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terça-feira, janeiro 04, 2011

Patrus Ananias, provável Ministro do STF


O jurista e político filiado ao PT ocupará a vaga deixada no STF, pela aposentaodria do Minsitro Eros Grau


* Antônio Ribeiro


O político e jurista Patrus Ananias de Sousa, nasceu em 26 de Janeiro de 1952, na cidade de Bocaiuva, Estado de Minas Gerais.

Graduou-se em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais em 1976, onde iniciou sua vida política no Centro Acadêmico Afonso Pena (CAAP), entidade de representação dos estudantes da Faculdade de Direito da UFMG.

Participu dos movimentos políticos e sociais dos anos 1970 que resultaram na fundação do Partido dos Trabalhadores.

Foi advogado sindical e trabalhista entre 1979 e 1983, defendendo as categorias profissionais dos jornalistas, assistentes sociais, professores e engenheiros.

Atuou nos movimentos sociais prestando assessoria a associações comunitárias, pastorais e movimentos sociais.

Ingressou, em 1979, na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, onde presidiu o Instituto Jacques Maritain.

É também funcionário público concursado da Assembleia Legislativa de Minas Gerais desde 1982.

Elegeu-se vereador à Câmara Municipal de Belo Horizonte pelo PT em 1988 e prefeito da capital mineira no período de 1993 a 1996.

Promoveu agenda de desenvolvimento social, com a implantação do orçamento participativo e de políticas de combate à fome, à desnutrição e ao desemprego, tendo sido sua administração foi premiada pela Organização das Nações Unidas como modelo de gestão pública.


Entre 1997 e 2001 retornou às atividades docentes e acadêmicas. Obteve o título de Mestre em Direito Processual pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas).

É doutor em Filosofia, Tecnologia e Sociedade pela Universidade Complutense de Madri.

Colunista de opinião em diversos jornais brasileiros, é membro da Academia Mineira de Letras desde 1996.
Em 2002 foi eleito deputado federal pelo PT de Minas Gerais com mais de 520 mil votos, a maior votação do estado nesta eleição, correspondendo a 5,4% dos votos válidos.[2] Na Câmara Federal, assumiu a vice-presidência da Comissão de Constituição e Justiça e tornou-se membro do Conselho de Ética.

Foi, a partir de 2004, titular do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, onde promoveu, desenvolveu e ampliou a institucionalização da rede de proteção e promoção social brasileira por meio da integração das áreas de assistência social, transferência de renda, segurança alimentar e nutricional e geração de oportunidades para a inclusão social.

Em 31 de março de 2010, deixou o Governo para concorrer às eleições a vice-governador do estado de Minas Gerais, na chapa de Hélio Costa, sendo derrotaqdos pelo governador em exercício Antônio Anastasia, vice-governador de Aécio Neves, que deixou o cargo para concorrer ao Senado.

Patrus Ananias, provavelmente será nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), preenchendo a 11ª vaga deixada pela aposentadoria do Ministro Eros Grau.

* Antônio Ribeiro é advogado e jornalista

A queixa dos europeus: queriam que Lula "aliviasse" para Berlusconi


Celso Lungaretti, no CMI Brasil

"O motivo maior da decisão soberana do Brasil foi o de a Itália estar querendo fazer cumprir uma sentença (já prescrita!) decorrente de uma farsa jurídica, montada a partir de leis de exceção, de delatores premiados atirando suas culpas nas costas dos companheiros e de magistrados que engoliam até procurações forjadas..."


Deu na "Folha de S. Paulo" que "países da União Européia articulam um ato de solidariedade à Itália", no bojo da decisão brasileira de negar a extradição do escritor Cesare Battisti por haver grande possibilidade de sofrer humilhações e maus tratos naquele país (além, acrescento eu, de correr risco de ser assassinado, já que um sindicato de carcereiros o jurou de morte).

O mais interessante na notícia da notícia é este trecho:
"O que mobiliza a Europa não é a decisão em si, mas o descumprimento de um acordo prévio entre os governos italiano e brasileiro para que a decisão do ex-presidente Lula não questionasse o Estado de Direito e as instituições da Itália.


O acordo foi intermediado por [José] Viegas [embaixador brasileiro na Itália] diretamente com o próprio Lula. Apesar disso, o então presidente na última hora se baseou num parecer da AGU (Advocacia-Geral da União) dizendo que Battisti poderia ser 'submetido a agravamento de sua situação' em seu país".

A autora é a colunista Eliane Cantanhêde que, há quase um ano (em 16/01/2010 - vide http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1601201018.htm ), já revelara a existência desse acerto entre os dois países:

"O governo italiano mandou um recado para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva: seria 'agressivo e deselegante' se ele acatasse a sugestão do Ministério da Justiça de fundamentar a não extradição (...) no temor de que ele ficaria sujeito a 'perseguição política' no seu país.

Na avaliação italiana, isso seria mal visto pelo governo, pela Justiça e pela opinião pública da Itália...

Sendo assim, a argumentação de Lula deverá evitar qualquer tipo de ataque ou suspeição sobre três aspectos: a lei, as instituições e o Estado Democrático italianos. Deve, portanto, se concentrar no interesse brasileiro e/ou em 'questões humanitárias'".

Um dos males desse tipo de jornalismo, lastreado unicamente naquilo que fontes dos altos escalões sopram no ouvido do(a) repórter, é que o leitor não tem como averiguar ele mesmo se a informação é verdadeira ou foi plantada para contemplar quaisquer interesses.

Um jornalista veterano (meu caso) baseia-se em indícios como o de que Eliane Cantanhêde, em várias outras situações, deixou perceber que tinha/tem um informante muito bem posicionado no Ministério da Defesa -- talvez o próprio ministro Nelson Jobim, a quem ela sempre apóia nos momentos cruciais.

Então, levando em conta que suas informações de cocheira costumavam ser confirmadas e a congruência entre o que ela relatava e o quadro que eu mesmo deduzia, apostei em que Eliane estivesse certa em janeiro/2010... e aposto que continua certa em janeiro/2011.

Os apoiadores de Cesare Battisti suamos sangue para que, na terceira votação do Supremo Tribunal Federal, a corte não automatizasse a extradição. Quando fracassou a tentativa dos ministros alinhados com a posição italiana, de usurparem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a prerrogativa de dar a última palavra (como sempre se fez no Brasil), nós concluímos que o desfecho justo passava a ser apenas questão de tempo.

Então, fazia todo sentido que os linchadores do Velho Mundo tivessem chegado à mesma conclusão, de que suas pressões descabidas e insultuosas de nada mais adiantariam.

Realmente, baixaram a bola entre janeiro e dezembro, só reincindindo às vésperas do anúncio da decisão de Lula, quando incorreram em mais uma grave heresia diplomática: a de se manifestarem sobre uma presumida intenção presidencial, baseados (segundo eles mesmos alegaram) no noticiário da imprensa.

Ora, isto foi altamente impróprio, tanto que lhes valeu um merecido puxão de orelhas do então chanceler Celso Amorim. No relacionamento com autoridades de outros países, governos se posicionam sobre fatos concretos, não sobre projeções midiáticas de medidas futuras.

