Carolina Mendonça,
do A TARDE On Line
O que acontece com o lixo que produzimos em casa? A maioria de nós prefere pensar que basta colocar o saquinho plástico para fora da porta e, como num passe de mágica, algum tempo depois o pacote desaparece. A despeito da confortável ilusão, porém, o caminho percorrido pelos resíduos que produzimos em casa não é tão simples. O destino do lixo doméstico é uma das questões que mais preocupam os ambientalistas atualmente. Depois que sai das casas, a deposição nos aterros sanitários cada vez mais sobrecarregados das grandes cidades levanta a questão sobre a responsabilidade de cada cidadão com o problema. Entre os especialistas, a principal solução para a questão está bem clara: reciclagem.
Em Salvador, ainda são tímidas as iniciativas de reaproveitamento do lixo produzido nas casas. Aqui, os resíduos domésticos encontram principalmente dois destinos: acumular-se nos aterros sanitários que servem à capital ou ser depositado diretamente no meio ambiente, contribuindo para a poluição da cidade, além de problemas como entupimento de canais e bocas-de-lobo. Mas iniciativas individuais como a de Dona Annette e Seu Manoel já apontam numa terceira direção, que deveria ser seguida por todos.
O hábito de separar o lixo doméstico é praticado por Annette Bernardes Costa, 72 e Manoel Pereira Costa, 75, há mais de 30 anos. Ainda não se falava em consciência ambiental quando a nutricionista e o contador aposentados já doavam jornais, latas, potes e garrafas de vidro para particulares e instituições preocupadas com o reaproveitamento econômico do material.
Em 2000, eles passaram a depositar o lixo que pode ser reaproveitado – metal, papéis, vidro e plásticos – nos Pontos de Entrega Voluntária (PEV) do bairro onde moram, o Canela. “As pessoas pensam que é muito trabalhoso, mas não é. Devemos fazer a nossa parte para não piorar a situação”, ensina Manoel Pereira da Costa.
Tão importante quanto a ação é a consciência ambiental do casal. Dona Annete leva tão a sério seu compromisso que não se importa de parecer mal educada quando convidada para um chá de bebê. “Não presenteio com fraldas descartáveis, pois não serei cúmplice do despejo de um material que leva mais de 600 anos para se decompor”, enfatiza. Além de separar o material, os dois ainda aprenderam a fazer arte com os resíduos domésticos. Da transformação do lixo surgem brinquedos e objetos de decoração, mostrando que é possível extrair beleza daquilo que é considerado sujo e feio.
A bióloga e mestre em desenvolvimento sustentável Caroline Todt defende que é papel de cada um mudar hábitos a partir de uma reflexão sobre o consumo. Ela explica que é necessário resistir aos apelos comerciais e pensar em não comprar além do que realmente é necessário. A preocupação começa na escolha de itens que não “carreguem” o peso da destruição ambiental, como aqueles embalados com isopor ou outros materiais de difícil degradação. “O princípio da responsabilidade deve ser trabalhado em todos os atos do cotidiano”, frisa.
Todt explica que a mudança do comportamento social vai contribuir para a melhoria da situação dos aterros sanitários, única opção de descarte de resíduos em Salvador. “Estes espaços, que podem funcionar apenas por 20 anos em média, não estão comportando a quantidade de lixo depositada”, alerta. Atualmente, Salvador conta com dois aterros sanitários. O Aterro Metropolitano Centro, compartilhado com os municípios de Simões Filho e Lauro de Freitas, recebe os lixo doméstico e o de Canabrava, onde são depositados podas de árvores e entulho.
Fonte: A TARDE
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segunda-feira, junho 02, 2008
O papa de todos nós
Por: Carlos Chagas
BRASÍLIA - Até os papas morrem, e o nosso, específico dos jornalistas, foi para o céu há quinze anos. Carlos Castello Branco deixou, entre volumosa herança, 7.849 colunas sobre política, escritas no "Jornal do Brasil" entre 1962 e 1993. Fora milhares de outros artigos, entrevistas, poesias e até um romance. Mas foi particularmente em função de suas colunas no outrora jornal líder da mídia nacional que se credenciou a ser eleito para a Academia Brasileira de Letras.
Quem quiser entender a política brasileira nos diversos períodos de atuação jornalística do Castelinho tem agora a oportunidade de acessar toda a obra do mestre de todos nós pelo site "Carlos Castello Branco".
Para que os jovens colegas de hoje não confundam o jornalista com o primeiro marechal-presidente do ciclo militar, vale referir um encontro que o então presidente da República promoveu com um grupo de jornalistas políticos, nos idos de 1964. Aliás, eram parentes não muito próximos, mas de origem comum, ambos nascidos no Piauí. Os dois baixinhos e feios, também.
O presidente, que iniciava um ciclo de conversas informais, chegou arredio à residência do então chefe do Gabinete Civil, Luiz Vianna Filho, onde se realizaria um almoço. Éramos poucos, de Castello a Pedro Gomes, Villasboas Corrêa, Heron Domingues, Heráclio Salles, Evandro Carlos de Andrade e este que vos escreve. Para quebrar o gelo, o marechal dirigiu-se ao jornalista perguntando se ele havia lido nota publicada num jornal de Montevidéu, afirmando que o principal cronista político do Brasil era filho do presidente da República.
Castelinho, frio como aço, implacável e sarcástico, em vez de comentar com humor o equívoco dos confrades uruguaios, replicou: "Não foi bem o que eu li, presidente. Eles escreveram que o principal cronista político do Brasil era filho do ditador de plantão..."
O gelo não foi propriamente quebrado, formando-se em torno da mesa um imenso iceberg, dissolvido apenas na sobremesa.
Direito à prolixidade
Não caberá a qualquer cidadão criticar o Supremo Tribunal Federal pela prolixidade dos votos de seus ministros. Mas que chama a atenção, chama. Carlos Alberto Meneses Direito gastou três horas para ler sua sentença. Nenhum dos outros ficou muito atrás, a média de duas horas por voto tomou três dias da sessão mais importante do ano, até agora.
Se existem semelhanças entre as profissões de juiz e de jornalista, e existem muitas, eis uma diferença fundamental. Somos treinados para a concisão. Já os doutos mestres do direito primam por exprimir-se no maior número de laudas possível. Aliás, de caracteres, com a informatização das duas atividades.
Tudo bem, nada a opor. Em especial os membros da mais alta corte nacional de justiça dispõem da prerrogativa de pronunciar-se como quiser e pelo tempo que quiserem. Só que a decisão da semana passada caberia num único parágrafo: "Por maioria de um voto, o Supremo colocou o Brasil no século XXI".
Não cola mais
Durante algum tempo a desculpa para roubalheiras praticadas por agentes maiores e menores do poder público, do mensalão ao dólar na cueca, dos sanguessugas aos produtores de dossiês, quando flagrados em corrupção explícita os corruptos alegavam estar recolhendo dinheiro não contabilizado para pagar despesas de campanhas já realizadas ou por realizar.
De tanto desmoralizarem a prática eleitoral, nota-se que não dá mais. Ou alguém acredita que Paulo Pereira da Silva, Álvaro Lins e Anthony Garotinho, para ficarmos nos acusados da semana passada, juntavam dinheiro para enfrentar débitos de campanha?
O descrédito de mais uma mentira acontece antes mesmo que o Congresso aprove o financiamento público das campanhas, mesmo tratando-se de medida inócua porque muitos candidatos continuarão arrecadando dinheiro por baixo do pano. Quem alegar despesas eleitorais, de agora em diante, precisará provar. Bem como demonstrar que seu aumento de patrimônio deveu-se à sorte na mega-sena.
Todos os caminhos levam a Roma
Hoje e amanhã, segunda e terça-feiras, o presidente Lula enfrentará pesada agenda de trabalho, em Roma. A reunião da FAO acontece em momento tumultuado. Se não estão faltando, pelo menos encareceram de muito os alimentos produzidos no mundo. Aumentaram por causa da alta no preço do barril de petróleo? Por que os Estados Unidos utilizam o milho para produzir etanol? Ou será por que o Brasil planta cana, pelos mesmos motivos? Será viável esquecer a ganância dos produtores, dos atravessadores e dos que comercializam e vendem os variados produtos?
Tanto faz, mas o presidente brasileiro precisará apresentar um diagnóstico eficaz da situação, e, mais do que isso, apontar soluções. Afinal, representa um país onde sobram os três requisitos maiores para produção de alimentos: terra, sol e água.
Enquanto Lula se desdobrará até para rebater acusações injustas sobre não fazermos nosso dever de casa, sua família encontra-se desde quarta-feira passada na capital italiana. Mulher, filhos, noras e netos passeiam pela antiga capital do mundo. Nada a opor, todos têm direito de viajar, mas um apelo, ao menos, deve ser feito: nada de pizzas nas refeições, porque não exportamos trigo. Que tal uns bifinhos de carne de Mato Grosso?
Fonte: Tribuna da Imprensa
BRASÍLIA - Até os papas morrem, e o nosso, específico dos jornalistas, foi para o céu há quinze anos. Carlos Castello Branco deixou, entre volumosa herança, 7.849 colunas sobre política, escritas no "Jornal do Brasil" entre 1962 e 1993. Fora milhares de outros artigos, entrevistas, poesias e até um romance. Mas foi particularmente em função de suas colunas no outrora jornal líder da mídia nacional que se credenciou a ser eleito para a Academia Brasileira de Letras.
Quem quiser entender a política brasileira nos diversos períodos de atuação jornalística do Castelinho tem agora a oportunidade de acessar toda a obra do mestre de todos nós pelo site "Carlos Castello Branco".
