerou uma crise na parceria de caciques do PSDB com o DEM. Diante da reação, os tucanos não tiveram outra escolha senão aprovar a substituição de Dias pelo até então pouco conhecido deputado Índio da Costa (DEM-RJ). O desastrado episódio, porém, deixou sequelas e expôs a maneira improvisada com que a campanha vem sendo tocada. A solução encontrada, segundo líderes do PSDB ouvidos por ISTOÉ, não tem eficácia eleitoral e demonstrou que a grande força do DEM não está em seus quadros políticos, mas no tempo a que a legenda tem direito no horário eleitoral gratuito. “Foi um desgaste desnecessário. O PSDB entrou numa briga de irmãos e colocou em risco um projeto nacional”, disse o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO).

Nanicos & família em campanha

Eles não movimentam multidões de cabos eleitorais, correligionários em profusão, batalhões de marqueteiros ou potentes equipes de propaganda. Os nanicos – candidatos de partidos pequenos que têm em comum o ódio por esta designação – contam com tempo de televisão reduzido, orçamento baixo e mais simpatizantes pessoais que militantes. Sonham em bolar um jargão do tipo “Meu nome é Enéas”, que tornou famoso o médico barbudo das eleições passadas. E, na falta de uma marca como esta, capaz de garantir-lhes expressão nacional, agitam mesmo as próprias famílias. Parente de nanico não descansa em época de eleição.

Na luta por mais votos, os candidatos nanicos invariavelmente acabam dando trabalho a seus familiares. Julyane Helena Silva, 26 anos, estudante de publicidade, é um caso exemplar. A cada quatro anos, desde que nasceu, ela vê o pai disputando eleições – sem nunca ter ganhado nenhuma. Agora, prestes a se formar, é ela quem dá o tom da campanha de Oscar Silva, do PHS, emprestando seus conhecimentos publicitários à candidatura do pai à Presidência da República. Além de opinar sobre jingles, material impresso e propaganda na internet, ela tenta organizar, com o irmão, encontros com eleitores indecisos. “Participo só nos bastidores”, diz Oscar Silva Júnior, filho do candidato.

Época

A crise do vice vai atrapalhar Serra?

José Serra não foi candidato em 2008. Mesmo assim, terminou aquele ano aclamado como um dos grandes vencedores das eleições municipais e um sagaz estrategista político. Gilberto Kassab (DEM), até então seu pouco expressivo afilhado, derrotara na disputa pela prefeitura de São Paulo Marta Suplicy (PT), apoiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o ex-governador Geraldo Alckmin, candidato do PSDB, o partido de Serra. “Dedico a ele esta vitória”, afirmou Kassab durante a festa de comemoração.O padrinho agradeceu ao pupilo, mas, comedido, desconversou sobre a autoria da estratégia de sucesso.

Na semana passada, no entanto, Serra protagonizou, na escolha do candidato a vice-presidente de sua chapa, uma lambança capaz de levantar dúvidas nos que o consideram um engenhoso articulador político. Serra cometeu falhas justamente na composição com seus aliados do DEM, terreno que o PSDB julgava totalmente aplainado. Ao escrever os últimos capítulos da novela em torno de seu vice, Serra viu-se obrigado a rifar o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), que ele escolhera como companheiro de chapa, perdeu horas importantes de campanha enfurnado em reuniões estéreis, abriu uma temporada de tiroteio interno em sua coligação e acabou escolhendo, sob pressão, o pouco conhecido deputado federal Indio da Costa (DEM-RJ), de 39 anos, para a vaga.

O segundo Dirceu

José Carlos Becker de Oliveira e Silva aparenta ser mais novo que seus 32 anos. É alto, cerca de 1,90 metro, magro, tem os cabelos claros, é solteiro e pai de uma filha. José Carlos é um bem articulado candidato a deputado federal pelo PT no Paraná. Ele mantém um blog, um programa semanal de rádio chamado Caminhos do noroeste, faz política intensamente pelo Twitter e comparece todos os dias a eventos em cidades do noroeste do Paraná. Mas não gosta de entrevistas. “Eu não sou uma figura nacional. Meu pai é quem é”, disse José Carlos a ÉPOCA há duas semanas, em um seminário sobre agricultura familiar em Paranavaí. “Meu mundinho é isso aqui.” José Carlos é conhecido como Zeca Dirceu, filho do ex-ministro José Dirceu. Mas o “mundinho” de Zeca Dirceu é mais vasto do que ele gostaria de admitir.