Pior ainda é quando tentam ganhar no grito... de um presidente da República.

Mais uma gafe da horda berlusconiana, verdadeiros rinocerontes em loja de cristais, exibindo um primarismo político e falta de compostura chocantes para um país que, dois milênios atrás, difundia a civilização no resto do mundo.

BOBBIO: ITÁLIA ADOTAVA "LEIS DE EXCEÇÃO"

Quanto ao descumprimento de parte do acordo com a Itália -- outro pedido, o de não se criarem embaraços para o premiê Berlusconi quando de sua visita ao Brasil, foi rigorosamente atendido --, a que se deveria?

Ficando no terreno das hipóteses, eu diria que tantas os italianos fizeram, no curso de sua interferência despropositada e agressiva num julgamento brasileiro (servilmente consentida pela dupla direitista Gilmar Mendes/Cezar Peluso), que a Advocacia Geral da União deve ter aconselhado Lula a lastrear sua decisão num motivo incontestável à luz do tratado de extradição entre os dois países, de preferência a confiar na boa fé de quem vinha demonstrando não ter nenhuma..

"Interesse brasileiro" e/ou "razões humanitárias" seriam alegações mais frouxas e fáceis de derrubar, no caso de a Itália continuar tentando servir-se do STF como cabeça-de-ponte para impor sua vontade ao Brasil.

Já o motivo alegado está imune a qualquer contra-ataque jurídico. Um país cujas autoridades dão declarações tão histéricas e demagógicas quanto as italianas deram a respeito de Battisti, e cujo serviço secreto trama com mercenários o assassinato de um exilado no exterior, não oferece mesmo garantia nenhuma à vida e à integridade física e psicológica do extraditando.

Na verdade, o Brasil foi até generoso, pois certo mesmo estava o ex-ministro da Justiça Tarso Genro, ao conceder o refúgio humanitário a Battisti porque ele não foi sentenciado num verdadeiro julgamento, mas sim num linchamento togado.

Face ao desafio das organizações armadas de esquerda na década de 1970, o Estado italiano reagiu, segundo Genro, "não só aplicando normas jurídicas em vigor à época, mas também criando 'exceções' (...) que reduziram prerrogativas de defesa dos acusados de subversão e/ou ações violentas, inclusive com a instituição da delação premiada, da qual se serviu o principal denunciante" de Battisti.

O ministro brasileiro utilizou uma citação do maior jurista italiano do século passado, Norberto Bobbio, para caracterizar a cultura de abusos contra os direitos humanos que prevaleceu durante os anos de chumbo:

"A magistratura italiana foi então dotada de todo um arsenal de poderes de polícia e de leis de exceção: a invenção de novos delitos como a "associação criminal terrorista e de subversão da ordem constitucional? (...) veio se somar e redobrar as numerosas infrações já existentes" "associação subversiva", "quadrilha armada", "insurreição armada contra os poderes do Estado" etc. Ora, esta dilatação da qualificação penal dos fatos garantia toda uma estratégia de ?arrastão judiciário? a permitir o encarceramento com base em simples hipóteses, e isto para detenções preventivas, permitidas (...) por uma duração máxima de dez anos e oito meses".

De um lado, os mais gritantes absurdos jurídicos -- como essa hipótese kafkiana de se manter um suspeito preso, sem qualquer condenação, por mais de uma década; e a instituição de leis com efeito retroativo, a exemplo da que serviu para condenar Battisti.

Do outro, a tortura grassando solta, como também destacou Tarso Genro:

"Determinadas medidas de exceção adotadas pela Itália nos 'anos de chumbo' (...) ressoam ainda hoje nas organizações internacionais que lidam com direitos humanos. A condenação a determinados procedimentos e penas motivou, de um lado, relatórios da Anistia Internacional e do Comitê europeu para a prevenção da tortura e das penas ou tratamentos desumanos ou degradantes e, de outro, a concessão de asilo político a ativistas italianos em diversos países, inclusive não europeus".

O motivo maior da decisão soberana do Brasil, ao salvar Battisti da vendetta neofascista, foi o de a Itália estar querendo fazer cumprir uma sentença (já prescrita!) decorrente de uma farsa jurídica, montada a partir de leis de exceção, de delatores premiados atirando suas culpas nas costas dos companheiros e de magistrados que engoliam até procurações forjadas para darem aparência de legalidade à condenação de um réu ausente. E isto num clima de intimidação, coerção e maus tratos generalizados.

Berlusconi e sua troupe deveriam é ser-nos gratos por não termos jogado estas verdades nas suas caras de buffones...

"O que mobiliza a Europa não é a decisão em si, mas o descumprimento de um acordo prévio entre os governos italiano e brasileiro para que a decisão do ex-presidente Lula não questionasse o Estado de Direito e as instituições da Itália.


Email:: naufrago-da-utopia@uol.com.br

URL:: http://naufrago-da-utopia.blogspot.com/

Edição: Antonio Ribeiro

Fonte: http://antonioribeironoticias.blogspot.com/

A queixa dos europeus: queriam que Lula "aliviasse" para Berlusconi

Por Celso Lungaretti 03/01/2011 às 15:54


"O motivo maior da decisão soberana do Brasil foi o de a Itália estar querendo fazer cumprir uma sentença (já prescrita!) decorrente de uma farsa jurídica, montada a partir de leis de exceção, de delatores premiados atirando suas culpas nas costas dos companheiros e de magistrados que engoliam até procurações forjadas..."

Deu na "Folha de S. Paulo" que "países da União Européia articulam um ato de solidariedade à Itália", no bojo da decisão brasileira de negar a extradição do escritor Cesare Battisti por haver grande possibilidade de sofrer humilhações e maus tratos naquele país (além, acrescento eu, de correr risco de ser assassinado, já que um sindicato de carcereiros o jurou de morte).

O mais interessante na notícia da "Folha" ( http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po0301201107.htm ) é este trecho:

"O que mobiliza a Europa não é a decisão em si, mas o descumprimento de um acordo prévio entre os governos italiano e brasileiro para que a decisão do ex-presidente Lula não questionasse o Estado de Direito e as instituições da Itália.

O acordo foi intermediado por [José] Viegas [embaixador brasileiro na Itália] diretamente com o próprio Lula. Apesar disso, o então presidente na última hora se baseou num parecer da AGU (Advocacia-Geral da União) dizendo que Battisti poderia ser 'submetido a agravamento de sua situação' em seu país".

A autora é a colunista Eliane Cantanhêde que, há quase um ano (em 16/01/2010 - vide http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1601201018.htm ), já revelara a existência desse acerto entre os dois países:

"O governo italiano mandou um recado para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva: seria 'agressivo e deselegante' se ele acatasse a sugestão do Ministério da Justiça de fundamentar a não extradição (...) no temor de que ele ficaria sujeito a 'perseguição política' no seu país.

Na avaliação italiana, isso seria mal visto pelo governo, pela Justiça e pela opinião pública da Itália...