Para que os jovens colegas de hoje não confundam o jornalista com o primeiro marechal-presidente do ciclo militar, vale referir um encontro que o então presidente da República promoveu com um grupo de jornalistas políticos, nos idos de 1964. Aliás, eram parentes não muito próximos, mas de origem comum, ambos nascidos no Piauí. Os dois baixinhos e feios, também.
O presidente, que iniciava um ciclo de conversas informais, chegou arredio à residência do então chefe do Gabinete Civil, Luiz Vianna Filho, onde se realizaria um almoço. Éramos poucos, de Castello a Pedro Gomes, Villasboas Corrêa, Heron Domingues, Heráclio Salles, Evandro Carlos de Andrade e este que vos escreve. Para quebrar o gelo, o marechal dirigiu-se ao jornalista perguntando se ele havia lido nota publicada num jornal de Montevidéu, afirmando que o principal cronista político do Brasil era filho do presidente da República.
Castelinho, frio como aço, implacável e sarcástico, em vez de comentar com humor o equívoco dos confrades uruguaios, replicou: "Não foi bem o que eu li, presidente. Eles escreveram que o principal cronista político do Brasil era filho do ditador de plantão..."
O gelo não foi propriamente quebrado, formando-se em torno da mesa um imenso iceberg, dissolvido apenas na sobremesa.
Direito à prolixidade
Não caberá a qualquer cidadão criticar o Supremo Tribunal Federal pela prolixidade dos votos de seus ministros. Mas que chama a atenção, chama. Carlos Alberto Meneses Direito gastou três horas para ler sua sentença. Nenhum dos outros ficou muito atrás, a média de duas horas por voto tomou três dias da sessão mais importante do ano, até agora.
Se existem semelhanças entre as profissões de juiz e de jornalista, e existem muitas, eis uma diferença fundamental. Somos treinados para a concisão. Já os doutos mestres do direito primam por exprimir-se no maior número de laudas possível. Aliás, de caracteres, com a informatização das duas atividades.
Tudo bem, nada a opor. Em especial os membros da mais alta corte nacional de justiça dispõem da prerrogativa de pronunciar-se como quiser e pelo tempo que quiserem. Só que a decisão da semana passada caberia num único parágrafo: "Por maioria de um voto, o Supremo colocou o Brasil no século XXI".
Não cola mais
Durante algum tempo a desculpa para roubalheiras praticadas por agentes maiores e menores do poder público, do mensalão ao dólar na cueca, dos sanguessugas aos produtores de dossiês, quando flagrados em corrupção explícita os corruptos alegavam estar recolhendo dinheiro não contabilizado para pagar despesas de campanhas já realizadas ou por realizar.
De tanto desmoralizarem a prática eleitoral, nota-se que não dá mais. Ou alguém acredita que Paulo Pereira da Silva, Álvaro Lins e Anthony Garotinho, para ficarmos nos acusados da semana passada, juntavam dinheiro para enfrentar débitos de campanha?
O descrédito de mais uma mentira acontece antes mesmo que o Congresso aprove o financiamento público das campanhas, mesmo tratando-se de medida inócua porque muitos candidatos continuarão arrecadando dinheiro por baixo do pano. Quem alegar despesas eleitorais, de agora em diante, precisará provar. Bem como demonstrar que seu aumento de patrimônio deveu-se à sorte na mega-sena.
Todos os caminhos levam a Roma
Hoje e amanhã, segunda e terça-feiras, o presidente Lula enfrentará pesada agenda de trabalho, em Roma. A reunião da FAO acontece em momento tumultuado. Se não estão faltando, pelo menos encareceram de muito os alimentos produzidos no mundo. Aumentaram por causa da alta no preço do barril de petróleo? Por que os Estados Unidos utilizam o milho para produzir etanol? Ou será por que o Brasil planta cana, pelos mesmos motivos? Será viável esquecer a ganância dos produtores, dos atravessadores e dos que comercializam e vendem os variados produtos?
Tanto faz, mas o presidente brasileiro precisará apresentar um diagnóstico eficaz da situação, e, mais do que isso, apontar soluções. Afinal, representa um país onde sobram os três requisitos maiores para produção de alimentos: terra, sol e água.
Enquanto Lula se desdobrará até para rebater acusações injustas sobre não fazermos nosso dever de casa, sua família encontra-se desde quarta-feira passada na capital italiana. Mulher, filhos, noras e netos passeiam pela antiga capital do mundo. Nada a opor, todos têm direito de viajar, mas um apelo, ao menos, deve ser feito: nada de pizzas nas refeições, porque não exportamos trigo. Que tal uns bifinhos de carne de Mato Grosso?
Fonte: Tribuna da Imprensa
Lins buscou apoio de milícias na campanha
Para se eleger deputado estadual pelo PMDB em 2006, o delegado Álvaro Lins, na época ex-chefe de Polícia Civil, foi buscar apoio de algumas das milícias que dominam favelas da cidade. Para isto, contou com a intermediação de policiais civis do seu grupo e de delegados no exercício do cargo, como o caso de Marcos Cipriano.
As informações constam do relatório no qual Lins, o ex-governador Anthony Garotinho e outras 14 pessoas foram denunciadas pela Polícia Federal (PF) e Ministério Público (MP) pelos crimes de formação de quadrilha armada, facilitação de contrabando, corrupção e lavagem de dinheiro.
Em um dos diálogos gravados pela PF e transcrito na denúncia dos procuradores regionais da República, Cipriano é aconselhado pelo inspetor de polícia Fábio Menezes de Leão, o Fabinho, a procurar o cabo da Polícia Militar Jorsan Machado de Oliveira, chefe da milícia em diversas comunidades carentes de Jacarepaguá, na Zona Oeste.
Na conversa, eles estavam preparando a visita do candidato Lins, em 24 de setembro de 2006, a cinco favelas daquela área, na jurisdição da delegacia chefiada por Cipriano. Cipriano, segundo gravações da PF, destacava a importância da visita: "Para a gente não deixar de aproveitar lá, um complexo de seis favelinhas, são 20 mil votos, entendeu?"
Fabinho então quis saber se tinham negociado com a milícia local: "Foi feito contato com a mineira lá, feito contato com a rapaziada lá? Eu acho que ninguém fez contato com o pessoal lá, doutor". Foi quando recomendou que procurassem Jorsan: "O cara lá é o Jorsan e o Serginho, os caras lá são eles dois, fora eles dois, a gente não conhece legal não".
Em seguida, acrescenta: "Eles estão com a gente na campanha, são eles que puxaram o bonde lá". Jorsan também tinha ligações com a máfia dos caça-níqueis, chefiada pelo sobrinho do bicheiro Castor de Andrade, Rogério Costa de Andrade.
Segundo as investigações da Polícia Federal, Andrade também mantinha um esquema de pagamento de propina para o grupo de Álvaro Lins. Em outubro, depois que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) proclamou sua vitória, foi o próprio Álvaro Lins quem telefonou para o cabo da PM agradecendo o apoio.
Segundo a denúncia, Lins disse estar ligando "para agradecer aí a ajuda, a torcida, todo o trabalho de vocês. Continuamos juntos, vamos em frente que tem muito trabalho ainda". Ouviu como resposta de Jorsan: "Pode ficar tranqüilo que não vão lhe abandonar. Estamos aí e vamos estar juntos de novo".
No início de 2007, Jorsan foi assassinado, segundo a denúncia da Polícia Federal e do Ministério Público, logo após procurar a PF com o objetivo de "delatar o esquema dos caça-níqueis".
Bicheiros
A relação de Lins com a contravenção do Rio seria antiga. Em 1994, quando era tenente da Polícia Militar, teve seu nome encontrado na lista de policiais civis e militares que recebiam propinas dos bicheiros. Em 1997, o delegado Hélio Luz, na época chefe de Polícia Civil, quis impedir a nomeação de Lins quando ele passou no concurso para delegados. Mas um mandado judicial garantiu sua posse.
Em 2000, ele ocupou a direção da Polinter, onde estavam lotados os policiais que passaram a ser considerados seus homens de confiança, conhecidos como a turma dos "Inhos": Jorge Luiz Fernandes, o Jorginho; Helio Machado da Conceição, o Helinho; e Fábio Menezes de Leão, o Fabinho.
No ano seguinte, mesmo tendo apenas cerca de dois anos de carreira, Lins foi nomeado pelo então governador Antony Garotinho o chefe da Polícia Civil. Os "Inhos" foram com ele para a Chefia de Polícia Civil e continuaram tendo influência na Polinter.
Em maio de 2002, o contraventor Rogério Andrade, preso sob a acusação de mandar matar o primo, Paulo Roberto Andrade, filho de Castor, ficou na Polinter. Um mês depois, Jorginho passou a controlar máquinas caça-níqueis na região de Jacarepaguá. Segundo a denúncia, "isto justifica as regalias que Rogério de Andrade obtinha para continuar a gerenciar os seus negócios da cadeia".
Andrade foi solto por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele continuou "valendo-se da proteção do chefe de Polícia Civil, Álvaro Lins, e dos integrantes do grupo dos Inhos, quer em troca do pagamento de propinas, quer em troca de apoio político".
O contraventor voltou a ser preso, em setembro de 2006, pela Polícia Federal, por conta da disputa que travava com o marido de sua prima, Fernando de Miranda Iggnácio, genro de Castor, pelo controle da exploração dos caça-níqueis na Zona Oeste da cidade.
