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sábado, abril 26, 2008

Gerente do Bargaço é preso

RIBAS, da SUCURSAL BRASÍLIA
Luzivan Farias da Silva, gerente do restaurante Bargaço de Fortaleza (CE), foi detido no fim da tarde de sexta-feira, 25, no Distrito Federal, enquanto prestava o terceiro depoimento sobre o assassinato do patrão, o pernambucano Leonel Evaristo da Rocha, dono da rede de restaurantes.
O chefe da 11ª Delegacia de Polícia Civil do Núcleo Bandeirante (DF), Bartolomeu Araújo, afirmou que a prisão temporária do gerente, por 30 dias, foi pedida à Justiça porque ele temia que Luzivan Farias deixasse o Distrito Federal, como havia feito na semana passada.
O funcionário, de 33 anos de idade, era o motorista do GM Corsa prata, de placa HGV-4746 (Minas Gerais), abordado por dois homens que atingiram o empresário e fugiram, na noite de 15 de abril. Sem sair do carro, Rocha, 62, levou três tiros no rosto, às margens da BR-405, próximo a Candangolândia (DF).
Considerado até então vítima e principal testemunha do crime, o gerente Luzivan falou duas vezes ao delegado Bartolomeu Araújo antes de viajar a Fortaleza. Em meio a muito mistério, a polícia do Distrito Federal vem procurando os dois homens acusados de ter atirado no empresário e mais informações para tentar descobrir as razões do crime.
A hipótese de roubo frustrado, primeira motivação aventada e posta de lado, continua em segundo plano. Novos elementos parecem reforçar a tese de assassinato premeditado.
Os dois garçons do restaurante Tucunaré na Brasa, na região sudoeste de Brasília, onde Luzivan e Rocha jantaram momentos antes de serem interceptados pelos criminosos, afirmam que ele e o patrão “pareciam tranqüilos e perfeitamente entrosados”.
Celular – Segundo o que foi apurado pela polícia, Luzivan saiu da mesa para atender ao telefone celular, por volta das 21h30. Em depoimentos, teria dito ao delegado que falou com a esposa. No entanto, um cliente que estaria em mesa vizinha à da vítima disse, na última terça-feira, ao delegado Araújo, ter detalhes sobre o teor da conversa ao celular que apressou a saída do restaurante. O crime teria ocorrido entre as 22h15 e 23 horas.
O retorno de Luzivan para Fortaleza, no dia seguinte ao seu segundo depoimento – e o fato de apenas ter comunicado o afastamento à polícia pelo advogado João Luís Salviano Nunes –, desagradou aos investigadores.
As contradições nos dois primeiros depoimentos do gerente, em relação aos relatos de testemunhas, como um garçom do restaurante Tucunaré na Brasa e o vigia de um posto de combustíveis na BR-345, envolviam horários e trajetos relacionados com o crime. As discrepâncias continuaram no processo de elaboração do retrato falado do suspeito de ter baleado a vítima: a versão do gerente é praticamente inversa à descrição do vigia do posto que testemunhou o fato.
Protesto – O advogado Salviano Nunes reclamou da prisão do cliente. Alegou que Luzivan havia comparecido espontaneamente, ontem, à delegacia para fornecer mais elementos sobre o caso. Depois de quatro horas de conversa, policiais apareceram com a determinação judicial da prisão temporária.
O gerente ficou preso na delegacia e depois foi levado à carceragem da Polícia Civil do Distrito Federal, em Brasília. A detenção seria, na opinião do advogado, “desnecessária”, pois Luzivan vinha colaborando com a polícia e não havia indícios que o apontassem como suspeito.
Fonte: A TARDE