Sendo assim, a argumentação de Lula deverá evitar qualquer tipo de ataque ou suspeição sobre três aspectos: a lei, as instituições e o Estado Democrático italianos. Deve, portanto, se concentrar no interesse brasileiro e/ou em 'questões humanitárias'".

Um dos males desse tipo de jornalismo, lastreado unicamente naquilo que fontes dos altos escalões sopram no ouvido do(a) repórter, é que o leitor não tem como averiguar ele mesmo se a informação é verdadeira ou foi plantada para contemplar quaisquer interesses.

Um jornalista veterano (meu caso) baseia-se em indícios como o de que Eliane Cantanhêde, em várias outras situações, deixou perceber que tinha/tem um informante muito bem posicionado no Ministério da Defesa -- talvez o próprio ministro Nelson Jobim, a quem ela sempre apóia nos momentos cruciais.

Então, levando em conta que suas informações de cocheira costumavam ser confirmadas e a congruência entre o que ela relatava e o quadro que eu mesmo deduzia, apostei em que Eliane estivesse certa em janeiro/2010... e aposto que continua certa em janeiro/2011.

Os apoiadores de Cesare Battisti suamos sangue para que, na terceira votação do Supremo Tribunal Federal, a corte não automatizasse a extradição. Quando fracassou a tentativa dos ministros alinhados com a posição italiana, de usurparem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a prerrogativa de dar a última palavra (como sempre se fez no Brasil), nós concluímos que o desfecho justo passava a ser apenas questão de tempo.

Então, fazia todo sentido que os linchadores do Velho Mundo tivessem chegado à mesma conclusão, de que suas pressões descabidas e insultuosas de nada mais adiantariam.

Realmente, baixaram a bola entre janeiro e dezembro, só reincindindo às vésperas do anúncio da decisão de Lula, quando incorreram em mais uma grave heresia diplomática: a de se manifestarem sobre uma presumida intenção presidencial, baseados (segundo eles mesmos alegaram) no noticiário da imprensa.

Ora, isto foi altamente impróprio, tanto que lhes valeu um merecido puxão de orelhas do então chanceler Celso Amorim. No relacionamento com autoridades de outros países, governos se posicionam sobre fatos concretos, não sobre projeções midiáticas de medidas futuras.

Pior ainda é quando tentam ganhar no grito... de um presidente da República.

Mais uma gafe da horda berlusconiana, verdadeiros rinocerontes em loja de cristais, exibindo um primarismo político e falta de compostura chocantes para um país que, dois milênios atrás, difundia a civilização no resto do mundo.

BOBBIO: ITÁLIA ADOTAVA "LEIS DE EXCEÇÃO"

Quanto ao descumprimento de parte do acordo com a Itália -- outro pedido, o de não se criarem embaraços para o premiê Berlusconi quando de sua visita ao Brasil, foi rigorosamente atendido --, a que se deveria?

Ficando no terreno das hipóteses, eu diria que tantas os italianos fizeram, no curso de sua interferência despropositada e agressiva num julgamento brasileiro (servilmente consentida pela dupla direitista Gilmar Mendes/Cezar Peluso), que a Advocacia Geral da União deve ter aconselhado Lula a lastrear sua decisão num motivo incontestável à luz do tratado de extradição entre os dois países, de preferência a confiar na boa fé de quem vinha demonstrando não ter nenhuma..

"Interesse brasileiro" e/ou "razões humanitárias" seriam alegações mais frouxas e fáceis de derrubar, no caso de a Itália continuar tentando servir-se do STF como cabeça-de-ponte para impor sua vontade ao Brasil.

Já o motivo alegado está imune a qualquer contra-ataque jurídico. Um país cujas autoridades dão declarações tão histéricas e demagógicas quanto as italianas deram a respeito de Battisti, e cujo serviço secreto trama com mercenários o assassinato de um exilado no exterior, não oferece mesmo garantia nenhuma à vida e à integridade física e psicológica do extraditando.

Na verdade, o Brasil foi até generoso, pois certo mesmo estava o ex-ministro da Justiça Tarso Genro, ao conceder o refúgio humanitário a Battisti porque ele não foi sentenciado num verdadeiro julgamento, mas sim num linchamento togado.

Face ao desafio das organizações armadas de esquerda na década de 1970, o Estado italiano reagiu, segundo Genro, "não só aplicando normas jurídicas em vigor à época, mas também criando 'exceções' (...) que reduziram prerrogativas de defesa dos acusados de subversão e/ou ações violentas, inclusive com a instituição da delação premiada, da qual se serviu o principal denunciante" de Battisti.

O ministro brasileiro utilizou uma citação do maior jurista italiano do século passado, Norberto Bobbio, para caracterizar a cultura de abusos contra os direitos humanos que prevaleceu durante os anos de chumbo:

?A magistratura italiana foi então dotada de todo um arsenal de poderes de polícia e de leis de exceção: a invenção de novos delitos como a ?associação criminal terrorista e de subversão da ordem constitucional? (...) veio se somar e redobrar as numerosas infrações já existentes ? ?associação subversiva?, ?quadrilha armada?, ?insurreição armada contra os poderes do Estado? etc. Ora, esta dilatação da qualificação penal dos fatos garantia toda uma estratégia de ?arrastão judiciário? a permitir o encarceramento com base em simples hipóteses, e isto para detenções preventivas, permitidas (...) por uma duração máxima de dez anos e oito meses".

De um lado, os mais gritantes absurdos jurídicos -- como essa hipótese kafkiana de se manter um suspeito preso, sem qualquer condenação, por mais de uma década; e a instituição de leis com efeito retroativo, a exemplo da que serviu para condenar Battisti.

Do outro, a tortura grassando solta, como também destacou Tarso Genro:

"Determinadas medidas de exceção adotadas pela Itália nos 'anos de chumbo' (...) ressoam ainda hoje nas organizações internacionais que lidam com direitos humanos. A condenação a determinados procedimentos e penas motivou, de um lado, relatórios da Anistia Internacional e do Comitê europeu para a prevenção da tortura e das penas ou tratamentos desumanos ou degradantes e, de outro, a concessão de asilo político a ativistas italianos em diversos países, inclusive não europeus".

O motivo maior da decisão soberana do Brasil, ao salvar Battisti da vendetta neofascista, foi o de a Itália estar querendo fazer cumprir uma sentença (já prescrita!) decorrente de uma farsa jurídica, montada a partir de leis de exceção, de delatores premiados atirando suas culpas nas costas dos companheiros e de magistrados que engoliam até procurações forjadas para darem aparência de legalidade à condenação de um réu ausente. E isto num clima de intimidação, coerção e maus tratos generalizados.

Berlusconi e sua troupe deveriam é ser-nos gratos por não termos jogado estas verdades nas suas caras de buffones...
Email:: naufrago-da-utopia@uol.com.br
URL:: http://naufrago-da-utopia.blogspot.com

Fonte: CMI Brasil

Aposentados têm reajuste de 6,41% neste ano

Paulo Muzzolon
do Agora

Os 8,7 milhões de segurados que recebem mais de um salário mínimo (R$ 510 em 2010, e R$ 540, hoje) do INSS terão reajuste de 6,41% neste ano. O índice foi definido em portaria conjunta dos ministérios da Previdência e da Fazenda, publicada ontem no "Diário Oficial da União".

