Pesquisa mostra empate técnico entre Marcelo Crivella e Fernando Gabeira. Paes segue líder
Permanece embolada a disputa pelo segundo lugar nas intenções de voto para a prefeitura do Rio, segundo números divulgados ontem pelo Instituto de Pesquisa Social (IBPS). O candidato do PMDB, Eduardo Paes, continua na liderança, com 29%, tendo se mantido estável em relação à consulta de setembro, quando tinha os mesmos 29%. Já o senador Marcelo Crivella (PRB) e o deputado federal Fernando Gabeira (PV) estão tecnicamente empatados em segundo lugar. A margem de erro é de 2%, para mais ou para menos.
Crivella caiu 1% em relação à última pesquisa e tem agora 16%. Gabeira, por sua vez, teve um crescimento de 4%, subindo para 13%. Jandira Feghali (PCdoB), que aparece em terceiro lugar, também está empatada tecnicamente com Gabeira. A candidata se manteve com os mesmos 11% da pesquisa anterior. Em quarto, aparecem empatados Solange Amaral (DEM) e Alessandro Molon (PT), ambos com 4%.
Chico Alencar (PSOL) tem 2%, e Paulo Ramos (PDT), 1%. Votos brancos e nulos somam 7%. Os candidatos Filipe Pereira (PSC), Antonio Carlos (PCO), Eduardo Serra (PCB) e Vinícius Cordeiro (PTdoB) não atingiram individualmente 1% das citações.
O IBPS ouviu 2.512 pessoas, entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro. A pesquisa foi registrada na 228ª ZE, sobe o número 039/2008.
Votos válidos - Considerados apenas os votos válidos, os resultados seriam os seguintes: Paes (35,8%); Crivella (20,2%); Gabeira (16,4%); Jandira (13,2%); Molon (5%); Solange (4,4%); Chico (3,1%); e Paulo Ramos (1%). No quesito rejeição, Crivella tem 26%, seguido por Paes (9%); Gabeira (8%); Solange (7%); Jandira (5%); Molon (4%); Chico e Felipe, ambos com 2%; e Paulo Ramos, Vinicius Cordeiro e Antônio Carlos, todos com 1% cada. Eduardo Serra não atingiu 1%.
Cenários de 2º turno
1 - Confronto direto Fernando Gabeira e Eduardo Paes. Eduardo Paes teria 47% dos votos contra 30% de Gabeira.
2 - Confronto direto Eduardo Paes e Marcelo Crivella. Eduardo Paes teria 53% dos votos contra 23% de Crivella.
3 - Confronto direto Eduardo Paes e Jandira Feghali. Eduardo Paes teria 47% dos votos contra 29% de Jandira.
Fonte: Tribuna da Imprensa
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sábado, outubro 04, 2008
Eleitor dá as cartas no pleito de domingo
Por Luis Augusto Gomes
A sorte está lançada para a mais disputada eleição de prefeito de Salvador desde 1985, quando foram restaurados os pleitos nas capitais de Estados brasileiros. Cessada a propaganda eleitoral e realizados todos os debates, os candidatos enfrentarão as urnas de domingo com o patrimônio acumulado na campanha. A existência de três postulantes mais destacados reflete o reinício da rearrumação das forças políticas baianas, que ainda terá muitas etapas até conseguir melhor definição. Ao longo do processo, dois candidatos que na largada tinham problemas a superar posicionaram-se gradativamente e chegam à reta final em condições até de serem os adversários do segundo turno: João Henrique (PMDB) e Walter Pinheiro (PT). O atual prefeito, que em 2004 fez o gênero paz e amor – numa peça publicitária chegou a posar com a mão sob a camisa sugerindo o pulsar do coração –, encarnou nos últimos dias uma agressividade surpreendente que em certos momentos assustou os adversários. “Escreveu não leu, o pau comeu” parecia ser seu lema, ou, como dizia o velho craque Sanfilippo, “tomou uma injeção de ódio”, e a despeito de seu evangelismo militante partiu para o confronto. O fato é que contrariou sua natureza, e para isso contribuiu o trabalho de sua equipe de marketing eleitoral, que não viu outra saída senão associar o “up grade” administrativo a uma atitude pessoalmente mais forte frente aos oponentes. Pinheiro resolveu enfrentar internamente Nelson Pelegrino dentro de uma estratégia que visava a um “acordão” para 2010, mas aparentemente tomou gosto pelo papel e foi em frente. De números inexpressivos na intenção de votos, alcançou o patamar de opção viável ao associar-se claramente ao governador Jaques Wagner. Adversários, no entanto, frisaram seu descompromisso com Lula nas primeiras derrapadas do governo federal e ele parou de crescer. A tentativa de burla com a trucagem do comício do presidente, denunciada no horário de João Henrique, cristalizou seu estacionamento. ACM Neto (DEM) mantém-se a duras penas entre os primeiros. Sofreu com a lembrança de seu destempero na ameaça física ao presidente e seguramente perdeu pontos ao, poder-se-ia dizer ingenuamente, querer dissociar-se do carlismo, “coisa do passado”, pois ele faz política agora e o avô, “há 50 anos”. Na guerra das pesquisas, fica com a do Ibope, que solitariamente lhe dá larga margem de vantagem, embora seja na crescente rejeição que está seu principal obstáculo para um eventual segundo turno. Antonio Imbassahy (PSDB) não conseguiu superar a dubiedade que sempre carregou desde que aportou no cais tucano. Ao ex-prefeito foram debitados os erros do período carlista – como as demissões aos milhares – e não foram creditados os acertos, as grandes obras realizadas na cidade em seus oito anos de poder. A esquizofrenia política continuou, pois o candidato não considera uma anormalidade o fato de o seu partido ser, no plano nacional, inimigo do PT e aliados, enquanto na Bahia permanece tão chegado a Wagner e acólitos que nem ao concorrente Pinheiro ele quis atacar. Quanto a Hilton Coelho (PSOL), a ironia poderia descrevê-lo como um “espectador privilegiado dos debates”. Cumpre o papel de tentar convencer o eleitor de que, mesmo não inspirando a confiança que só a experiência agrega, é a melhor opção para combater vícios políticos seculares e interesses econômicos poderosos. Poderá ter mais votos que os que as pesquisas insinuam. Demarca o terreno para construir seu partido na Bahia e se prepara para um próximo e combativo mandato parlamentar. A rotina dos clientes e permissionários da Ceasa do Rio Vermelho foi quebrada na manhã de ontem com a visita do candidato à reeleição pela coligação Força do Brasil em Salvador, João Henrique. Na oportunidade, os permissionários aproveitaram para agradecer o apoio que a prefeitura tem dado para a categoria com a fiscalização educativa de órgãos como a Sucom, Vigilância Sanitária e Centro de Zoonoses. Acompanhado de candidatos à Câmara Municipal, João Henrique percorreu os boxes, recebendo o carinho da população por onde passava. “Acho João uma pessoa fantástica. É o meu candidato, dos meus funcionários e de minha família”, revelou a permissionária Teresinha Hora, 62 anos, há 17 anos no Ceasa do Rio Vermelho. “Esse é o homem que está mudando Salvador”, disse Joel Gonçalves dos Santos, 43 anos, funcionário de uma floricultura no local há cinco anos. Para ele, João Henrique tem que continuar na prefeitura para continuar as obras na cidade. Mesma opinião tem Kátia Tavares, 29 anos, também funcionária de uma floricultura. “Com certeza vai dar João em primeiro lugar nas urnas”.
Emoção nas principais capitais brasileiras
A emoção tomou conta do processo eleitoral na reta de chegada das principais capitais brasileiras. Depois de campanhas acirradas, os partidos já trabalham na expectativa dos seus candidatos passarem para o segundo turno, por isso a política de alianças agora é a grande preocupação. Este primeiro turno foi marcado com a decepção pelo desempenho de alguns candidatos, surpresas de outros e viradas espetaculares de alguns. Enfim, tudo valeu na luta pelo voto de uma eleição que conclui a sua primeira etapa neste final de semana, na maior manifestação popular da democracia brasileira. Adiante, um panorama político das principais capitais do país. Salvador: ninguém sabe mais quem vai para o segundo turno. As chances são praticamente iguais para ACM Neto (Democratas), João Henrique (PMDB) e Walter Pinheiro (PT). Imbassahy (PSDB), que começou melhor, caiu vertiginosamente por causa da tática adotada na campanha, quando sofreu ataques e preferiu permanecer em silêncio, com um discurso apenas propositivo. Somente no final ele trocou a equipe de marketing e reagiu, mas era tarde demais. Embora Pinheiro tenha feito uma campanha espetacular, nos debates Neto e João Henrique foram os melhores, com Hilton Coelho (PSOL) atirando para todos os lados. Este também conseguiu empolgar o voto radical, assumindo antigas posições do PT e, mais recentemente, do PSTU. Até mesmo pela confusão das pesquisas, o quadro é imprevi-sível. São Paulo: a situação é parecida com a de Salvador. Alckmin também seguiu a mesma tática de bom moço e experiência de Imbassahy e quase não reagiu aos ataques de Marta e, principalmente, de Gilberto Kassab. Também modificou tarde demais, quando o eleitor já buscava uma alternativa diferente de Marta. Kassab veio melhorando a sua administração e, via de conseqüência, o seu desempenho na campanha e nas pesquisas. Em meados de setembro, ele ultrapassou o tucano e hoje já abriu mais de cinco pontos de vantagem. Os erros do PSDB e o silêncio do governador José Serra colaboraram para a queda de Alckmin, alimentando, inclusive, uma vitória de Marta no primeiro turno. Como a petista não é nenhuma “coca-cola”, o eleitor migrou para Kassab, e nas novas pesquisas ele já a ultrapassa nas projeções para o segundo turno. Nem o PSDB acredita mais em Alckmin, e todos já costuram alianças para o segundo turno. Pode dar Kassab, apesar de Lula. (Por Evandro Matos)
Decisão no 1º turno em poucas capitais