Ex-prefeito de Cruzeiro do Oeste, cidade de 20 mil habitantes do noroeste paranaense, Zeca Dirceu é apontado pelos concorrentes como um candidato forte a deputado. Por um motivo simples: mesmo sem ter broche espetado na lapela do terno, gabinete ou assento na Câmara, em Brasília, Zeca tem mais acesso a ministros e burocratas influentes no governo federal que muitos deputados. Durante seu mandato como prefeito de Cruzeiro do Oeste, Zeca obteve cerca de R$ 14 milhões em verbas federais – valor significativo para um município pequeno. Zeca é conhecido na região por ajudar outros prefeitos a chegar aos gabinetes em Brasília. Só no ano passado, segundo aliados, Zeca obteve R$ 13 milhões em verbas federais para 37 cidades da região. “Mesmo não sendo deputado, ele tem muito acesso em Brasília, nos ministérios”, afirma Edno Guimarães, prefeito de Cianorte, cidade três vezes maior que Cruzeiro do Oeste. “Não sei se é apoio do pai, mas ele consegue (verbas).” Segundo Guimarães, Zeca o levou a encontros com os ministros Reinhold Stephanes (Agricultura), Paulo Bernardo (Planejamento), Alfredo Nascimento (Transportes) e Hélio Costa (Comunicações). Como obter verbas é fundamental para a sobrevivência de um deputado, Zeca está no caminho certo.

A ordem que confunde

Quando tomou posse como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em abril, com a missão de comandar as eleições 2010, o ministro Ricardo Lewandowski afirmou em seu discurso que a Justiça deveria ter papel coadjuvante no processo. A política deveria ser a protagonista. Na semana passada, essa ideia desandou. Com duas decisões, a Justiça criou insegurança nos partidos para a propaganda eleitoral e abriu uma brecha na recém-criada Lei da Ficha Limpa às vésperas do prazo final do registro das candidaturas, neste dia 5.

Aprovada há menos de um mês, a Lei da Ficha Limpa proíbe que os condenados em decisões judiciais de segunda instância possam se candidatar. Condenado pelo Tribunal de Justiça do Piauí por suposta promoção pessoal com dinheiro público quando foi prefeito de Teresina nos anos 1990, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) não poderia se candidatar. Fortes recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas o julgamento não acabou antes do prazo de registro das candidaturas. Na semana passada, o ministro Gilmar Mendes concedeu uma liminar para que Fortes registre sua candidatura até o julgamento. Outra liminar foi concedida pelo ministro Dias Tóffoli a uma deputada estadual do PDT de Goías. As medidas poderão abrir precedentes para outros que queiram driblar a Lei da Ficha Limpa.

Uma decisão do TSE criou dúvidas sobre as regras da propaganda eleitoral. Em resposta a uma consulta feita pelo PPS, o TSE afirmou que candidatos a governador ou a senador não podem usar a imagem do candidato à Presidência de seu partido se eles estiverem coligados no Estado a um partido que apoia outro candidato presidencial.

De novo no vermelho

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva costuma dizer, em variadas ocasiões, que vai deixar um país arrumado para seu sucessor. É verdade que o Brasil avançou em muitas áreas. Mas, do ponto de vista das finanças públicas, o sucessor de Lula não poderá ficar tranquilo.

Segundo divulgou a Secretaria do Tesouro Nacional na semana passada, o governo federal fechou suas contas de maio no vermelho, com um déficit de R$ 509,7 milhões. Foi o pior resultado para meses de maio desde o início da série histórica, em 1999, e o terceiro mês do ano em que houve déficit nas contas federais (os outros meses foram fevereiro e março). De acordo com o Banco Central (BC), que adota uma metodologia diferente, a situação seria ainda pior – um déficit de R$ 1,4 bilhão, o pior para maio desde 1991. Isso sem contar o pagamento dos juros da dívida pública federal, que atingiu R$ 993,1 bilhões em maio – uma alta de 75% desde a posse de Lula, bem acima da inflação de 52% no período.

Lavanderia de portas abertas

O Brasil passou a frequentar, nos últimos anos, algumas listas promissoras. É apontado como destaque na superação da crise financeira mundial, é um dos destinos preferidos dos investidores internacionais e é visto como uma das principais potências emergentes, ao lado de China e Rússia. Mas o mesmo Brasil também frequenta listas nada lisonjeiras. Um relatório concluído no fim de junho pelo Grupo de Ação Financeira (Gafi), organismo internacional que combate a lavagem de dinheiro, faz uma afirmação desanimadora: o país está longe de evitar que recursos amealhados com corrupção, tráfico de drogas e armas, sequestros, crimes financeiros, terrorismo e contrabando sejam absorvidos pela economia.

A lavagem de dinheiro é um fenômeno internacional. Estima-se que algo entre 3% e 5% do PIB mundial (US$ 1,4 trilhão e US$ 2,4 trilhões) seja “lavado” anualmente. O problema é como cada país a combate. Das 49 recomendações feitas pelo Gafi para coibir esse tipo de crime, o Brasil atende plenamente a apenas três. Os Estados Unidos atendem a 15. Os emergentes Rússia e China aparecem à frente do Brasil, com dez e oito, respectivamente. O presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), ligado ao Ministério da Fazenda, Gustavo Rodrigues, afirma que o Gafi está certo em boa parte das observações. “Mas o Gafi reconhece que avançamos”, diz. “Um exemplo é a criação de cortes especializadas no assunto. Não somos os melhores do mundo, mas também não somos o Irã quando o assunto é combate à lavagem de dinheiro.”