Quem ganhava uma aposentadoria de R$ 1.000 em 2010, por exemplo, passará a receber R$ 1.064,10. O teto dos benefícios do INSS, que em 2010 era de R$ 3.467,40, passará para R$ 3.689,66.

O aumento vale para todos os benefícios, como aposentadoria, pensão e benefícios por incapacidade.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta terça

Traficantes cogitaram sequestrar filho de Lula

Folha de S.Paulo

RIO - Uma investigação da Polícia Federal revela detalhes de como o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, planejou, de dentro do presídio federal de segurança máxima de Campo Grande (MS), o sequestro de Luís Cláudio Lula da Silva, um dos filhos do ex-presidente Lula.

Discutido entre dezembro de 2007 e agosto de 2008, o sequestro foi evitado pela PF. As investigações indicam que o traficante pretendia negociar sua liberdade e a de outros presos --entre eles Marcos Hebas Camacho, o Marcola, chefe da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital)-- em troca da soltura do filho de Lula.

A trama começou a ser investigada a partir de denúncia do traficante colombiano Juan Carlos Abadia, em janeiro de 2008. Na época, Abadia estava no presídio de Campo Grande, assim como Beira-Mar.

O colombiano, segundo a polícia, decidiu delatar o antigo companheiro de presídio para negociar a transferência de sua mulher, presa em São Paulo, para outra instituição.
Fonte: Agora

Dona Dilma governará sem oposição. Lula também não teve. No caso dele, por incompetência congênita e adquirida. Em se tratando dela, estratégia rombud

Helio Fernandes

Do ponto de vista jornalístico, nada mais insípido e monótono do que o início de um governo. Não se pode combater o que não foi feito, simplesmente porque não foi a incompetência que prevaleceu e sim o tempo que não passou.

Não se pode elogiar o que não foi feito, embora se saiba que não será feito. Em ambos os casos, o tempo é o senhor da razão, mas essa razão será cronologicamente dissipada a cada dia que se marcar no calendário. Podem até apostar ou acreditar no contrário, na surpresa dos 55 milhões que votaram na presidente.

Votaram por omissão e não por convicção, que palavra pronunciarão agora?

Dois fatos são rigorosamente verdadeiros, e devem ser citados e examinados. Pela primeira vez nos últimos 25 anos, um presidente elege seu sucessor. Com a profundidade de ter escolhido para ficar no seu lugar uma mulher, fato inédito na nossa História. Embora no mundo todo, as mulheres estivessem e estejam em franca ascensão, política e eleitoralmente. E quando digo que “Lula escolheu”, estou ratificando o óbvio.

Dona Dilma não tinha títulos ou credenciais, a não ser a vontade do presidente já reeeleito, que não conseguiu mais algum tempo no Poder, seu grande sonho e obsessão.

A) Sarney chegou ao Poder de forma indireta, 50 por cento pela subserviência à ditadura, os outros 50 por cento, influência do destino inesperado (e sempre inexplicável ou desvendado) que retirou do palco o presidente de verdade,

B) Depois de Sarney ter usado e utilizado todo o período não conquistado por ele, veio Fernando Collor.

C) Não tinha nem tempo para ter construído uma carreira, reputação ou esperança, foi o segundo presidente mais moço da História. (O mais moço foi Nilo Peçanha, que impediu Rui Barbosa de ocupar o Catete. Em 1922 voltou a ser candidato com o movimento “Reação Republicana de Nilo Peçanha”. Derrotado, foi o mais jovem a desacreditar na política e abandonar a vida pública.

D) Não deixaram Collor se firmar ou decepcionar, foi logo derrubado, o primeiro a sofrer o impeachment. (Eleito em português, Collor foi “deseleito” em inglês ou francês, tanto faz).

E) Assumiu Itamar Franco, quem mais conspirou contra Collor, era o vice e herdeiro. Nenhuma surpresa, na História brasileira existem quase tantos vices que assumiram quanto presidentes que concluíram o mandato.

F) Mas Itamar 4 anos depois conhecia a máxima genial do Barão de Itararé: “Quem CONFERE o ferro, com ferro será CONFERIDO”. Surpreendentemente, foi nomeando FHC para vários cargos, até escolhê-lo sucessor.

G) Ingênuo foi Itamar, confiando em FHC para fazer o acordo. Governaria até 1998, e ele, Itamar, voltaria então à Presidência. Além da falta de confiança, a pergunta que não teve resposta em 12 anos; Itamar ganharia de Lula em sua terceira candidatura?

H) FHC não passou o cargo nem a Itamar nem a ninguém. Rasgou a Constituição em uma de suas cláusulas pétreas, “a não reeeleição”. Com muito dinheiro e sem oposição, comprou o seu mensalão-reeeleição”, e ainda queria mais 4 anos.

I) Lançou o primeiro dos peessedebistas massacrados por Lula, não fez o sucessor. Saiu amargurado e ressentido, é até hoje o seu normal e habitual.

J) Foi a primeira vitória de Lula, nada fazia crer que chegaria aos 87 por cento de popularidade de agora. Pelo menos os primeiros quatro anos foram fugazes, não confiáveis nem eternizáveis.

K) Em 2006, candidato de si mesmo, liquidou o peessedebista da vez, Geraldo Alckmin, tão medíocre ou mais do que Serra, se é que isso é possível.

L) No segundo mandato, Lula começou muito mal, com escândalos em cima de escândalos. E o mensalão foi o mais abrangente, mas não o mais grave. Só que inesperadamente, foi de 2007 a 2010 que Lula descobriu que podia ser o “gênio da lâmpada”. E se jogou com toda a força para o futuro.

M) Portanto, referendando o que disse, foi o primeiro desde o fim da ditadura explícita, a fazer o sucessor. Está aí Dona Dilma que não deixa (nem quer) que se iludam com seu mandato.

N) Haja o que houver, explicita ou implicitamente, sem destino e sem genética, mas com a poderosa e invencível realidade, Lula está olhando e se mostrando para todos os anos.

O) Sucessora e patrocinador, tentam mostrar completa e total afinidade. Essa palavra rima com intimidade, mas será que se completam?

P) De qualquer maneira, o capítulo sucessão termina aqui. Passa a ser adivinhação, não gosto disso.

Q) Começa então a convergência ou a participação da oposição no governo Dilma Rousseff. Por que não fizeram nada para envolver ou desgastar o presidente Lula? No período antes do mensalão, e logo depois, Lula estava altamente vulnerável.

R) Incompreensível porque não tentaram qualquer coisa sobre o segundo mandato de Lula. Poderiam até não conseguir derrubá-lo. Mas ele não se consolidaria como o Deus, mas se julga e se imagina.

S) Agora não farão oposição a Dilma, não querem desgastá-la para uma possível sucessão de 2014, querem que Dona Dilma tenha direito ao segundo mandato.