Rio de Janeiro: a eleição na capital carioca mostra que nem sempre o presidente consegue transferir votos. No horário eleitoral de Alessandro Molon (candidato do PT) Lula não sai da TV, mas a campanha está empacada em 4%. Eduardo Paes (PMDB) assumiu a liderança, mas já parou de crescer. Marcelo Crivella (PRB) continua caindo, enquanto Gabeira (PV) recupera pontos preciosos na reta de chegada. Embora Jandira Feghali (PCdoB) também tenha tido uma pequena reação, o segundo turno deve ser disputado entre Eduardo Paes e Gabeira, que na reta final ganhou o reforço de José Serra. Belo Horizonte: na capital mineira o PT disputa contra o próprio PT. É que o ministro Patrus Ananias apóia Jô Moraes (PCdoB) e o prefeito Fernando Pimentel apóia Márcio Lacerda (PSB) junto com o governador Aécio Neves (PSDB). Embora o candidato do PMDB, Leonardo Quintão, tente provocar um segundo turno, a eleição ainda pode ser liquidada no primeiro. Se isso acontecer, Aécio vai para o abraço e depois percorrer os estados brasileiros no segundo turno para pavimentar a sua estrada para 2010. Recife: ia tudo bem para o candidato do PT, João da Costa, mas uma denúncia de uso da máquina municipal em favor de sua candidatura pode provocar um segundo turno. Embora o TRE local tenha cassado a sua candidatura, ele disputa subjudice. Mendonça Filho (Democratas), Eduardo Cadoca (PSC) e Raul Henry (PMDB), no debate realizado na última quinta-feira, se uniram nos ataques contra o petista, num esforço para transferir a decisão para o segundo turno. O quadro está confuso. O eleitor, mais ainda. Fortaleza: Luizianne Lins (PT) pode liquidar a eleição no primeiro turno. O trabalho de Duda Mendonça fez a petista subir nas pesquisas vertiginosamente. Patrícia Sabóya (PDT) e Moroni Torgan (DEM) lutam para ter segundo turno, mas o quadro é incerto. O grande detalhe em Fortaleza é a posição do deputado federal Ciro Gomes (PSB), que apóia Patrícia Sabóya, e o governador Cid Gomes, seu irmão, que faz campanha para Luizianne Lins. Mas a paz está selada entre eles. Porto Alegre: Com vaga assegurada no segundo turno, o prefeito José Fogaça (PMDB), que disputa a reeleição, aguarda em silêncio com quem vai disputar. Maria do Rosário (PT) e Manuela D’Ávila (PCdoB) travam uma batalha emocionante. Duas mulheres, de partidos de esquerda, e da base de apoio do presidente Lula. Por enquanto, a comunista leva uma pequena vantagem nas pesquisas. De quebra, ainda tem Luciana Genro (PSOL), que tem remotas chances de chegar, mas joga pimenta na disputa por ser opositora do seu próprio pai, o ministro da Justiça Tasso Genro. O prejuízo maior fica com a petista Maria do Rosário, que tem que apagar fogo vindo de dois lados. Curitiba: Beta Richa (PSDB) ganha disparado no primeiro turno. A juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da 9ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo, concedeu ontem uma liminar à Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) liberando a venda de bebidas alcoólicas em bares e restaurantes no dia das eleições no Estado de São Paulo. A decisão contraria a “lei seca”, em vigor nas eleições anteriores. A decisão invalida a resolução da SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), que seria publicada no “Diário Oficial” do Estado, proibindo a venda de bebida alcoólica durante a chamada “lei seca eleitoral”. Em 2006 e 2004, determinação da SSP-SP proibiu a venda e o consumo de bebida alcoólica no Estado no dia da eleição, das 8h às 17h. “Mesmo que a resolução seja editada, não terá valor, e a lei seca não poderá ser aplicada em nossos associados”, afirmou Percival Maricato, diretor jurídico da Abrasel. A reportagem procurou a SSP-SP para comentar a decisão, mas ainda não obteve retorno. Cabe recurso em segunda instância. “De fato, a legislação penal e eleitoral têm dispositivos capazes de assegurar a tranqüilidade nas seções eleitorais e nos locais públicos, motivo pelo qual não se justifica o desprezo à supremacia da Constituição Federal”, afirma a juíza, em sua decisão. “Assim, defiro a liminar para assegurar aos associados da impetrante a venda de bebidas alcoólicas no dia da eleição”, conclui. Em Pernambuco, a SSP-PE (Secretaria de Segurança Pública de Pernambuco) determinou a proibição da venda e consumo de bebidas alcoólicas no Estado no dia das eleições, das 5h às 18h. Segundo a portaria, não é permitida a venda e o consumo de bebidas alcoólicas em bares, restaurantes e estabelecimentos do gênero. Caberá à Polícia Militar e à Polícia Civil realizar a fiscalização. (Por Evandro Matos)
Tribunal conclui apuração ainda no domingo à noite
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) espera concluir na noite de domingo a apuração da maioria dos votos nos mais de 5.000 municípios brasileiros. O presidente do tribunal, Carlos Ayres Britto, disse ontem apesar das diferentes características dos municípios do país, a informatização da votação vai acelerar a divulgação dos resultados. “A nossa expectativa, considerando a heterogeneidade dos municípios brasileiros, nós esperamos que domingo à noite, ainda no domingo, a imensa maioria dos resultados já esteja divulgada”, afirmou. Britto reconheceu, porém, que os resultados serão mais lentos para municípios localizados em áreas isoladas, especialmente no Norte do país. “O Brasil é um macrocosmo, há muitas peculiaridades, há certos municípios, sobretudo no Norte do país, muitos distantes e de comunicação dificultosa, mas a expectativa é de que em grande parte dos municípios, o resultado saia no mesmo dia da votação.” O ministro garantiu que o TSE está com tudo pronto para que as eleições deste domingo ocorram dentro da normalidade em todo o país. “Tudo pronto, o apoio logístico, ânimo do pessoal, o contato entre as presidências [do TSE e dos TREs], as diretorias gerais, as secretarias de informática e de comunicação, está tudo azeitado, o ânimo melhor possível, todo o entusiasmo de servir a democracia representativa e a expectativa é de que tudo corra bem”, afirmou. Em um recado para os eleitores brasileiros, o presidente do TSE defendeu que todos compareçam às urnas para escolher seus candidatos —como prática da democracia no país. “Democracia não é estorvo, aliás, eleição não é estorvo, eleição não é velório, eleição não é peso, eleição é alegria, é um canto, é uma dança, é uma celebração da democracia, então que encaremos essa eleição assim, descon-traidamente, com júbilo até pela honra de participar de um processo democrático de constituição do poder político.” Britto defendeu responsabilidade para todos os eleitores no momento da escolha de seus candidatos. “É uma responsabilidade muito grande na seletividade no critério de seleção dos candidatos. Um belíssimo critério para votar: um candidato honesto. Um belíssimo critério para o eleitor não votar: um candidato que compra voto. Não votem em quem compra voto”, afirmou. (Por Carolina Parada)
Fonte: Tribuna da Bahia
A sorte está lançada para a mais disputada eleição de prefeito de Salvador desde 1985, quando foram restaurados os pleitos nas capitais de Estados brasileiros. Cessada a propaganda eleitoral e realizados todos os debates, os candidatos enfrentarão as urnas de domingo com o patrimônio acumulado na campanha. A existência de três postulantes mais destacados reflete o reinício da rearrumação das forças políticas baianas, que ainda terá muitas etapas até conseguir melhor definição. Ao longo do processo, dois candidatos que na largada tinham problemas a superar posicionaram-se gradativamente e chegam à reta final em condições até de serem os adversários do segundo turno: João Henrique (PMDB) e Walter Pinheiro (PT). O atual prefeito, que em 2004 fez o gênero paz e amor – numa peça publicitária chegou a posar com a mão sob a camisa sugerindo o pulsar do coração –, encarnou nos últimos dias uma agressividade surpreendente que em certos momentos assustou os adversários. “Escreveu não leu, o pau comeu” parecia ser seu lema, ou, como dizia o velho craque Sanfilippo, “tomou uma injeção de ódio”, e a despeito de seu evangelismo militante partiu para o confronto. O fato é que contrariou sua natureza, e para isso contribuiu o trabalho de sua equipe de marketing eleitoral, que não viu outra saída senão associar o “up grade” administrativo a uma atitude pessoalmente mais forte frente aos oponentes. Pinheiro resolveu enfrentar internamente Nelson Pelegrino dentro de uma estratégia que visava a um “acordão” para 2010, mas aparentemente tomou gosto pelo papel e foi em frente. De números inexpressivos na intenção de votos, alcançou o patamar de opção viável ao associar-se claramente ao governador Jaques Wagner. Adversários, no entanto, frisaram seu descompromisso com Lula nas primeiras derrapadas do governo federal e ele parou de crescer. A tentativa de burla com a trucagem do comício do presidente, denunciada no horário de João Henrique, cristalizou seu estacionamento. ACM Neto (DEM) mantém-se a duras penas entre os primeiros. Sofreu com a lembrança de seu destempero na ameaça física ao presidente e seguramente perdeu pontos ao, poder-se-ia dizer ingenuamente, querer dissociar-se do carlismo, “coisa do passado”, pois ele faz política agora e o avô, “há 50 anos”. Na guerra das pesquisas, fica com a do Ibope, que solitariamente lhe dá larga margem de vantagem, embora seja na crescente rejeição que está seu principal obstáculo para um eventual segundo turno. Antonio Imbassahy (PSDB) não conseguiu superar a dubiedade que sempre carregou desde que aportou no cais tucano. Ao ex-prefeito foram debitados os erros do período carlista – como as demissões aos milhares – e não foram creditados os acertos, as grandes obras realizadas na cidade em seus oito anos de poder. A esquizofrenia política continuou, pois o candidato não considera uma anormalidade o fato de o seu partido ser, no plano nacional, inimigo do PT e aliados, enquanto na Bahia permanece tão chegado a Wagner e acólitos que nem ao concorrente Pinheiro ele quis atacar. Quanto a Hilton Coelho (PSOL), a ironia poderia descrevê-lo como um “espectador privilegiado dos debates”. Cumpre o papel de tentar convencer o eleitor de que, mesmo não inspirando a confiança que só a experiência agrega, é a melhor opção para combater vícios políticos seculares e interesses econômicos poderosos. Poderá ter mais votos que os que as pesquisas insinuam. Demarca o terreno para construir seu partido na Bahia e se prepara para um próximo e combativo mandato parlamentar. A rotina dos clientes e permissionários da Ceasa do Rio Vermelho foi quebrada na manhã de ontem com a visita do candidato à reeleição pela coligação Força do Brasil em Salvador, João Henrique. Na oportunidade, os permissionários aproveitaram para agradecer o apoio que a prefeitura tem dado para a categoria com a fiscalização educativa de órgãos como a Sucom, Vigilância Sanitária e Centro de Zoonoses. Acompanhado de candidatos à Câmara Municipal, João Henrique percorreu os boxes, recebendo o carinho da população por onde passava. “Acho João uma pessoa fantástica. É o meu candidato, dos meus funcionários e de minha família”, revelou a permissionária Teresinha Hora, 62 anos, há 17 anos no Ceasa do Rio Vermelho. “Esse é o homem que está mudando Salvador”, disse Joel Gonçalves dos Santos, 43 anos, funcionário de uma floricultura no local há cinco anos. Para ele, João Henrique tem que continuar na prefeitura para continuar as obras na cidade. Mesma opinião tem Kátia Tavares, 29 anos, também funcionária de uma floricultura. “Com certeza vai dar João em primeiro lugar nas urnas”.