Um programa fora de sintonia

Era início da noite de segunda-feira 22 de julho de 1935, quando o locutor Luiz Jatobá interrompeu com sua voz grave a programação das 50 rádios que operavam no país. Estreava o Programa nacional, idealizado por um amigo de infância do então presidente, Getúlio Vargas, com o objetivo de propagandear as realizações do governo federal. Em 1939, quando Vargas já estabelecera no país a ditadura do Estado Novo, o programa, rebatizado como A hora do Brasil, tornou-se transmissão obrigatória pelas emissoras de rádio, sempre no horário das 19 horas. Durante a vigência de outra ditadura, a do regime militar, A hora do Brasil virou A voz do Brasil. Mudou de nome, mas manteve seu caráter compulsório e sua marca registrada: a abertura com os acordes de “O guarani”, a ópera de Carlos Gomes, e a voz de um locutor que anunciava: em Brasília, 19 horas.

Quando A voz do Brasil foi criada, o rádio era o principal meio de comunicação de massa, e não havia outros canais para os brasileiros das regiões mais longínquas se informarem sobre os fatos e acontecimentos da vida do país. Nesses 75 anos que nos separam da primeira transmissão do programa, o Brasil passou por grandes transformações. Urbanizou-se e deixou de ser um país de população eminentemente rural. Sua economia se industrializou e se modernizou a ponto de estar diante da perspectiva de virar, em breve, uma das cinco maiores do mundo. Há mais de 25 anos, o país é governado por um regime democrático pleno. O rádio também mudou e se adequou à concorrência de outros meios como a televisão e a internet. O anacronismo da obrigatoriedade de transmissão, às 19 horas, de A voz do Brasil por todas as emissoras de rádio do país, porém, permaneceu inalterado, apesar de os poderes públicos contarem hoje com uma monumental estrutura de comunicação. Esse aparato oficial inclui a TV Brasil (controlada pelo governo federal), a TV Câmara, a TV Senado, a TV Justiça e 648 emissoras de TV e rádio de caráter governamental ou educativo.
Fonte: Congressoemfoco

A mídia golpista vai insistir no empate e no segundo turno, com ajuda dos institutos de pesquisa

Muitos “especialistas” serão ouvidos. Muitas pesquisas de intenção de voto falarão em “empate” entre Dilma e Serra. Muitos “formadores de opinião” da grande imprensa vão insistir no segundo turno. Farão propaganda aberta a favor do candidato Serra e irão ajustando suas “opiniões” à medida que seus argumentos se tornem insustentáveis diante dos fatos. Até o “potencial” de transferência de voto do presidente Lula será minimizado, como se fosse possível prever qual vai ser o comportamento do eleitor diante de um pedido de voto de Lula.

A nova fase de enrolação dos institutos foi inaugurada com a pesquisa Datafolha. Empate técnico entre Dilma (38%) e Serra (39%) anuncia o Grupo Folha. Empate técnico repetem os jornais regionais macaqueando as agências de notícia. Ah! Já a pesquisa espontânea com Dilma com 22% e Serra com 19% não merece nenhuma manchete, pelo contrário, eles chamam atenção para o fato de Serra ter saído de 14% e Dilma de 19% para a atual posição. Cada qual diz o que quer, cada jornal dá a manchete que seus leitores merecem.

O tal “potencial” de Lula transferir voto para Dilma diminuiu para 10%. Nesta conta entram os 5% que declaram voto em Lula, os 4% que votariam em que Lula indicar e o 1% que vota no “candidato do PT”. Mas será que entra os 91% do Amazonas que saúdam o Governo Lula?

E a rejeição de Serra? Não tem importância, embora seja o campeão com 24% contra os 20% de Dilma. O importante para eles é considerar que a rejeição de Serra caiu de 27% para 24%.

A Folha de S. Paulo continua sua campanha a favor de Serra. Outro dia entrevistou dois “especialistas”, ambos prevendo segundo turno, uma matéria programada para gerar a manchete “Analistas prevêem segundo turno”. Analistas quem cara-pálida? DOIS analistas seria mais acertado dizer.

A sorte de Dilma é que o eleitor brasileiro não está dando importância aos jornais, muito menos às TVs.
# posted by Oldack Miranda/Bahia de Fato

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Benefício após 91 tem revisão

Ana Magalhães
do Agora

Os segurados que começaram a receber aposentadoria por invalidez ou pensão por morte depois de 24 de julho de 1991, e que foram originadas de benefícios concedidos entre 5 de outubro de 1988 e 24 de julho de 1991, podem ter uma revisão.

Essa correção pode garantir para o segurado um aumento de até 60% no valor do benefício. E mais: não é necessário entrar com uma ação na Justiça. O Ministério da Previdência Social informou que o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) realiza essas revisões de maneira administrativa.

Fonte: Agora

Salvador em estado de alerta

Karina Baracho

Do dia primeiro até as 9 horas de ontem, a estação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) contabilizou 216,1 milímetros de chuva em apenas quatro dias. O volume é maior do que o esperado para todo mês de julho que era de 184,9. No mesmo período, a Defesa Civil de Salvador (Codesal) recebeu 290 solicitações de emergência. Os bairros mais atingidos pela chuva, segundo as ligações feitas pelo 199, foram Sussurana, Castelo Branco, Liberdade, Pau da Lima, São Caetano e São Marcos.