Pelegrino dá saída no PT rumo à sucessão

No estilo gongórico de antigamente, poder-se-ia dizer que é de marchas e contramarchas o processo que vive o glorioso Partido dos Trabalhadores para definir-se ante a eleição de prefeito de Salvador. E não é de agora esse vaivém, pois praticamente começou com a eleição de Jaques Wagner para governador do Estado em outubro de 2006. A inesperada ascensão de um PT que na Bahia parecia condenado à eterna oposição acentuou a divisão existente no partido de múltiplas tendências. As que se juntam para lançar hoje, às 9 horas, no Colégio das Mercês, a candidatura do deputado Nelson Pelegrino nada mais fazem que alimentar a perspectiva de poder local, já concretizada nos planos federal e estadual, com o presidente Lula e o próprio Wagner. Do outro lado, posicionam-se os até pouco tempo defensores de um projeto mais abrangente, que incluísse a reeleição de Wagner em 2010 ou sua indicação à sucessão de Lula, com duas vagas negociáveis ao Senado. Mas para isso seria de fundamental importância a consolidação da aliança com o PMDB do ministro Geddel, isto é, apoio a João Henrique. Descartada essa possibilidade, nova etapa se desdobra, com o deputado Walter Pinheiro renegando a suposta falta de apetite e ironizando sem cerimônia o companheiro-adversário, “pré-candidato desde 1996”. Pinheiro, no dizer de um dirigente petista adepto de Pelegrino, “queria ser ungido, mas ungido só Moisés para abrir as águas e atravessar o Mar Vermelho”. Apesar de ser um pregador evangélico, e como tal conhecedor profundo da Palavra, do partido não obterá esse milagre. Se agora, com relativa tardança, pretende disputar a candidatura, terá mesmo de engolir as prévias e o processo “autofágico” que tanto condena. Quem espera de Jaques Wagner uma preferência explícita na sucessão de Salvador faz maldade com o governador, que na nova Bahia que ele mesmo propôs recusa o papel de ditar e ser obedecido. Sabe quanto lhe custaria essa veleidade pela impossibilidade completa de realizá-la a tacão. Cair na tentação seria reunir contra si forças variadas - umas surpresas com a súbita liberdade de manobra, outras ciosas de seu antigo exercício e dispostas a brigar por ela. Foi assim quando o processo ainda girava em torno do prefeito João Henrique, e o governador, sem deixar de considerar de sua base diversos candidatos, até mesmo Antonio Imbassahy, carlista que tucanou, eximiu-se de escolha pessoal, pregando a unidade da coligação, mas festejando a “efervescência”, palavra dele, pronunciada risonhamente. Definida no PT a opção por uma candidatura própria, Wagner não mudou a tese, apenas flexibilizou-a. Se é desse jeito, então que façam, sem o PMDB, a meia-unidade de PT, PCdoB e PSB. Mesmo que se consiga essa proeza, “a base” teria três candidaturas, incluindo a do PSDB. Risco alto para uma antiga aliança, que vai enfrentar em outubro uma oposição encarnada em ACM Neto, do DEM, sem falar no enigma Raimundo Varela (PRB), ainda hoje sem muito tempo de rádio e TV no horário eleitoral para fazer o que sabe. O governador certamente preocupa-se com a ida ao segundo turno de um candidato que não tenha comido “sol e poeira”, ingredientes básicos de sua campanha. Tem consciência de que não chegar forte na rodada final pode custar caro a seu projeto. Entretanto, sem paradoxo, seu projeto envolve também isto: se perder na capital, colherá os frutos da constatação de que é realmente um democrata e, sem ser “ingênuo”, como sempre afirma, dará grande contribuição para que a Bahia caminhe politicamente pela vontade comum de seus líderes. (Por Luis Augusto Gomes)
DEM discute programa de governo para Salvador
O Democratas realizou ontem, em Salvador, a primeira “Mesa redonda - capital da diversidade”, que tem como objetivo contribuir para a elaboração do programa de governo que será apresentado pelo deputado ACM Neto, pré-candidato do partido à prefeitura, durante a campanha eleitoral. A primeira mesa teve como tema “Educação integral no município”. O palestrante foi o atual secretário de Educação Extraordinária do governo do Distrito Federal, Alceni Guerra, ex-ministro da Saúde do governo Collor e que revolucionou a educação como prefeito de Pato Branco, no interior do Paraná. Além de ACM Neto e Guerra, e de parte da equipe de campanha do Democratas, também marcou presença o deputado federal José Carlos Aleluia, que é presidente da Fundação Liberdade e Cidadania do Democratas. A entidade presidida por Aleluia promoveu a mesa-redonda e está ajudando na elaboração de programas de governo dos pré-candidatos a prefeito do partido nas principais cidades do País. Estiveram presentes ainda o deputado federal Luiz Carreira, um dos coordenadores da campanha de ACM Neto; o ex-governador Paulo Souto, presidente do Democratas na Bahia; o líder da oposição na Assembléia Legislativa, deputado Gildásio Penedo (DEM); e o vereador Téo Senna (PTC). Durante a mesa, Alceni Guerra apresentou os resultados da implantação da educação integral em Patos e no Distrito Federal. O modelo é simples, e envolve a comunidade ao redor da escola, pois muitas atividades extracur-riculares são exercidas fora do ambiente escolar. Guerra citou como exemplo de sucesso na implantação da educação integral na cidade do interior gaúcho o sucesso do jogador Alexandre Pato, revelado pelo Internacional de Porto Alegre e que estudava as disciplinas da grade escolar pela manhã e se dedicava ao futebol como atividade extracurricular, durante o período da tarde. “Em Brasília, criamos 70 diferentes tipos de atividade complementar, que são escolhidas pelo aluno. Na hora em que o aluno escolhe, isso motiva”, relatou Alceni Guerra. A ex-secretária da Educação no governo Paulo Souto, Anaci Paim, destacou que, no caso de Salvador, a primeira prioridade tem de ser a de dar acesso universal à educação. O segundo passo é cuidar do desempenho do aluno em classe. A terceira, a formação dos docentes. Tudo isso, frisou, pode ser feito ao mesmo tempo em que se implanta a educação integral. “É preciso prestigiar mais a educação infantil. O projeto do Democratas para Salvador tem de dar prioridade a isso”, defendeu. Paulo Souto disse que o modelo adotado no Distrito Federal é simples e pode ser implantado em Salvador, pois é flexível e envolve diretamente a comunidade. Aleluia defendeu a necessidade de monitorar melhor a rede escolar, inclusive na educação integral. ACM Neto afirmou que o problema da educação em Salvador é um desafio que precisa ser enfrentado. “A rede nossa é muito inferior a do Distrito Federal. Precisamos, primeiro, levar escola para onde não tem escola. E o subúrbio da cidade sofre muito com isso”, declarou. ACM Neto disse que vai dar prioridade à educação infantil. “Através da educação, podemos ajudar a resolver um outro problema de Salvador, que é a questão do aumento da violência. Precisamos manter as nossas crianças e adolescentes o mais tempo possível na escola ou desenvolvendo atividades complementares fora da escola, seja no esporte, na cultura, aprendendo uma profissão”, declarou. Outra prioridade da campanha do deputado é o combate à criminalidade. “Não cabe só ao governo do Estado enfrentar o problema da violência, tratar da Segurança Pública. Esse tipo de pensamento faz parte do passado. A prefeitura também precisa fazer isso, através de uma guarda municipal que cuide do cidadão.
União entre PMDB e PT marca encontro regional
O 3º Encontro Regional do PMDB acontece hoje em Bom Jesus da Lapa, um dos municípios onde a parceria entre PT e PMDB se consolidou, num movimento político inverso ao ocorrido em Salvador. Adversários nas eleições municipais passadas, os dois partidos disputarão unidos em outubro numa chapa composta pelo peemedebista Roberto Maia, buscando a reeleição, e pelo petista Hildelbrando Ferreira, como vice. “Bom Jesus é prova de que cada município tem uma situação específica e que o rompimento em Salvador não produziu efeito em cadeia”, disse o presidente estadual do PMDB, Lúcio Vieira Lima, responsável junto com a Fundação Ulysses Guimarães pelos encontros regionais. O evento discute alianças, marketing e legislação, organizando os pré-candidatos do PMDB para as campanhas eleitorais. Também é forte em Bom Jesus a parceria entre o Ministério da Integração, comandado pelo peemedebista Geddel Vieira Lima, e o governo do petista Jaques Wagner. Um dos frutos dessa aliança estadual são as obras do Água para Todos, nascidas de convênio entre o ministério e o governo estadual para levar água tratada à 450 famílias do assentamento de Batalha e da comunidade de Juá-Bandeira.
PPS busca fortalecer candidatura de Kertzman
A cúpula do PPS fez uma visita de cortesia a este jornal mantendo a sua estratégia de diálogo com os meios de comunicação da cidade. Estiveram presentes o pré-candidato a prefeito de Salvador, o ex-vereador Miguel Kertzman, o presidente do diretório estadual, George Gurgel, e o presidente do diretório municipal, vereador Virgílio Pacheco. Além de divulgar propostas do seu pré-candidato em Salvador, os pós-socialistas também falaram da situação estadual e as perspectivas para as eleições deste ano. Sobre a capital baiana, eles destacaram a criação do Fórum Social Metropolitano de Salvador. “A idéia é pensar Salvador no contexto metropolitano por razões de interesses políticos, econômicos e sociais”, explica Kertzman. “Nossa visão de gestão passa pela região metropolitana”, reforça Gurgel. O vereador Virgílio Pacheco também concorda com a idéia e acrescenta que “a pré-candidatura de Kertzman tem qualificado o debate político, com projetos e programas para Salvador”. Entre as idéias apresentadas, Kertzman ressaltou a criação de uma Zona Franca Cultural para Salvador, “mantendo a cidade próxima de sua vocação cultural e econômica”. “É inacreditável a terra do Carnaval não fabricar o seu abadá”, criticou Gurgel.
Fonte: Tribuna da Bahia

A conspiração da obscenidade

Por: Carlos Chagas
BRASÍLIA - Jamais se viu coisa igual. O governo e a mesa da Câmara estão conspirando contra os velhinhos. Ainda mais em se tratando de um presidente da República que pertence ao Partido dos Trabalhadores, sem esquecer que a Câmara é presidida por um petista. Ficou acertada na reunião de quinta-feira do Conselho Político a estratégia para não ser votado projeto já aprovado no Senado, dando 16.5% de reajuste aos aposentados e pensionistas que recebem mais do que um salário mínimo.
Para eles, apenas os 5% concedidos faz pouco. Imaginando não submeter-se ao vexame de rejeitar a proposta, pois maioria para isso eles dispõem, decidiram os detentores do poder empurrar a votação com a barriga. Deixá-la para o ano que vem ou para o outro, quer dizer, para nunca.
O pretexto é de que o tesouro nacional não suportaria o encargo e que a Previdência Social iria à falência. Mentira. Apesar da generalização endossada há décadas, exceção apenas para Waldir Pires e Antônio Brito, quando ocuparam o ministério respectivo, seria mais ou menos como convocar o Herodes para ministro, encarregado de resolver o problema dos bebês. Ou os bebês, como os velhinhos, não dão prejuízo, obrigando os pais a despesas com mamadeiras, fraldas e remédios?
No caso dos pensionistas e aposentados, só condenando à morte, depois de trabalharem a vida inteira, descontando para ter o direito de um fim de existência digno e agora, quando mais enfrentam despesas com médico, remédios e sucedâneos, encontram-se garfados por obra e graça de um governo e de uma Câmara plenos de benesses, vantagens e mordomias.
O Senado cumpriu o seu dever, mas os deputados, pelo jeito, darão de ombros para o deles. Como este é um ano eleitoral, mesmo no âmbito municipal, encontraram um subterfúgio. Em vez de derrotar o projeto, vão protelá-lo.
Aqui para nós, fica ainda pior quando, no mesmo dia, o Palácio do Planalto anunciou mais uma rodada de cortes no orçamento: vão sumir 6,5 bilhões destinados à educação e à saúde, bem como 5,3 bilhões para obras de infra-estrutura.
Dois pesos e duas medidas
Desde a presidência de José Sarney que se baixam medidas provisórias para tudo o que não é nem urgente nem relevante, como a Constituição exige. De Fernando Collor a Fernando Henrique, registrando-se apenas a parcimônia de Itamar Franco, e chegando ao Lula, tem sido a mesma coisa.
Pois agora que se abre a oportunidade de o poder público realmente enfrentar a grave e premente questão da defesa da soberania da Amazônia, decidiu o governo aguardar a aprovação da nova Lei dos Estrangeiros, no Congresso.
Concordam, no Palácio do Planalto, com a necessidade de reduzir a influência de ONGs internacionais sobre os índios, assim como de limitar a venda de terras a estrangeiros.
Nada mais natural do que medida provisória afastando quantos estranhos alienígenas vêm para cá pretendendo transformar tribos em nações e preparando, talvez para breve, o reconhecimento de sua independência por algum organismo internacional qualquer. Não haverá que perder de vista, também, a rapidez com que são compradas ou arrendadas por estrangeiros imensas glebas na floresta, a pretexto de evitar queimadas.
Em seu primeiro mandato o presidente Lula, da noite para o dia, baixou medida provisória suspendendo as restrições na televisão para a propaganda de cigarros feita nos bólidos da Fórmula 1. Só para que pudesse realizar-se em São Paulo, transmitida pelas telinhas, uma dessas competições diabólicas. Urgência? Relevância? Na verdade, dois pesos e duas medidas.
Idealistas e fisiologistas
Acurado observador da economia interna do PMDB alerta para a importância de o partido recuperar a imagem adquirida nos tempos da luta pela redemocratização do País. Lembra o perigo que pode estar no estreitamento de relações entre os dois grupos em que o PMDB se dividiu: os idealistas e os fisiologistas. Continuando as coisas como vão, dentro em pouco só haverá, para diferenciá-los, uma questão de cifras. Parece que os idealistas custam mais caro, em se tratando das nomeações e dos favores do governo...
Justa homenagem
O Senado homenageou os cem anos da Associação Brasileira de Imprensa, esta semana. Nada mais justo. Há, porém, que fazer um reparo à acuidade dos senadores, inclusive o autor da proposta da homenagem, Ignácio Arruda: o bravo presidente da entidade não se chama Maurício Azevedo, como foi chamado. O nome dele é Maurício Azedo.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Ex-ministro pagou hotel para namorada com cartão