Emoção nas principais capitais brasileiras
A emoção tomou conta do processo eleitoral na reta de chegada das principais capitais brasileiras. Depois de campanhas acirradas, os partidos já trabalham na expectativa dos seus candidatos passarem para o segundo turno, por isso a política de alianças agora é a grande preocupação. Este primeiro turno foi marcado com a decepção pelo desempenho de alguns candidatos, surpresas de outros e viradas espetaculares de alguns. Enfim, tudo valeu na luta pelo voto de uma eleição que conclui a sua primeira etapa neste final de semana, na maior manifestação popular da democracia brasileira. Adiante, um panorama político das principais capitais do país. Salvador: ninguém sabe mais quem vai para o segundo turno. As chances são praticamente iguais para ACM Neto (Democratas), João Henrique (PMDB) e Walter Pinheiro (PT). Imbassahy (PSDB), que começou melhor, caiu vertiginosamente por causa da tática adotada na campanha, quando sofreu ataques e preferiu permanecer em silêncio, com um discurso apenas propositivo. Somente no final ele trocou a equipe de marketing e reagiu, mas era tarde demais. Embora Pinheiro tenha feito uma campanha espetacular, nos debates Neto e João Henrique foram os melhores, com Hilton Coelho (PSOL) atirando para todos os lados. Este também conseguiu empolgar o voto radical, assumindo antigas posições do PT e, mais recentemente, do PSTU. Até mesmo pela confusão das pesquisas, o quadro é imprevi-sível. São Paulo: a situação é parecida com a de Salvador. Alckmin também seguiu a mesma tática de bom moço e experiência de Imbassahy e quase não reagiu aos ataques de Marta e, principalmente, de Gilberto Kassab. Também modificou tarde demais, quando o eleitor já buscava uma alternativa diferente de Marta. Kassab veio melhorando a sua administração e, via de conseqüência, o seu desempenho na campanha e nas pesquisas. Em meados de setembro, ele ultrapassou o tucano e hoje já abriu mais de cinco pontos de vantagem. Os erros do PSDB e o silêncio do governador José Serra colaboraram para a queda de Alckmin, alimentando, inclusive, uma vitória de Marta no primeiro turno. Como a petista não é nenhuma “coca-cola”, o eleitor migrou para Kassab, e nas novas pesquisas ele já a ultrapassa nas projeções para o segundo turno. Nem o PSDB acredita mais em Alckmin, e todos já costuram alianças para o segundo turno. Pode dar Kassab, apesar de Lula. (Por Evandro Matos)
Decisão no 1º turno em poucas capitais
Rio de Janeiro: a eleição na capital carioca mostra que nem sempre o presidente consegue transferir votos. No horário eleitoral de Alessandro Molon (candidato do PT) Lula não sai da TV, mas a campanha está empacada em 4%. Eduardo Paes (PMDB) assumiu a liderança, mas já parou de crescer. Marcelo Crivella (PRB) continua caindo, enquanto Gabeira (PV) recupera pontos preciosos na reta de chegada. Embora Jandira Feghali (PCdoB) também tenha tido uma pequena reação, o segundo turno deve ser disputado entre Eduardo Paes e Gabeira, que na reta final ganhou o reforço de José Serra. Belo Horizonte: na capital mineira o PT disputa contra o próprio PT. É que o ministro Patrus Ananias apóia Jô Moraes (PCdoB) e o prefeito Fernando Pimentel apóia Márcio Lacerda (PSB) junto com o governador Aécio Neves (PSDB). Embora o candidato do PMDB, Leonardo Quintão, tente provocar um segundo turno, a eleição ainda pode ser liquidada no primeiro. Se isso acontecer, Aécio vai para o abraço e depois percorrer os estados brasileiros no segundo turno para pavimentar a sua estrada para 2010. Recife: ia tudo bem para o candidato do PT, João da Costa, mas uma denúncia de uso da máquina municipal em favor de sua candidatura pode provocar um segundo turno. Embora o TRE local tenha cassado a sua candidatura, ele disputa subjudice. Mendonça Filho (Democratas), Eduardo Cadoca (PSC) e Raul Henry (PMDB), no debate realizado na última quinta-feira, se uniram nos ataques contra o petista, num esforço para transferir a decisão para o segundo turno. O quadro está confuso. O eleitor, mais ainda. Fortaleza: Luizianne Lins (PT) pode liquidar a eleição no primeiro turno. O trabalho de Duda Mendonça fez a petista subir nas pesquisas vertiginosamente. Patrícia Sabóya (PDT) e Moroni Torgan (DEM) lutam para ter segundo turno, mas o quadro é incerto. O grande detalhe em Fortaleza é a posição do deputado federal Ciro Gomes (PSB), que apóia Patrícia Sabóya, e o governador Cid Gomes, seu irmão, que faz campanha para Luizianne Lins. Mas a paz está selada entre eles. Porto Alegre: Com vaga assegurada no segundo turno, o prefeito José Fogaça (PMDB), que disputa a reeleição, aguarda em silêncio com quem vai disputar. Maria do Rosário (PT) e Manuela D’Ávila (PCdoB) travam uma batalha emocionante. Duas mulheres, de partidos de esquerda, e da base de apoio do presidente Lula. Por enquanto, a comunista leva uma pequena vantagem nas pesquisas. De quebra, ainda tem Luciana Genro (PSOL), que tem remotas chances de chegar, mas joga pimenta na disputa por ser opositora do seu próprio pai, o ministro da Justiça Tasso Genro. O prejuízo maior fica com a petista Maria do Rosário, que tem que apagar fogo vindo de dois lados. Curitiba: Beta Richa (PSDB) ganha disparado no primeiro turno. A juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da 9ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo, concedeu ontem uma liminar à Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) liberando a venda de bebidas alcoólicas em bares e restaurantes no dia das eleições no Estado de São Paulo. A decisão contraria a “lei seca”, em vigor nas eleições anteriores. A decisão invalida a resolução da SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), que seria publicada no “Diário Oficial” do Estado, proibindo a venda de bebida alcoólica durante a chamada “lei seca eleitoral”. Em 2006 e 2004, determinação da SSP-SP proibiu a venda e o consumo de bebida alcoólica no Estado no dia da eleição, das 8h às 17h. “Mesmo que a resolução seja editada, não terá valor, e a lei seca não poderá ser aplicada em nossos associados”, afirmou Percival Maricato, diretor jurídico da Abrasel. A reportagem procurou a SSP-SP para comentar a decisão, mas ainda não obteve retorno. Cabe recurso em segunda instância. “De fato, a legislação penal e eleitoral têm dispositivos capazes de assegurar a tranqüilidade nas seções eleitorais e nos locais públicos, motivo pelo qual não se justifica o desprezo à supremacia da Constituição Federal”, afirma a juíza, em sua decisão. “Assim, defiro a liminar para assegurar aos associados da impetrante a venda de bebidas alcoólicas no dia da eleição”, conclui. Em Pernambuco, a SSP-PE (Secretaria de Segurança Pública de Pernambuco) determinou a proibição da venda e consumo de bebidas alcoólicas no Estado no dia das eleições, das 5h às 18h. Segundo a portaria, não é permitida a venda e o consumo de bebidas alcoólicas em bares, restaurantes e estabelecimentos do gênero. Caberá à Polícia Militar e à Polícia Civil realizar a fiscalização. (Por Evandro Matos)
Tribunal conclui apuração ainda no domingo à noite
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) espera concluir na noite de domingo a apuração da maioria dos votos nos mais de 5.000 municípios brasileiros. O presidente do tribunal, Carlos Ayres Britto, disse ontem apesar das diferentes características dos municípios do país, a informatização da votação vai acelerar a divulgação dos resultados. “A nossa expectativa, considerando a heterogeneidade dos municípios brasileiros, nós esperamos que domingo à noite, ainda no domingo, a imensa maioria dos resultados já esteja divulgada”, afirmou. Britto reconheceu, porém, que os resultados serão mais lentos para municípios localizados em áreas isoladas, especialmente no Norte do país. “O Brasil é um macrocosmo, há muitas peculiaridades, há certos municípios, sobretudo no Norte do país, muitos distantes e de comunicação dificultosa, mas a expectativa é de que em grande parte dos municípios, o resultado saia no mesmo dia da votação.” O ministro garantiu que o TSE está com tudo pronto para que as eleições deste domingo ocorram dentro da normalidade em todo o país. “Tudo pronto, o apoio logístico, ânimo do pessoal, o contato entre as presidências [do TSE e dos TREs], as diretorias gerais, as secretarias de informática e de comunicação, está tudo azeitado, o ânimo melhor possível, todo o entusiasmo de servir a democracia representativa e a expectativa é de que tudo corra bem”, afirmou. Em um recado para os eleitores brasileiros, o presidente do TSE defendeu que todos compareçam às urnas para escolher seus candidatos —como prática da democracia no país. “Democracia não é estorvo, aliás, eleição não é estorvo, eleição não é velório, eleição não é peso, eleição é alegria, é um canto, é uma dança, é uma celebração da democracia, então que encaremos essa eleição assim, descon-traidamente, com júbilo até pela honra de participar de um processo democrático de constituição do poder político.” Britto defendeu responsabilidade para todos os eleitores no momento da escolha de seus candidatos. “É uma responsabilidade muito grande na seletividade no critério de seleção dos candidatos. Um belíssimo critério para votar: um candidato honesto. Um belíssimo critério para o eleitor não votar: um candidato que compra voto. Não votem em quem compra voto”, afirmou. (Por Carolina Parada)
Fonte: Tribuna da Bahia
sexta-feira, outubro 03, 2008
Renúncia em Jeremoabo
Por: J. Montalvão
Pelo que fomos informado realmente houve renuncia de candidato aqui no fórum de Jeremoabo, todavia se trata do Candidato a Prefeito de Pedro Alexandre.
Como a boataria nesse período eleitoral é muito grande, viram o Advogado Moura que é advogado de Tista dar entrada no Pedido de renúncia do Petrônio, ai não esperaram se inteirar por completo da notícia, a boataria se espalhou logo.
Ainda bem que nos precavemos na notícia e não citamos nome nem tão pouco partido, pois nosso único objetivo é passar a notícia como realmente aconteceu.
Mas é isso mesmo, cidade que não tem muitas opções de lazer, qualquer coisa é festa.
Existe também um problema, o eleitor ao presenciar tanto indeferiemento de candidatos impugnados por contas rejeitadas, já se encontram condicionados.
Exemplos não faltam, mais dois no Estado da Bahia;
STF NEGA CANDIDATURA DE PAI E FILHO NA BAHIA
Pai e filho tiveram candidaturas negadas em dois municípios baianos. O pai José Ubaldino Alves Pinto (PMN) é candidato em Santa Cruz Cabrália, seu filho Ubaldino Júnior (PMDB), concorre à Prefeitura de Porto Seguro, ou melhor tentou, mas não conseguiu. Os dois tiveram os registros negados pelo Superior Tribunal Federal (STF). Eles terão seus nomes e fotos aparecendo nas urnas eletrônicas nas eleições de domingo. No entanto, os votos destinados a ambos só terão validade se eles apresentarem, até esta sexta-feira (03), dois substitutos. O ministro do STF Eros Grau justificou em seu despacho que tomou a decisão com base em documentos do Tribunal de Contas da União, que desaprovavam as contas do ex-gestores quando governaram suas respectivas cidades.
Fonte: Samuel Celestino
Pelo que fomos informado realmente houve renuncia de candidato aqui no fórum de Jeremoabo, todavia se trata do Candidato a Prefeito de Pedro Alexandre.
Como a boataria nesse período eleitoral é muito grande, viram o Advogado Moura que é advogado de Tista dar entrada no Pedido de renúncia do Petrônio, ai não esperaram se inteirar por completo da notícia, a boataria se espalhou logo.
Ainda bem que nos precavemos na notícia e não citamos nome nem tão pouco partido, pois nosso único objetivo é passar a notícia como realmente aconteceu.
Mas é isso mesmo, cidade que não tem muitas opções de lazer, qualquer coisa é festa.
Existe também um problema, o eleitor ao presenciar tanto indeferiemento de candidatos impugnados por contas rejeitadas, já se encontram condicionados.
Exemplos não faltam, mais dois no Estado da Bahia;
STF NEGA CANDIDATURA DE PAI E FILHO NA BAHIA
Pai e filho tiveram candidaturas negadas em dois municípios baianos. O pai José Ubaldino Alves Pinto (PMN) é candidato em Santa Cruz Cabrália, seu filho Ubaldino Júnior (PMDB), concorre à Prefeitura de Porto Seguro, ou melhor tentou, mas não conseguiu. Os dois tiveram os registros negados pelo Superior Tribunal Federal (STF). Eles terão seus nomes e fotos aparecendo nas urnas eletrônicas nas eleições de domingo. No entanto, os votos destinados a ambos só terão validade se eles apresentarem, até esta sexta-feira (03), dois substitutos. O ministro do STF Eros Grau justificou em seu despacho que tomou a decisão com base em documentos do Tribunal de Contas da União, que desaprovavam as contas do ex-gestores quando governaram suas respectivas cidades.
