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quinta-feira, maio 02, 2024

No 1º de Maio, Lula celebrou geração de empregos e pediu votos para Boulos

Março teve saldo de mais de 200 mil empregos com carteira assinada

Pedro do Coutto

Sem dúvida, como era esperado, o presidente Lula da Silva destacou ontem, em seu discurso junto às centrais sindicais, os avanços que foram conquistados ao longo do seu atual mandato. O Brasil fechou o mês de março com saldo positivo de 244.315 empregos com carteira assinada. No acumulado do ano (janeiro/2024 a março/2024), o saldo foi positivo em 719.033 empregos, o que representa um aumento de 34% em relação aos três primeiros meses do ano passado.

“O Brasil voltou a gerar empregos e ter um governo que respeita, valoriza e dialoga com os trabalhadores. Um abraço aos trabalhadores e as trabalhadoras do nosso país”, disse o presidente Lula em suas redes sociais nesta quarta-feira, dia 1º de maio. O balanço é do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgado nesta terça-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

MELHOR RESULTADO – Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, este foi o  melhor resultado do Caged para o mês de março desde 2020. “Ou seja, é um momento importante, então eu creio que neste Primeiro de Maio nós temos motivos para fixar a luta da classe trabalhadora por melhores condições”, disse Marinho.

As principais centrais sindicais brasileiras chegaram ao ato realizado ontem com um discurso unificado de manutenção do apoio ao presidente Lula da Silva, mas cobraram do governo medidas para “reduzir os danos” causados aos sindicatos após a reforma trabalhista implementada em 2017.

“Não queremos revogar a reforma trabalhista, mas repactua-la e minimizar danos”, disse Ricardo Patah, presidente da UGT e membro da executiva nacional do PSD, partido criado e liderado por Gilberto Kassab. Ainda segundo Patah, as centrais têm uma “ótima relação” com Lula. “Em um ano e 4 meses ele conseguiu conquistas relevantes: a economia está controlada e temos uma política de salário mínimo. Muita coisa andou”, afirmou.

TAXA DE DESEMPREGO – Vale destacar também que durante este mandato, Lula conseguiu com que a taxa de desocupação no primeiro trimestre de 2024 ficasse em 7,9%. O índice é o menor para o período desde 2014, quando alcançou 7,2%. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, pelo IBGE.

A taxa média de desemprego em janeiro, fevereiro e março ficou abaixo dos 8,8% do primeiro trimestre de 2023. Além disso, a faixa de isenção do Imposto de Renda subiu e o programa Bolsa Família voltou a caminhar. Enfim, o presidente Lula tem um lado sobre o qual pôde falar à vontade numa data tão significativa quanto o 1º de maio, e aproveitou para pedir votos para Guilherme Boulos, candidato do PSol/PT a prefeito de São Paulo.

Haddad vai explicar por que equipara aos nazistas a atual direita brasileira


MInistro-Haddad-durante-evento-no-Palácio-do-Planalto

F ernando Haddad agora imita Lula na arte de dizer asneiras

Igor Gadelha e Gustavo Zucchi
Metrópoles

O segundo vice-presidente da Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), protocolou na terça-feira (30/4) um pedido de convocação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para dar explicações no plenário da Casa.

A convocação, considerada uma saia-justa para qualquer ministro do governo, se deve a uma declaração de Haddad sobre a direita brasileira, campo do qual o parlamentar fluminense faz parte.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo publicada no sábado (27/4), Haddad afirmou que a “extrema-direita não é episódica” e lembrou das mortes causadas pelos nazistas no âmbito da Segunda Guerra Mundial (1938-1945).

INVERNO LONGO – “Será um ciclo longo, um inverno longo. A extrema direita não é episódica. Ela pode até durar pouco no curso da História. Mas às custas de muita destruição às vezes”, declarou o ministro.

Na visão do segundo vice-presidente da Câmara, o chefe da equipe econômica do governo Lula teria associado políticos da direita brasileira com o nazismo.