Levado para a carceragem da Polinter, voltou a dispor de diversas regalias, inclusive telefones celulares e visitas de prostitutas, supostamente com o respaldo de Lins e do seu grupo. Nesta época, o chefe de Polícia, para mostrar serviço a Andrade, orientou seus homens a investigarem Iggnácio, que foi preso em outubro de 2006.
A prisão teria rendido R$ 1 milhão aos policiais Jorginho e Helinho, segundo a denúncia. O advogado de Álvaro Lins, Ubiratan Guedes, estava com o celular desligado e não retornou os recados deixados até o início da noite.
Fonte: Tribuna da Imprensa
As informações constam do relatório no qual Lins, o ex-governador Anthony Garotinho e outras 14 pessoas foram denunciadas pela Polícia Federal (PF) e Ministério Público (MP) pelos crimes de formação de quadrilha armada, facilitação de contrabando, corrupção e lavagem de dinheiro.
Em um dos diálogos gravados pela PF e transcrito na denúncia dos procuradores regionais da República, Cipriano é aconselhado pelo inspetor de polícia Fábio Menezes de Leão, o Fabinho, a procurar o cabo da Polícia Militar Jorsan Machado de Oliveira, chefe da milícia em diversas comunidades carentes de Jacarepaguá, na Zona Oeste.
Na conversa, eles estavam preparando a visita do candidato Lins, em 24 de setembro de 2006, a cinco favelas daquela área, na jurisdição da delegacia chefiada por Cipriano. Cipriano, segundo gravações da PF, destacava a importância da visita: "Para a gente não deixar de aproveitar lá, um complexo de seis favelinhas, são 20 mil votos, entendeu?"
Fabinho então quis saber se tinham negociado com a milícia local: "Foi feito contato com a mineira lá, feito contato com a rapaziada lá? Eu acho que ninguém fez contato com o pessoal lá, doutor". Foi quando recomendou que procurassem Jorsan: "O cara lá é o Jorsan e o Serginho, os caras lá são eles dois, fora eles dois, a gente não conhece legal não".
Em seguida, acrescenta: "Eles estão com a gente na campanha, são eles que puxaram o bonde lá". Jorsan também tinha ligações com a máfia dos caça-níqueis, chefiada pelo sobrinho do bicheiro Castor de Andrade, Rogério Costa de Andrade.
Segundo as investigações da Polícia Federal, Andrade também mantinha um esquema de pagamento de propina para o grupo de Álvaro Lins. Em outubro, depois que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) proclamou sua vitória, foi o próprio Álvaro Lins quem telefonou para o cabo da PM agradecendo o apoio.
Segundo a denúncia, Lins disse estar ligando "para agradecer aí a ajuda, a torcida, todo o trabalho de vocês. Continuamos juntos, vamos em frente que tem muito trabalho ainda". Ouviu como resposta de Jorsan: "Pode ficar tranqüilo que não vão lhe abandonar. Estamos aí e vamos estar juntos de novo".
No início de 2007, Jorsan foi assassinado, segundo a denúncia da Polícia Federal e do Ministério Público, logo após procurar a PF com o objetivo de "delatar o esquema dos caça-níqueis".
Bicheiros
A relação de Lins com a contravenção do Rio seria antiga. Em 1994, quando era tenente da Polícia Militar, teve seu nome encontrado na lista de policiais civis e militares que recebiam propinas dos bicheiros. Em 1997, o delegado Hélio Luz, na época chefe de Polícia Civil, quis impedir a nomeação de Lins quando ele passou no concurso para delegados. Mas um mandado judicial garantiu sua posse.
Em 2000, ele ocupou a direção da Polinter, onde estavam lotados os policiais que passaram a ser considerados seus homens de confiança, conhecidos como a turma dos "Inhos": Jorge Luiz Fernandes, o Jorginho; Helio Machado da Conceição, o Helinho; e Fábio Menezes de Leão, o Fabinho.
No ano seguinte, mesmo tendo apenas cerca de dois anos de carreira, Lins foi nomeado pelo então governador Antony Garotinho o chefe da Polícia Civil. Os "Inhos" foram com ele para a Chefia de Polícia Civil e continuaram tendo influência na Polinter.
Em maio de 2002, o contraventor Rogério Andrade, preso sob a acusação de mandar matar o primo, Paulo Roberto Andrade, filho de Castor, ficou na Polinter. Um mês depois, Jorginho passou a controlar máquinas caça-níqueis na região de Jacarepaguá. Segundo a denúncia, "isto justifica as regalias que Rogério de Andrade obtinha para continuar a gerenciar os seus negócios da cadeia".
Andrade foi solto por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele continuou "valendo-se da proteção do chefe de Polícia Civil, Álvaro Lins, e dos integrantes do grupo dos Inhos, quer em troca do pagamento de propinas, quer em troca de apoio político".
O contraventor voltou a ser preso, em setembro de 2006, pela Polícia Federal, por conta da disputa que travava com o marido de sua prima, Fernando de Miranda Iggnácio, genro de Castor, pelo controle da exploração dos caça-níqueis na Zona Oeste da cidade.
Levado para a carceragem da Polinter, voltou a dispor de diversas regalias, inclusive telefones celulares e visitas de prostitutas, supostamente com o respaldo de Lins e do seu grupo. Nesta época, o chefe de Polícia, para mostrar serviço a Andrade, orientou seus homens a investigarem Iggnácio, que foi preso em outubro de 2006.
A prisão teria rendido R$ 1 milhão aos policiais Jorginho e Helinho, segundo a denúncia. O advogado de Álvaro Lins, Ubiratan Guedes, estava com o celular desligado e não retornou os recados deixados até o início da noite.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Paulinho ganha fôlego até outubro
Pedido de cassação do mandato de deputado pode ser votado só depois das eleições
BRASÍLIA - O processo para uma eventual cassação do mandato do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, só deve ser votado no plenário da Câmara depois das eleições de 5 de outubro. Com uma semana de atraso, o novo presidente do Conselho de Ética e Decoro da Câmara, Sérgio Moraes (PTB-RS), promete instaurar amanhã processo contra Paulinho, que é suspeito de envolvimento com o desvio de verbas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O relator do processo terá o prazo de 90 dias para concluir o parecer, o que deixará o caso para ser julgado pelo plenário da Câmara às vésperas das eleições municipais. A votação é secreta e são necessários os votos favoráveis de 257 deputados (são 513, no total) para uma eventual cassação do mandato de Paulinho.
No período pré-eleitoral, a Câmara estará esvaziada e dificilmente haverá quorum para pôr o processo em votação. Com isso, o julgamento no plenário ficará para depois das eleições. Recém-nomeado para presidir o Conselho de Ética, Sérgio Moraes não descarta a apresentação de pedido para prorrogar por mais três meses a análise do caso pelos conselheiros.
"Por mim, esse caso poderia ficar 90 dias, prorrogáveis por mais 90 dias, no Conselho de Ética. Não sei se o relator vai pedir essa prorrogação", afirmou o presidente do Conselho de Ética. A prorrogação do prazo por três meses no Conselho depende, no entanto, de aprovação do plenário da Câmara.
Um dos nomes cotados para relatar o processo contra Paulinho é o do deputado Moreira Mendes (PPS-RO). Integrantes do Conselho defendem a designação de Paulo Piau (PMDB-MG), mas o peemedebista dificilmente será escolhido por Sérgio Moraes. Motivo: Piau foi o nome defendido por parte dos conselheiros para presidir o órgão, mas não contou com o apoio do PMDB.
Outra hipótese levantada pelo presidente do Conselho é a designação de três deputados para relatar o caso de Paulinho, a exemplo do que ocorreu no ano passado durante o caso de Renan Calheiros (PMDB-AL) no Senado. "Vou avaliar junto com o grupo se é bom colocar três relatores", disse Moraes.
O processo contra Paulinho deverá ser instaurado formalmente amanhã, com a escolha do relator e a notificação do pedetista. Paulinho terá o prazo de cinco dias úteis para apresentar sua defesa por escrito, acompanhada de documentos e de rol de no máximo cinco testemunhas, ao Conselho de Ética da Câmara.
Fonte: Tribuna da Imprensa
BRASÍLIA - O processo para uma eventual cassação do mandato do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, só deve ser votado no plenário da Câmara depois das eleições de 5 de outubro. Com uma semana de atraso, o novo presidente do Conselho de Ética e Decoro da Câmara, Sérgio Moraes (PTB-RS), promete instaurar amanhã processo contra Paulinho, que é suspeito de envolvimento com o desvio de verbas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O relator do processo terá o prazo de 90 dias para concluir o parecer, o que deixará o caso para ser julgado pelo plenário da Câmara às vésperas das eleições municipais. A votação é secreta e são necessários os votos favoráveis de 257 deputados (são 513, no total) para uma eventual cassação do mandato de Paulinho.
No período pré-eleitoral, a Câmara estará esvaziada e dificilmente haverá quorum para pôr o processo em votação. Com isso, o julgamento no plenário ficará para depois das eleições. Recém-nomeado para presidir o Conselho de Ética, Sérgio Moraes não descarta a apresentação de pedido para prorrogar por mais três meses a análise do caso pelos conselheiros.
"Por mim, esse caso poderia ficar 90 dias, prorrogáveis por mais 90 dias, no Conselho de Ética. Não sei se o relator vai pedir essa prorrogação", afirmou o presidente do Conselho de Ética. A prorrogação do prazo por três meses no Conselho depende, no entanto, de aprovação do plenário da Câmara.
Um dos nomes cotados para relatar o processo contra Paulinho é o do deputado Moreira Mendes (PPS-RO). Integrantes do Conselho defendem a designação de Paulo Piau (PMDB-MG), mas o peemedebista dificilmente será escolhido por Sérgio Moraes. Motivo: Piau foi o nome defendido por parte dos conselheiros para presidir o órgão, mas não contou com o apoio do PMDB.