Fonte: Samuel Celestino
Esclarecimento
Conforeme nos precavemos em prestar qualquer informação, não podemos precisar com certeza quem renunciou, dizem que foi o candidato de Pedro Alexander, já outro site informa diferente, todavia, só prestaremos qualquer informação citando o nome da parte com documento em mãos.
O DIA “D”
Até a noite de ontem o Recurso Especial de Tista não fora julgado pelo TSE, em Brasília, e para a sessão extraordinária convocada para a noite de hoje, dificilmente virá sê-lo, uma vez que para sexta-feira se anuncia apenas leitura de decisões, sem julgamentos. Pelo extrato processual do recurso Tista, os autos estão ainda com o Procurador Eleitoral.
Pela primeira vez na história política de Jeremoabo um não candidato, no máximo, pré-candidato, constará como concorrente ao cargo de Prefeito, figurando seu número, nome e foto, como se ele fora. Para o eleitor de Tista, ficará o dilema: Valerá a pena eu votar?
Tista pediu seu registro de candidato em Jeremoabo que foi negado. Recorreu ao TRE - BA e perdeu. Recorreu ao TSE em Brasília e seu recurso ainda está tramitando, aguardando julgamento. Em razão do indeferimento do seu pedido de registro, ele não é considerado candidato, podendo ser considerado, apenas, pré-candidato, e sua situação dependerá de eventos futuros.
Como o pedido de registro de candidato lhe foi negado pelo juízo eleitoral, mesmo ele não sendo considerado candidato, teve a oportunidade de manter campanha eleitoral, por conta e risco, como previsto no art. 43 da Resolução nº. 22.717, que diz:
“Art. 43. O candidato que tiver seu registro indeferido poderá recorrer da decisão por sua conta e risco e, enquanto estiver sub judice, prosseguir em sua campanha e ter seu nome mantido na urna eletrônica, ficando a validade de seus votos condicionada ao deferimento de seu registro por instância superior.”
Embora indeferido o registro de Tista, como ele recorreu, fez campanha e na urna eletrônica constará sua foto, nº do seu partido político e seu nome, o que acontecerá, mesmo que hoje ela venha renunciar e apresentar substituto. Isso acontecendo, ficará o eleitor ficará como o caçador que atirou no que viu e matou quem não viu.
Vou traduzir. Se Tista não pretender se arriscar, renunciar e for substituído, por Pedrinho de João Ferreira, por exemplo, seu vice, quando o eleitor for votar, apertando na tecla do 25, sairá o nome de Tista e não de Pedrinho. Ele pensará que estará votando em Tista e estará votando em Pedrinho.
Se por acaso o recurso de Tista for julgado ainda hoje e lhe for favorável, mesmo assim, sua situação ficará como “sub judice”, por haver ainda recurso para ser usado pela Coligação impugnante.
Se o recurso de Tista não for julgado hoje, para ele, ficará a dúvida. Continuo ou renuncio? Se ele continuar e perder nas urnas, tudo acaba. Se ele ganhar nas urnas, sua situação dependerá do tapetão, o TSE. Se o TSE julgar o recurso desfavorável, os votos a ele atribuídos serão considerados nulos, diplomando-se DERI. Não haverá novas eleições.
A RES do TSE de nº. 22.717, que trata do registro de candidatos, no art. 70, é bem clara ao dizer:
“Art. 70. Transitada em julgado a decisão que declarar a inelegibilidade do candidato, ser-lhe-á negado o registro, ou cancelado, se já tiver sido feito, ou declarado nulo o diploma, se já expedido (LC nº 64/90, art. 15).”
Concorrendo Tista, ganhando nas urnas, o que atualmente será muito difícil, e o TSE, julgando o recurso contra ele, os votos a ele atribuídos serão considerados nulos e não haverá necessidade de novas eleições, em razão do que dispõe o art. 3º da Lei Eleitoral – nº. 9.504, que tem a seguinte redação:
“Art. 3º Será considerado eleito Prefeito o candidato que obtiver a maioria dos votos, não computados os em branco e os nulos.”
Não há que se falar em novas eleições porque os votos atribuídos Tista serão considerados nulos e para declaração de eleito, são computados apenas os votos válidos. Exemplo: Tista tem 9.000 e deri 8.000. Os votos dados a Deri serão válidos porque ele tem registro deferido, ou seja, ele não terá Apenas a maioria absoluta, terá 100% dos votos válidos.
A pergunta é: Tista. Vai topar? É ou não é o Dia D?
Pela primeira vez na história política de Jeremoabo um não candidato, no máximo, pré-candidato, constará como concorrente ao cargo de Prefeito, figurando seu número, nome e foto, como se ele fora. Para o eleitor de Tista, ficará o dilema: Valerá a pena eu votar?
Tista pediu seu registro de candidato em Jeremoabo que foi negado. Recorreu ao TRE - BA e perdeu. Recorreu ao TSE em Brasília e seu recurso ainda está tramitando, aguardando julgamento. Em razão do indeferimento do seu pedido de registro, ele não é considerado candidato, podendo ser considerado, apenas, pré-candidato, e sua situação dependerá de eventos futuros.
Como o pedido de registro de candidato lhe foi negado pelo juízo eleitoral, mesmo ele não sendo considerado candidato, teve a oportunidade de manter campanha eleitoral, por conta e risco, como previsto no art. 43 da Resolução nº. 22.717, que diz:
“Art. 43. O candidato que tiver seu registro indeferido poderá recorrer da decisão por sua conta e risco e, enquanto estiver sub judice, prosseguir em sua campanha e ter seu nome mantido na urna eletrônica, ficando a validade de seus votos condicionada ao deferimento de seu registro por instância superior.”
Embora indeferido o registro de Tista, como ele recorreu, fez campanha e na urna eletrônica constará sua foto, nº do seu partido político e seu nome, o que acontecerá, mesmo que hoje ela venha renunciar e apresentar substituto. Isso acontecendo, ficará o eleitor ficará como o caçador que atirou no que viu e matou quem não viu.
Vou traduzir. Se Tista não pretender se arriscar, renunciar e for substituído, por Pedrinho de João Ferreira, por exemplo, seu vice, quando o eleitor for votar, apertando na tecla do 25, sairá o nome de Tista e não de Pedrinho. Ele pensará que estará votando em Tista e estará votando em Pedrinho.
Se por acaso o recurso de Tista for julgado ainda hoje e lhe for favorável, mesmo assim, sua situação ficará como “sub judice”, por haver ainda recurso para ser usado pela Coligação impugnante.
Se o recurso de Tista não for julgado hoje, para ele, ficará a dúvida. Continuo ou renuncio? Se ele continuar e perder nas urnas, tudo acaba. Se ele ganhar nas urnas, sua situação dependerá do tapetão, o TSE. Se o TSE julgar o recurso desfavorável, os votos a ele atribuídos serão considerados nulos, diplomando-se DERI. Não haverá novas eleições.
A RES do TSE de nº. 22.717, que trata do registro de candidatos, no art. 70, é bem clara ao dizer:
“Art. 70. Transitada em julgado a decisão que declarar a inelegibilidade do candidato, ser-lhe-á negado o registro, ou cancelado, se já tiver sido feito, ou declarado nulo o diploma, se já expedido (LC nº 64/90, art. 15).”
Concorrendo Tista, ganhando nas urnas, o que atualmente será muito difícil, e o TSE, julgando o recurso contra ele, os votos a ele atribuídos serão considerados nulos e não haverá necessidade de novas eleições, em razão do que dispõe o art. 3º da Lei Eleitoral – nº. 9.504, que tem a seguinte redação:
“Art. 3º Será considerado eleito Prefeito o candidato que obtiver a maioria dos votos, não computados os em branco e os nulos.”
Não há que se falar em novas eleições porque os votos atribuídos Tista serão considerados nulos e para declaração de eleito, são computados apenas os votos válidos. Exemplo: Tista tem 9.000 e deri 8.000. Os votos dados a Deri serão válidos porque ele tem registro deferido, ou seja, ele não terá Apenas a maioria absoluta, terá 100% dos votos válidos.
A pergunta é: Tista. Vai topar? É ou não é o Dia D?
Jovens utilizam remédio para driblar o bafômetro
Um comprimido recém-chegado às farmácias brasileiras virou moda entre os que, desde o início da lei seca, em junho, procuravam uma maneira de continuar bebendo sem a ameaça de cair nas garras do bafômetro. O Metadoxil, derivado da vitamina B6, foi criado para ajudar pessoas em tratamento contra o alcoolismo crônico ou agudo. Jovens de Brasília e de várias capitais brasileiras, no entanto, estão usando a droga para assumir o volante depois de “baladas” regadas a cerveja, vodca e uísque. A idéia, garantem especialistas, não é recomendável. A automedicação pode significar riscos à saúde e não há garantia alguma de que o remédio seja capaz de suspender a embriaguez a ponto de livrar o motorista do bafômetro.O medicamento possui tarja vermelha e, portanto, deveria ser vendido apenas sob prescrição médica. Só que a regra não é seguida à risca. A reportagem do Correio conseguiu comprar, sem receita, uma caixa do remédio na primeira farmácia em que entrou. Com o desconto, os 30 comprimidos saíram por R$ 32,53. Um balconista na comercial das quadras 102/302 Sul, conhecida como Rua das Farmácias, chegou a fazer propaganda: “Dizem que em meia hora zera o efeito do álcool.” As pílulas também estão à venda na internet, em até três vezes sem juros. Em blogs, virou tema de discussão. “Se funcionar, vai deixar muito dono de farmácia rico”, previu um internauta.Um estudante de 23 anos, que preferiu não se identificar, conta que conheceu o remédio por indicação de um médico. “Ele me disse que era um antibafômetro, que cortava o efeito do álcool em 45 minutos”, relatou o jovem. Segundo ele, a primeira vez que tomou não percebeu mudança. Na segunda, o remédio teria impedido que ficasse embriagado. “Tomei antes de ir a uma festa. Mesmo depois de beber muito, não fiquei alterado”, citou.A euforia do jovem não condiz com a realidade, segundo especialistas ouvidos pelo Correio. “O remédio só acelera mecanismos metabólicos da degradação do álcool, mas não é mágico. Achar que vai ficar sóbrio é ridículo”, comentou o professor da Universidade de Brasília (UnB) e gerente de risco sanitário do Hospital Universitário de Brasília (HUB), Carlos César Schleicher. O medicamento, comercializado em países da Europa e Ásia, começou a ser vendido no Brasil em agosto e é pouco conhecido entre a classe médica. O laboratório Baldacci, responsável pela comercialização, estima que 3 mil caixas já foram vendidas no Brasil.A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) credenciou o remédio em setembro de 2007. A droga, de acordo com a avaliação da Anvisa, oferece aos usuários mais benefícios que malefícios. Por isso, recebeu o aval para ser comercializada. O farmacêutico Rogério Hoefler, do Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos, uma seção do Conselho Federal de Farmácia (CFF), é cauteloso ao falar do novo medicamento. “Ainda estou com um pé atrás. A própria bula não é clara”, comentou Hoefler, que pediu mais informações ao laboratório, cuja matriz fica em São Paulo. “Mas é claro que um médico em sã consciência não prescreveria o remédio para esse fim (beber e depois dirigir)”, completou.Um grande riscoOs médicos têm receitado o derivado da vitamina B6, substância já presente no organismo humano, para pacientes ainda dependentes do álcool ou para quem já parou de beber e está em fase de desintoxicação. Ao acelerar a eliminação do álcool, a droga ajuda a recuperar as funções do fígado. Recomenda-se de um a quatro comprimidos por dia, a depender do paciente. O tratamento dura de um a três meses. “O Metadoxil é para ser usado dentro desse contexto. Usá-lo para dirigir sossegado não é eficaz. Até porque o usuário nunca terá certeza de que eliminou todo o álcool do corpo”, ressaltou a psiquiatra e professora da Universidade de São Paulo (USP) Camila Magalhães, coordenadora do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa).“Correr o risco de usá-lo sem prescrição é colocar a saúde em risco”, reforçou o psiquiatra Augusto César Marques, do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) da Secretaria de Saúde do DF. “Não é aconselhável de maneira alguma usá-lo sem orientação”, emendou o toxicologista Otávio Brasil, diretor do Centro de Atendimento Toxicológico de Brasília, que já se manifestou contrário à lei seca.O diretor do laboratório Baldacci, Ronaldo Abud, afirmou que a droga é destinada ao tratamento de alcoolismo. Mas não mostrou-se preocupado com o uso sem a orientação médica. “Não é de todo ruim. Ele está tentando ficar sóbrio. Melhor do que dirigir embriagado”, justificou. “Mas ele (o medicamento) não engana bafômetro nenhum”, completou.Problema no SulO Conselho Regional de Farmárcia (CRF) do Rio Grande do Sul notificou ontem uma farmácia, em Porto Alegre, que fazia propaganda do Metadoxil. Um cartaz afixado no estabelecimento incentivava clientes a comprar o remédio para driblar o bafômetro. O CRF notificou a farmácia sob a alegação de propaganda enganosa e de falta ética do profissional farmacêutico. O caso será analisado pela Vigilância Sanitária da capital gaúcha.