“O que de fato está em questão é relacionar os atuais políticos de direita aos crimes e atrocidades cometidos pelo movimento nazista. Isso é feito por meio de falsas premissas que chegam a uma conclusão absurda”, afirma o parlamentar no requerimento

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Já não bastava o presidente Lula a dizer bobagens a cada entrevista ou discurso, tornando-se uma figura até caricata, e ainda é preciso aguentar o ministro Fernando Haddad a também dizer disparates inconsequentes. Igualar a direita brasileira à direita nazista é algo tão absurdo como comparar a banda de Paraibuna com a bunda da paraibana. Só pode ser Piada do Ano. (C.N.)


Ministro de Lula chama regulação de fake news de PL00 e diz que, se Legislativo atrasar, TSE terá poder

 Foto: Agência Brasil /Arquivo

Ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta01 de maio de 2024 | 13:10

Ministro de Lula chama regulação de fake news de PL00 e diz que, se Legislativo atrasar, TSE terá poder

BRASIL

“PL2630 agora nem é mais 2630, é PL00”, afirmou nesta quarta-feira (1º) o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta (PT), em evento paralelo do G20.

“Se o Poder Legislativo atrasar muito esse debate, vai chegar eleição e novamente o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] vai definir o que pode e o que não pode ser feito”, acrescentou o ministro do governo Lula. “Aquilo que deveria ser resolvido pela lei vai acabar novamente sendo regulado pelo próprio tribunal eleitoral.”

Como mostrou a Folha, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), ainda não oficializou o grupo de trabalho que irá formular uma nova proposta do PL das Fake News, anunciado pelo próprio parlamentar no último mês.

A ideia de retomar as discussões sobre o PL, que está travado na Casa há quase um ano sem consenso, ocorreu na esteira do embate entre o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), e o empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter).

Lira sugeriu que fosse criado um grupo de trabalho para elaborar nova proposta. Na prática, o processo de discussão em torno da regulamentação das redes sociais começará praticamente do zero.

Apesar das declarações, Pimenta disse confiar na criação do grupo de trabalho prometido por Lira. “Acho que não vai ser desprezado o trabalho do deputado Orlando Silva”, afirmou, em referência à proposta original do parlamentar do PC do B-SP.

O projeto de lei prevê, entre outros pontos, responsabilizar as plataformas por conteúdos criminosos publicados. Aprovado no Senado, o texto teve a tramitação travada na Câmara no primeiro semestre de 2023, após a oposição ganhar terreno no debate.

Deputados dizem que o andamento das discussões na Câmara sinaliza que a regulação das redes não deverá voltar ao radar da Casa no futuro próximo. Avaliam, por outro lado, que a depender do que ocorrer durante as eleições municipais, o debate poderá se mostrar inevitável.

Pimenta participou de coletiva de imprensa ao lado do diretor-geral adjunto de comunicação e informação da Unesco, Tawfik Jelassi, e da subsecretária geral da ONU para Comunicações Globais, Melissa Fleming.

Em mesa anterior do mesmo evento, o ministro defendeu a remuneração de jornalistas por uso de conteúdo para treinamento de sistemas de inteligência artificial e anunciou a criação de uma iniciativa global de combate à desinformação sobre mudanças climáticas.

Marcos Hermanson, FolhapressPoliticaLivre

Ministério Público pede condenação de Renan Filho por abuso de poder em eleição

 

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ministro dos Transportes, Renan Filho01 de maio de 2024 | 18:08






Ministério Público pede condenação de Renan Filho por abuso de poder em eleição

BRASIL

Parecer do Ministério Público Eleitoral em Alagoas pede a condenação do ministro dos Transportes, Renan Filho, e do governador de Alagoas, Paulo Dantas, ambos do MDB, por suposto abuso de poder econômico nas eleições de 2022.

A peça da Procuradoria conclui que houve uso da máquina pública com fins eleitorais na implementação, no fim de 2021, de um programa de incentivos financeiros para manutenção na escola de alunos de ensino médio, com bolsas e premiações.