Paulo Renato, hoje deputado federal, disse que não sabia que cartão não poderia ser usado
BRASÍLIA - Levantamento feito pelo senador João Pedro (PT-AM) detectou irregularidades na prestação de contas do ex-ministro da Educação do governo Fernando Henrique e hoje deputado Paulo Renato (PSDB-SP). Notas fiscais enviadas à CPI Mista dos Cartões Corporativos e apresentadas ontem pelo petista mostram que, em março e em setembro de 2001, Paulo Renato usou recursos públicos - da conta tipo B - para pagar a sua hospedagem e de Carla Grasso, na época sua namorada e atualmente sua mulher, em hotel em São Paulo e em Minas Gerais.
Segundo levantamento do senador, foram R$ 2.153,10 no hotel Sheraton Mofarrej, em São Paulo, durante o feriado de 7 de setembro de 2001, e R$ 562,30 entre o dia 10 e 11 de março de 2002 no Ouro Minas Palace Hotel. A legislação proíbe que ministros paguem despesas de hospedagem e alimentação para terceiros. Flagrado por comprar uma tapioca com cartão corporativo, o atual ministro do Esporte, Orlando Silva, também pagou diárias para sua mulher, filha e uma babá, em um hotel quatro estrelas de Copacabana, no Rio de Janeiro, onde esteve hospedado em um final de semana.
No levantamento feito por João Pedro, um dos integrantes da CPI Mista dos Cartões Corporativos, também foi detectado o uso pelo ex-ministro tucano de uma mesma locadora de veículos - a LCM Transportes - no Rio de Janeiro. As notas fiscais apresentadas entre janeiro de 2001 e agosto de 2002 têm número de série praticamente seqüencial e somam, nesse período, gastos de cerca de R$ 25 mil com o aluguel de carros no Rio.
Além disso, entre janeiro e dezembro de 2001, Paulo Renato foi 37 vezes ao Rio de Janeiro. "Se tudo isso não ficar bem esclarecido, não descarto a possibilidade de convocar o ex-ministro para depor na CPI e esclarecer esses fatos", afirmou João Pedro.
Em nota oficial, o ex-ministro Paulo Renato rebateu as acusações do petista: "O nome da senhora Carla Grasso, hoje vice-presidente da companhia Vale, consta em duas notas de hotel por ser minha esposa." A assessoria do tucano explicou que Paulo Renato não sabia ser proibido o pagamento de despesas de hospedagem e alimentação para terceiros.
Na nota, o tucano alegou que, "na questão dos aluguéis de carros, não há similaridade com os gastos efetuados por meio de cartões corporativos pelos ministros do atual governo". "A empresa LCM era paga segundo normas vigentes no Ministério da Educação e continuou a ser utilizada após o término da minha gestão em 2002", afirmou Paulo Renato.
O ex-ministro tucano aproveitou para desafiar o senador petista e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a divulgarem seus gastos com recursos públicos. "Reitero meu compromisso com a transparência, bem como o meu desafio ao Presidente da República, aos seus ministros e ao Suplente de senador pelo PT do Amazonas, que me acusa, a tornarem públicos os seus gastos de representação", disse Paulo Renato, na nota divulgada.
Esta é a primeira vez que parlamentares da base aliada contra-atacam publicamente a oposição, mostrando gastos supostamente irregulares de ex-ministros do governo de Fernando Henrique. João Pedro admitiu que a divulgação dos gastos de Paulo Renato é "uma resposta ao governo do PSDB, que utilizou principalmente a conta tipo B sem nenhum critério e sem observar as regras estabelecidas".
Desde que a CPI dos Cartões começou, em meados do março, a oposição tem se empenhado em vasculhar contas do atual governo e mostrar gastos irregulares de ministros do governo petista.
Fonte: Tribuna da Imprensa

TSE barra doações de servidores ao PT

BRASÍLIA - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrou ontem ação de assessores do primeiro escalão do Palácio do Planalto que pretendiam canalizar parte de seus rendimentos para o PT. O tribunal manteve resolução que proíbe funcionários públicos com cargos comissionados de fazerem contribuições e doações a partidos políticos.
O tribunal negou pedido feito pelo chefe de Gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, pelo ministro da Secretaria dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, e pelo assessor especial para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, para que pudessem manter as doações mensais ao PT.
Segundo o tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, desde outubro, quando a resolução foi publicada, o partido perde R$ 170 mil mensais em contribuições de filiados e a arrecadação caiu de R$ 300 mil para R$ 130 mil. Ferreira disse que cerca de 600 servidores comissionados se encaixavam na proibição do TSE e tiveram de suspender as contribuições. A regra vale para ministros, secretários estaduais e municipais e ocupantes de cargos comissionados da União, Estados e municípios. Os petistas fazem contribuições mensais que variam de 2% a 10% dos vencimentos.
A decisão foi individual, do ministro Arnaldo Versiani, que não entrou no mérito da questão e se ateve a um argumento técnico: o de que não cabe mandado de segurança para decisões do tribunal em resposta a consultas. Os petistas poderão recorrer ao plenário do tribunal.
A resolução do TSE respondeu a uma consulta do DEM sobre a contribuição de funcionários demissíveis (cargos comissionados) da administração direta ou indireta da União, Estados e municípios.
Carvalho, Vannuchi e Garcia argumentaram que são filiados ao PT e que a contribuição é uma obrigação estatutária do partido. Disseram ainda que poderiam ser punidos com "exclusão das atividades partidárias" se descumprissem o estatuto.
O argumento central para a proibição das contribuições e doações é de que os funcionários em cargos comissionados se sentiriam coagidos a contribuir com partidos políticos, pois são passíveis de demissão a qualquer momento. A proibição não se estende a políticos com mandato, como parlamentares, prefeitos, governadores e o presidente da República. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz uma contribuição mensal ao PT de pouco menos de R$ 1.500.
O mandado de segurança, preparado por advogados do PT, argumenta que o TSE extrapola suas atribuições ao definir em que um cidadão pode ou não pode investir seu salário. "Na medida em que um cidadão presta um serviço ao Estado e recebe um salário, ele tem direito de dispor do recurso como quiser", afirmou Paulo Ferreira , ao saber da decisão do tribunal.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Casal ausente de reconstituição