Outra hipótese levantada pelo presidente do Conselho é a designação de três deputados para relatar o caso de Paulinho, a exemplo do que ocorreu no ano passado durante o caso de Renan Calheiros (PMDB-AL) no Senado. "Vou avaliar junto com o grupo se é bom colocar três relatores", disse Moraes.
O processo contra Paulinho deverá ser instaurado formalmente amanhã, com a escolha do relator e a notificação do pedetista. Paulinho terá o prazo de cinco dias úteis para apresentar sua defesa por escrito, acompanhada de documentos e de rol de no máximo cinco testemunhas, ao Conselho de Ética da Câmara.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Governo acompanha caso de tortura de jornalistas
Ação criminosa de milicianos contra trabalho de jornalistas preocupa Ministério da Justiça
BRASÍLIA - O ministro da Justiça interino, Luís Paulo Barreto, afirmou ontem que vai acompanhar de perto o caso dos repórteres do jornal carioca "O Dia", seqüestrados e torturados por integrantes de uma milícia que atua na favela do Batan, em Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro. "O ministério vê com muita preocupação esse tipo de ação criminosa contra o trabalho de jornalistas", comentou.
Ele afirmou que, embora as investigações sejam atribuição do governo estadual, o ministério tem todo o interesse em acompanhar os trabalhos de perto. "O ministério trabalha em parceria com governo do Rio. Este trabalho agora deve se fortalecer e ser ampliado".
"É um escândalo intolerável", afirmou, em nota, o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Brito. Ele avalia que a presença de policiais na ação revela a urgência de um reforma no sistema de segurança do Rio. "O empenho em impedir o trabalho da imprensa, mostra o temor de que a sociedade conheça métodos e propósitos das milícias, toleradas pelo poder público sob o argumento de que prestariam alguma assistência, ainda que por métodos heterodoxos, aos moradores", afirmou Britto, em nota.
O presidente do Conselho Federal da OAB avalia que a ação de milícias é reflexo da omissão do estado. Tais grupos, avalia Brito, são montados com a intenção de combater o crime, mas usam, igualmente, métodos criminosos. "Apenas fortalecem o crime, difundindo a idéia - perigosíssima idéia - de que a lei é impotente para esse combate".
A equipe, integrada por uma jornalista, um fotógrafo e o motorista, passou 14 dias na favela do Batan, para preparar uma reportagem descrevendo como é a vida numa região controlada por uma milícia. No dia 14 de maio, eles foram detidos, ameaçados e torturados. O crime só foi divulgado ontem para não prejudicar as investigações.
Fonte: Tribuna da Imprensa
BRASÍLIA - O ministro da Justiça interino, Luís Paulo Barreto, afirmou ontem que vai acompanhar de perto o caso dos repórteres do jornal carioca "O Dia", seqüestrados e torturados por integrantes de uma milícia que atua na favela do Batan, em Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro. "O ministério vê com muita preocupação esse tipo de ação criminosa contra o trabalho de jornalistas", comentou.
Ele afirmou que, embora as investigações sejam atribuição do governo estadual, o ministério tem todo o interesse em acompanhar os trabalhos de perto. "O ministério trabalha em parceria com governo do Rio. Este trabalho agora deve se fortalecer e ser ampliado".
"É um escândalo intolerável", afirmou, em nota, o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Brito. Ele avalia que a presença de policiais na ação revela a urgência de um reforma no sistema de segurança do Rio. "O empenho em impedir o trabalho da imprensa, mostra o temor de que a sociedade conheça métodos e propósitos das milícias, toleradas pelo poder público sob o argumento de que prestariam alguma assistência, ainda que por métodos heterodoxos, aos moradores", afirmou Britto, em nota.
O presidente do Conselho Federal da OAB avalia que a ação de milícias é reflexo da omissão do estado. Tais grupos, avalia Brito, são montados com a intenção de combater o crime, mas usam, igualmente, métodos criminosos. "Apenas fortalecem o crime, difundindo a idéia - perigosíssima idéia - de que a lei é impotente para esse combate".
A equipe, integrada por uma jornalista, um fotógrafo e o motorista, passou 14 dias na favela do Batan, para preparar uma reportagem descrevendo como é a vida numa região controlada por uma milícia. No dia 14 de maio, eles foram detidos, ameaçados e torturados. O crime só foi divulgado ontem para não prejudicar as investigações.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Conselho inicia julgamento de juiz acusado de demora no trâmite de processos
O Conselho Administrativo do TJ-DF (Tribunal de Justiça do Distrito Federal) iniciou nesta sexta-feira (30/5) julgamento de processo administrativo disciplinar contra o juiz Vilmar Barreto Pinheiro, da 1ª Vara de Entorpecentes e Contravenções Penais de Brasília, acusado de demora na tramitação de processos criminais, que acabaram prescritos. A representação foi protocolada pelo procurador-geral de Justiça do Distrito Federal, Leonardo Bandarra, com base em investigação feita pela Corregedoria do próprio TJ-DF. Segundo o Correio Braziliense , até o encerramento da sessão, o plenário estava dividido quanto a uma punição para o juiz.
Fonte: Última Instância
Fonte: Última Instância
Jovem é condenado por publicar fotos da ex-namorada na Internet
Um estudante foi condenado pelo juiz de Direito André Luís de Oliveira Acunha, da 3ª Vara Criminal de Pelotas, Rio Grande do Sul, por ter divulgado na Internet fotografias da ex-namorada nua e seminua. A pena é de dois anos de reclusão, sendo substituída por prestação de serviço à comunidade e multa.De acordo com informações do tribunal gaúcho, as imagens foram veiculadas em um Fotolog, além de terem sido enviadas a amigos e parentes em salas de bate-papo.Os fatos ocorreram em março de 2006, quando o réu tinha 19 anos e a vítima 17.
Fonte: Última Instância
Fonte: Última Instância
domingo, junho 01, 2008
São João de mastro novo.
Por: J. Montalvão
Mesmo fugindo e quebrando toda tradição das festas juninas aqui em Jeremoabo/Bahia, onde por falta de voluntários, o mastro neste ano foi colocado através máquinas.
Como aqui é a terra do “já tinha” ou então do “já teve”, a mim não me causou nenhuma surpresa.
Até pouco tempo atrás já no dia 31 de maio tinha início à festividade junina propriamente dita, era uma empolgação geral, principalmente entre as famílias.
Como hoje só se pensa na politicagem, mentiras e fofocas, seja lá o que Deus quiser, cada qual vive da forma que melhor lhe convier.
Mesmo fugindo e quebrando toda tradição das festas juninas aqui em Jeremoabo/Bahia, onde por falta de voluntários, o mastro neste ano foi colocado através máquinas.
Como aqui é a terra do “já tinha” ou então do “já teve”, a mim não me causou nenhuma surpresa.
Até pouco tempo atrás já no dia 31 de maio tinha início à festividade junina propriamente dita, era uma empolgação geral, principalmente entre as famílias.
Como hoje só se pensa na politicagem, mentiras e fofocas, seja lá o que Deus quiser, cada qual vive da forma que melhor lhe convier.
O que o povo de Jeremoabo por covardia ou falta de oportunidade tem vontade de falar, mas não fala...
Por: J. Montalvão
Em Jeremoabo mesmo convivendo com o coronelismo se praticava a política e convivíamos civilizadamente, em plena harmonia, todos éramos uma família, sendo que por aqui passaram diversas autoridades merecedoras de todo o nosso respeito e orgulho.
Apenas a titulo de ilustração citaremos Dr. Vieira de Melo, Dr. Oliveira Brito, Dr. Aderbal e muitos outros homens de projeção nacional, Jeremoabo sempre mereceu respeito.
Hoje nos envergonhamos de falar que somos Jeremoabenses porque ultimamente alguns homens que foram e ainda querem ser nossos representantes parece que vivem ainda na idade da pedra, e o pior para chegar ao poder não importam para os meios e sim os fins.
Semana passada devido ao terrorismo psicológico, mentira, baderna, subversão e desrespeito a todas autoridades aqui existentes, um candidato repudiado e rejeito pelo povo em vários pleitos eleitorais, inclusive respondendo a processo na Justiça Federal por desvio de recursos no apagar das luzes do seu governo, orientado por um ex-padre sem nenhuma credibilidade e que ninguém sabe de onde veio e para onde vai, com o apoio irresponsável de gerentes de Bancos, paralisaram nossa cidade, onde pessoas humildes, comerciantes e funcionários ficaram sem receber seus salários ou descontar cheques porque o ex-padre determinou que gerentes bloqueassem a liberação de dinheiro oriundo das contas da prefeitura.
Toda essa esculhambação implantada aqui em Jeremoabo foi somente devido a 20 milhões que o Prefeito conseguiu para o melhoramento do nosso Município, e um ex-Prefeito orientado pelo ex-padre tentando dar o golpe em plena democracia, ou então quem sabe implantar a ditadura ou inquisição.
Um adendo: o povo tem que fazer com esse ex-padre é imitar certo militar daqui de Jeremoabo, que se sentido prejudicado por esse pinóquio, se dirigiu a OAB, deu uma canetada, que até hoje ele anda empenado.
Diante dessa cretinice, irresponsabilidade e falta de respeito aos habitantes de Jeremoabo/Bahia, tiramos a seguinte lição: ou o Prefeito assume o seu Papel de Chefe do Município outorgado pelo povo, enquadrando esses baderneiros no seu devido lugar, ou iremos lamentar mais adiante.