O órgão também pede a condenação do ex-secretário de Educação de Alagoas e atual deputado federal, Rafael de Brito (MDB).

Procurados pela Folha, todos negam irregularidades.

O documento foi assinado na segunda-feira (29) e levado ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do estado.

Segundo a investigação, o Governo de Alagoas burlou regras para iniciar pagamentos ainda em dezembro de 2021 em uma tentativa de escapar da legislação que veda o início da oferta de benefícios como esse em ano eleitoral.

O programa, segundo argumenta o documento, seria de caráter gratuito, exigindo-se tão somente o preenchimento de requisitos pelos beneficiários —não havendo, assim, contrapartidas, o que poderia configurar exceção à vedação prevista em lei.

A conclusão é pela inelegibilidade e cassação do diploma de Paulo Dantas e Rafael Brito. A Renan Filho, somente a inelegibilidade.

Renan Filho, hoje ministro do governo Lula (PT), era governador quando a manobra apontada foi realizada. Paulo Dantas assumiu o governo em maio de 2022, quando Renan Filho se licenciou para a eleição, e manteve os pagamentos ao longo do ano.

O programa batizado de Escola 10 foi uma das bandeiras eleitorais de Renan ao Senado, Brito à Câmara e Dantas ao governo, cargos para os quais foram eleitos. Renan Filho está licenciado enquanto é ministro. O Ministério Público afirma que as condutas impactaram no resultado eleitoral.

O documento da Procuradoria não se debruça sobre a efetividade ou qualidade da política pública, mas, sim, nas supostas irregularidades na implementação.

“É fácil perceber que houve verdadeiro atropelo nas etapas orçamentárias de execução da despesa (empenho, liquidação e pagamento) para culminar no pagamento (execução financeira) dos benefícios, tudo com o fim de fazer transparecer que o programa “Bolsa Escola 10″ teria execução orçamentária em 2021”, diz trecho do parecer.

A lei que criou o programa é de 10 de dezembro de 2021. Para que ele estivesse em execução neste mesmo ano, e assim configurasse ação já em andamento, o governo de Alagoas acelerou os pagamentos a alunos. As transferências ocorreram entre os dias 24 e 30 de dezembro, em valor total de R$ 18 milhões.

A investigação aponta, no entanto, que houve burla às previsões legais para liberação de recursos. Não houve empenho em alguns dos pagamentos e todos não passaram pelas fases de liquidação e ordem de pagamentos.

Há também empenhos, que são a primeira fase da execução orçamentária, anteriores a seu respectivo processo administrativo. “Vê-se claramente que o governo do estado de Alagoas lançou mão de expedientes administrativos irregulares com o fim principal de afastar a incidência da conduta vedada”, diz o parecer.

Além disso, é apontado que o governo alterou, sem previsão legal anterior, o escopo do programa. Ampliou-se para todos os alunos de ensino médio, embora a lei previa que só estudantes em situação de vulnerabilidade deveriam ser atendidos —posteriormente, a legislação foi atualizada para que o programa se tornasse universal.

“Para o Ministério Público Eleitoral, portanto, a partir do que consta nos autos, restou plenamente configurada a conduta vedada”, diz o texto, “uma vez que Renan Filho, enquanto governador de Alagoas, permitiu o uso promocional do programa social em benefício de pré-candidatos, bem como Paulo Dantas e Rafael Brito autorizaram/fizeram uso promocional em favor de suas próprias candidaturas, da distribuição de incentivos financeiros aos alunos da rede pública estadual de ensino em ano eleitoral.”

Em nota, Renan Filho, Paulo Dantas e Rafael Brito argumentam que o Escola 10 não pode ser configurado como iniciativa de “distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da administração pública”.

Segundo nota do governador de Alagoas e do deputado Rafael Brito, “o programa estabelece contrapartidas que devem ser cumpridas pelos estudantes para terem direito ao recebimento” dos valores previsto pela política.