Pai e madrasta de Isabella Nardoni foram intimados mas não vão comparecer, dizem advogados
SÃO PAULO - Os advogados do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, pai e madrasta de Isabela de Oliveira Nardoni, de 5 anos, anunciaram no início da noite de ontem que seus clientes não vão comparecer à reconstituição do crime, marcada para amanhã. Marco Antonio Levorin alegou que eles não são obrigados a produzir prova contra si. Os dois foram indiciados no dia 18 por homicídio doloso triplamente qualificado.
O avô paterno de Isabella, Antônio Nardoni, também confirmou a informação. "O casal foi intimado, mas não vai comparecer. A decisão é da defesa", afirmou Nardoni. "Os advogados definiram que seria melhor eles não participarem. Isso já foi comunicado ao 9º DP. Legalmente, eles não são obrigados a comparecer", disse. Ontem, a polícia fechou os detalhes para a reconstituição com os moradores - muitos vão preferir deixar a região.
Sem a presença do casal na reconstituição, peritos do Instituto de Criminalística (IC) farão a encenação da morte da criança com as testemunhas já convocadas - o porteiro do prédio, os casais do 1º e do 3º andares, um morador do prédio vizinho ao London e a equipe do Corpo de Bombeiros que socorreu a menina na noite de 29 de março.
Já os moradores planejam formas de evitar a aglomeração de pessoas nas entradas da rua, o barulho e, principalmente, a possibilidade de reviver a noite em que a menina foi arremessada da janela. Na tarde de ontem, alguns saíam com os carros cheios de bagagens para o fim de semana.
A advogada Kelly Cristina Valente, de 30 anos, pretende ir para o sítio em Arujá, na Grande São Paulo, justamente para impedir que sua filha de 3 anos tenha contato com o trabalho dos peritos. "Ela fica perguntando por que tem esse monte de gente na rua, o que aconteceu. Lá, pelo menos, ela vai brincar", diz.
Morador do edifício London, de onde Isabella foi arremessada, o analista de sistemas Cleudir Andrade, de 33 anos, diz que irá deixar sua casa hoje e só retornará na noite de amanhã. A reconstituição do crime ainda será responsável pela inversão de uma tradição na família de Conceição Neves, de 77 anos.
Moradora da rua Santa Leocádia há 46 anos, Conceição costuma receber os filhos e netos para um almoço de domingo. Hoje, é ela quem irá para Guarulhos visitar os familiares e fugir do tumulto. Enquanto isso, os que não podem deixar suas casas se conformam com os problemas que terão de enfrentar. O vigilante Jardel Barreto, de 29 anos, acha que terá problemas para descansar no domingo.
Ele irá trabalhar 12 horas entre a noite de sábado e a manhã de domingo e esperava usar o restante do dia para descansar. "Vai ser impossível dormir com toda a barulheira." A aglomeração de pessoas, no entanto, não irá incomodar pessoas como o vendedor de picolé André Paulo. "Domingo, vou chegar cedo e só vou embora quando vender tudo."
O Grupo de Operações Especiais (GOE) confirmou ontem como será o trabalho de segurança no local da reconstituição. A rua Santa Leocádia não será fechada, mas terá o acesso restrito a moradores e jornalistas. Serão criadas barreiras policiais, chamadas "bolsões de contenção", pelos agentes, que impedirão a passagem de curiosos.
O GOE ainda fez ontem um levantamento casa a casa de todos os moradores e das placas de seus carros. Na tarde de ontem, a Justiça ainda atendeu a um pedido da Secretaria de Segurança Pública e determinou o fechamento do espaço aéreo em um raio de 3 quilômetros, tendo o edifício London como centro. A restrição vale para amanhã, entre 8h e 22h.
Anteriormente, a Aeronáutica havia negado a solicitação, pois ela não se encaixava em nenhuma das 28 situações para mudanças no sistema aéreo.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Temporão admite dengue no Norte e no Nordeste em 2009

BRASÍLIA - O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, admitiu ontem, em Itapevi, interior de São Paulo, que existe risco de as regiões Norte e Nordeste e a Baixada Fluminense viverem em 2009 uma epidemia de dengue semelhante à que acontece neste ano no Rio de Janeiro. "Existe, sim, o risco de a doença se espalhar no ano que vem", afirmou.
Na próxima semana, o ministro se reúne com governadores do Nordeste para que eles recomendem aos prefeitos de seus Estados que adotem medidas de prevenção contra a doença. "Nenhum país do mundo é capaz de enfrentar a epidemia da doença com falta de acesso à água e a condições de moradia e de limpeza urbana, além de educação, conscientização e mobilização", admitiu.
Segundo ele, no Rio de Janeiro, houve falha tanto no combate ao vetor quanto no atendimento à população. Temporão afirmou que o atendimento médico no Rio é todo centrado em prontos-socorros de grandes hospitais, o que dificulta o atendimento de um grande volume de pessoas e favorece o número de óbitos. No ano passado, segundo ele, o governo federal destinou R$ 700 milhões para Estados e municípios no combate à dengue. Neste ano, a previsão é de R$ 800 milhões.
"Já estamos fazendo tudo o que temos de fazer para evitar a doença. Tudo o que há de mais eficaz contra a dengue, o Brasil utiliza, mas em condições de miséria e de falta de moradia acho que é muito difícil a ação. Nesse aspecto, tudo o que está no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tende a ajudar", disse.
Fonte: Tribuna da Imprensa

sexta-feira, abril 25, 2008

Serão os salvadores de Jeremoabo ?



Por: J. Montalvão

"Preocupe-se mais com a sua consciência do que com a sua reputação. Pois a sua consciência é o que você é, e a sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam de você é problema deles.' - Osho

Há dias atrás escrevi uma matéria intitulada “ Não vá o sapateiro além dos sapatos”, só que essa máxima serve para nós também da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Jeremoabo/Bahia, onde alguns pensam que os recursos do Programa Mata Branca, oriundos do Banco Mundial sejam capim.

Devido ao cargo que ocupamos, fomos autorizados a indicar o nome das pessoas que deveriam fazer parte da Capacitação de Gestores; então formou-se o G3 , grupo esse que indicaria o pessoal que funcionaria como Gestores Ambientais.

O G3 seria:Um representante do Executivo

Um representante do Legislativo

Um da Sociedade Civil/Empresarial

O Conselho seria composto por:

Técnicos do órgão Ambiental da Prefeitura - 5

Membros da Sociedade Civil - 4

Técnico da Câmara de Vereadores – 01

Essa foi a orientação que recebemos do prefeito (que se deslocou até P.Afonso para ficar ao par de tudo e agir com competência e responsabilidade), preenchemos as fichas de inscrição, abonamos e enviamos ao Setor Competente.

Ainda a respeito das orientações recebidas posteriormente, o Programa de Capacitação Bahiano terá como público alvo:

a) técnicos das instituições executivas da gestão ambiental, preferencialmente os agentes públicos com vínculo permanente com as prefeituras, com 2° grau completo e ou nível superior;

b) conselheiros técnicos das Câmaras de Vereadores;

c) segmentos sociais (conselheiros, agricultores, comerciantes, empresários, professores}.

O programa de Capacitação de Gestores Ambientais vai ao encontro das diretrizes do capítulo 28 da Agenda 21, que trata sobre as iniciativas das autoridades locais em apoio à Agenda 21.

Quero informar que temos responsabilidade, não vamos nos ridicularizar em cursos, querendo superar os conhecimentos dando uma de vedete, o assunto é importante e de grande responsabilidade; agora que não depende só de nós, nem tão pouco de um grupo restrito que auto se intitulam como pais da criança, nem iremos fazer nada a toque de caixa, é por isso mesmo que o atual governo é da Democracia e Mudança, com responsabilidade.

Um programa desses para ser posto em prática depende de recursos para elaboração de projetos, de participação de todos os cidadãos e principalmente de uma equipe de engenheiros, principalmente ambientalistas, portanto, se for para embarcar em canoa furada, continuo de fora, e que se mais não faço é porque não depende só da minha vontade.

Encerro dizendo que esse programa é importante para a cidade, o Meio Ambiente agradece, agora, que não se trata de alguma Alvorada ou Cavalgada, cujo combustível principal é a “branquinha”.

Enquanto isso... NADA COMO UM DIA APÓS O OUTRO.

Por: J.Montalvão

Na Antiga Roma, os Imperadores providenciavam para a satisfação do povo romano que nunca faltasse pão e circo, aqui em Jeremoabo a diferença é que ao invés de pão e circo, fazem cavalgadas.

Alienados pelo sonho irreal de uma simples cavalgada, alguns jeremoabenses esquecem os seus reais problemas durante algumas semanas.

Ninguém se interrogará sobre a corrupção generalizada que aqui se implantou, sem haver responsáveis pela bandalheira política, do dinheiro desperdiçado e as suas conseqüências no atual processo eleitoral. E a possibilidade de dar um troco não sustentando parasitas!

"Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por assuntos sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar, voltado para a manjedoura com os outros animais" (extraído de "Armas silenciosas para guerras tranquilas" ) Políticos realmente usam e abusam de ópio para embriagar as massas. Se de repente, surge algo importante e que merece a atenção popular para se conhecer o seu candidato e ao mesmo tempo esse assunto pode por em risco sua candidatura, é promovida imediatamente uma mega-atração para desviar a atenção popular do assunto em foco..