Para resolver essa anarquia basta procurar a Justiça, se não se conformar com a Justiça daqui se procura os Tribunais Superiores, Corregedorias, ou Conselho de Justiça, agora continuar na insegurança aqui implantada é que não poderemos continuar.
Havendo competência e boa vontade tudo se resolve, pois “não existe problema sem solução”.
Temos um exemplo recente de cidadania; notando as dificuldades para encontrar nossos direitos, como cidadão humildemente apelou para a Olvidaria do B. Brasil e BRADESCO, imediatamente a arbitrariedade foi resolvida.
O que está faltando em Jeremoabo é todos cidadãos de bem fazer exercer seu direito de cidadania, e não se acovardar diante de aventureiros irresponsáveis.
O prefeito está aí, continua firme e trabalhando, e só duas pessoa poderá extinguir o seu mandato: o eleitor através do voto, ou a Justiça após TRANSITO E JULGADO, o resto é balela e conversa de quem não tem o que fazer!
Jeremoabo/Bahia não é terra sem dono, tem homens e mulheres de responsabilidade, e merece respeito.
Em Jeremoabo mesmo convivendo com o coronelismo se praticava a política e convivíamos civilizadamente, em plena harmonia, todos éramos uma família, sendo que por aqui passaram diversas autoridades merecedoras de todo o nosso respeito e orgulho.
Apenas a titulo de ilustração citaremos Dr. Vieira de Melo, Dr. Oliveira Brito, Dr. Aderbal e muitos outros homens de projeção nacional, Jeremoabo sempre mereceu respeito.
Hoje nos envergonhamos de falar que somos Jeremoabenses porque ultimamente alguns homens que foram e ainda querem ser nossos representantes parece que vivem ainda na idade da pedra, e o pior para chegar ao poder não importam para os meios e sim os fins.
Semana passada devido ao terrorismo psicológico, mentira, baderna, subversão e desrespeito a todas autoridades aqui existentes, um candidato repudiado e rejeito pelo povo em vários pleitos eleitorais, inclusive respondendo a processo na Justiça Federal por desvio de recursos no apagar das luzes do seu governo, orientado por um ex-padre sem nenhuma credibilidade e que ninguém sabe de onde veio e para onde vai, com o apoio irresponsável de gerentes de Bancos, paralisaram nossa cidade, onde pessoas humildes, comerciantes e funcionários ficaram sem receber seus salários ou descontar cheques porque o ex-padre determinou que gerentes bloqueassem a liberação de dinheiro oriundo das contas da prefeitura.
Toda essa esculhambação implantada aqui em Jeremoabo foi somente devido a 20 milhões que o Prefeito conseguiu para o melhoramento do nosso Município, e um ex-Prefeito orientado pelo ex-padre tentando dar o golpe em plena democracia, ou então quem sabe implantar a ditadura ou inquisição.
Um adendo: o povo tem que fazer com esse ex-padre é imitar certo militar daqui de Jeremoabo, que se sentido prejudicado por esse pinóquio, se dirigiu a OAB, deu uma canetada, que até hoje ele anda empenado.
Diante dessa cretinice, irresponsabilidade e falta de respeito aos habitantes de Jeremoabo/Bahia, tiramos a seguinte lição: ou o Prefeito assume o seu Papel de Chefe do Município outorgado pelo povo, enquadrando esses baderneiros no seu devido lugar, ou iremos lamentar mais adiante.
Para resolver essa anarquia basta procurar a Justiça, se não se conformar com a Justiça daqui se procura os Tribunais Superiores, Corregedorias, ou Conselho de Justiça, agora continuar na insegurança aqui implantada é que não poderemos continuar.
Havendo competência e boa vontade tudo se resolve, pois “não existe problema sem solução”.
Temos um exemplo recente de cidadania; notando as dificuldades para encontrar nossos direitos, como cidadão humildemente apelou para a Olvidaria do B. Brasil e BRADESCO, imediatamente a arbitrariedade foi resolvida.
O que está faltando em Jeremoabo é todos cidadãos de bem fazer exercer seu direito de cidadania, e não se acovardar diante de aventureiros irresponsáveis.
O prefeito está aí, continua firme e trabalhando, e só duas pessoa poderá extinguir o seu mandato: o eleitor através do voto, ou a Justiça após TRANSITO E JULGADO, o resto é balela e conversa de quem não tem o que fazer!
Jeremoabo/Bahia não é terra sem dono, tem homens e mulheres de responsabilidade, e merece respeito.
Defesa de Nardoni questiona varredura após caso na PM
Agencia Estado
O advogado que coordena a equipe de defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta suspeitos da morte de Isabella, disse que as informações sobre o suposto envolvimento do tenente Fernando Neves Braz em pedofilia reforçam a tese de que as investigações deveriam ter sido intensificadas em relação a todos que estiveram no Edifício London na noite em que a menina Isabella Nardoni, de 5 anos, foi jogada do 6º andar. "As investigações deveriam ter sido ampliadas. E essa acusação é muito grave", disse o advogado Marco Polo Levorin. "Esse tenente foi o encarregado da varredura no prédio e nem todos os apartamentos foram vistoriados. Na época, ele argumentou que alguns estavam fechados."Suspeito de envolvimento em uma rede de pedofilia, o tenente Neves, de 34 anos, matou-se na manhã de ontem com um tiro na cabeça quando seu apartamento, na Zona Norte de São Paulo, ia ser revistado por policiais da 5ª Delegacia Seccional e da Corregedoria da Polícia Militar. "Esse tenente foi encarregado da varredura. Na época do evento (morte de Isabella), já houve questionamento por parte da defesa em relação à varredura", declarou Levorin. "E sabemos que ele manteve uma conversa, na qual consta o agenciamento de uma criança", declarou. O coordenador da Polícia Técnico-Científica, Celso Perioli, afirmou que não vê nenhuma ligação direta do episódio envolvendo o tenente Neves com o caso Isabella. "O nosso trabalho está entregue", afirmou, sem querer dar mais explicações sobre o assunto. Segundo o delegado André Luiz Pimentel, há 90 dias uma testemunha procurou os policiais informando que recebera propostas para manter sexo com crianças numa sala de bate-papo na internet chamada Incesto. A testemunha foi orientada pela delegacia a prosseguir os contatos. A polícia descobriu que o agenciador das crianças era o operador de telemarketing e pai-de-santo Márcio Aurélio Toledo, de 36 anos. Toledo, segundo a polícia, ofereceu à testemunha a possibilidade de manter relações sexuais com crianças de 7, 9 e 12 anos. "Para impedir que ele entregasse um sobrinho de 9 anos para o cliente, pedimos ao juiz a decretação da prisão do acusado", afirmou o delegado. Na casa de Toledo, em Cidade Ademar, na Zona Sul, os policiais acharam brinquedos, DVDs de crianças praticando sexo e uma lista de 600 nomes no computador. Neles estava o nome do tenente Neves.Na quinta-feira, 29, a delegacia obteve o mandado de busca no apartamento e no armário do tenente Neves no batalhão. Após a revista ao armário do tenente, a política seguiu para o seu apartamento. Ele pediu para que os policiais aguardassem para que avisasse a esposa, que estava dormindo, para se vestir. Ao sair do quarto, o tenente carregava uma pistola e correu para o banheiro, onde se matou. O coordenador da equipe de advogados de Nardoni e Jatobá afirmou que pode requerer essa lista encontrada na casa do pai-de-santo. "Mas a investigação deve ser sigilosa por envolver crianças", afirmou.
Fonte: A TARDE
O advogado que coordena a equipe de defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta suspeitos da morte de Isabella, disse que as informações sobre o suposto envolvimento do tenente Fernando Neves Braz em pedofilia reforçam a tese de que as investigações deveriam ter sido intensificadas em relação a todos que estiveram no Edifício London na noite em que a menina Isabella Nardoni, de 5 anos, foi jogada do 6º andar. "As investigações deveriam ter sido ampliadas. E essa acusação é muito grave", disse o advogado Marco Polo Levorin. "Esse tenente foi o encarregado da varredura no prédio e nem todos os apartamentos foram vistoriados. Na época, ele argumentou que alguns estavam fechados."Suspeito de envolvimento em uma rede de pedofilia, o tenente Neves, de 34 anos, matou-se na manhã de ontem com um tiro na cabeça quando seu apartamento, na Zona Norte de São Paulo, ia ser revistado por policiais da 5ª Delegacia Seccional e da Corregedoria da Polícia Militar. "Esse tenente foi encarregado da varredura. Na época do evento (morte de Isabella), já houve questionamento por parte da defesa em relação à varredura", declarou Levorin. "E sabemos que ele manteve uma conversa, na qual consta o agenciamento de uma criança", declarou. O coordenador da Polícia Técnico-Científica, Celso Perioli, afirmou que não vê nenhuma ligação direta do episódio envolvendo o tenente Neves com o caso Isabella. "O nosso trabalho está entregue", afirmou, sem querer dar mais explicações sobre o assunto. Segundo o delegado André Luiz Pimentel, há 90 dias uma testemunha procurou os policiais informando que recebera propostas para manter sexo com crianças numa sala de bate-papo na internet chamada Incesto. A testemunha foi orientada pela delegacia a prosseguir os contatos. A polícia descobriu que o agenciador das crianças era o operador de telemarketing e pai-de-santo Márcio Aurélio Toledo, de 36 anos. Toledo, segundo a polícia, ofereceu à testemunha a possibilidade de manter relações sexuais com crianças de 7, 9 e 12 anos. "Para impedir que ele entregasse um sobrinho de 9 anos para o cliente, pedimos ao juiz a decretação da prisão do acusado", afirmou o delegado. Na casa de Toledo, em Cidade Ademar, na Zona Sul, os policiais acharam brinquedos, DVDs de crianças praticando sexo e uma lista de 600 nomes no computador. Neles estava o nome do tenente Neves.Na quinta-feira, 29, a delegacia obteve o mandado de busca no apartamento e no armário do tenente Neves no batalhão. Após a revista ao armário do tenente, a política seguiu para o seu apartamento. Ele pediu para que os policiais aguardassem para que avisasse a esposa, que estava dormindo, para se vestir. Ao sair do quarto, o tenente carregava uma pistola e correu para o banheiro, onde se matou. O coordenador da equipe de advogados de Nardoni e Jatobá afirmou que pode requerer essa lista encontrada na casa do pai-de-santo. "Mas a investigação deve ser sigilosa por envolver crianças", afirmou.