Alagamentos de área, ameaça de desabamento de imóvel, ameaça de deslizamento e a ocorrência de deslizamentos de terra, foram as maiores solicitações da Codesal neste início de mês, período em que a chuva deu pouca trégua aos soteropolitanos. Quem precisou sair de casa não pôde esquecer o guarda-chuva e o agasalho. Quem se aventurou a andar pela orla teve que lutar com os fortes ventos. Nem os surfistas se atreveram a entrar no mar agitado.

Sombrinhas jogadas nas ruas e avenidas mostravam a força e ousadia dos ventos. A água empossada também causava transtornos a quem caminhava pela cidade e não tinha opção a não ser colocar o pé literalmente na água. Apesar de não ter sido um temporal forte, a água caiu constantemente durante todo o final de semana, o que causou um acumulado significativo. Deixando em alerta a equipe da Codesal.

“Graças a Deus a situação foi pior no final de semana”, diz a estudante Maria Fernanda Guerreiro, 21 anos. “Na sexta foi feriado, não tivemos aula e a maioria da população não precisou trabalhar, pois a chuva não parou um segundo. Hoje (ontem) pela manhã o tempo continua fechado e as nuvens carregadas”, acrescenta a estudante apontando para o céu.

O enfermeiro Marcos Macedo, 32 anos, acreditava que o tempo não ia voltar a mudar de tal forma. “Sabia que ia continuar instável, pelo menos é o que dizia a previsão do tempo, mas pensei que tanta chuva só ia acontecer no próximo ano, realmente me surpreendi”. De acordo com ele, a chuva pegou muita gente de surpresa. “Nem estava saindo mais de casa com guarda-chuva, pois a chuva era pouca e intercalava entre períodos de sol”, acrescenta.

No início da manhã de anteontem, a terra deslizou no bairro de Jardim Cajazeira e obstruiu uma rua. Um engenheiro da Codesal foi até o local para avaliar os estragos e os imóveis das proximidades. A Superintendência de Conservação e Obras Públicas (Sucop), também foi acionada e cortou algumas árvores que corriam o risco de cair e causa mais estragos.

População pode colaborar – O subsecretário de Defesa Civil, Osny Bomfim, chama a atenção para algumas medidas que podem ser tomadas pela população a fim de evitar acidentes, como em relação ao descarte do lixo. “O lixo jogado de forma inadequada dificulta o escoamento da água, podendo causar alagamentos de área e potencializar o deslizamento de terra, por isso deve ser descartado de maneira correta”, lembra Bomfim, acrescentando que é comum encontrar materiais inservíveis em encostas.

O subsecretário chama atenção também para algumas situações: Se uma pessoa observar o aparecimento de fendas e depressões no terreno, além de rachaduras nas paredes de imóveis, inclinação de tronco de árvores, de postes e o surgimento de minas d’água, deve avisar imediatamente a Codesal, pois pode ocorrer um deslizamento de terra.

Deve-se evitar também plantar árvores de grande porte nas encostas, assim como aquelas que acumulam água em suas raízes, como as bananeiras. Verificar ainda como estão sendo realizadas as construções dos imóveis. “É de fundamental importância que tenham o acompanhamento de um engenheiro. A autoconstrução é condenada, pela falta, em muitos casos, de estrutura de qualidade”, lembra Bomfim.

É importante que, ao verificar uma área de risco, a pessoa entre em contato com a Codesal, através do 199 ou vá pessoalmente à sede do órgão, localizado na Avenida Mário Leal Ferreira (Av. Bonocô), s/n. Técnicos e engenheiros vão ao local realizar a vistoria e verificar a real situação.

Fonte: Tribuna da Bahia

Candidatos em chuteiras

Carlos Chagas

Junto com os respectivos pedidos de registro, hoje, José Serra. Dilma Rousseff e os demais candidatos a presidente apresentarão ao Tribunal Superior Eleitoral um resumo de seus programas de governo. É a lei que determina essa obrigação, certamente ainda não um detalhado plano de iniciativas, mas, ao menos, um elenco de concepções e promessas. Último dia de prazo para a apresentação das candidaturas, ambos cumprirão o ritual exigido pela legislação, iniciando-se formalmente as campanhas.

Os menos tolerantes dirão tratar-se de uma farsa, porque candidatos Dilma e Serra já são há quase dois anos, encontrando-se em campanha por quase igual período. De qualquer forma, e coincidindo com a recente desclassificação do selecionado brasileiro na copa do mundo de futebol, a disputa pela presidência da República passa a ocupar todos os espaços no imaginário popular. Daqui até outubro, crescerão no eleitorado os debates, as especulações e as definições a respeito de quem ocupará a presidência da República pelos próximos quatro anos.

Educação, saúde e segurança pública farão parte dos programas e das preocupações dos candidatos, não apenas dos dois mais bem colocados nas pesquisas, mas de todos os demais. Reformas, também, como a política e a tributária.