T) Ora, o PSDB não tem ninguém para renovar e muito menos revolucionar, uma forma de sair da rotina de derrotas. Contra Dilma ou Lula, se apresentará novamente Serra ou Alckmin, menos uma sucessão do que uma piada.

***

PS – Dona Dilma já tomou a primeira decisão desastrada e desastrosa: a privatização dos aeroportos.

PS2 – Não teve nem a coragem de assumir, “jogou” para estados e municípios. Com o dinheiro do BNDES? E a oposição?

Helio Fernandes /Tribuna da Imprensa

Dilma: SIM ao futuro, NÃO às sombras do passado

Pedro do Coutto

Foi importante o tom afirmativo que a presidente Dilma Rousseff imprimiu a seu discurso de posse ressaltando os desafios que terá pela frente na fase pós-Lula que começa, e, ao mesmo tempo, destacando o sepultamento das sombras do passado sem rancor ou espírito de revanche. Um belo pronunciamento, sem dúvida.

Entre as sombras do passado – para aproveitar o título de Graciliano Ramos – as memórias do cárcere e a bestialidade das torturas pelas quais passou, e dos torturadores que se refugiam no passar do tempo, condenados eternos até por si mesmos. Quanto ao futuro que se descortina como uma alvorada, incluiu a erradicação da miséria, o que é possível, mas sobretudo da pobreza, salto mil vezes mais difícil.

Para vencer a pobreza, uma vergonha para o Brasil e para o mundo que aprisiona bilhões de seres humanos já no terceiro milênio, é indispensável que ela transponha dois abismos estratégicos: implantar um regime de pleno emprego e um sistema que assegure aos salários reajustes anuais que possam derrotar pelo menos a inflação do IBGE e também registrada pela Fundação Getúlio Vargas. Nada fácil tal tarefa. Pois inclui o enfrentamento com as classes conservadoras e a superação do intoxicante pensamento conservador que tolhe o progresso social em nosso país.

Mas o propósito e o compromisso foram colocados para toda a sociedade brasileira. Valorizar o trabalho humano é a única rota possível. Entretanto contra tal meta virão tempestades como as que desabaram sobre os governos Getúlio Vargas, Juscelino e também João Goulart. Foram etapas de redistribuição de renda, de uma forma ou de outra. Os conservadores reagiram por todos os meios. Luís Inácio da Silva teve mais sorte. Conseguiu, sem problemas maiores, expandir consideravelmente o crédito e, de pois de uma estagnação em 2009, acelerar o crescimento do PIB numa escala vitoriosa de 7,5% no ano passado. No mesmo período a taxa de crescimento demográfico foi de 1,2%. Aumentou bem, portanto, a renda per capita, que resulta da divisão do PIB pelo número de habitantes.

No tempo de JK, anos dourados de Gilberto Braga, o PIB crescia à velocidade de 9% a cada doze meses. Na época, entretanto, o índice de natalidade era o dobro do que é hoje. A pílula anticoncepcional só chegaria ao Brasil no início da década de 60. JK não estava mais no Planalto.

Mas Dilma Roussef falou na superação da pobreza, destinando um tom otimista à sua plataforma básica. Fez bem. Este tom é essencial, inclusive como forma de motivar e impulsionar o povo. Nada de ameaças, afirmações dramáticas, culminando numa espécie de fundamentalismo moralista e falsamente salvador. Os dois presidentes que assumiram nesse estilo foram Jânio Quadros e Fernando Collor. Acenavam com a punição, não com a construção. O primeiro renunciou, o seguindo foi derrubado do poder pela CPI da Corrupção.

O país deseja mensagens construtivas. Por isso, sustento que Rousseff foi ao encontro da população não dramatizando com a espada do caos, porém acenando com um apelo de união e de esforço conjunto para ganhar a planície das realizações.

Nada de demissões nos campos produtivos, mas – isso sim – contratações para que o mercado de trabalho, e regime de pleno emprego, possa contribuir de forma decisiva para o ritmo do progresso. Pois ninguém se iluda: só o desenvolvimento com maior produção de bens pode levar à redistribuição de renda capaz de derrotar a pobreza. Acrescentar poder aquisitivo sem oferta crescente de bens, francamente, é impossível. O desafio é este e não outro.

O governo Dilma começa.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Nós a desatar

Carlos Chagas�

Dilma Rousseff assumiu com diversos nós a desatar. O primeiro deles, gerado pela realização da Copa de Futebol de 2014 e das Olimpíadas de 2016, redundou, em seu primeiro dia de governo, na decisão de privatizar os novos terminais dos aeroportos de São Paulo, Campinas, Rio e provavelmente Brasília. Da mesma forma, a presidente da República optou pela abertura de capital na Infraero.

Por conta disso deve-se inferir ter sido escancarada a porteira das privatizações? Açodados acham que sim. Imaginam haver entrado no palácio do Planalto a sombra de Fernando Henrique. Por tudo o que se sabe da trajetória de Dilma, trata-se de ledo engano. No caso dos aeroportos, não havia outra saída. Aproxima-se a realização, no Brasil, dos dois maiores espetáculos esportivos do planeta. Os cofres públicos sofreriam se viessem a arcar com os imprescindíveis investimentos.

Mas será sonho de noite de verão supor o pré-sal entregue totalmente à iniciativa privada, como querem os neoliberais. Da mesma forma o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e a Petrobrás continuarão sob controle estatal. A energia, também. Não haverá desmonte da Previdência Social pública.

Importa saber que soluções a nova chefe do governo dará para a recuperação do SUS, para o combate ao analfabetismo, a importância do aprimoramento do ensino público, a melhoria do aparelho de segurança pública, a reforma agrária e outros nós, alguns exigindo a espada de Alexandre para desatá-los.�

MEDIDAS PROVISÓRIAS�

Tudo indica que o novo governo lançará mão de muitas medidas provisórias para adotar suas primeiras iniciativas. Da privatização de aeroportos, já em elaboração, devem seguir-se outras, como a reformulação da estrutura dos Correios e, ironicamente, retificações no sistema previdenciário. Isso porque o ministro da Previdência Social é o senador Garibaldi Alves, que quando presidente do Senado insurgiu-se contra a proliferação das medidas provisórias enviadas pelo governo Lula. E de corpo presente, diante do próprio presidente.�

EVO NÃO VIU A UVA

Especula-se a respeito da ausência do presidente Evo Morales, da Bolívia, na cerimônia de posse de Dilma Rousseff. Coincidência ou não, ele teria ficado no mínimo constrangido ao tomar conhecimento do discurso do novo ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, na transmissão do cargo. O Brasil pretende subsidiar o governo boliviano no combate ao narcotráfico, sugerindo operações integradas para países sem capacidade operacional para promovê-las.

Fatalmente a imprensa cairia em cima de Evo Morales, buscando sua reação. Permanecendo em La Paz, o presidente cocaleiro terá tempo para ver nossa proposta aprofundada e preparar sua reação. Mesmo assim, a versão oficial passa perto de uma forte gripe.