“O programa Escola 10 é uma política de Estado de enfrentamento à evasão escolar, com condicionantes de desempenho. Portanto, não se trata de um programa de doação”, diz nota de Renan Filho.

O Ministério Público Eleitoral em Alagoas, por sua vez, entende que o programa exige o cumprimento de requisitos, como frequência escolar, e isso não poderia ser entendido como contrapartidas.

O projeto de Alagoas prevê aos jovens que retornam à escola um pagamento de R$ 500, contanto que estejam com o ciclo vacinal completo. Além disso, há uma bolsa mensal de R$ 100 caso haja frequência mínima de 90% nas aulas e premiação de R$ 2.000 aos concluintes.

A política foi uma das que inspiraram o governo Lula a criar o Pé-de-Meia, que também prevê bolsas e poupança para alunos do ensino médio. É uma das principais aposta da gestão na área da educação.

Renan Filho também é alvo de outra iniciativa do Ministério Público, que já pediu cassação de seu diploma. Conforme o documento enviado ao TRE alagoano, Renan foi beneficiado pelo uso indevido da máquina pública nas eleições de 2022 por intermédio do programa do governo estadual Pacto Contra a Fome, de distribuição de cestas básicas.

Paulo Saldaña e Renato Machado, Folhapress

Saiba quais são os tipos de corrupção, penas previstas e como denunciar

 Foto: Divulgação

Polícia Federal02 de maio de 2024 | 07:31

Saiba quais são os tipos de corrupção, penas previstas e como denunciar

BRASIL

A corrupção é uma das principais questões políticas do Brasil e do mundo. O tema é recorrente em debates e no noticiário e tipificado como um crime perante o Código Penal.

O assunto também costuma constar na lista das principais preocupações dos brasileiros nas pesquisas de opinião.

Em levantamento do Datafolha divulgado em dezembro, por exemplo, foi citada como a principal questão por 8% dos entrevistados. Esse índice chegou a 37% em 2017, auge da repercussão da Operação Lava Jato, a mais conhecida ação anticorrupção do país, hoje alvo de muitas críticas.

Saiba quais são os tipos de corrupção, penas previstas e como denunciar:

QUAIS OS TIPOS DE CORRUPÇÃO?
Corrupção ativa
É a modalidade de crime cometida por pessoa que não é funcionária pública. Esse tipo de corrupção é o simples ato de oferecer a um servidor uma vantagem em troca de um benefício pessoal.

O Código Penal brasileiro diz que corrupção ativa é “oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício”.

Um exemplo é oferecer dinheiro a um guarda de trânsito para que ele não aplique uma multa.

Corrupção passiva
É um crime praticado por um funcionário público contra a administração pública. O ato de oferecer uma vantagem em troca de benefício já configura crime.

Segundo o Código Penal, corrupção passiva é “solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem”.

Por exemplo, um juiz que dá um habeas corpus para um traficante porque recebeu dinheiro.

Há um tipo penal específico chamado prevaricação. Quando o agente público retarda ou deixa de praticar algum ato para satisfazer o interesse próprio ou por violação de algum dever funcional que ele tenha. Exemplos são casos de policiais ou fiscais que não tomam providência diante de uma irregularidade para proteger determinada pessoa.

Peculato
Configura crime de peculato quando um funcionário público se apropria de um bem que recebeu em razão da função.

Por exemplo, quando um servidor tem acesso a um computador por causa da sua função, se apropria dele e não devolve para a administração pública.

A pena é mais branda para os casos culposos, ou seja, quando o servidor público não teve intenção de cometer o crime ou para os casos onde o servidor incorre em erro de outra pessoa.

Concussão
De acordo com o Código Penal, é o ato de “exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida”.

O crime pode ser confundido com o de corrupção passiva. No entanto, é diferente por ser um ato de “exigir”, enquanto, o primeiro é de “solicitar” ou “receber”.