Etapa importante do processo sucessório começará em agosto, quando do início do horário de propaganda eleitoral gratuita pelo rádio e a televisão. Em suma, Robinho, Kaká, Dunga e outros estão fora de campo. De chuteiras e prontos para apresentar grandes lances ou caneladas, estão os candidatos.

É confusão, mesmo

Certos grotões da candidatura de Dilma Rousseff, lá para os lados do PT, levantam a hipótese de uma conspiração pró-Serra entre alguns institutos de pesquisa e órgãos da grande imprensa. Sustentam estar a candidata bem adiante do adversário, em termos numéricos, atingida apenas pelos percentuais manipulados que apontam empates técnicos e até a prevalência do ex-governador de São Paulo por um ou dois pontos. Pode até ser, em se tratando de atividades comerciais e do interesse de certas elites, mas de forma alguma deveria essa preocupação alimentar a paranóia de alguns companheiros.

Nem os institutos arriscam-se a ficar afastados da realidade, nem a mídia avançará tanto a ponto de não poder compor-se com o vencedor ou a vencedora. Para uns, a desmoralização representaria a perda de futuros negócios e fregueses, porque novas eleições virão. Para outros, sempre haverá o receio de ficar de fora do cada vez mais farto banquete publicitário que todos os governos vem oferecendo.

O que acontece com as conflitantes e oscilantes pesquisas é a confusão de metodologias e a insignificante amostragem feita através de três mil consultados, dentro de um universo de 130 milhões de eleitores. Errar, para um lado ou para outro, é muito mais fácil do que acertar nas tendências populares. Acresce que desta vez não há um favorito escancarado, como aconteceu com Fernando Henrique e com o Lula.

Debate sobre o nada

Numa época em que se fala tanto em debates sobre os candidatos à presidência, ainda não apareceu um veículo de comunicação disposto a promover um debate entre os candidatos à vice-presidência. Dificilmente aparecerá, mas já imaginaram, frente a frente, Michel Temer e Índio da Costa? Não se arriscariam a apresentar programas, que não podem ter, ou, sequer, iriam evoluir em torno dos programas dos titulares, que além de não conhecerem, poderão interpretar às avessas. Os dois deputados, ao menos até agora, mantém-se à sombra. Aliás, causada por tenebrosa nuvem pairando sobre suas cabeças, com nome próprio. A nuvem chama-se Leandro Maciel. Quem quiser que vá pesquisar na crônica política nem tão recente assim o acontecido com o indigitado cacique sergipano.

Fonte: Tribuna da Imprensa

Pesquisas, adeus…

Carlos Chagas

O Ibope favorecia Serra, agora aponta Dilma na frente. O Datafolha marcava empate, depois cravou Serra. A Sensus passou de um para a outra, voltou e parou no meio. É o samba do crioulo doido? Nem tanto. A conclusão surge clara: as pesquisas são inconfiáveis pela simples razão de consultarem no máximo três mil pessoas num eleitorado de 180 milhões. Por mais sofisticadas que sejam as metodologias, não dá para aferir sequer as tendências, quanto mais o resultado das urnas de outubro. Talvez mais tarde, provavelmente só no dia da eleição.

Melhor fariam os candidatos, como também os eleitores, se passassem ao largo das pesquisas, considerando-as mera atividade comercial de empresas interessadas no faturamento ou na publicidade para seus veículos de comunicação. Pautar-se pelos números contraditórios será, para os candidatos, um exercício diário de auto-flagelação.

É bobagem mudar discursos, alterar o visual e corrigir agendas em função do que divulgam os institutos. Os comandos de campanha precisariam, mesmo, definir roteiros e diretrizes sem levar em consideração as pesquisas conflitantes, confiando mais nos programas, nas promessas, no passado e no perfil de cada pretendente ao palácio do Planalto. A lição vale também para a mídia, que não pode, sob pena de desmoralizar-se, ficar oscilando, dia sim, dia não abrindo maiores espaços e concedendo mais tempo ora para Dilma, ora para Serra.

Apenas uma ilusão?

O Supremo Tribunal Federal concedeu três liminares para candidatos enquadrados na lei da ficha limpa, autorizando-os a registrar-se mesmo tendo sido condenados no passado. Estariam impedidos mas não estão mais, pelo menos se no exame do mérito das ações, a mais alta corte nacional de justiça confirmar a medida inicial.

Trata-se da derrocada da nova lei, já chamada de lei Viúva Porcina, aquela que foi sem ter sido. A continuar o processo como vai, logo montes de fichas suja estarão sendo beneficiados. O problema não é saber se o Supremo desautoriza o Tribunal Superior Eleitoral, porque na Justiça essas coisas acontecem. Mais importante é verificar a débâcle das esperanças nacionais a respeito da aplicação da lei moralizadora. Se não vai valer, ou se valerá muito pouco para as eleições de outubro, quem garante não estará revogada até o próximo pleito? A bandidagem prepara as comemorações…

Fonte: Tribuna da Imprensa

Brechas enfraquecem a Lei da Ficha Suja para as eleições 2010

Interpretações diversas e falta de estrutura do Judiciário podem ajudar candidatos fichas-sujas a concorrer a cargos 05/07/2010 | 00:01 | Rosana Félix

A expectativa positiva em torno da Lei da Ficha Limpa, uma das maiores conquistas da sociedade nos últimos anos, pode virar uma frustração. Brechas na lei, interpretações diversas e a falta de estrutura do Judiciário são vistas como obstáculos para barrar os candidatos fichas-sujas nas eleições deste ano. Isso tudo serve de motivação para que políticos já condenados digam que têm direito a concorrer, como fez recentemente o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP).