SEM PRESSA PARA MORAR NOS PALÁCIOS�

Dilma Rouseff continuará residindo na Granja do Torto por mais algumas semanas, até que saia do palácio da Alvorada a bagagem do ex-presidente Lula e sejam promovidas as mudanças naturais que qualquer novo inquilino faz na arrumação da casa recém-alugada. Da mesma forma, Michel Temer demorará um pouco até transferir-se para o palácio do Jaburu, morada oficial do vice-presidente. No palácio do Planalto, porém, ambos já se instalaram em definitivo em seus gabinetes.�

Seria exagero supor a presidente e seu vice convidando um bispo para benzer suas novas residências, prática comum a católicos praticantes até alguns anos atrás, quando se mudavam. A cerimônia poderia desagradar os antigos inquilinos. Mesmo assim, no caso do palácio da Alvorada, a aspersão com água benta até que serviria para afastar a lenda de que é mal-assombrado.

O Lula não se queixou nenhuma vez de, alta madrugada, escutar correntes sendo arrastadas no sótão, mas Fernando Henrique nem por milagre deixava os aposentos do casal antes do sol nascer. Assim como Castelo Branco e Juscelino Kubitschek juravam que o piano da biblioteca, no andar térreo, costumava tocar sozinho. Dilma, pelo que se sabe, não é supersticiosa e até se disporia a descer as escadas do segundo andar se ouvisse alguma sinfonia ser entoada sem pianista.
Fonte: Tribuna da Imprensa

segunda-feira, janeiro 03, 2011

Battisti refém do STF?

Por Martins 03/01/2011 às 08:35



Quem manda no Brasil ? Cesar Peluzo, presidente do Supremo Tribunal Federal pode provocar neste começo do mandato de Dilma Rousseff uma crise institucional, negando-se a assinar o alvará de soltura de Cesare Battisti para tentar, com Gilmar Mendes, anular a decisão de Lula, tomada nas suas últimas horas de seu mandato, com o objetivo de enquadrar Dilma segundo o gosto do STF.

Cesare Battisti é refém do STF há mais de dois anos, quando o ministro Gilmar Mendes rejeitou decisão do ex-ministro Tarso Genro.

Cesare Battisti deve ter hoje seu alvará de soltura. Mas o ministro Cesar Peluzo poderá provocar uma crise institucional se anular a decisão de Lula e mantiver Battisti como refém do STF.

Quem manda no Brasil ? Cesar Peluzo, presidente do Supremo Tribunal Federal pode provocar neste começo do mandato de Dilma Rousseff uma crise institucional, negando-se a assinar o alvará de soltura de Cesare Battisti para tentar, com Gilmar Mendes, anular a decisão de Lula, tomada nas suas últimas horas de seu mandato, com o objetivo de enquadrar Dilma segundo o gosto do STF.

Tudo vai se jogar nesta segunda-feira. Se Peluzo reconhecer a competência de Lula ao negar a extradição de Battisti para a Itália, deverá assinar o documento liberatório, ainda de manhã ou, no máximo, à tarde. Caso não o faça, o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo poderá tomar a iniciativa de assinar, ele mesmo, o alvará de soltura. Mas nesta hipótese, já terá começado o conflito de poderes e não se sabe se o diretor da penitenciária da Papuda cumprirá o mandado de libertação.

Não nos esqueçamos, isso já aconteceu, existe, portanto, o precedente. Quando o ex-ministro Tarso Genro concedeu o asilo político a Cesare Battisti sua decisão foi obstada pelo STF, Gilmar Mendes negou a libertação do italiano e submeteu a decisão ministerial ao julgamento do STF, e ela foi anulada por 5 a 4 votos. Tarso Genro é hoje governador do Rio Grande do Sul mas foi um ministro destituído de seus poderes pelo STF.

O conflito executivo com judiciário sobre competências foi evitado para não se envenenar o clima eleitoral, mas criou-se o precedente. E esse precedente pode levar a um outro confronto, do qual Gilmar e Peluzo, que nunca foram plebiscitados pelo povo, poderão sair mais fortes em termos institucionais que a presidenta Dilma.

E um absurdo jurídico pode acontecer ? apesar do presidente Lula ter deixado o poder com o apoio de 84% da população, Peluzo e Gilmar tentarem anular a decisão por ele tomada com o objetivo declarado de desprestigiá-lo, de confronto e advertência à presidenta Dilma e de se sobrepor o STF ao Executivo.

Outro absurdo já existe ? o STF praticamente sequestrou Cesare Battisti, ao ignorar a decisão do ministro Genro, e o mantém como seu refém na penitenciária da Papuda. Se Battisti continuar preso, apesar da decisão de Lula, mesmo que seja até fevereiro, se confirmará, mais uma vez, a condição de Battisti como refém do STF e o Brasil estará a um dedo de uma crise institucional.

Na verdade, Battisti é apenas um pretexto. Gilmar Mendes, nomeado por FHC, será provavelmente o relator no caso de um retorno da questão Battisti ao STF. Embora juristas como Dalmo Dallari, o ministro Marco Aurélio Melo e o advogado Luiz Roberto Barroso afirmem com base jurídica ter chegado o momento de se libertar Battisti, poderá continuar o sequestro do italiano, numa tentativa para queimar Dilma junto à população, pois seria assimilada a Battisti pela grande imprensa.

O lamentável nesta hipótese é que Gilmar e Peluzo assumiriam mais uma vez as dores do governo italiano e poderiam dar provimento a uma nova queixa italiana com base no Tratado Mútuo de Extradição, como se o governo brasileiro devesse abrir mão de sua soberania e ser obrigado a se curvar às exigências italianas. E no caso de se submeter o ato de Lula a uma validação pelo STF (o que em si mesmo já seria uma provocação), quais seriam os riscos de uma anulação do ato do ex-presidente ?

Alguns juristas, como Carlos Lungarzo, da Anistia Internacional, acham que não se repetiriam os 5 a 4 do ano passado contra Battisti, mas além de se submeter Battisti a um novo purgatório de tensão, espera e estresse, ninguém pode garantir um resultado.

No julgamento do ano passado, a questão parecia resolvida com a eleição para o STF do advogado da União, José Antonio Dias Toffoli. Porém, as expectivas foram traídas e com a abstenção de Toffoli, vigorou a extradição. Sem Lula no poder, imaginam-se os interesses que estarão em jogo para se obter uma anulação de sua decisão, com o objetivo de se colocar Dilma contra a parede, enquanto o ministro da Justiça seria esvaziado de seus poderes já no começo do mandato.

É bastante sintomática a notícia de que Cesare Battisti, ao ter conhecimento da decisão presidencial, não comemorou, pois já devia ter sido alertado da trama de Peluzo e do STF ? forçar o Brasil a entregá-lo à Itália para desmoralizar Lula e sua sucessora.

A tentação golpista dos perdedores existe. A infamante campanha contra Dilma tinha esse objetivo. Utilizar Battisti para dar um xeque-mate na presidenta, provocando-se uma crise institucional caso ela reaja contra uma decisão, aparentemente legal mas arranjada do Supremo, deve ser o sonho dos derrotados.