Fonte: Correioweb
O pre-candidato indeferido Tista de Deda continua na corda bamba - Leiam e entendam melhor a sua situação
Briga judicial antes do voto
Luiz Ribeiro
O prefeito de Januária (Norte de Minas), Silvio Aguiar (PMDB), desistiu ontem da candidatura à reeleição e anunciou apoio ao candidato Maurílio Arruda (PTC). Nos últimos quatro anos, Januária, de 63,4 mil habitantes, a 603 quilômetros de Belo Horizonte, teve cinco trocas no comando, o que fez com que a cidade ganhasse destaque no noticiário nacional. Ontem à tarde, Silvio Aguiar justificou que desistiu de se manter na disputa porque enfrentou processo de impugnação, que perdeu nas duas primeiras instâncias e recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele alegou ainda que temeu ganhar as eleições e perder o processo na Justiça, o que provocaria uma nova troca no comando do Executivo.
"Sei que seria reeleito. Mas, e depois, como eu ficaria perante os eleitores caso perdesse na Justiça? Não poderia continuar na prefeitura", afirmou Aguiar. Ele afirma que foi "perseguido" pela Promotoria Pública de Januária, que entrou com o pedido de impugnação de sua candidatura.
No pedido, a Promotoria Pública alegou que Silvio Aguiar registrou sua candidatura à reeleição e não se afastou da direção de uma empresa de ônibus que seria prestadora do serviço de transporte escolar em Januária. Com base na representação, o prefeito teve a sua candidatura à reeleição impugnada em primeira instância pela Justiça Eleitoral de Januária. A sentença foi confirmada pelo TRE. Seus advogados recorreram ao TSE e aguardam decisão.
Aguiar alega que a denúncia não tem fundamento. "A minha empresa nunca prestou serviços para a Prefeitura de Januária, nem participou de licitação. Mesmo assim, perdi na Justiça. Fui perseguido", argumenta o prefeito. "Mas vou continuar na prefeitura até 1º de janeiro". Com a desistência, dos quatro principais candidatos, apenas dois continuam no páreo: Manoel Jorge (PT) e Maurílio Arruda.
Fonte: Estado de Minas (MG)
Luiz Ribeiro
O prefeito de Januária (Norte de Minas), Silvio Aguiar (PMDB), desistiu ontem da candidatura à reeleição e anunciou apoio ao candidato Maurílio Arruda (PTC). Nos últimos quatro anos, Januária, de 63,4 mil habitantes, a 603 quilômetros de Belo Horizonte, teve cinco trocas no comando, o que fez com que a cidade ganhasse destaque no noticiário nacional. Ontem à tarde, Silvio Aguiar justificou que desistiu de se manter na disputa porque enfrentou processo de impugnação, que perdeu nas duas primeiras instâncias e recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele alegou ainda que temeu ganhar as eleições e perder o processo na Justiça, o que provocaria uma nova troca no comando do Executivo.
"Sei que seria reeleito. Mas, e depois, como eu ficaria perante os eleitores caso perdesse na Justiça? Não poderia continuar na prefeitura", afirmou Aguiar. Ele afirma que foi "perseguido" pela Promotoria Pública de Januária, que entrou com o pedido de impugnação de sua candidatura.
No pedido, a Promotoria Pública alegou que Silvio Aguiar registrou sua candidatura à reeleição e não se afastou da direção de uma empresa de ônibus que seria prestadora do serviço de transporte escolar em Januária. Com base na representação, o prefeito teve a sua candidatura à reeleição impugnada em primeira instância pela Justiça Eleitoral de Januária. A sentença foi confirmada pelo TRE. Seus advogados recorreram ao TSE e aguardam decisão.
Aguiar alega que a denúncia não tem fundamento. "A minha empresa nunca prestou serviços para a Prefeitura de Januária, nem participou de licitação. Mesmo assim, perdi na Justiça. Fui perseguido", argumenta o prefeito. "Mas vou continuar na prefeitura até 1º de janeiro". Com a desistência, dos quatro principais candidatos, apenas dois continuam no páreo: Manoel Jorge (PT) e Maurílio Arruda.
Fonte: Estado de Minas (MG)
A situação do candidato indeferido Tista de Deda em Jeremoabo - comparem
Candidato que recorrer contra negativa de registro assume risco de prosseguir em campanha[Política] [30/09/2008 - 11:15]
É de responsabilidade do próprio candidato, partido ou coligação o prosseguimento na campanha eleitoral, caso tenha recorrido de decisão que negou seu registro de candidatura.O artigo 43 da Resolução 22.717/2008 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permite que ele continue em campanha, mesmo com o registro rejeitado, enquanto a questão estiver sub judice, ou seja, enquanto o recurso estiver em tramitação. Já a Resolução 22.718, em seu artigo 16, estabelece que durante esse período o candidato poderá manter todas suas atividades de campanha, inclusive a participação no horário destinado à propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. O partido ou a coligação pode substituir por outro o candidato que teve seu registro rejeitado ou prosseguir com o mesmo na campanha, desde que assuma o risco de aguardar posterior decisão judicial que confirme ou não a candidatura. A substituição de candidato a prefeito pode ser feita até a véspera das eleições desde que dentro do prazo de 10 dias da decisão que indeferiu o seu registro. Já a substituição de candidato a vereador deve ser feita até 60 dias antes das eleições.Vereadores A Resolução 22.172 em seu artigo 152 estabelece que para as eleições proporcionais, de vereadores, se o registro foi rejeitado antes da eleição e confirmado em última instância, os votos conferidos ao candidato devem ser anulados. Já no caso em que a cassação do registro ocorre após as eleições, os votos recebidos pelo candidato contarão para a legenda, ou seja, o partido político ao qual ele é filiado receberá os votos. Essa hipótese vale também para os casos em que o candidato obteve liminar para concorrer e depois teve a decisão modificada, sendo negado registro. PrefeitosCom relação às eleições majoritárias, o candidato a prefeito que perder o registro, dá lugar ao segundo colocado, que assume o cargo. Se o candidato eleito teve 50% mais um dos votos válidos e, em última instância, ficar decidido que ele não poderia ter se candidatado, os votos são anulados e é convocada nova eleição.
Fonte: Olho Vivo Rondônia
Autor: TSE
É de responsabilidade do próprio candidato, partido ou coligação o prosseguimento na campanha eleitoral, caso tenha recorrido de decisão que negou seu registro de candidatura.O artigo 43 da Resolução 22.717/2008 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permite que ele continue em campanha, mesmo com o registro rejeitado, enquanto a questão estiver sub judice, ou seja, enquanto o recurso estiver em tramitação. Já a Resolução 22.718, em seu artigo 16, estabelece que durante esse período o candidato poderá manter todas suas atividades de campanha, inclusive a participação no horário destinado à propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. O partido ou a coligação pode substituir por outro o candidato que teve seu registro rejeitado ou prosseguir com o mesmo na campanha, desde que assuma o risco de aguardar posterior decisão judicial que confirme ou não a candidatura. A substituição de candidato a prefeito pode ser feita até a véspera das eleições desde que dentro do prazo de 10 dias da decisão que indeferiu o seu registro. Já a substituição de candidato a vereador deve ser feita até 60 dias antes das eleições.Vereadores A Resolução 22.172 em seu artigo 152 estabelece que para as eleições proporcionais, de vereadores, se o registro foi rejeitado antes da eleição e confirmado em última instância, os votos conferidos ao candidato devem ser anulados. Já no caso em que a cassação do registro ocorre após as eleições, os votos recebidos pelo candidato contarão para a legenda, ou seja, o partido político ao qual ele é filiado receberá os votos. Essa hipótese vale também para os casos em que o candidato obteve liminar para concorrer e depois teve a decisão modificada, sendo negado registro. PrefeitosCom relação às eleições majoritárias, o candidato a prefeito que perder o registro, dá lugar ao segundo colocado, que assume o cargo. Se o candidato eleito teve 50% mais um dos votos válidos e, em última instância, ficar decidido que ele não poderia ter se candidatado, os votos são anulados e é convocada nova eleição.
Fonte: Olho Vivo Rondônia
Autor: TSE
ACM Neto (DEM) partiu para cinismo eleitoral
O truque é típico de quem está desesperado. “ACM Neto usa discurso de Lula em propaganda”. A manchete é de matéria da Agência Reuters, publicada pela Gazeta Mercantil (30/09). O texto informa que, com a popularidade do presidente em alta, o partido Democratas também resolveu usar imagens de Lula para reforçar a campanha de ACM Neto, em Salvador.Desde ontem (29), o DEM está exibindo na TV uma peça publicitária de 15 segundos com um discurso de Lula garantindo que prefeitos de todos os partidos não serão discriminados pelo governo federal. A peça desafia o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia que, com muito atraso, decidiu impor a legislação atual. A lei permite o uso de imagem do presidente apenas pelo partido a que ele pertence. No caso, o PT.ACM Neto, cara nova, política velha.