Na semana passada, em apenas dois dias o Supremo Tribunal Fe­­­deral (STF) livrou dois candidatos dos efeitos da lei. Na quinta-feira, o ministro Gilmar Mendes suspendeu decisão contrária ao senador Heráclito Fortes (DEM-PI). Na sexta-feira, foi a vez de o ministro José Antonio Dias Toffoli conceder liminar favorável à deputada estadual Isaura Lemos (PDT-GO).

Na sexta, Carlos Ayres Britto negou três pedidos de suspensão de inelegibilidade. Um do deputado João Pizzolatti, de Santa Catarina, um de Athos Pereira, ex-prefeito de Montes Claros (MG), e um de Juarez Firmino de Souza Oliveira, candidato a vereador em Maringá em 2008.

Brizza Cavalcante/Ag. Câmara

Brizza Cavalcante/Ag. Câmara / Jovita Rosa: contra a corrupção Ampliar imagem

Jovita Rosa: contra a corrupção

Movimento acompanha aplicação da nova norma

O Movimento Contra a Cor­­rupção Eleitoral (MCCE) – responsável pela campanha em prol da Ficha Limpa – é otimista quanto à aplicação da lei. Segundo a diretora da secretaria-executiva do MCCE, Jovita José Rosa, a Justiça sempre manifestou a intenção de barrar a candidatura dos fichas-sujas, mas faltava um embasamento legal para isso.

“Quem é que não sabe que o Paulo Maluf tem ficha-suja? Te­­­nho certeza de que o Judiciário vai cumprir seu papel e mostrar para a sociedade que está tratando com seriedade a questão das candidaturas”, diz. Para ela, mesmo nos casos em que não fique configurada a intenção em causar prejuízo ao erário, é preciso vetar a candidatura dos maus gestores. “É hora de combater esse mal. A corrupção gera injustiça e a injustiça gera violência. Temos de cortar esse mal, e o Ficha Limpa está aí para isso.”

Para o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, a lei “já pegou”. “O número de políticos que estão procurando se livrar da lei é bem inferior do que a gente esperava. Isso significa que ela já inibiu as pessoas que não tem ficha limpa de concorrer”, afirma.

Presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Mozart Valadares Pires é mais cauteloso. Ele não viu “flexibilização ou fragilização” da lei nos casos em que o STF permitiu o registro das candidaturas de políticos com a ficha suja. “É preciso ter cuidado e serenidade”, anotou, destacando que analisou várias vezes o despacho do ministro Gilmar Mendes, que suspendeu a aplicação da lei para o senador Heráclito Fortes (DEM-PI). “O senador entrou com recurso e o prazo para o registro das candidaturas termina hoje. O ministro só concedeu o efeito suspensivo ao senador para evitar dano irreparável ou de difícil reparação. Na volta do recesso, a análise de casos como esse será prioritária”, disse Pires.

O presidente da AMB, Mozart Valadares Pires, ressaltou que a lei de Ficha Limpa é um marco no país. E reforçou estar tranquilo quanto à sua aplicação. “Não é porque temos uma lei rígida que vamos querer impedir que todos sejam candidatos. A lei não pode se transformar em caça às bruxas”, advertiu.

Rosana Félix e Agência Estado

Lançada em abril de 2008, a campanha Ficha Limpa reuniu cerca de 1,6 milhão de assinaturas e mobilizou diversas entidades da sociedade civil. Ela foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 4 de junho, como Lei Complementar n.º 135/2010.

Apesar de a lei ser um grande avanço, dificilmente causará grande impacto na disputa deste ano. A opinião é de Fabiano Angélico, coordenador de projetos da Transparência Brasil, ONG comprometida com o combate à corrupção. “A lei foi aprovada e parece que tudo está resolvido. Mas dificilmente ela vai funcionar bem em 2010, pois não há uma base de dados adequada, e a Justiça Eleitoral não tem estrutura suficiente para analisar tudo”, afirma.

A lista dos inelegíveis é grande e são poucos os órgãos que encaminham informações à Justiça Eleitoral sobre administradores públicos condenados. Entre eles estão o Tribunal de Contas do Paraná (TC) e o Tribunal de Contas da União (TCU), que informam quais gestores públicos tiveram contas consideradas irregulares nos últimos anos. No Paraná, há 1,2 mil pessoas nessa situação. Em todo o Brasil, quase 5 mil.