QUAL A PENA PREVISTA PARA CASOS DE CORRUPÇÃO?
Crimes de corrupção ativa, passiva, peculato ou concussão, a pena é de 2 a 12 anos de prisão. No caso da prevaricação, a pena é mais branda, com reclusão de 3 meses a 1 ano.

Por se tratar de crimes que envolvem questão patrimonial, o Código Penal estabelece, além da pena privativa de liberdade, a aplicação de uma multa.

COMO DENUNCIAR CORRUPÇÃO?
Existem vários caminhos para denunciar um caso de corrupção. Um deles é por meio do órgão público responsável. O cidadão pode denunciar um ato de que foi testemunha ou vítima. Toda administração tem uma controladoria ou ouvidoria que tem por função receber denúncias.

O Ministério Público do Estado de São Paulo, por exemplo, tem um serviço de atendimento ao cidadão por onde qualquer pessoa pode fazer a denúncia, anônima ou não, no site da instituição.

A denúncia também pode ser feita na polícia por meio de um boletim de ocorrência.

ALGUNS DOS CASOS MAIS CONHECIDOS DE CORRUPÇÃO DO PAÍS
2004 – Banestado
Em 2004, com base em uma investigação da Polícia Federal, uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) apurou as responsabilidades sobre a evasão de divisas do Brasil. A suspeita tratava da movimentação para o exterior de um montante que somava US$ 30 bilhões, entre 1996 e 1997.

O principal destino do dinheiro no exterior era a agência do Banestado (Banco do Estado do Paraná) em Nova York.

Segundo a PF, um grupo de doleiros operava diversas contas no Banestado em Nova York, de onde movimentavam dinheiro para outros bancos nos EUA. De lá, eles reenviaram a paraísos fiscais.

Além de suspeita de lavagem dinheiro e ligações com o tráfico, o relatório da PF apontou, à época, o envolvimento de políticos e familiares de políticos no esquema.

2005 – Mensalão
O mensalão foi um esquema ilegal de financiamento político em troca de apoio parlamentar no primeiro mandato de Lula (2003-2006). O esquema foi revelado em 2005 pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) em entrevista à Folha.

À reportagem Roberto Jefferson disse que congressistas aliados recebiam uma espécie de mesada em troca de apoio a votações de interesse do Executivo.

Esse foi o principal caso de corrupção do primeiro mandato do petista e até hoje uma fonte de desgaste para o partido. Em 2012, o Supremo Tribunal Federal condenou 25 pessoas no caso, como ex-parlamentares, banqueiros e operadores.

2007 – Mensalão tucano

A denúncia oferecida em 2007 contra 15 pessoas apontou um esquema de desvio de dinheiro de estatais para financiar a campanha de reeleição do então governador de Minas, Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998.

À época, a Procuradoria-Geral da República acusou o tucano de desviar R$ 3,5 milhões de empresas estatais de Minas (Copasa, Comig e Bemge) para sua fracassada campanha à reeleição.

A denúncia foi aceita pelo STF dois anos mais tarde. Azeredo foi condenado e chegou a passar um ano e meio preso, entre 2018 e 2019. Posteriormente, a sentença foi revertida.

2014 – Petrolão
As investigações da Operação Lava Jato começaram com uma rede de doleiros que operava no Paraná, ligados a Alberto Youssef. A apuração avançou na sequência para a Petrobras, e se descobriu que diretores e funcionários da Petrobras cobravam propina de empreiteiras e fornecedores para facilitar seus negócios com a estatal.

Os contratos dessas empresas com a Petrobras eram superfaturados para permitir o desvio de dinheiro dos cofres da estatal para os beneficiários do esquema.

Os recursos beneficiavam também partidos responsáveis pela indicação dos diretores da Petrobras que colaboravam com o esquema, além de candidaturas desses grupos políticos.

Dez anos depois da deflagração de sua primeira fase, a operação permanece no debate político do país, com desdobramentos ainda em andamento no Judiciário e discussões sobre medidas tomadas no auge das investigações.

Priscila Camazano/FolhapressPoliticaLivre

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