Fonte: Bahia de Fato
Fonte: Bahia de Fato
Mulher poderá governar Ubaitaba
Entre os 1.279 candidatos às prefeituras da Bahia, 141 são mulheres, e uma delas - Cléa Lemos (PR) - desponta com força em Ubaitaba, município da região cacaueira, a 369 quilômetros de Salvador. Tendo como vice Mary de Andrade Pires, ela enfrenta Alexandre Almeida (PMDB) e Orlando Magalhães (PT do B), prometendo “valer-se da sensibilidade, força e honestidade, para superar os graves problemas que afetam a cidade”. Cléa Lemos é vereadora, e pensava apenas na reeleição. Só que, na convenção partidária de 30 de junho, não resistiu às pressões dos correligionários, e terminou acatando a missão de enfentar a “máquina municipal”. Concorreu para isso a dura oposição que sempre fez ao atual prefeito, Asclepíades Almeida (mais conhecido como “Bêda”), cujos atos teminaram levando-o à prisão, por determinação da presidente do TJB, desembargadora Silvia Zarif. Na Câmara, Cléa marcou posição denunciando a estagnação econômica de Ubaitaba e o pouco empenho do prefeito em buscar recursos junto aos governos federal e estadual. “Graves são os problemas com as enchentes do Ribeirão do Ouro, que mesmo com a chegada de verbas federais não teve seu leito regularizado, fazendo com que os moradores do Bairro da Conceição sempre percam móveis, aparelhos eletricos e eletrônicos, na época das chuvas. Saneamento básico, também é outra deficiência encarada pelos moradores de Oricó, Zitão e Maria Olímpia, que são obrigados a conviver com mau-cheiro, sujeira e doenças”, afirma Cléa Lemos. No início, poucos acreditavam em sua capacidade de enfrentar “o primo do Beda”, Alexandre Almeida. Só que, após visitas às secretarias do Estado, garantias lhe foram oferecidas para o desenvolvimento de um plano de governo que devolva Ubaitaba ao lugar de destaque antes ocupado na região cacaueira. Prova disso, foi a presença do secretário da agricultura, Geraldo Simões, no grande comício realizado sábado último, assegurando os recursos do “PAC do Cacau” para o município. E nesta terça-feira, o ministro das Cidades, Márcio Fortes, acompanhado dos deputados federais João Leão, Mário Negromonte e Ângela Souza, também lá estiveram de helicóptero e sobrevoaram a cidade, conferindo com Cléa Lemos as obras que precisam ser realizadas. Cléa Lemos sabe que a disputa nas urnas não será fácil. “O retorno de Bêda ao cargo (foi solto semana passada), enseja o uso da “máquina” em favor do seu candidato”, salienta. Porém, Cléa vê um desejo da população em livrar-se do estilo autoritário e prepotente do atual prefeito. “É preciso que a democracia e a moralidade pública cheguem até aqui, diz a candidata, para que as leis sejam respeitadas e as riquezas de Ubaitaba deixem de servir apenas a um só grupo”.
Governo libera R$ 938,5 mil para abastecimento e infra-estrutura
O governo da Bahia liberou recursos da ordem de R$ 938,5 mil para obras de implantação de 389 sanitários residenciais, 289 cisternas, cinco sistemas convencionais de abastecimento de água e de três barragens, em comunidades rurais de 24 municípios de várias regiões da Bahia. As autorizações foram assinadas pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa vinculada à Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional (Sedir). A totalidade das obras autorizadas vai beneficiar mais de 1.850 famílias. A CAR autorizou também a liberação de R$ 61,2 mil para a construção de um mercado municipal para a comunidade de Água Preta, em Gandu, e de R$ R$ 75,9 mil para implantação de um módulo para feira com 28 boxes na comunidade de Aracy Mendes Lins, no município de Conde. A companhia liberou ainda parcela de recursos no total de R$ 110,6 mil para três projetos de mecanização agrícola com garagem, nas comunidades de Patos, em Santana, Agrovila 01 (Serra do Ramalho) e Tabuleiro (Crisópolis), que beneficiarão juntos 460 famílias. A construção de duas pontes de concreto, nas comunidades de Mutuca, em Novo Horizonte, e de Contagem, em Rio do Pires, também foi autorizada. A maior parte do montante liberado – pouco mais de R$ 315 mil, no âmbito do Programa Produzir – foi destinada para a construção de sanitários residenciais. Serão beneficiadas as comunidades de Bravo, em Serra Preta, com 69 unidades; a sede de Rio de Contas (80); Ingrunado, em Ibicuí (45); Porto Alegre, em Maracás (65); São José, em Cotegipe (60); e Paraíso, em Jacobina (70). O Programa Produzir, cujo objetivo é o de reduzir as desigualdades regionais, criar emprego e renda e melhorar a vida das populações mais pobres, financia projetos comunitários nas áreas social, de infra-estrutura e produção. Os recursos financeiros são do Banco Mundial e do governo do Estado e toda a coordenação técnica é de responsabilidade da CAR. Executado no Estado desde 1996, suas ações integram uma proposta mais ampla de combate à pobreza rural implementada pelo Bird e governos estaduais da região Nordeste do Brasil.
Fonte: Tribuna da Bahia
Governo libera R$ 938,5 mil para abastecimento e infra-estrutura
O governo da Bahia liberou recursos da ordem de R$ 938,5 mil para obras de implantação de 389 sanitários residenciais, 289 cisternas, cinco sistemas convencionais de abastecimento de água e de três barragens, em comunidades rurais de 24 municípios de várias regiões da Bahia. As autorizações foram assinadas pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa vinculada à Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional (Sedir). A totalidade das obras autorizadas vai beneficiar mais de 1.850 famílias. A CAR autorizou também a liberação de R$ 61,2 mil para a construção de um mercado municipal para a comunidade de Água Preta, em Gandu, e de R$ R$ 75,9 mil para implantação de um módulo para feira com 28 boxes na comunidade de Aracy Mendes Lins, no município de Conde. A companhia liberou ainda parcela de recursos no total de R$ 110,6 mil para três projetos de mecanização agrícola com garagem, nas comunidades de Patos, em Santana, Agrovila 01 (Serra do Ramalho) e Tabuleiro (Crisópolis), que beneficiarão juntos 460 famílias. A construção de duas pontes de concreto, nas comunidades de Mutuca, em Novo Horizonte, e de Contagem, em Rio do Pires, também foi autorizada. A maior parte do montante liberado – pouco mais de R$ 315 mil, no âmbito do Programa Produzir – foi destinada para a construção de sanitários residenciais. Serão beneficiadas as comunidades de Bravo, em Serra Preta, com 69 unidades; a sede de Rio de Contas (80); Ingrunado, em Ibicuí (45); Porto Alegre, em Maracás (65); São José, em Cotegipe (60); e Paraíso, em Jacobina (70). O Programa Produzir, cujo objetivo é o de reduzir as desigualdades regionais, criar emprego e renda e melhorar a vida das populações mais pobres, financia projetos comunitários nas áreas social, de infra-estrutura e produção. Os recursos financeiros são do Banco Mundial e do governo do Estado e toda a coordenação técnica é de responsabilidade da CAR. Executado no Estado desde 1996, suas ações integram uma proposta mais ampla de combate à pobreza rural implementada pelo Bird e governos estaduais da região Nordeste do Brasil.
Fonte: Tribuna da Bahia
Polícia mata cinco suspeitos em perseguição em Salvador
Segundo a polícia, grupo percebeu que estava sendo seguido e atirou.Nenhum policial foi atingido durante a troca de tiros.
Cinco suspeitos morreram durante uma troca de tiros com policiais, em Salvador, nesta quinta-feira (2). Três policiais civis que estavam em uma viatura desconfiaram dos cinco ocupantes de um veículo e iniciaram uma perseguição. Segundo a polícia, os homens perceberam que estavam sendo seguidos e começaram a atirar em direção à viatura, que ficou com diversas marcas de bala. No confronto, quatro homens acabaram mortos. O quinto integrante do grupo saiu do carro e fugiu após roubar a moto de um funcionário dos Correios, mas os policiais conseguiram encurralar o fugitivo. Ele também foi baleado e morreu. Nenhum policial foi atingido durante a troca de tiros.
Fonte: G1
Cinco suspeitos morreram durante uma troca de tiros com policiais, em Salvador, nesta quinta-feira (2). Três policiais civis que estavam em uma viatura desconfiaram dos cinco ocupantes de um veículo e iniciaram uma perseguição. Segundo a polícia, os homens perceberam que estavam sendo seguidos e começaram a atirar em direção à viatura, que ficou com diversas marcas de bala. No confronto, quatro homens acabaram mortos. O quinto integrante do grupo saiu do carro e fugiu após roubar a moto de um funcionário dos Correios, mas os policiais conseguiram encurralar o fugitivo. Ele também foi baleado e morreu. Nenhum policial foi atingido durante a troca de tiros.
Fonte: G1
O eleitor é leviano e volúvel...
Por: Carlos Chagas
BRASÍLIA - Por enquanto, batem cabeça, apresentando números muitas vezes conflitantes. Dizem tratar-se de questões de metodologia, mas tremem de medo quando acusados de estar privilegiando candidatos ligados a partidos ou empresas que encomendam e pagam as consultas eleitorais.
Com as exceções de sempre, falamos dos institutos de pesquisa, já preparados para, na noite de domingo, justificar o descompasso entre suas previsões e a vontade do eleitorado, que acusarão de volúvel e leviano, tendo mudado de opinião à última hora.
Tiveram vergonha, em meio a presente campanha. Abandonaram o expediente de anunciar margens de erro de quatro pontos, "para cima ou para baixo". Assim, errariam menos, mas foi tamanho o ridículo que cortaram o número pela metade. De algumas semanas para cá a margem de erro é de dois pontos...
Pesquisas não ganham eleição, virou mote popular, mesmo se reconhecendo que apontam tendências, quando feitas com honestidade. Existem institutos sérios, é claro, em especial aqueles que não fazem da coleta de opiniões uma atividade comercial.
Convenhamos, no entanto, que boa parte deles manipula dados conforme a conveniência do freguês. De dois em dois anos, dedicam-se às eleições. Chocam todo mundo quando tiram determinado candidato da primeira metade de um dígito e o colocam com mais de 50% da votação. Depois precisarão recuar, mas já influenciaram muita gente.
Não raro os institutos promovem consultas sobre a performance de governos e governantes. E sobre produtos variados. Quem paga sempre receberá a contrapartida de perguntas formuladas com extrema habilidade e malícia para as respostas não desapontarem. A mesma coisa acontece quando investigam audiências televisivas. Imagine-se se vão desagradar os poderosos...
Como são espertos, às vésperas dos pronunciamentos populares, como agora, para o freguês voltar nas próximas eleições precisam acomodar os percentuais. Buscam evitar erros flagrantes. Como fica difícil, porém, vale repetir a explicação já preparada: o eleitor é leviano e volúvel...
Eterno candidato a tudo
Melhor oportunidade não há, quando a Constituição faz vinte anos, para relatar um episódio daqueles idos, perfeitamente aplicável à atualidade. Eleito por aclamação como presidente da Assembléia Nacional Constituinte, o dr. Ulysses Guimarães defrontou-se com sua primeira missão: escolher o relator-geral, a segunda pessoa mais importante em todo o processo.
Não se passaram cinco minutos e logo apresentou-se o eterno candidato a tudo, que mesmo sem ser jurista ou constitucionalista, sequer advogado, pleiteava a espinhosa tarefa.
Quem? Ora, ele mesmo, Fernando Henrique Cardoso. Constrangido raramente o dr. Ulysses ficava, mas daquela vez ficou. Como explicar ao companheiro da bancada paulista faltarem a um sociólogo condições mínimas para funcionar como relator da Constituinte? FHC insistiu e questão foi colocada a voto. Felizmente, venceu Bernardo Cabral, que preenchia os requisitos necessários, além de ter sido presidente da Ordem dos Advogados do Brasil.
Por que se conta essa história?