Esperemos que ainda nesta segunda-feira saia esse alvará de soltura, caso contrário ficará evidente haver uma conspiração e deveremos nos preparar para abortá-la junto com seus autores golpistas, para que não sofra o Brasil todo, justamente agora que vai se tornando potência mundial. (Publicado originalmente no Direto da Redação)

Rui Martins, jornalista, escritor, advogado inscrito na OAB, correspondente em Genebra.

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Comentários



Battisti não será refém do STF
Adivinhão 03/01/2011 10:13


Césare Battisti não será refém do STF. Quando for examinada a expedição do alvará de soltura, o novo Ministro (11°) foi nomeado e empossado. Trata-se de Patrus Ananias, que é favorável à libertação do italiano.

Vinte ministros recebem cargos nesta segunda (03)

Agência Brasil


Vinte novos ministros recebem nesta segunda (03) o cargo de seus antecessores. As solenidades começam agora de manhã e se estendem por todo o dia.

As cerimônias de transmissão de cargo serão realizadas nos ministérios da Ciência e Tecnologia, de Minas e Energia, do Planejamento, Orçamento e Gestão, do Desenvolvimento Agrário; da Integração Nacional, Previdência Social, Saúde, do Turismo, das Cidades, da Cultura, das Comunicações, da Pesca e Aquicultura e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Recebem ainda os cargos dos antecessores os ministros das secretarias de Direitos Humanos, de Políticas para as Mulheres, de Relações Institucionais, de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, dos Portos, além do Gabinete de Segurança Institucional e do Banco Central.

Os ministros foram empossados sábado (1º) pela presidenta Dilma Rousseff. No mesmo dia, seis deles receberam o cargo de seus antecessores – o primeiro foi Alfredo Nascimento, dos Transportes. Ontem (2), foram seis cerimônias. As transmissões de cargo terminam amanhã (4) na Secretaria de Assuntos Estratégicos.

Fonte: Tribuna da Bahia

Confira a lista de concursos para 2011

O ano de 2011 promete boas oportunidades no serviço público. Concursos de grande porte, esperados por grande parte dos candidatos, estão previstos para sair nos próximos meses. As chances estão espalhadas por todo o país. Quer bons salários e estabilidade? Tente sua vaga também! Confira abaixo as principais oportunidades:


Senado Federal
Vagas: até 250 e cadastro reserva. Cargos abrangidos: técnico, analista e consultor. Salários: de R$ 8,7 mil a R$ 16,6 mil. Organizadora: não definida. Edital: previsto para dezembro de 2010 ou início de 2011.

Superior Tribunal Eleitoral
Vagas: cadastro reserva. Cargos abrangidos: por enquanto técnico e analista. Salários: de R$ 3.993,09 a R$ 6.551,52. Organizadora: não definida. Edital: previsto para o primeiro semestre de 2011.

Valec/DF
Vagas: até 1.360. Cargos abrangidos: de níveis médio e superior. Salários: não informados. Organizadora: não definida. Edital: em janeiro de 2011

Instituto Rio Branco
Vagas: 26. Cargos abrangidos: diplomata. Salários: mais de R$ 12 mil. Organizadora: Cespe/UnB. Edital: em breve

Polícia Federal
Vagas: mais de mil vagas. Cargos abrangidos: delegado, perito, agente administrativo e papiloscopista. Salários: de R$ 2.899,97 a R$ 13.368,68. Organizadora: não definida. Edital: aguarda autorização.

Correios
Vagas: 6.565 vagas. Cargos abrangidos: carteiro, atendente de agência e operadores de centro, entre outros. Salários: não informados. Organizadora: não definida. Edital: em janeiro de 2011

Petrobras
Vagas: 6 mil até 2013. Cargos abrangidos: de níveis médio e superior, em definição. Salários: de R$ 1.141,61 a R$ 3.940,16. Organizadora: não definida. Edital: primeiro concurso no ano que vem

Instituto Nacional de Seguro Social
Vagas: 2,5 mil. Cargos abrangidos: técnico e analista. Salários: não informado. Organizadora: não definida. Edital: aguarda autorização

Ibama
Vagas: 362 . Cargos abrangidos: técnico e analista administrativo. Salários: não informados. Organizadora: não definida. Edital: aguarda autorização

Ministério da Educação
Vagas: 12 mil. Cargos abrangidos: professor e técnico-administrativo. Salários: não informados. Organizadora: não definida. Edital: chances autorizadas

Fundação Biblioteca Nacional
Vagas: 44. Cargos abrangidos: assistente administrativo. Salários: não informado. Organizadora: não definida. Edital: em até seis meses

Ministério da Fazenda
Vagas: 300. Cargos abrangidos: analista técnico-administrativo. Salários: R$ 3,5 mil. Organizadora: não definida. Edital: espera autorização

Ancine
Vagas: 100. Cargos abrangidos: técnico de regulação e técnico administrativo. Salários: de R$ 4.759,98 a R$ 4.984,78. Organizadora: não definida. Edital: sem previsão
Publicada: 03/01/2011 00:32| Atualizada: 03/01/2011 00:16
fONTE: TRIBUNA DA BAHIA

Confira a lista de concursos para 2011

O ano de 2011 promete boas oportunidades no serviço público. Concursos de grande porte, esperados por grande parte dos candidatos, estão previstos para sair nos próximos meses. As chances estão espalhadas por todo o país. Quer bons salários e estabilidade? Tente sua vaga também! Confira abaixo as principais oportunidades:


Senado Federal
Vagas: até 250 e cadastro reserva. Cargos abrangidos: técnico, analista e consultor. Salários: de R$ 8,7 mil a R$ 16,6 mil. Organizadora: não definida. Edital: previsto para dezembro de 2010 ou início de 2011.

Superior Tribunal Eleitoral
Vagas: cadastro reserva. Cargos abrangidos: por enquanto técnico e analista. Salários: de R$ 3.993,09 a R$ 6.551,52. Organizadora: não definida. Edital: previsto para o primeiro semestre de 2011.

Valec/DF
Vagas: até 1.360. Cargos abrangidos: de níveis médio e superior. Salários: não informados. Organizadora: não definida. Edital: em janeiro de 2011

Instituto Rio Branco
Vagas: 26. Cargos abrangidos: diplomata. Salários: mais de R$ 12 mil. Organizadora: Cespe/UnB. Edital: em breve

Polícia Federal
Vagas: mais de mil vagas. Cargos abrangidos: delegado, perito, agente administrativo e papiloscopista. Salários: de R$ 2.899,97 a R$ 13.368,68. Organizadora: não definida. Edital: aguarda autorização.