Fonte: A TARDE
Geddel: “Uma aliança entre PT e PR terá que ser explicada
O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, participou de entrevista multimídia realizada pelo Grupo A TARDE com a participação do editor de Política, Adilson Borges, do repórter da Agência A TARDE, Biaggio Talento, da editora coordenadora de Brasil, Patrícia Moreira, do editor-chefe, Florisvaldo Mattos, do secretário de Redação, Wilson Gasino, do colunista Levi Vasconcelos (Tempo Presente), e da repórter de meio ambiente Maiza Andrade. Durante a sabatina, que incluiu perguntas enviadas por 168 internautas do portal A TARDE On Line, ele falou sobre política municipal e estadual, os projetos conduzidos por sua pasta, como a transposição do Rio São Francisco, dentre outros temas ligados à política baiana.
O ministro criticou a retirada do PT da aliança que dá sustentação ao governo João Henrique Carneiro: “A boa ética política indicava que o PT mantivesse sua postura de sustentação à administração do prefeito e sinalizasse com seu apoio político a reeleição de João Henrique. Preferiu optar por outro caminho, que deverá ser julgado pela sociedade”, sustentou. Geddel usou um tom de desconfiança ao se referir à aproximação do PT com o PR do senador César Borges. “Como falar em frente de esquerda quando você admite incorporar o Partido da República? Por mais respeito pessoal que tenha por seus integrantes, e tenho e proclamo, mas evidentemente que considerar o Partido da República, com o perfil dos seus integrantes, um partido de esquerda, eu acho que é um pouco exagerado”. Geddel também falou sobre a saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente.
A TARDE O PT acabou de definir seu pré-candidato às eleições de outubro, que é Walter Pinheiro. Como isso vai alterar, impactar a candidatura de João Henrique, que é o nome apresentado por seu partido? Nós queremos saber se isso influencia porque o que se fala é que até para o PMDB, e para o senhor especialmente, o candidato ideal do PT seria Nelson Pelegrino. Pois imagina-se que ele não teria tanto apoio dos aliados como terá certamente Pinheiro?
GEDDEL VIEIRA LIMA Veja bem, para nós do PMDB não altera absolutamente nada a escolha do PT. Alteraria se, como seria a lógica, o PT tivesse permanecido na base de sustentação de João Henrique e tivesse apoiado a candidatura de João Henrique, essa era a nossa expectativa. Esse era nosso entendimento. Entendimento fruto até do fato de que João Henrique, ao vir para o PMDB, veio numa situação previamente ajustada com o governador Jaques Wagner. Entendimento pelo fato de que o PT participou da vitória de João Henrique em segundo turno e participou da gestão de João até bem pouco tempo, sendo portanto, co-responsável pelo que houve de bom, pelo que tem havido de bom, e pelo que eventualmente possa ser considerado equívoco.
AT Está claro que o senhor ainda, digamos assim, não aceitou a saída do PT. Seu discurso está bem forte, inclusive no dia da adesão do professor Edvaldo Brito o senhor fez um discurso forte, disparou contra Antonio Imbassahy (PSDB). Eu presumo que o senhor vai fazer a mesma coisa com o PT, é isso?
GVL Não, veja bem, primeiro não vamos colocar isso na linha do bateu-levou. Esse é um discurso político absolutamente claro, nós vamos ter que nos respeitar, mas vamos ter que fazer o debate com clareza para a sociedade.
AT Ministro, a campanha está começando com um tom mais quente, isso não dificultaria, em um segundo turno, uma aproximação com o próprio PT e PSDB? Enfim, não fecha portas para o segundo turno?
GVL O sistema de eleição em dois turnos existe exatamente para isso. Na eleição em primeiro turno o eleitor escolhe quem acredita ser o melhor. No segundo turno, a eleição se torna uma eleição plebiscitária. Temos que evitar a agressão pessoal. Fora daí, eu não vejo porque o debate, por mais duro, por mais firme que seja, possa inviabilizar a busca de novos encontros numa eleição de dois turnos.
AT Ministro, houve uma provocação, pelo menos eu entendi assim, do secretário de Comunicação do governo do Estado, Robinson Almeida, onde ele faz uma aposta de que o PT ganha a eleição pra qualquer candidato no segundo turno. Eu gostaria de saber se o senhor tem essa mesma convicção de que o PMDB ganha contra qualquer candidato no segundo turno? E o que o senhor achou também dessa aposta? O senhor apostaria hipoteticamente com ele?
GVL Não, cada um tem um hábito. Entre os meus hábitos não está o de apostar. Eu verdadeiramente creio que o PMDB tem a proposta mais coerente. Tem a aliança formada, do ponto de vista ideológico, mais consistente. É a aliança que deverá ter que apresentar menos explicações ao eleitor e quem menos explica tem mais chances de vitória eleitoral. Portanto, a minha crença é de que o prefeito João Henrique chegará ao segundo turno e terá condições de vencer as eleições em segundo turno.
AT Que aliança o senhor imagina que fará o PT?
GVL Estou vendo muita especulação do PT numa conversa com o PR. Eu acho que uma aliança dessa (entre PT e PR) em Salvador terá que ser explicada.
AT O PR não faz parte da base?
GVL Terá que ser explicada (a aliança PT/PR). Por quê? Porque o meu amigo governador do Estado e o PT, a todo instante fazem, por exemplo, referência aos desmandos e desacertos administrativos e outros mais dos últimos 16 anos que ocorreram na Bahia. Que face mais visível podem ter esses desmandos ou esses equívocos administrativos tão ressaltados pelo Partido dos Trabalhadores do que a figura do senador César Borges?
AT Ministro, o pré-candidato Walter Pinheiro foi dos petistas o que mais defendeu a permanência da aliança com João Henrique. Brigou por isso até o último instante. Nelson Pelegrino foi quem mais pregou a separação. O fato de Pinheiro ser o candidato do PT, isso altera o discurso do PT? Vai haver uma relação de compadrismo, por ter essa amizade com o senhor?
GVL Bom, não vamos confundir. A política não permite compadrio. A minha relação civilizada de amizade com Pinheiro existe. O que não nos coloca necessariamente no mesmo campo da defesa de idéias. Ele tem as posições dele, eu tenho as minhas. Eu defenderei as minhas com firmeza. Agora, evidentemente que esta questão que você coloca é algo que não deve ser explicado por mim, quem vai ter que explicar é Pinheiro. A minha relação com Pinheiro se acentuou nesse período final, agora, quando ele foi o grande interlocutor do PT na administração de João Henrique. Todas as conversas que ele teve conosco, do PMDB, era no sentido primeiro de que o PT não deveria sair da administração. Foi o deputado Walter Pinheiro o grande agente da chamada ‘repactuação’, através de ações práticas. Foi o deputado Walter Pinheiro que indicou o ex-secretário Carlão para a Saúde; que indicou o secretário de Governo, doutor Gilmar Santiago. Isso há dois meses. A sociedade vai dizer se é justo ele, a partir de agora, fazer críticas à administração de João Henrique na Saúde, na Infra-Estrutura, na articulação política, tendo sido um árduo, um caloroso defensor da manutenção do PT na sustentação de João Henrique.
AT Mas o senhor não considera que o PMDB também não tem como explicar uma eventual aliança com o Democratas?
GVL Mas quem lhe falou em eventual aliança com o Democratas? Quando surgiu a possibilidade de aliança com o Democratas foi muito fazendo aquilo que vocês jornalistas gostam de fazer, que é especular sobre o futuro, fazer um exercício de futurologia...
Leia íntegra da matéria na versão impressa do jornal ou na versão digital neste domingo. Ouça na A TARDE FM (103.9 mhz), neste domingo, às 21 horas, o que o ministro falou sobre as obras do metrô em Salvador e o PAC do Cacau.
Fonte: A TARDE
O ministro criticou a retirada do PT da aliança que dá sustentação ao governo João Henrique Carneiro: “A boa ética política indicava que o PT mantivesse sua postura de sustentação à administração do prefeito e sinalizasse com seu apoio político a reeleição de João Henrique. Preferiu optar por outro caminho, que deverá ser julgado pela sociedade”, sustentou. Geddel usou um tom de desconfiança ao se referir à aproximação do PT com o PR do senador César Borges. “Como falar em frente de esquerda quando você admite incorporar o Partido da República? Por mais respeito pessoal que tenha por seus integrantes, e tenho e proclamo, mas evidentemente que considerar o Partido da República, com o perfil dos seus integrantes, um partido de esquerda, eu acho que é um pouco exagerado”. Geddel também falou sobre a saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente.