Porque o ex-presidente da República não se emenda. Mete o nariz em tudo. Esta semana, arvorou-se em pacificador dos tucanos e adjacentes. Anunciou haver obtido do PSDB e do DEM, ou melhor, de Gilberto Kassab e de Geraldo Alckmin, acordo no sentido de que o derrotado apoiaria o vencedor que passasse para o segundo turno e fosse enfrentar Marta Suplicy.
Falta de tato, é evidente, porque os dois candidatos engalfinham-se como nunca, agridem-se e não admitem composições, pelo menos antes de domingo. Acresce que Fernando Henrique é filiado ao PSDB, partido que lançou Geraldo Alckmin como candidato. Sua função seria respaldar ao máximo o correligionário, que assim como o atual prefeito, repudiou solenemente o acordo não encomendado. Repete-se o passado de vinte anos...
Os três mosqueteiros eram quatro
Imaginou-se, primeiro, tratar-se de uma reunião dos presidentes dos países da América do Sul, um repeteco do Unasul que custa a decolar. Não era. Não estavam convidados os governantes maiores da Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai e outros países. Circulou depois que se reuniriam os presidentes da Bacia Amazônica. Também não deu afinal o rio Negro, antes rio Içana, nasce na Colômbia e Álvaro Uribe não estava convocado. Nem os presidentes do Suriname e da Guiana.
Como então explicar a reunião, em Manaus, de Hugo Chávez, da Venezuela, Rafael Correa, do Equador, e Evo Morales, da Bolívia, recepcionados pelo presidente Lula?
Objetivos, o encontro teve, mas explicação cerimonial, nenhuma. Serviu para os presidentes da Bolívia e do Equador baixarem a bola e, sob os auspícios do presidente da Venezuela, garantirem ao presidente do Brasil que deixarão de fazer-nos de alvo para a solução de seus problemas internos.
Pelo jeito o Lula falou grosso com os hermanos, ainda que para efeito externo tudo fossem sorrisos e apertos de mão. Os três mosqueteiros, afinal, eram quatro, e o nosso D'Artagnan mostrou-se o melhor espadachim.
Lamentos reservados
Tem gente, no palácio do Planalto e até na equipe econômica, lamentando que o governo Lula não tenha alterado ao menos um aspecto da política neoliberal do antecessor. Trata-se do tempo de permanência do capital especulativo estrangeiro, o capital-motel que chega de tarde, passa a noite e vai embora de manhã, depois de haver estuprado um pouquinho mais nossa economia. Porque desde o período de Fernando Henrique Cardoso no governo que não há tempo. Inexiste sequer o prazo mínimo para os dólares e euros ficarem aqui. Pode ser até cinco minutos, desde que remunerados com os maiores juros do planeta.
Bem que o Lula foi alertado, em sua campanha de 2002, para anunciar que iamos seguir o exemplo do Chile, onde o capital estrangeiro, para entrar, obriga-se a não sair antes de dois anos.
O resultado aí está: a crise americana funciona como um aspirador de pó. O que já saiu de dólares no mês de setembro é uma fábula. Para enfrentar dificuldades de caixa em seus bancos, os investidores estrangeiros retiram suas aplicações, e mais continuarão retirando.
Prejuízo para quem? Se ainda os megaespeculadores nacionais admitissem repatriar os bilhões que mantêm lá fora, ainda seria uma compensação. O problema é que carecemos de mecanismos para levá-los a tanto. Melhor dizendo, o único instrumento de que dispomos é a Polícia Federal, hoje meio na encolha...
Fonte: Tribuna da Imprensa
BRASÍLIA - Por enquanto, batem cabeça, apresentando números muitas vezes conflitantes. Dizem tratar-se de questões de metodologia, mas tremem de medo quando acusados de estar privilegiando candidatos ligados a partidos ou empresas que encomendam e pagam as consultas eleitorais.
Com as exceções de sempre, falamos dos institutos de pesquisa, já preparados para, na noite de domingo, justificar o descompasso entre suas previsões e a vontade do eleitorado, que acusarão de volúvel e leviano, tendo mudado de opinião à última hora.
Tiveram vergonha, em meio a presente campanha. Abandonaram o expediente de anunciar margens de erro de quatro pontos, "para cima ou para baixo". Assim, errariam menos, mas foi tamanho o ridículo que cortaram o número pela metade. De algumas semanas para cá a margem de erro é de dois pontos...
Pesquisas não ganham eleição, virou mote popular, mesmo se reconhecendo que apontam tendências, quando feitas com honestidade. Existem institutos sérios, é claro, em especial aqueles que não fazem da coleta de opiniões uma atividade comercial.
Convenhamos, no entanto, que boa parte deles manipula dados conforme a conveniência do freguês. De dois em dois anos, dedicam-se às eleições. Chocam todo mundo quando tiram determinado candidato da primeira metade de um dígito e o colocam com mais de 50% da votação. Depois precisarão recuar, mas já influenciaram muita gente.
Não raro os institutos promovem consultas sobre a performance de governos e governantes. E sobre produtos variados. Quem paga sempre receberá a contrapartida de perguntas formuladas com extrema habilidade e malícia para as respostas não desapontarem. A mesma coisa acontece quando investigam audiências televisivas. Imagine-se se vão desagradar os poderosos...
Como são espertos, às vésperas dos pronunciamentos populares, como agora, para o freguês voltar nas próximas eleições precisam acomodar os percentuais. Buscam evitar erros flagrantes. Como fica difícil, porém, vale repetir a explicação já preparada: o eleitor é leviano e volúvel...
Eterno candidato a tudo
Melhor oportunidade não há, quando a Constituição faz vinte anos, para relatar um episódio daqueles idos, perfeitamente aplicável à atualidade. Eleito por aclamação como presidente da Assembléia Nacional Constituinte, o dr. Ulysses Guimarães defrontou-se com sua primeira missão: escolher o relator-geral, a segunda pessoa mais importante em todo o processo.
Não se passaram cinco minutos e logo apresentou-se o eterno candidato a tudo, que mesmo sem ser jurista ou constitucionalista, sequer advogado, pleiteava a espinhosa tarefa.
Quem? Ora, ele mesmo, Fernando Henrique Cardoso. Constrangido raramente o dr. Ulysses ficava, mas daquela vez ficou. Como explicar ao companheiro da bancada paulista faltarem a um sociólogo condições mínimas para funcionar como relator da Constituinte? FHC insistiu e questão foi colocada a voto. Felizmente, venceu Bernardo Cabral, que preenchia os requisitos necessários, além de ter sido presidente da Ordem dos Advogados do Brasil.
Por que se conta essa história?
Porque o ex-presidente da República não se emenda. Mete o nariz em tudo. Esta semana, arvorou-se em pacificador dos tucanos e adjacentes. Anunciou haver obtido do PSDB e do DEM, ou melhor, de Gilberto Kassab e de Geraldo Alckmin, acordo no sentido de que o derrotado apoiaria o vencedor que passasse para o segundo turno e fosse enfrentar Marta Suplicy.
Falta de tato, é evidente, porque os dois candidatos engalfinham-se como nunca, agridem-se e não admitem composições, pelo menos antes de domingo. Acresce que Fernando Henrique é filiado ao PSDB, partido que lançou Geraldo Alckmin como candidato. Sua função seria respaldar ao máximo o correligionário, que assim como o atual prefeito, repudiou solenemente o acordo não encomendado. Repete-se o passado de vinte anos...
Os três mosqueteiros eram quatro
Imaginou-se, primeiro, tratar-se de uma reunião dos presidentes dos países da América do Sul, um repeteco do Unasul que custa a decolar. Não era. Não estavam convidados os governantes maiores da Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai e outros países. Circulou depois que se reuniriam os presidentes da Bacia Amazônica. Também não deu afinal o rio Negro, antes rio Içana, nasce na Colômbia e Álvaro Uribe não estava convocado. Nem os presidentes do Suriname e da Guiana.
Como então explicar a reunião, em Manaus, de Hugo Chávez, da Venezuela, Rafael Correa, do Equador, e Evo Morales, da Bolívia, recepcionados pelo presidente Lula?
Objetivos, o encontro teve, mas explicação cerimonial, nenhuma. Serviu para os presidentes da Bolívia e do Equador baixarem a bola e, sob os auspícios do presidente da Venezuela, garantirem ao presidente do Brasil que deixarão de fazer-nos de alvo para a solução de seus problemas internos.
Pelo jeito o Lula falou grosso com os hermanos, ainda que para efeito externo tudo fossem sorrisos e apertos de mão. Os três mosqueteiros, afinal, eram quatro, e o nosso D'Artagnan mostrou-se o melhor espadachim.
Lamentos reservados
Tem gente, no palácio do Planalto e até na equipe econômica, lamentando que o governo Lula não tenha alterado ao menos um aspecto da política neoliberal do antecessor. Trata-se do tempo de permanência do capital especulativo estrangeiro, o capital-motel que chega de tarde, passa a noite e vai embora de manhã, depois de haver estuprado um pouquinho mais nossa economia. Porque desde o período de Fernando Henrique Cardoso no governo que não há tempo. Inexiste sequer o prazo mínimo para os dólares e euros ficarem aqui. Pode ser até cinco minutos, desde que remunerados com os maiores juros do planeta.
Bem que o Lula foi alertado, em sua campanha de 2002, para anunciar que iamos seguir o exemplo do Chile, onde o capital estrangeiro, para entrar, obriga-se a não sair antes de dois anos.
O resultado aí está: a crise americana funciona como um aspirador de pó. O que já saiu de dólares no mês de setembro é uma fábula. Para enfrentar dificuldades de caixa em seus bancos, os investidores estrangeiros retiram suas aplicações, e mais continuarão retirando.
Prejuízo para quem? Se ainda os megaespeculadores nacionais admitissem repatriar os bilhões que mantêm lá fora, ainda seria uma compensação. O problema é que carecemos de mecanismos para levá-los a tanto. Melhor dizendo, o único instrumento de que dispomos é a Polícia Federal, hoje meio na encolha...
Fonte: Tribuna da Imprensa
Com apoio de Lula, Severino tenta voltar ao poder
RECIFE - "Severino Cavalcanti está contente feito menino". A afirmação foi feita ontem, por telefone, pelo aliado do candidato a prefeito de João Alfredo, no agreste, a 122 quilômetros do Recife, vereador Wilson França (PP). O comício realizado no início da semana, na cidade, sob o comando do ministro das Cidades, Márcio Fortes, aumentou a expectativa de vitória do ex-presidente da Câmara Federal, cujo sonho, aos 77 anos, é o de concluir sua vida política da mesma maneira que começou: como prefeito da sua cidade natal.
Na avaliação da ex-deputada estadual Ana Cavalcanti, filha do candidato e integrante da coordenação da campanha, o impacto da manifestação pró-Severino foi grande e pode ter um reflexo decisivo na sua eleição. Segundo ela, foi o maior evento político já realizado em João Alfredo em toda a sua história.
O ministro Márcio Fortes se apresentou como representante do presidente, que teve gravação em favor do candidato do PP reproduzida em um telão, na qual reforçou que Severino foi vítima da oposição ao seu governo, que o elegeu presidente da Câmara Federal e depois o derrubou ao perceber que ele não lhe faria oposição. O presidente já havia absolvido Severino do "mensalinho", em março, durante evento no Recife. Ficou conhecido como "mensalinho" a denúncia de pagamento de propina pelo empresário Sebastião Buani a Severino para manter restaurantes na Câmara Federal, o que o levou a renunciar em 2005.