Tudo acaba tudo tem um fim... Nada é eterno, quando menos esperamos puff... tudo terminou.

Estamos prestes a nos livrar de dois políticos que acabaram com as finanças do município, então nos resta dizer : – Alea jacta est! – a sorte está lançada!( Júlio César (100-44 a.C.),

Digo isso porque: “Conta rejeitada pode tornar político inelegível. Pelo projeto, quem já tem cargo eletivo (prefeitos, governadores, vereadores, deputados, senadores) e quer se candidatar à reeleição precisa ter as contas do exercício anterior aprovadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União), A proposta ainda será examinada em plenário do Senado.”

Os dias nem sempre estão nublados por causa daquela nuvem escura que encobre o nosso céu do local onde vivemos. Lutemos pelo fim da impunidade em vez de lutarmos para que mais injustiças gratuitas sejam praticadas.



Lula pretende barrar reajuste de aposentados

Tribuna da Bahia Notícias-----------------------
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou dos líderes dos partidos da base aliada uma ofensiva para evitar que a Câmara aprove o pacote de medidas que já passaram pelo Senado e que podem causar prejuízos aos cofres da União. Lula convocou para hoje uma reunião do conselho político para tratar de duas propostas previdenciárias e da emenda 29 —que destina mais recursos federais, estaduais e municipais para a saúde. O ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucio-nais) almoçou ontem com os líderes partidários e apelou sobre a necessidade de a base aliada estar unida para evitar que as propostas —uma que acaba com o fator previdenciário e a outra que estende aos inativos o reajuste do salário mínimo, assim como a emenda 29— sejam aprovadas pelos deputados. Com maioria na Câmara, Lula deverá ressaltar que as três medidas aprovadas pelo Senado vão provocar despesas extras à União que não teria de onde tirar mais recursos. Análise semelhante foi feita ontem pelo presidente durante reunião de coordenação política, no Palácio do Planalto, na qual participam o vice-presidente José Alencar e ministros. No dia 9 de abril, a base aliada do governo no Senado se dividiu ao votar três propostas que agora estão sendo questionadas pelo Palácio do Planalto em decorrência do possível aumento de custos acarretados com suas aprovações. No dia 9, o plenário do Senado aprovou a regulamentação da emenda 29, que destinada recursos públicos para a área da saúde. A proposta rachou a base aliada que apóia o governo. O grupo liderado pelo senador Tião Viana (PT-AC), que é médico, saiu vitorioso e aprovou a medida. Por essa proposta, a União deve repassar 8,5% da sua receita bruta para o setor. Até 2011, o percentual deverá chegar a 10%, o que deverá atingir R$ 23 bilhões, segundo parlamentares. Pela Emenda 29, os Estados deverão repassar 12% de sua arrecadação e os municípios 15% para o setor da saúde. Na mesma sessão, o plenário do Senado aprovou o projeto que acaba com o fator previdenciário — que foi criado na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O texto acaba com o fator. O fator previdenciário é um mecanismo aplicado para o cálculo das aposentadorias por tempo de contribuição e por idade, sendo opcional no segundo caso. O fator previdenciário considera quatro elementos: alíquota de contribuição, idade do trabalhador, tempo de contribuição à Previdência Social e expectativa de sobrevida do segurado. O secretário de Políticas de Previdência Social, Helmut Schwarzer, afirmou ontem que o governo não possui nenhum “plano B” para aumentar as receitas da Previdência caso o fim do fator previdenciário seja aprovado no Congresso. “Não temos nenhum projeto alternativo”, afirmou. Ele disse que, apesar da queda no déficit registrada no primeiro trimestre de 2008, o equilíbrio do sistema ainda depende da manutenção das regras atuais de reajuste e do fator. Schwarzer disse também que, desde 2000, o fator previdenciário já gerou ganhos de R$ 10 bilhões para os cofres públicos. Como o aumento é gradativo, conforme vão sendo concedidas as novas aposentadorias, somente no ano passado foram R$ 3,4 bilhões. Neste ano, segundo ele, a economia poderia ficar entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões. Outra proposta aprovada estende para aposentados e pensionistas do INSS o reajuste de 4,5%.
Conta rejeitada pode tornar político inelegível
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou ontem parecer favorável do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) a projeto de autoria do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) que altera a Lei de Inelegibilidades. Pelo projeto, quem já tem cargo eletivo (prefeitos, governadores, vereadores, deputados, senadores) e quer se candidatar à reeleição precisa ter as contas do exercício anterior aprovadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União), com a ação julgada na Justiça. Atualmente, para concorrer às eleições, o candidato com contas rejeitadas pode protocolar uma ação na Justiça para reverter a decisão do TCU. O relator explicou que, pela legislação em vigor, basta que a decisão relativa às contas tenha sido submetida à apreciação do Poder Judiciário para que o candidato continue elegível para as eleições que se realizarem nos cinco anos seguintes, a partir da data da decisão. A proposta ainda será examinada em plenário do Senado.
Corte no Orçamento atinge mais Saúde, Cidade e Turismo
Os ministérios das Cidades, Saúde e Turismo serão os mais atingidos pelo corte de R$ 19,193 bilhões no Orçamento de 2008. O valor representa cerca de 15% do total de gastos programados anteriormente. A reavaliação do Orçamento se baseia em novas estimativas para gastos e receitas do governo. O anúncio do contingenciamento (bloqueio de recursos do Orçamento), que acontece todos os anos, já era esperado. No ano passado, o corte foi de R$ 16,4 bilhões; em 2006, de 14,2 bilhões; e, em 2005, de R$ 15,9 bilhões. Segundo o decreto publicado nesta quarta-feira no “Diário Oficial” da União, os maiores cortes foram nos ministérios de Cidades (R$ 2,720 bilhões), Saúde (R$ 2,594 bilhões), Turismo (R$ 2,233 bilhões), Defesa (R$ 1,905 bilhão) e Educação (R$ 1,612 bilhão). Percentualmente, no entanto, a maior perda fica com a pasta do Turismo, que viu o limite de gastos ser reduzido em 85%, de R$ 2,629 bilhões para R$ 395 milhões. O Ministério das Cidades teve um corte de R$ 5,934 bilhões para R$ 3,213 bilhões. A Saúde, que tem o maior orçamento, teve uma redução de R$ 43,250 bilhões para 40,656 bilhões. A redução dos gastos em cada uma das pastas será feita de acordo com o critério dos próprios ministérios, que podem escolher os programas que serão mais afetados ou optar ainda por um corte proporcional. Por isso, ainda não é possível saber quais os programas do governo que serão mais afetados. Os cortes atingem somente as despesas não-obrigatórias do governo. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão informou que o ministro da pasta, Paulo Bernardo, não vai falar sobre a medida.
Posse no Supremo reúne cerca de 3.500 convidados
Em um evento em que 3.500 convidados confirmaram a presença, o ministro Gilmar Ferreira Mendes, 52, assumiu ontem a presidência do STF (Supremo Tribunal Federal), substituindo a ministra Ellen Gracie, primeira mulher da história do tribunal a ocupar o posto. No plenário do Supremo cabem, no máximo, 376 pessoas, considerando também as cadeiras móveis instaladas para dias de movimento. A maioria dos presentes, portanto, assistiu à cerimônia pela TV. A organização espalhou cadeiras, sofás e nove telões na sede do Supremo. Entre os convidados que estavam nomes como Pelé, amigo de Mendes, os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor de Mello e José Sarney, e os governadores tucanos José Serra (São Paulo) e Aécio Neves (Minas Gerais). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também participou da posse. Após a cerimônia e enquanto a fila de cumprimentos se formava, a organização serviu vinho aos milhares de presentes. A bebida, de acordo com a assessoria de imprensa do STF, foi oferecida pela Associação dos Magistrados do Brasil. Mato-grossense, Gilmar Mendes ocupa uma cadeira no Supremo desde 2002, quando foi indicado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Antes, foi advogado-geral da União —também no governo FHC— e procurador da República. Mendes é graduado e mestre em Direito pela UnB (Universidade de Brasília) e doutor pela Universidade de Münster, na Alemanha. Na véspera da posse de Mendes, o presidente Lula chamou a cúpula do STF para um jantar no Palácio da Alvorada. Oficialmente, o objetivo da recepção era o de homenagear a ministra Ellen Gracie. Nos bastidores, a expectativa era a de que Lula aproveitasse o encontro para tratar com os ministros sobre a polêmica em torno da demarcação da reserva indígena Raposa/Serra do Sol (RR).
Fonte: Tribuna da Bahia