Correios
Vagas: 6.565 vagas. Cargos abrangidos: carteiro, atendente de agência e operadores de centro, entre outros. Salários: não informados. Organizadora: não definida. Edital: em janeiro de 2011

Petrobras
Vagas: 6 mil até 2013. Cargos abrangidos: de níveis médio e superior, em definição. Salários: de R$ 1.141,61 a R$ 3.940,16. Organizadora: não definida. Edital: primeiro concurso no ano que vem

Instituto Nacional de Seguro Social
Vagas: 2,5 mil. Cargos abrangidos: técnico e analista. Salários: não informado. Organizadora: não definida. Edital: aguarda autorização

Ibama
Vagas: 362 . Cargos abrangidos: técnico e analista administrativo. Salários: não informados. Organizadora: não definida. Edital: aguarda autorização

Ministério da Educação
Vagas: 12 mil. Cargos abrangidos: professor e técnico-administrativo. Salários: não informados. Organizadora: não definida. Edital: chances autorizadas

Fundação Biblioteca Nacional
Vagas: 44. Cargos abrangidos: assistente administrativo. Salários: não informado. Organizadora: não definida. Edital: em até seis meses

Ministério da Fazenda
Vagas: 300. Cargos abrangidos: analista técnico-administrativo. Salários: R$ 3,5 mil. Organizadora: não definida. Edital: espera autorização

Ancine
Vagas: 100. Cargos abrangidos: técnico de regulação e técnico administrativo. Salários: de R$ 4.759,98 a R$ 4.984,78. Organizadora: não definida. Edital: sem previsão
Publicada: 03/01/2011 00:32| Atualizada: 03/01/2011 00:16
fONTE: TRIBUNA DA BAHIA

Filho gera dívida de idosos

Marcelle Souza
do Agora

Eunice Maceió Francisco, 62 anos, aposentada, teve que pegar um empréstimo após o marido ficar doente. Josefa Messias do Nascimento, 65, também aposentada, ficou com uma dívida de R$ 2.000 porque não pagou as fotografias tiradas de seus netos.

Elas fazem parte dos 3% de endividados paulistanos que têm mais de 60 anos, de acordo com um levantamento da ACSP (Associação Comercial de São Paulo). Desde 2008, o número de idosos nessa situação varia de 2% a 4%.

Apesar da porcentagem baixa, os idosos têm um perfil diferente de endividado. "Os idosos normalmente assumem dívidas para ajudar a família. Pegam empréstimo ou emprestam o nome para alguém que está com o nome sujo", afirma Emílio Alfieri, economista-chefe da ACSP.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta segunda

Veja 60 mil chances em seleções de todo o país

Enviar por e-mail
03/01/2011Veja 60 mil chances em seleções de todo o paísCarol Rocha
do Agora

O ano de 2011 começa com uma boa previsão para quem pretende tentar uma chance no funcionalismo. A expectativa é que sejam criadas aproximadamente 55 mil vagas em seleções municipais, estaduais e federais. Somadas às 5.319 chances que já estão abertas, com vagas no Estado, serão 60.039 oportunidades.

Para os concursos já abertos ou com data de inscrição definida, é possível saber os cargos e os salários. Entre eles, há duas seleções no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (286 oportunidades).

Dessas, 93 vagas são para escrevente técnico judiciário, nas comarcas e foros distritais de Guarulhos (Grande SP) e de Campinas (93 km de SP). É preciso ter o ensino médio. O salário é de R$ 2.782,60.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta segunda,

Começaram as pressões

Carlos Chagas

Antes mesmo da posse, começaram as pressões sobre Dilma Rousseff. Os mesmos de sempre, ou seja, as elites neoliberais, entre críticas virulentas ao Lula por não ter feito, exigem que a sucessora faça. Fazer o quê? Atender a seus interesses retrógrados, expostos nos editoriais dos principais jornalões:

Reforma trabalhista, com o que chamam de “revogação de anacrônicos direitos”, daqueles que não conseguiram suprimir até agora. Sob o pretexto de verem reduzidos os encargos das folhas de pagamento das empresas, chegam veladamente à supressão do décimo-terceiro salário, das férias remuneradas e das horas extraordinárias. Parece brincadeira, mas é aí que pretendem chegar.

Reforma tributária, como a entendem, sob a égide da enganadora proposta de “melhor será mais cidadãos pagarem impostos porque, assim, todos pagarão menos”. Uma farsa, pois desejam mesmo é taxar os pobres, para os ricos terem diminuídos seus impostos. Forçarão mais isenções, no modelo daquela maior, de que investimentos e especulações com dinheiro estrangeiro não pagam imposto de renda. Que tal livrar as especulações nacionais, também?

Reforma política é outra moeda de duas faces. No fundo, gostariam de reduzir o número de pequenos partidos, mas não só os de aluguel. Visam calar a voz dos pequenos partidos de esquerda, históricos ou modernos, do tipo PCdoB, PCB, PSB, Psol e outros, que ainda protestam, transformando os grandes em massa amorfa, insossa e inodora, nivelados no mesmo denominador comum. Imaginam PMDB, PSDB, PT, PP e outros cedendo às suas imposições, já que manteriam sua independência formal, mas rezariam pela cartilha da acomodação neoliberal.

Reforma de gestão também entra no cardápio. Impõem a redução de gastos públicos e a minimização do poder do Estado, preocupados em reduzir sua presença na economia e no plano social. Pregam a demissão em massa do funcionalismo, a suspensão de concursos públicos, o congelamento e até a redução de vencimentos e salários nas empresas privadas. Investimentos em políticas públicas, só se participarem dos lucros, da medicina ao ensino, dos transportes à geração de energia. �

Reforma da Previdência Social não poderia faltar, dentro do objetivo maior de sufocar o que é público em favor do que pretendem privado. A meta é nivelar por baixo todas as aposentadorias, reduzindo-as ao salário mínimo, para levar a classe média a investir nas aposentadorias privadas, como se não fosse direito do trabalhador encerrar com dignidade suas atividades depois de décadas de esforço continuado. Alegam que a Previdência Pública dá prejuízo, quando não dá. Além do mais, o governo é um só, o caixa deveria funcionar num sistema de vasos comunicantes, porque muitas de suas atribuições dão lucro. �

Como o Lula atendeu pouco a essas reivindicações, apesar de haver cedido em muitas, imaginam poder pressionar e aprisionar Dilma Rousseff, cuja estratégia e imagem entendem amoldar aos seus interesses. Podem estar enganados…

SEM COMPROMISSO COM O ERRO

Chamou a atenção a repetição, no discurso de posse da nova presidente, de sua decisão de não compactuar com o erro, os desvios e os malfeitos, se verificados em sua administração. Tomara que assim aconteça e que o primeiro episódio de corrupção, daqueles que fatalmente ocorrem em todos os governos, seja enfrentado com mão de ferro. Condições para isso Dilma Rousseff dispõe, até mais do que o Lula dispôs. Não tem compromisso com partidos, muito menos com grupos econômicos.

MOCINHOS E BANDIDOS

Lembrou Helena Chagas, em discurso na transmissão do ministério da Comunicação Social, recebido das mãos de Franklin Martins, lições de um seu velho professor, sobre não estar o mundo dividido entre mocinhos e bandidos. A praga do maniqueísmo e a prevalência das verdades absolutas tem acompanhado os governos desde que o mundo é mundo, mas, em contrapartida, só com tolerância e compreensão chega-se a resultados compensadores.
Fonte: Tribuna da Imprensa

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