A TARDE O PT acabou de definir seu pré-candidato às eleições de outubro, que é Walter Pinheiro. Como isso vai alterar, impactar a candidatura de João Henrique, que é o nome apresentado por seu partido? Nós queremos saber se isso influencia porque o que se fala é que até para o PMDB, e para o senhor especialmente, o candidato ideal do PT seria Nelson Pelegrino. Pois imagina-se que ele não teria tanto apoio dos aliados como terá certamente Pinheiro?
GEDDEL VIEIRA LIMA Veja bem, para nós do PMDB não altera absolutamente nada a escolha do PT. Alteraria se, como seria a lógica, o PT tivesse permanecido na base de sustentação de João Henrique e tivesse apoiado a candidatura de João Henrique, essa era a nossa expectativa. Esse era nosso entendimento. Entendimento fruto até do fato de que João Henrique, ao vir para o PMDB, veio numa situação previamente ajustada com o governador Jaques Wagner. Entendimento pelo fato de que o PT participou da vitória de João Henrique em segundo turno e participou da gestão de João até bem pouco tempo, sendo portanto, co-responsável pelo que houve de bom, pelo que tem havido de bom, e pelo que eventualmente possa ser considerado equívoco.
AT Está claro que o senhor ainda, digamos assim, não aceitou a saída do PT. Seu discurso está bem forte, inclusive no dia da adesão do professor Edvaldo Brito o senhor fez um discurso forte, disparou contra Antonio Imbassahy (PSDB). Eu presumo que o senhor vai fazer a mesma coisa com o PT, é isso?
GVL Não, veja bem, primeiro não vamos colocar isso na linha do bateu-levou. Esse é um discurso político absolutamente claro, nós vamos ter que nos respeitar, mas vamos ter que fazer o debate com clareza para a sociedade.
AT Ministro, a campanha está começando com um tom mais quente, isso não dificultaria, em um segundo turno, uma aproximação com o próprio PT e PSDB? Enfim, não fecha portas para o segundo turno?
GVL O sistema de eleição em dois turnos existe exatamente para isso. Na eleição em primeiro turno o eleitor escolhe quem acredita ser o melhor. No segundo turno, a eleição se torna uma eleição plebiscitária. Temos que evitar a agressão pessoal. Fora daí, eu não vejo porque o debate, por mais duro, por mais firme que seja, possa inviabilizar a busca de novos encontros numa eleição de dois turnos.
AT Ministro, houve uma provocação, pelo menos eu entendi assim, do secretário de Comunicação do governo do Estado, Robinson Almeida, onde ele faz uma aposta de que o PT ganha a eleição pra qualquer candidato no segundo turno. Eu gostaria de saber se o senhor tem essa mesma convicção de que o PMDB ganha contra qualquer candidato no segundo turno? E o que o senhor achou também dessa aposta? O senhor apostaria hipoteticamente com ele?
GVL Não, cada um tem um hábito. Entre os meus hábitos não está o de apostar. Eu verdadeiramente creio que o PMDB tem a proposta mais coerente. Tem a aliança formada, do ponto de vista ideológico, mais consistente. É a aliança que deverá ter que apresentar menos explicações ao eleitor e quem menos explica tem mais chances de vitória eleitoral. Portanto, a minha crença é de que o prefeito João Henrique chegará ao segundo turno e terá condições de vencer as eleições em segundo turno.
AT Que aliança o senhor imagina que fará o PT?
GVL Estou vendo muita especulação do PT numa conversa com o PR. Eu acho que uma aliança dessa (entre PT e PR) em Salvador terá que ser explicada.
AT O PR não faz parte da base?
GVL Terá que ser explicada (a aliança PT/PR). Por quê? Porque o meu amigo governador do Estado e o PT, a todo instante fazem, por exemplo, referência aos desmandos e desacertos administrativos e outros mais dos últimos 16 anos que ocorreram na Bahia. Que face mais visível podem ter esses desmandos ou esses equívocos administrativos tão ressaltados pelo Partido dos Trabalhadores do que a figura do senador César Borges?
AT Ministro, o pré-candidato Walter Pinheiro foi dos petistas o que mais defendeu a permanência da aliança com João Henrique. Brigou por isso até o último instante. Nelson Pelegrino foi quem mais pregou a separação. O fato de Pinheiro ser o candidato do PT, isso altera o discurso do PT? Vai haver uma relação de compadrismo, por ter essa amizade com o senhor?
GVL Bom, não vamos confundir. A política não permite compadrio. A minha relação civilizada de amizade com Pinheiro existe. O que não nos coloca necessariamente no mesmo campo da defesa de idéias. Ele tem as posições dele, eu tenho as minhas. Eu defenderei as minhas com firmeza. Agora, evidentemente que esta questão que você coloca é algo que não deve ser explicado por mim, quem vai ter que explicar é Pinheiro. A minha relação com Pinheiro se acentuou nesse período final, agora, quando ele foi o grande interlocutor do PT na administração de João Henrique. Todas as conversas que ele teve conosco, do PMDB, era no sentido primeiro de que o PT não deveria sair da administração. Foi o deputado Walter Pinheiro o grande agente da chamada ‘repactuação’, através de ações práticas. Foi o deputado Walter Pinheiro que indicou o ex-secretário Carlão para a Saúde; que indicou o secretário de Governo, doutor Gilmar Santiago. Isso há dois meses. A sociedade vai dizer se é justo ele, a partir de agora, fazer críticas à administração de João Henrique na Saúde, na Infra-Estrutura, na articulação política, tendo sido um árduo, um caloroso defensor da manutenção do PT na sustentação de João Henrique.
AT Mas o senhor não considera que o PMDB também não tem como explicar uma eventual aliança com o Democratas?
GVL Mas quem lhe falou em eventual aliança com o Democratas? Quando surgiu a possibilidade de aliança com o Democratas foi muito fazendo aquilo que vocês jornalistas gostam de fazer, que é especular sobre o futuro, fazer um exercício de futurologia...
Leia íntegra da matéria na versão impressa do jornal ou na versão digital neste domingo. Ouça na A TARDE FM (103.9 mhz), neste domingo, às 21 horas, o que o ministro falou sobre as obras do metrô em Salvador e o PAC do Cacau.
Fonte: A TARDE
Novo serviço liberará PMs para as ruas
Cerca de sete mil homens da Polícia Militar que trabalham fora de suas funções específicas, externamente ou nos quartéis, serão liberados para o trabalho de policiamento com a criação do Serviço Auxiliar Administrativo no âmbito da Secretaria da Segurança Pública. O projeto de lei, encaminhado pelo governador Jaques Wagner e já aprovado na Comissão de Constituição e Justiça, deverá ser votado terça-feira na Assembléia Legislativa e prevê a contratação de jovens de 18 a 23 anos para a execução de tarefas diversas hoje atribuídas a militares. Entre os serviços que serão prestados pelos contratados, estão atividades administrativas, de defesa civil, guarda externa de estabelecimentos públicos estaduais e auxiliar de saúde. As vagas se destinam a jovens de ambos os sexos, que receberão, a depender da função, de um a dois salários mínimos. Serão exigidos bons antecedentes, boas condições de saúde, conclusão do ensino fundamental, atualização com as obrigações eleitorais e, no caso dos homens, com o serviço militar. A perspectiva de aprovação do projeto foi comemorada particularmente pelo deputado Roberto Carlos (PDT), autor de proposta semelhante a que deu entrada em 2003 e cuja tramitação ficou prejudicada porque cria despesas, o que é prerrogativa exclusiva do Executivo. Este ano, o parlamentar apresentou a idéia ao governador, que resolveu apoiá-la. Os auxiliares temporários - assim chamados porque só ficarão um ano na função, com possibilidade de prorrogação por mais um ano - não terão poder de polícia e não usarão arma de fogo. O recrutamento para o serviço dependerá de autorização expressa do governador e se dará mediante seleção pública, não podendo, segundo o projeto, exceder a proporção de um auxiliar para cinco integrantes do efetivo da PM determinado em lei. Na mensagem encaminhada à AL, o governador destaca o objetivo de “proporcionar ocupação, qualificação profissional e renda aos jovens (...) contribuindo para evitar seu envolvimento em atividades anti-sociais”. Roberto Carlos lembrou as dificuldades enfrentadas para aprovação de projetos de autoria de deputados, e por isso ressaltou a iniciativa de Jaques Wagner, “que prova com sua iniciativa que está valorizando o parlamento”. Ele disse que os jovens selecionados receberão treinamento para suas tarefas, usarão uniforme próprio e terão direito a vale-alimentação. “O mais importante é que seu trabalho permitirá que os PMs exerçam suas atividades para maior segurança da população”, completou. (Por Luis Augusto Gomes)
Varela joga as suas cartas e continua à procura do vice