Governo baiano não consegue votar projetos

Quatro importantes projetos do governo e dois requerimentos de urgência deixaram de ser votados ontem na Assembléia Legislativa porque a sessão ordinária caiu por falta de quórum, atribuída por deputados da oposição à desarticulação da bancada governista e mesmo a uma suposta insatisfação de parlamentares pela forma como vêm sendo tratados. O líder do DEM, Heraldo Rocha, solicitou uma verificação de presença, e como, às 15h49, só havia no plenário 18 dos 48 integrantes da maioria, o presidente Marcelo Nilo foi obrigado a encerrar os trabalhos. O líder do governo, Waldenor Pereira (PT) negou que tenha havido “rebelião” de seus correligionários que disse que “é tradição” dos governistas, em sessões deliberativas, que costumam invadir a noite e a madrugada, só chegar depois das 16 horas. “Vamos tentar votar os projetos amanhã (hoje) pela manhã”, completou, queixando-se de que o líder da oposição, Gildásio Penedo (DEM), não lhe respondeu a tempo sobre uma proposta de entendimento em torno de uma das matérias, o que o levou a não pedir a convocação de uma sessão extraordinária. A questão é que um dos projetos em tramitação trata da criação de cargos na área de saúde, o que permitiria a contratação de 20 fisioterapeutas e dez auditores de saúde concursados. Como o prazo de validade do concurso se encerra em 8 de maio, seria necessário um acordo entre governo e oposição para dispensar formalidades, acelerar o processo e, assim, atender aos profissionais, que nos últimos dias visitaram freqüentemente a Assembléia para pedir a ajuda dos líderes partidários e do presidente Marcelo Nilo. O deputado Gildásio Penedo disse que não respondeu a Waldenor porque não havia consultado toda a sua bancada, e eximiu-se de responsabilidade pela queda da sessão. “Se houvesse sessão, a oposição poderia votar ou não os projetos, mas a obrigação de colocar deputados no plenário é do governo, que diz ter 48 em sua bancada. Na verdade, o que falta é articulação, capacidade do governo para mobilizar sua base. Desse jeito, eles querem que a gente carregue o caixão e, ainda por cima, sozinhos”. (Por Luis Augusto Gomes)
Wagner ficou sem aumento
Partidário da tese de que se alastra a insatisfação na bancada do governo, o deputado Rogério Andrade (DEM) lembrou que um dos projetos que seriam votados ontem é justamente o do reajuste de salários do governador, vice-governador e secretários. Ele disse que almoçou ontem com dois parlamentares da base de Wagner e cometeu a imprudência de defini-los como governistas. “Um deles quase me bateu”, brincou. Também tido como da bancada da maioria, o deputado Jurandy Oliveira (PDT) foi um dos que não registraram presença no painel, e explicou. “Sempre sonhei em chegar a esta situação na vida. Estou livre. Não sou governo nem oposição. Nada recebi do governo anterior nem do atual. Voto no que considerar bom para a Bahia e não voto no que for ruim”. Além dos projetos já citados, estavam na pauta de ontem o que trata da aplicação de penas alternativas, cujo objetivo é permitir a redução da população carcerária, beneficiando os presos que tenham cometido crimes mais leves, e o que cria o fundo de assistência da Defensoria Pública, para melhoria salarial e de estrutura da instituição. Outra proposição relevante é a implantação dos colegiados escolares, instância formada por pais, estudantes, professores e funcionários para atuar como uma espécie de conselho nos estabelecimentos estaduais de ensino. Finalmente, seria votada também a urgência para tramitação de um pedido de empréstimo de US$ 30 milhões ao Banco Mundial a serem investidos no programa Produzir III. Para que uma sessão tenha continuidade na Assembléia, é preciso que pelo menos 21 parlamentares estejam no plenário. Ontem, no momento da verificação de quórum, havia 20 deputados, dentre os quais os oposicionistas Heraldo Rocha (DEM), que pediu a contagem dos presentes e regimentalmente não poderia sair, e Luiz de Deus (DEM), que fazia parte da mesa e, igualmente, era obrigado a permanecer. Os 18 governistas que marcaram seus nomes no painel foram Getúlio Ubiratan (PMN), Álvaro Gomes (PCdoB), Gilberto Brito (PR), Maria Luiza Laudano (PTdoB), Fátima Nunes (PT), Isaac Cunha (PT), Capitão Tadeu (PSB), Fernando Torres (PRTB), João Bonfim (do DEM, mas que apóia o governo), Ferreira Ottomar (PMDB), Leur Lomanto Jr. (PMDB), Waldenor Pereira (PT), Zé Neto (PT), Carlos Ubaldino (PSC), Ivo de Assis (PR), Adolfo Menezes (PTB), Marcelo Nilo (PSDB) e Zé das Virgens (PT). (Por Luis Augusto Gomes)
PT e PMDB vão duelar na sucessão em Itabuna
O município de Itabuna, no sul do estado, será mais uma cidade onde a aliança entre PT e PMDB passará por um teste de fogo. Já com a sua pré-candidatura lançada pelo PMDB, o deputado Fábio Santana chega a ficar irritado ante a cada vez mais irreversível candidatura de Juçara Feitosa, esposa do atual secretário estadual da Agricultura, Geraldo Simões. “Se o PT tivesse consciência veria que a candidatura de Juçara Feitosa não tem viabilidade”, diz Santana. “A nossa candidatura é sólida e estamos em primeiro lugar nas pesquisas”, argumenta. Enquanto o peemedebista protesta, o PT avança cada vez mais para definir o nome que vai lançar na disputa pela prefeitura de Itabuna. Mesmo tendo que disputar a indicação com Iruman Contreiras, Juçara Feitosa deverá mesmo ser a escolhida. Segundo se especula dentro do PT, com o apoio do esposo e secretário Geraldo Simões, Feitosa avançaria nas pesquisas e seria forte concorrente. Este cenário não agrada nem um pouco ao pré-candidato do PMDB, deputado Fábio Santana, que já admite conversar com outros partidos visando somar apoios, inclusive o Democratas. “A posição do PT tem feito com que nós levemos (a eleição) com interesse pluripartidário e vamos ter que conversar com diversos partidos”, admitiu. Embora Santana negue, o prefeito Fernando Gomes já teria vindo a Salvador conversar com o PMDB buscando uma possível aliança entre os dois partidos. “Disseram que eu estaria conversando com o prefeito Fernando Gomes, mas o que houve foi apenas um encontro casual. Agora, nós já conversamos com o atual vice-prefeito, Capitão Azevedo, que é meu amigo e pré-candidato do Democratas”, disse. “Se o Democratas quiser apoiar o PMDB, quem é de sã consciência que vai recusar apoio? Seria uma honra”, completou. Nesse contexto, a disputa de Itabuna poderá reforçar um possível choque na aliança estadual entre PT/PMDB. “Mediante o comportamento do PT de lançar candidato próprio, como em Salvador, onde ocupava pastas importantes, prejudica. O PT é que tomou a iniciativa de lançar um nome próprio e isso deixa o PMDB desobrigado de um apoio automático, como é o caso de Itabuna”, admitiu. “O sensato era o PT, tendo o PMDB como aliado do governador, tivesse consciência e abrisse mão para uma candidatura do PMDB”, avaliou. Santana disse ainda que o nome de Juçara Feitosa “significa o retorno de um modelo administrativo que a própria comunidade rejeitou. Então, por que retornar na figura da esposa?”, questionou. (Por Evandro Matos)
Universal “fecha” com Pimenta em Feira
O Partido Republicano Brasileiro (PRB) formalizou apoio à candidatura do deputado Tarcízio Pimenta à Prefeitura de Feira de Santana. O acordo foi firmado durante encontro entre o prefeito José Ronaldo de Carvalho, presidente regional do Democratas, e o ex-deputado estadual Bispo Márcio Marinho, coordenador político da Igreja Universal doReino de Deus, hoje pela manhã, no Paço Municipal Maria Quitéria. Participaram do encontro os deputados Tarcízio Pimenta e Eliedson Ferreira (DEM), e o vereador José de Arimatéia, presidente de honra do PRB, partido que conta com importante representação na Câmara e Senado federais, e que tem como maior expoente dentro dos seus quadros o vice-presidente da República, José de Alencar. Na Bahia, a estrela do PRB é o radialista Raimundo Varela, um dos prefeituráveis mais cotados para a Prefeitura da capital baiana. Trata-se de um apoio muito importante para a arrancada da campanha do candidato do prefeito José Ronaldo de Carvalho. Doravante, há uma tendência natural de que os partidos que dão sustentação ao governo José Ronaldo (cerca de dez agremiações) passem a também formalizar seus apoios ao arco de alianças políticas que apoiarão Tarcízio Pimenta, sob a coordenação do prefeito José Ronaldo.
Fonte: Tribuna da Bahia