Também apoiado pelo governador Eduardo Campos (PSB) - representado no comício pelo secretário estadual das Cidades, ex-ministro Humberto Costa - Severino centra seu discurso na importância de ser alinhado com as esferas estadual e federal do governo, o que vai facilitar acesso a projetos e benefícios para a cidade. E repete, sempre, não precisar de intermediários para abrir as portas de ministérios. "Eu sei onde ir buscar recursos para João Alfredo", costuma dizer, lembrando ser aliado de primeira hora do presidente Lula.
Sua coligação inclui o PT, PSB e PR. Seu opositor, Sebastião Manoel dos Santos (PSDB), entrou na política por suas mãos e já governou a cidade quatro vezes. Sebastião é apoiado pelo PTB, PDT, DEM, PTC e PRB. Na última eleição municipal, José Maurício Cavalcanti, filho de Severino, perdeu para a atual prefeita, Maria Sebastiana (aliada de Sebastião), que é bem avaliada pela população, por pouco mais de 300 votos.
"Dessa vez será diferente, é o próprio Severino que está na disputa", afirma Wilson França. Severino foi prefeito da cidade em 1964 e eleito duas vezes deputado estadual e quatro vezes deputado federal. "Tudo que existe na cidade foi trazido por Severino", atesta o vereador. Com população de 27 mil habitantes, João Alfredo tem 19.092 eleitores, aparentemente divididos. Quem está com Severino pinta sua casa de vermelho ou apresenta bandeiras desta cor. Os eleitores do opositor usam a cor amarela.
No comício, o ministro estava acompanhado do líder do PP na Câmara, deputado federal Fernando Montenegro (BA), além dos também deputados federais João Leão (BA) e Eduardo da Fonte (PE) Prefeitos da região e mais dois secretários estaduais (Transportes e Ressocialização) também foram apoiar a candidatura de Severino.
Para dar mais força à campanha do pai nesta reta final, José Maurício, superintendente do Ministério da Agricultura em Pernambuco, e Ana Cavalcanti, presidente do Instituto de Recursos Humanos do Estado, se licenciaram dos seus cargos há 15 dias.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Na avaliação da ex-deputada estadual Ana Cavalcanti, filha do candidato e integrante da coordenação da campanha, o impacto da manifestação pró-Severino foi grande e pode ter um reflexo decisivo na sua eleição. Segundo ela, foi o maior evento político já realizado em João Alfredo em toda a sua história.
O ministro Márcio Fortes se apresentou como representante do presidente, que teve gravação em favor do candidato do PP reproduzida em um telão, na qual reforçou que Severino foi vítima da oposição ao seu governo, que o elegeu presidente da Câmara Federal e depois o derrubou ao perceber que ele não lhe faria oposição. O presidente já havia absolvido Severino do "mensalinho", em março, durante evento no Recife. Ficou conhecido como "mensalinho" a denúncia de pagamento de propina pelo empresário Sebastião Buani a Severino para manter restaurantes na Câmara Federal, o que o levou a renunciar em 2005.
Também apoiado pelo governador Eduardo Campos (PSB) - representado no comício pelo secretário estadual das Cidades, ex-ministro Humberto Costa - Severino centra seu discurso na importância de ser alinhado com as esferas estadual e federal do governo, o que vai facilitar acesso a projetos e benefícios para a cidade. E repete, sempre, não precisar de intermediários para abrir as portas de ministérios. "Eu sei onde ir buscar recursos para João Alfredo", costuma dizer, lembrando ser aliado de primeira hora do presidente Lula.
Sua coligação inclui o PT, PSB e PR. Seu opositor, Sebastião Manoel dos Santos (PSDB), entrou na política por suas mãos e já governou a cidade quatro vezes. Sebastião é apoiado pelo PTB, PDT, DEM, PTC e PRB. Na última eleição municipal, José Maurício Cavalcanti, filho de Severino, perdeu para a atual prefeita, Maria Sebastiana (aliada de Sebastião), que é bem avaliada pela população, por pouco mais de 300 votos.
"Dessa vez será diferente, é o próprio Severino que está na disputa", afirma Wilson França. Severino foi prefeito da cidade em 1964 e eleito duas vezes deputado estadual e quatro vezes deputado federal. "Tudo que existe na cidade foi trazido por Severino", atesta o vereador. Com população de 27 mil habitantes, João Alfredo tem 19.092 eleitores, aparentemente divididos. Quem está com Severino pinta sua casa de vermelho ou apresenta bandeiras desta cor. Os eleitores do opositor usam a cor amarela.
No comício, o ministro estava acompanhado do líder do PP na Câmara, deputado federal Fernando Montenegro (BA), além dos também deputados federais João Leão (BA) e Eduardo da Fonte (PE) Prefeitos da região e mais dois secretários estaduais (Transportes e Ressocialização) também foram apoiar a candidatura de Severino.
Para dar mais força à campanha do pai nesta reta final, José Maurício, superintendente do Ministério da Agricultura em Pernambuco, e Ana Cavalcanti, presidente do Instituto de Recursos Humanos do Estado, se licenciaram dos seus cargos há 15 dias.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Lula se irrita e cancela almoço com petistas
Preocupada com crescimento de Kassab, Marta tenta transferir compromisso marcado pelo presidente
SÃO BERNARDO DO CAMPO (SP) - O almoço que o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciara para amanhã, em São Bernardo do Campo, com vários candidatos do PT às prefeituras da Grande São Paulo, foi cancelado. O motivo, segundo fontes da campanha do ex-ministro Luiz Marinho (candidato em São Bernardo), foi uma crise da também ex-ministra e candidata em São Paulo, Marta Suplicy.
Preocupada com a ascensão de seu adversário direto, o prefeito Gilberto Kassab (DEM), ela teria insistido com assessores de Lula para que o encontro fosse em São Paulo. Irritado, o presidente teria dito que não almoçaria com mais ninguém. Procurada, Marta negou ter interferido no caso.
As mesmas fontes de Luiz Marinho revelaram que Lula confirmou ao candidato, porém, que estará em São Bernardo na noite de hoje e passará o sábado em seu apartamento. O ex-ministro acredita na possibilidade de convencer o presidente a realizar alguma atividade ao seu lado. Talvez uma caminhada, já que a legislação eleitoral não permite campanha nesse período
Lula já afirmou inúmeras vezes que é ponto de honra vencer em São Bernardo, cidade onde ele mora, onde o PT nasceu e, por ironia, onde o partido ganhou a eleição uma única vez, em 1988, com o advogado Maurício Soares, hoje de volta ao partido.
No primeiro comício de Luiz Marinho, em 30 de agosto, Lula classificou a vitória em São Bernardo como "vingança", razão pela qual vem se empenhando muito na campanha do ex-ministro, que também foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e da CUT.
O adversário de Marinho é o tucano Orlando Morando, deputado estadual que tem o apoio do governador José Serra (PSDB) - mais um motivo para o empenho pessoal de Lula na campanha.
Fonte: Tribuna da Imprensa
SÃO BERNARDO DO CAMPO (SP) - O almoço que o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciara para amanhã, em São Bernardo do Campo, com vários candidatos do PT às prefeituras da Grande São Paulo, foi cancelado. O motivo, segundo fontes da campanha do ex-ministro Luiz Marinho (candidato em São Bernardo), foi uma crise da também ex-ministra e candidata em São Paulo, Marta Suplicy.
Preocupada com a ascensão de seu adversário direto, o prefeito Gilberto Kassab (DEM), ela teria insistido com assessores de Lula para que o encontro fosse em São Paulo. Irritado, o presidente teria dito que não almoçaria com mais ninguém. Procurada, Marta negou ter interferido no caso.
As mesmas fontes de Luiz Marinho revelaram que Lula confirmou ao candidato, porém, que estará em São Bernardo na noite de hoje e passará o sábado em seu apartamento. O ex-ministro acredita na possibilidade de convencer o presidente a realizar alguma atividade ao seu lado. Talvez uma caminhada, já que a legislação eleitoral não permite campanha nesse período
Lula já afirmou inúmeras vezes que é ponto de honra vencer em São Bernardo, cidade onde ele mora, onde o PT nasceu e, por ironia, onde o partido ganhou a eleição uma única vez, em 1988, com o advogado Maurício Soares, hoje de volta ao partido.
No primeiro comício de Luiz Marinho, em 30 de agosto, Lula classificou a vitória em São Bernardo como "vingança", razão pela qual vem se empenhando muito na campanha do ex-ministro, que também foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e da CUT.
O adversário de Marinho é o tucano Orlando Morando, deputado estadual que tem o apoio do governador José Serra (PSDB) - mais um motivo para o empenho pessoal de Lula na campanha.
Fonte: Tribuna da Imprensa
quinta-feira, outubro 02, 2008
O DEM de Jeremoabo Agora embananou tudo... ENTRE O CÉU E O INFERNO
Por: J. Montalvão
Os eleitores de Jeremoabo, bem como os candidatos a vereadores pela Coligação 06 de Julho, só estão enxergando o indeferimento do registro do pré-candidato do DEMo Tista de Deda, todavia, o caso é mais complexo, indiretamente por certo irá atingir todos os candidatos a vereador pela dita coligação.
É aquele dizer: “se o barco afundar, afundamos todos.”
Para ratificar o que estou escrevendo, leia o abaixo escrito:
Os eleitores de Jeremoabo, bem como os candidatos a vereadores pela Coligação 06 de Julho, só estão enxergando o indeferimento do registro do pré-candidato do DEMo Tista de Deda, todavia, o caso é mais complexo, indiretamente por certo irá atingir todos os candidatos a vereador pela dita coligação.
É aquele dizer: “se o barco afundar, afundamos todos.”
Para ratificar o que estou escrevendo, leia o abaixo escrito:
Justiça indefere registro de 406
Téo Meneses
Números oficiais da Justiça Eleitoral de Mato Grosso mostram que foram indeferidos os registros de 406 candidatos no Estado, sendo que 58 disputam o cargo de prefeito e 348 pleiteiam a vaga de vereador. Apesar de poderem ser votados no domingo, já que recorreram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e têm atualmente a situação subjúdice, os votos contabilizados por eles serão anulados e validados apenas com uma reforma das sentenças.
A decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de anular os votos destinados aos candidatos indeferidos terá influência direta na eleição de vereador, já que muitas coligações poderão não atingir o quociente eleitoral e eleger representantes nas Câmaras por causa do impasse jurídico.
O quociente eleitoral é formado pelo número de votos válidos na eleição e o número de vagas disputadas em cada município. O desempenho das legendas mudará radicalmente com uma reforma dos indeferimentos, sendo que alguns concorrentes seriam eleitos e outros perderiam o mandato com eventuais mudanças de sentenças.
No caso da eleição majoritária, a decisão do TRE em anular os votos dos indeferidos terá influência menor, pois, nesse sistema, será eleito o candidato mais votado nominalmente e, caso seja mantida a decisão do TRE, o segundo com maior votação tem o direito à vaga.
A maioria dos candidatos que tiveram registro indeferido não apresentaram recibo de quitação eleitoral, sendo que nenhum é oriundo de Cuiabá. Os nomes serão divulgados pelo TRE depois da eleição, mas o total de indeferimento foi confirmado ontem por técnicos da Justiça Eleitoral no Estado em entrevista para A Gazeta.
Apesar de poderem ser votados, os votos dos candidatos indeferidos serão contabilizados mas não irão aparecer na totalização dos votos. Essa é uma forma de tentar simplificar o imbróglio jurídico.
Fonte: A Gazeta (MT)
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