Para tentar minimizar o problema, na semana passada o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que todos os tribunais passem a enviar informações sobre os inelegíveis à Justiça Eleitoral. “Mas são 27 tribunais estaduais, cinco tribunais regionais federais e todas as categorias profissionais. É impossível enquadrar todos os fichas-sujas neste ano”, observa Angélico.

Para fazer o registro da candidatura, o interessado precisa apresentar certidões negativas da Justiça, entre outros documentos. O coordenador da Transparência Brasil diz temer pela má-fé de parte dos candidatos. “Se determinada pessoa já foi condenada por irregularidade, qual será a confiabilidade dela em declarar algo?”

Interpretação

A tese do “eu não sabia” também pode prejudicar a aplicação da nova norma. Paulo Maluf, condenado por improbidade administrativa e procurado pela Interpol, afirma que vai concorrer à reeleição. “A minha ficha é a mais limpa do Brasil”, declarou na semana passada. A defesa dele vai se basear em um trecho polêmico da Lei n.º 135/2010. Pelo texto, estão inelegíveis os condenados por “ato doloso de improbidade administrativa que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito”. Os advogados de Maluf vão dizer que ele não tinha intenção de causar prejuízo ao erário, e que tampouco enriqueceu com isso.

Segundo Angélico, se a tese for apresentada a um juiz com uma linha “garantista”, Maluf poderá obter o registro. Ele cita como exemplo o julgamento do STF a respeito do “mensalão mineiro”. Por 5 a 3, os ministros do STF aceitaram a denúncia contra o senador e ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB). Os três votos contrários afirmaram que não havia provas concretas de que o tucano sabia do esquema. “É muito difícil provar o envolvimento de um governante, pois ele não vai querer guardar nada que indique envolvimento com irregularidades. As evidências estão com os operadores. Mas nem todos os juízes pensam assim.”

Cassação

Outro trecho da Ficha Limpa que pode gerar polêmica é referente ao dos políticos cassados. A lei diz que são inelegíveis os condenados “por conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem cassação do registro ou do diploma, pelo prazo de oito anos a contar da eleição”. Por isso os ex-governadores Jackson Lago (PDT-MA), Marcelo Miranda (PMDB-TO) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), por exemplo, não poderiam concorrer nas eleições de outubro, pois todos foram cassados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no ano passado.

Entretanto, há uma linha de interpretação que indica que eles podem conseguir o registro eleitoral. Quando eles foram cassados, foram penalizados com a suspensão dos direitos políticos por três anos, contados a partir da data do fato, ou seja, da eleição que ocorreu em 2006. O presidente da As­­­sociação dos Magistrados Bra­­­sileiros (AMB), Mozart Valadares, afirmou que os três já foram condenados, cumpriram a pena e não podem ser responsabilizados mais uma vez. “Na minha leitura, esses três serão candidatos sem nenhum problema”, declarou em entrevista a Ale­­­xandre Garcia, na Globo News.

Fonte: Gazeta do Povo

Ex-governador Roberto Requião e Rubens Bueno brigam em aeroporto

Dirceu Portugal/ Agência de Notícias Gazeta do Povo

Dirceu Portugal/ Agência de Notícias Gazeta do Povo / Bueno fala ao  telefone, após incidente com o ex-governador Bueno fala ao telefone, após incidente com o ex-governador
Encontro Inesperado


Bueno diz que atingiu soco no rosto do ex-governador. Assessoria de Requião nega agressão e culpa presidente do PPS pelo tumulto

04/07/2010 | 15:36 | Hélio Strassacapa, Dirceu Portugal e Felippe Aníbal atualizado em 04/07/2010 às 18:00

O ex-governador e candidato ao Senado, Roberto Requião (PMDB), e o presidente do PPS, Rubens Bueno, se desentenderam, na manhã desde domingo (4), após uma discussão no saguão do aeroporto de Campo Mourão, no Norte do estado. O bate-boca gerou um empurra-empurra e o ex-governador teve seu braço arranhado no tumulto. Bueno afirma que acertou um soco no rosto de Requião, mas a assessoria do ex-governador nega a agressão.

O incidente aconteceu por volta das 11h30, quando Requião desembarcou no aeroporto para participar da Festa do Carneiro no Buraco. O político do PMDB teria feito uma piada, dizendo que, quando era governador, era prestigiado por uma grande comitiva sempre que visitava a cidade e que, agora que não está mais no cargo, poucas pessoas o receberam.

Após o deboche, Bueno teria se colocado entre Requião e o carro que levaria o ex-governador à festa. Segundo seguranças, Requião teria estendido a mão, fazendo menção de cumprimentar o presidente do PPS, mas Bueno teria rejeitado o gesto, iniciando a discussão. Os dois teriam trocado xingamentos e, segundo um segurança, Bueno teria acertado um soco com a mão esquerda, atingindo olho direito do ex-governador.

“Ele tem costume de ficar atacando todo mundo. Não é a primeira vez que sofro esse tipo de ataque”, disse Rubens Bueno. “O termo adequado para Requião é falaz. Estamos de lado opostos, mas ele não precisava perder o respeito pelas pessoas”, complementou.