Exclusivo para fotógrafos e cinegrafistas

Por: Carlos Chagas
BRASÍLIA - Ficou só para os fotógrafos e cinegrafistas a festa da posse do novo presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, quarta-feira. Porque, pela primeira vez, puderam ser flagrados no mesmo recinto todos, menos um, os presidentes da República do Brasil ainda vivos. Lá estavam, em poltronas separadas pelo cerimonial e pelo bom senso, Luis Inácio da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor e José Sarney. Faltou Itamar Franco.
O presidente e os ex-presidentes não conversaram. Sequer os antigos inquilinos do Palácio do Planalto, apesar de sentados lado a lado. Apenas se cumprimentaram. Nem mesmo aceitaram a proposta de se deixarem fotografar em pose para a posteridade.
Nos Estados Unidos, esses flagrantes só acontecem no velório de um deles. Aqui, felizmente, esse caso ainda não aconteceu.
É inegável que o presidente Lula não tem nada para dialogar com Fernando Henrique, que por sua vez não gosta de Fernando Collor, que é apenas colega, jamais companheiro, de José Sarney no Senado. Sarney consegue ser o único a manter diálogo com Lula.
Já se imaginou a criação de um conselho de ex-presidentes da República, capaz de orientar o titular em situações de crise, mas, ou as grandes crises não aconteceram no governo Lula, ou uma reunião com seus antecessores só faria acirrar os ânimos. De qualquer forma, puderam ao menos permanecer sob o mesmo teto, durante poucas horas. Algum dia ainda chegará além dessa meteórica convivência.
Outra reunião que não houve, apesar das presenças, foi do Alto Tucanato. José Serra, Aécio Neves e Geraldo Alckmin também compareceram à posse de Gilmar Mendes, mas nem carona para o aeroporto se dignou a oferecer-se.
A causa do terremoto
Buscavam-se, no Congresso, as causas do terremoto que esta semana abalou São Paulo e outros estados. Muita gente não acreditava no tal epicentro do tremor, localizado nas profundezas do Oceano Atlântico, a 215 quilômetros de São Vicente. Muito menos se aceitava a versão de que tudo não passou do reflexo da acomodação de camadas tectônicas da terra, lá no Chile. Se ainda fosse na Bolívia, no Paraguai ou na Venezuela, quem sabe?
A versão mais aceita entre deputados e senadores era de estar a razão do terremoto na disputa entre os tucanos, pela prefeitura paulistana. Porque abalos acontecem e mais acontecerão na capital do estado, com reflexos em Belo Horizonte e até em Curitiba, por conta da divisão existente no PSDB. Gilberto Kassab ou Geraldo Alckmin? Se quiserem, José Serra ou Aécio Neves, em patamares mais profundos?
Enquanto a terra treme, sem solução, e apesar de situada num planalto, a cidade de São Paulo corre mais dois sérios riscos.
O primeiro, de ser assolada por violento ciclone, que segundo costumes internacionais já foi apelidado por um nome feminino: seria o ciclone "Marta", em formação nas últimas semanas. O segundo perigo, mais estranho ainda: a paulicéia está próxima de ser atingida por monstruoso tsunami. Seu nome? Paulo Maluf.
Só com plebiscito
Começa a se desenvolver no PT uma espécie de pretexto para justificar o óbvio, ou seja, que o partido não dispõe de candidato capaz de ganhar as eleições presidenciais de 2010 e, por isso, aproxima-se cada vez mais da proposta do terceiro mandato. Para não vibrar, a frio, esse golpe nas instituições, os companheiros começam a argumentar que só adeririam à nova reeleição do presidente Lula se o povo exigisse. Como? Através de um plebiscito.
Mais ou menos como a "Pomada Maravilha", que muitas décadas atrás curava todos os males e todas as doenças, o plebiscito serviria para justificar o injustificável. Afinal, o presidente Lula só permaneceria no poder por força de poderoso pronunciamento popular.
Viabilizar a consulta não será problema, tendo em vista a maioria que o governo detém na Câmara e, com certo jeitinho, também no Senado.
Ninguém duvida de que, chamado a opinar, por grande maioria o eleitorado diria "sim". A popularidade do Lula é incontestável, apesar da ironia, ou por causa dela, de não poder transferi-la.
Fica difícil botar o carro adiante dos bois, ou seja, aproveitar as eleições municipais de outubro para realizar o plebiscito. Melhor seria aprofundar as evidências, isto é, ver aumentado o apoio nacional ao presidente, através do crescimento das obras do PAC, tanto quanto deixar que se torne clara a impossibilidade de algum companheiro ou companheira chegar sequer ao segundo turno. Ouve-se nos corredores do PT que tempo ideal para a realização da consulta seria no começo do segundo semestre de 2009.
Vamos aguardar, mas com a certeza de que, para não perder o poder, vale tudo para os seus detentores, quaisquer que sejam...
Um só livro, um só presidente?
A história é conhecida, mas merece ser recontada. No auge da expansão árabe, lá pelo ano 750, Depois de Cristo, o general Ibn El Abbas levava seus exércitos para a conquista do Egito e do Norte da África. Ia destruindo quantas cidades se levantavam contra a conquista, passando seus habitantes pela espada ou recebendo deles a submissão completa. Quando chegou às portas de Alexandria, extasiou-se.
Era a maior e mais sofisticada cidade do mundo conhecido, superior à própria Roma então em decadência. Diante da maior biblioteca jamais reunida no planeta, dizem que contendo até originais de Homero e de Platão, o militar hesitou. Tinha ordens do califa, em Bagdá, para não deixar pedra sobre pedra em sua marcha. Mesmo assim, mandou um correio consultar o todo-poderoso chefe: o que fazer com aquela maravilha?
A resposta veio rápida: "Se todos esses escritos discordam do Alcorão, são perniciosos e devem ser destruídos; se concordam, são supérfluos e também devem desaparecer." Conta a crônica que durante muitas semanas as milhares de termas existentes em Alexandria, até então alimentadas à lenha, funcionaram com a queima do acervo da biblioteca.
Por que se repete essa história? Porque os árabes da atualidade, os companheiros do PT, começam a raciocinar que se os possíveis candidatos à sucessão de 2010 seguem as diretrizes do Lula, são supérfluos e devem ser afastados. Contestam-se a linha de governo agora adotada, são perniciosos e precisam da mesma forma, deixar de ser candidatos...
Fonte: Tribuna da Imprensa

PT veta aliança com PSDB em Belo Horizonte

Resolução comunica que em hipótese alguma partido participará de coligação com tucanos
BRASÍLIA - Depois de dois meses de impasse, a Executiva Nacional do PT decidiu ontem vetar a aliança com o PSDB do governador de Minas, Aécio Neves, para a eleição de prefeito de Belo Horizonte. Em resolução aprovada à noite, a cúpula petista deixou claro que não autorizará, "em nenhuma hipótese", o PT a participar de coligação integrada pelo PSDB.
O documento destaca que o simbolismo de uma aliança entre os dois partidos "extrapola a dimensão política de um simples acordo municipal" porque o governo Aécio "não se coaduna com o que o PT quer para Minas e muito menos para o Brasil".
Apesar de esticar a corda com Aécio, o comando petista autorizou a parceria com o PSB na capital mineira, o que abre caminho para um acordo branco. Motivo: o acerto fechado entre o governador e o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), prevê que o candidato à sucessão municipal seja Márcio Lacerda, que é filiado ao PSB. O problema é que Lacerda, afilhado político do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), é visto como um tucano infiltrado na aliança por ser secretário de Desenvolvimento Econômico do governo Aécio.
Na prática, o PT pode até aprovar a dobradinha desde que o PSDB não apareça formalmente na chapa e fique escondido na campanha. Para garantir o tempo de TV no programa eleitoral, o PSDB pode até lançar um candidato laranja e apoiar Lacerda sem mostrar a cara.
"Nós não podemos proibir ninguém de apoiar informalmente um candidato e também não vamos orientar o que Aécio deve fazer", afirmou o deputado José Eduardo Martins Cardozo (SP), secretário-geral do PT. "Esse acordo foi vetado porque sinalizava que a eleição de 2008 era uma referência para 2010 e não vamos permitir nenhuma aproximação programática com o PSDB."
A parceria entre petistas e tucanos em Belo Horizonte é, até agora, o primeiro movimento relevante para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010. A direção do PT, no entanto, decidiu brecar o namoro por entender que jogaria água no moinho de Aécio, pré-candidato do PSDB à cadeira de Lula.
Dos 15 dirigentes presentes à reunião da Executiva Nacional, apenas dois (Romênio Pereira, secretário de Assuntos Institucionais, e Jorge Coelho, terceiro vice-presidente) foram a favor da aliança com os tucanos. Embora a cúpula petista tenha proibido o casamento, a novela promete continuar.
No domingo, o PT de Belo Horizonte vai homologar a candidatura do deputado petista Roberto Carvalho para vice da chapa liderada por Márcio Lacerda. "Não há nenhum problema no fato de o PT apoiar um candidato do PSB", insistiu Martins Cardozo. "O que não pode é formalizar uma aliança com o PSDB."
Fonte: Tribuna da Imprensa

Quadrilha desviava verba do BNDES

Um dos presos é advogado e integrante do Conselho de Administração do banco
SÃO PAULO - A Polícia Federal deflagrou ontem a Operação Santa Tereza e prendeu 10 empresários, advogados e servidores públicos supostamente envolvidos em um esquema de desvio de verbas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Dois financiamentos sob suspeita foram autorizados e liberados no início do ano - um no valor de R$ 130 milhões, outro de R$ 220 milhões, dinheiro que teria sido repassado para a Prefeitura de Praia Grande (SP) e para o caixa de uma loja de uma rede varejista.
A maioria dos alvos da Santa Tereza teria ligações com a Força, mas a PF descartou motivação política na investigação. Jaber Saadi, superintendente regional da PF, afirmou taxativamente: "Não confundam questão política com a Polícia Federal, que nunca se prestaria a fazer um trabalho político. A PF nunca faria uma apuração para ser usada politicamente. Que isso fique bem claro."
Ricardo Tosto, advogado tributarista e empresarial, foi capturado às 6 horas no condomínio onde reside, no Morumbi. Há cerca de 5 meses ele assumiu cadeira no Conselho de Administração do BNDES, por indicação da Força Sindical. Tosto é advogado e amigo do deputado e presidente da Força, Paulinho da Força (PDT-SP).
A PF vasculhou 18 endereços de suspeitos onde foram recolhidos US$ 220 mil, carros de luxo, talões de cheques e documentos. As prisões, em caráter temporário por 5 dias, e as buscas foram ordenadas pela 2ª Vara Federal de São Paulo. Segundo a PF, 4% do montante financiado pelo BNDES eram desviados para divisão entre os integrantes da organização criminosa.
Pelo menos 200 projetos com dinheiro público, sob análise dos federais, estariam no ponto para serem aprovados. Eles se referem a contratos de obras de prefeituras dos Estados de São Paulo, Rio, Paraíba e Rio Grande do Norte. "Os investigados usam de influências políticas em Brasília para conseguirem a liberação dos empréstimos", disse o delegado Rodrigo Levin, que coordenou a Santa Tereza.
A PF informou que a apuração sobre desfalques no BNDES teve início casualmente, quando estava em curso inquérito sobre tráfico de entorpecentes, prostituição e tráfico internacional de mulheres. O centro da investigação é uma casa noturna dos Jardins. "Ali se fazia a prostituição e cuidavam do envio de meninas de programa para o exterior", destacou Ricardo Saadi.
"Descobrimos que essa casa, com faturamento elevado, era utilizada para lavagem de dinheiro do BNDES. O prostíbulo somente se mantém em funcionamento porque seus proprietários oferecem vantagens ilícitas a autoridades e servidores públicos responsáveis pela fiscalização."
O primeiro alvo da PF foi um empresário de Praia Grande. Segundo a PF, antes de constituir uma construtora para fechar contratos com prefeituras, ele foi traficante de drogas. Ele é um dos 3 sócios da casa noturna.
Os federais informaram que empresas interessadas em financiamentos do BNDES se aproximaram de um grupo com prestígio dentro do banco. "Esse grupo indicava uma agência de consultoria para fazer o projeto que deveria ser apresentado ao banco para que obtivessem a liberação de verbas", anotou Levin.
Nega
O advogado Ricardo Tosto negou todas as acusações por meio de nota do seu escritório de advocacia, o Leite, Tosto e Barros. "As operações em que uma empresa e uma prefeitura teriam supostamente sido beneficiadas por empréstimos do BNDES aconteceram antes de o advogado Ricardo Tosto integrar o Conselho do banco, não tendo, nem remotamente, a sua participação", diz nota divulgada pelo escritório do advogado. O escritório também diz no texto que "a associação absurda com 'prostituição e tráfico internacional de mulheres' é uma aberração".
Fonte: Tribuna da Imprensa

Defesa diz que polícia tem provas frágeis

SÃO PAULO - Os advogados de defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá passaram a tarde de ontem fechados em um escritório na Avenida Liberdade, no Centro de São Paulo, analisando todos os laudos periciais do Instituto Médico-Legal (IML) e do Instituto de Criminalística (IC) produzidos a respeito da morte da menina Isabella Nardoni.
Segundo Rogério Neres de Sousa, um dos advogados, a análise do material ajuda a provar a tese de que a polícia tem provas "frágeis", que deixariam muitas brechas para contestação. Ontem mesmo, com os laudos em mãos, a defesa novamente prometeu entrar com uma representação na Corregedoria da Polícia Civil, questionando os métodos de investigação.
O principal motivo, segundo Neres de Sousa, foi o fato de o casal ter sido interrogado, na sexta-feira passada, com base em informações que supostamente estariam nos laudos - mas que, na verdade, não foram comprovadas pelos peritos. "O casal foi inquirido sobre o sangue no banco traseiro do carro, que, segundo os investigadores, pertenceria a Isabella Nardoni", diz.
"Mas isso simplesmente não está no laudo, nunca esteve. Lá está escrito que é impossível determinar de quem é o sangue encontrado no carro. Justamente por isso estamos questionando esses métodos da polícia."
O inquérito que apura o assassinato de Isabella deverá ser concluído até a próxima segunda-feira para, logo depois, ser remetido ao promotor Francisco Cembranelli, designado pelo Ministério Público para acompanhar o caso.
Os advogados correm contra o tempo para tentar levantar o maior número possível de inconsistências nos laudos e nos depoimentos. A informação do sangue no carro é a primeira delas - uma vez que é impossível identificar de quem são as manchas encontradas pelos peritos, os advogados esperam derrubar a tese de que a garota de 5 anos já chegou ferida ao apartamento, versão defendida pelos investigadores.
14 Minutos
Outro ponto muito contestado pela defesa é o depoimento de vizinhos do Edifício London que citaram uma "grande discussão" entre o casal dez minutos antes de a menina ser jogada pela janela do 6º andar - o que, na visão dos investigadores, poderia ajudar a incriminar o casal. Os advogados querem usar os resultados dos laudos para tentar mostrar que a briga não ocorreu. "Sempre falamos que essa discussão não existiu", disse Neres de Sousa.
Segundo os peritos, que cruzaram as informações do rastreador de veículos instalado no Ford Ka da família com o primeiro telefonema dado ao Centro de Operações da Polícia Militar por um morador do edifício, o casal ficou 14 minutos dentro do prédio antes de o resgate ser chamado - ou um pouco menos, estimando o tempo que o vizinho demorou para ser avisado e pegar o telefone.
Assim como Alexandre Nardoni sustenta em depoimento que subiu primeiro para deixar Isabella no apartamento, sozinho, a defesa acredita que conseguirá provar que não houve tempo para uma briga. "Como sempre falamos, a polícia está longe de fechar o caso", diz o advogado. "É preciso ampliar a investigação."
Fonte: Tribuna da Imprensa

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