De acordo com um segurança, o ex-governador tentou revidar a agressão, mas foi contido a tempo pelos agentes. “O homem é forte, tivemos de fazer uma força descomunal para conte-lo”, disse o segurança.

“Gata no cio”

A assessoria de imprensa de Requião negou que o ex-governador tenha sido agredido por um soco. De acordo com o assessor Benedito Pires, que presenciou o tumulto, após a discussão, houve um “empurra-empurra natural”. O confronto não atrapalhou a agenda do governador que, segundo Pires, pouco tempo depois já estava na Festa do Carneiro no Buraco. “O soco não existiu. O Bueno se interpôs ao governador e o ofendeu. Claramente, a intenção dele (Bueno) era causar essa confusão”, disse o assessor de Requião.

Em seu Twitter, Requião comentou com acidez o incidente. O ex-governador disse que foi arranhado por Bueno e que o presidente do PPS levou “uns petelecos”. Requião também gravou um vídeo e disponibilizou na internet com declarações sobre o incidente em Campo Mourão. Nas imagens, o governador se refere a Bueno como “limpinho”, “famoso” e “gata no cio” e dá sua versão sobre o ocorrido.

“Estendi a mão a ele e não me deu a mão. Me insultou e, de repente, como uma gata no cio tentou me arranhar. Com facilidade, afastei o pequeno rapaz. Mas ele, histérico, insistiu e levou uns petelecos do pessoal que estava em volta, amigos deles e alguns motoristas que foram me buscar”, disse Requião.

O político do PMDB classificou o incidente de “falta de educação” e disse que optou por não reagir. “Daria uma surra no pequeno menino com facilidade, mas não é isso que se espera de alguém que quer ser Senador da República pelo estado do Paraná. Me comportei com decência, mas o Rubinho perdeu a linha” , finalizou. Por volta das 17h30, Requião embarcava de volta a Curitiba.

CBF demite Dunga e toda comissão técnica: novo treinador até o fim do mês

Valterci Santos / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Valterci Santos / Agência de Notícias Gazeta do Povo / Dunga é  demitido junto com toda a comissão técnica Dunga é demitido junto com toda a comissão técnica
Fim de era


Novo treinador terá pela frente um "ciclo de seis anos" e terá missão de comandar processo de renovação da Seleção Brasileira

04/07/2010 | 15:40 | GloboEsporte.com / Globo.com

A CBF oficializou há pouco, em nota publicada em seu site oficial, a dissolução da comissão técnica que comandou a seleção brasileira na Copa de 2010. Em linguagem seca e objetiva, a entidade oficializou a dispensa do técnico Dunga e de seus auxiliares. Apesar de muita especulação, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, ainda não escolheu o nome do técnico – mas já decidiu que o fará até o fim do mês.

Além de Dunga, que desembarcou hoje em Porto Alegre dizendo que ainda iria conversar com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira para falar sobre o futuro, foram demitidos também o auxiliar Jorginho, o supervisor Américo Faria (na entidade desde 1989) e o médico José Luís Runco (que estava na seleção desde 2002)

Veja a íntegra da nota oficial da CBF

"Encerrado o ciclo de trabalho que teve início em agosto de 2006, e que culminou com a eliminação do Brasil da Copa do Mundo da África do Sul, a CBF comunica que está dispensada a comissão técnica da Seleção Brasileira.

A nova comissão técnica será anunciada até o final deste mês de julho."

O novo técnico, segundo fonte da entidade, terá a importante missão de renovar a seleção. Analisando a idade das seleções na Copa, os dirigentes perceberam que o Brasil era uma das seleções mais velhas da competição. Enquanto a Alemanha usou nove jogadores sub-23 e a Argentina usou sete, o Brasil tinha apenas um – Ramires.

Mas o novo técnico da Seleção terá um trabalho diferente, com um ciclo possivelmente mais extenso do que os tradicionais quatro anos que separam duas Copas. Por causa das Olimpíadas de 2016, a ideia da CBF é trabalhar para um ciclo de seis anos – que começará ainda este ano com os cinco amistosos programados para 2010 (o primeiro já no dia 10 de agosto contra os Estados Unidos em Nova York).

Esse “ciclo de seis anos” incluirá pelo menos uma competição importante por ano. Em 2011, haverá Copa America e a seletiva para os Jogos Olímpicos de 2012. Em 2012, as Olimpíadas. Em 2013, Copa das Confederações no Brasil. Em 2014, a Copa no Brasil. Em 2015, Copa America, também no Brasil (embora haja especulação de que ela poderia mudar para o Chile). E, enfim, as Olimpíadas do Rio em 2016.

Por conta disso – e da necessidade de renovação – ainda há uma dúvida na CBF sobre a contratação (ou não) de um técnico específico para a seleção olímpica – como já aconteceu no passado. Essa escolha vai depender, claro, do nome escolhido para comandar a seleção principal. Pode ser que o novo treinador queira comandar os dois times – ou escolher um nome de confiança para trabalhar os novos valores.

Fonte: Gazeta do Povo

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