Logo que voltou de Brasília, ao final da frustrada tentativa de união com o tucano Antonio Imbassahy, o apresentador Raimundo Varela, pré-candidato do PRB à prefeitura de Salvador, anunciou “uma bomba” para o seu programa Balanço Geral, apresentado na Rádio Sociedade da Bahia AM e na TV Itapoan. Contudo, Varela parece ter recuado, já que fez apenas algumas insinuações e mandou algumas indiretas para os seus adversários. Durante todo este período ele vem fazendo um jogo de cena no seu programa. No rádio, por exemplo, logo que entra no ar ele faz uma espécie de editorial na sua chegada ao programa e durante o desenrolar do mesmo, ora com indiretas para os seus adversários, ora com “tabelinhas” com os outros atores do programa. Como todo o alvoroço é conseqüência da sua conversa para ser vice de Imbassahy, ele tem feito uma movimentação justamente no sentido contrário, uma forma de desfazer o fato. Assim, ele brinca de vice entre os integrantes da equipe do programa e até com os seus personagens, como Risadinha e seu Asclepíades. Ontem, no Balanço Geral do rádio, Varela voltou a insinuar as brincadeiras, mas, ao mesmo tempo, deixou transparecer que havia algo no ar. Primeiro ele fez rasgados elogios ao vereador Sidelvan Nóbrega (PRB) sobre o seu comportamento no episódio da compra dos veículos pela Câmara de Vereadores de Salvador. “Valeu, Sidelvan, você mostrou como é que um vereador deve agir”. Com isso, Varela mostra que está bem com o seu partido, já que havia boatos de que o próprio vereador não havia ficado satisfeito por Varela não ter comunicado as negociações com o tucano Antonio Imbassahy. A mesma ação Varela teve em relação a Valdir Oliveira, presidente estadual do PRB, a quem também dirigiu elogios e anunciou a sua viagem a Brasília para se reunir com o vice-presidente José Alencar, que tem sido o seu guru político. Mas foi para o Bispo Márcio Marinho (PR), que vem sendo especulado para vice do democrata ACM Neto na corrida para a prefeitura de Salvador, que Varela dedicou mais espaço. Além de colocá-lo no ar e anunciar a sua viagem a Brasília para tratar de assuntos políticos, zombou dos seus concorrentes que têm assediado Marinho. No final da participação do líder evangélico, Varela brincou para provar que estavam mais juntos do que antes. “Agora eu sou Raimundo Varela Marinho, e você é Bispo Marinho Varela”, anunciou. Com esta atitude, Varela delimitou espaços, como se dissesse: “O bispo Marinho é meu e ninguém tasca”. Como de costume, antes da chegada de Zé Eduardo, que assume o programa em seu lugar a partir das oito horas, os dois fazem uma rápida tabela e depois chutam a bola para o gol. O tema de ontem, como nos últimos dias, foi sobre a polêmica de ser ou não ser vice. Varela normalmente faz uma proposta a Zé Eduardo, do tipo “você não quer ser o vice de Risadinha, não?” E Zé Eduardo responde, descartando qualquer possibilidade de ser vice “de quem quer que seja”. Percebe-se, sem muito esforço, que o objetivo é desfazer a confusão criada dias atrás. No programa de ontem, o último lance da tabelinha foi sobre a participação do Bispo Marinho no programa. Ao devolver a bola, Zé Eduardo disse a Varela: “Gostei do Bispo. E gostei mais ainda quando ele disse: estamos juntos e misturados”. Ao som das gargalhadas de Risadinha e deles próprios, soa a vinheta da hora certa e um tapa na mesa. “Pronto”, diz Varela, se despedindo do programa e colocando mais enigma sobre a polêmica. Entretanto, todo este quadro vivenciado ontem durante o programa Balanço Geral apresentado por Varela na Rádio Sociedade, mostrou que existe algo no ar. Na noite anterior, o apresentador tinha uma conversa marcada com o governador Jaques Wagner, mas não aconteceu. Com a ida dos principais representantes do seu partido a Brasília conversar com o vice-presidente é sinal de que Varela pode mesmo estar se aproximando de um acordo com o PT. (Por Evandro Matos)
Ex-prefeito é acionado pelo MP por cantratação ilegal
A contratação irregular de cerca de dois mil servidores pelo município de Ilhéus (localizado a 465 km de Salvador) levou o Ministério Público estadual a ingressar com uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o ex-prefeito municipal Valderico Luiz dos Reis. Segundo a promotora de Justiça Karina Gomes Cherubini, autora da ação, durante o período de 2004 a 2007, “houve constante contratação e desligamento de servidores, para dar impressão de temporariedade nas contratações”, embora houvesse candidatos aprovados em concurso público à espera de serem convocados para as vagas, que não eram disponibilizadas para eles e sim para as contratações ilícitas. De acordo com Karina Cherubini, o ex-prefeito teria contratado inúmeros servidores sem observar os requisitos de interesse público e temporariedade. A promotora de Justiça ressalta, ainda, que foi firmado em 2005 um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) no qual o ex-gestor municipal se comprometeu em extinguir todas as contratações temporárias que estivessem ocupando as vagas dos concursados, mas, segundo ela, o TAC não foi cumprido e o prefeito em exercício prosseguiu com as contratações sem prévio concurso público. Na ação, a representante do MP requer que a Justiça condene o ex-prefeito ao ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda da função pública, além da suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa civil e proibição de contratar com o poder público, receber benefícios, incentivos fiscais e creditícios.
Tempo de TV não é prioritário na aliança
Ao comentar um eventual apoio do PR, de César Borges, e do PRB, de Raimundo Varela, ao seu nome, o pré-candidato do PT à prefeitura de Salvador, Walter Pinheiro, disse que o tempo de TV dessas legendas não deve ser o fator mais importante a ser levado em conta para uma aliança. “O que importa é a questão programática, senão vai ser preciso muito tempo de TV para dar explicações”, afirmou Pinheiro, em entrevista a Emmerson José, no Fala Bahia, da Bahia FM. O petista destacou que o PRB é o partido do vice-presidente da República, mas disse que a intenção é formar uma frente com o PCdoB, o PSB e o PV. “Já consolidamos um caminho com as forças populares e democráticas”, disse o deputado. Ao comentar a aproximação do governo do estado com o PR e com o PP, Pinheiro disse não acreditar que haja uma transposição automática das alianças políticas em nível estadual para o plano municipal. “O senador (César Borges) tem uma relação com o governo federal, que não é a mesma com o governo estadual. Estamos tratando a questão com muito cuidado. Não se pode ter uma relação exclusivamente para ganhar tempo de TV. Se temos divergências, não adianta fazer uma aliança”. Pinheiro comentou ainda as declarações de Olívia Santana sobre a possibilidade de o PT não encabeçar uma chapa.
Fonte: Tribuna da Bahia
Varela joga as suas cartas e continua à procura do vice
Logo que voltou de Brasília, ao final da frustrada tentativa de união com o tucano Antonio Imbassahy, o apresentador Raimundo Varela, pré-candidato do PRB à prefeitura de Salvador, anunciou “uma bomba” para o seu programa Balanço Geral, apresentado na Rádio Sociedade da Bahia AM e na TV Itapoan. Contudo, Varela parece ter recuado, já que fez apenas algumas insinuações e mandou algumas indiretas para os seus adversários. Durante todo este período ele vem fazendo um jogo de cena no seu programa. No rádio, por exemplo, logo que entra no ar ele faz uma espécie de editorial na sua chegada ao programa e durante o desenrolar do mesmo, ora com indiretas para os seus adversários, ora com “tabelinhas” com os outros atores do programa. Como todo o alvoroço é conseqüência da sua conversa para ser vice de Imbassahy, ele tem feito uma movimentação justamente no sentido contrário, uma forma de desfazer o fato. Assim, ele brinca de vice entre os integrantes da equipe do programa e até com os seus personagens, como Risadinha e seu Asclepíades. Ontem, no Balanço Geral do rádio, Varela voltou a insinuar as brincadeiras, mas, ao mesmo tempo, deixou transparecer que havia algo no ar. Primeiro ele fez rasgados elogios ao vereador Sidelvan Nóbrega (PRB) sobre o seu comportamento no episódio da compra dos veículos pela Câmara de Vereadores de Salvador. “Valeu, Sidelvan, você mostrou como é que um vereador deve agir”. Com isso, Varela mostra que está bem com o seu partido, já que havia boatos de que o próprio vereador não havia ficado satisfeito por Varela não ter comunicado as negociações com o tucano Antonio Imbassahy. A mesma ação Varela teve em relação a Valdir Oliveira, presidente estadual do PRB, a quem também dirigiu elogios e anunciou a sua viagem a Brasília para se reunir com o vice-presidente José Alencar, que tem sido o seu guru político. Mas foi para o Bispo Márcio Marinho (PR), que vem sendo especulado para vice do democrata ACM Neto na corrida para a prefeitura de Salvador, que Varela dedicou mais espaço. Além de colocá-lo no ar e anunciar a sua viagem a Brasília para tratar de assuntos políticos, zombou dos seus concorrentes que têm assediado Marinho. No final da participação do líder evangélico, Varela brincou para provar que estavam mais juntos do que antes. “Agora eu sou Raimundo Varela Marinho, e você é Bispo Marinho Varela”, anunciou. Com esta atitude, Varela delimitou espaços, como se dissesse: “O bispo Marinho é meu e ninguém tasca”. Como de costume, antes da chegada de Zé Eduardo, que assume o programa em seu lugar a partir das oito horas, os dois fazem uma rápida tabela e depois chutam a bola para o gol. O tema de ontem, como nos últimos dias, foi sobre a polêmica de ser ou não ser vice. Varela normalmente faz uma proposta a Zé Eduardo, do tipo “você não quer ser o vice de Risadinha, não?” E Zé Eduardo responde, descartando qualquer possibilidade de ser vice “de quem quer que seja”. Percebe-se, sem muito esforço, que o objetivo é desfazer a confusão criada dias atrás. No programa de ontem, o último lance da tabelinha foi sobre a participação do Bispo Marinho no programa. Ao devolver a bola, Zé Eduardo disse a Varela: “Gostei do Bispo. E gostei mais ainda quando ele disse: estamos juntos e misturados”. Ao som das gargalhadas de Risadinha e deles próprios, soa a vinheta da hora certa e um tapa na mesa. “Pronto”, diz Varela, se despedindo do programa e colocando mais enigma sobre a polêmica. Entretanto, todo este quadro vivenciado ontem durante o programa Balanço Geral apresentado por Varela na Rádio Sociedade, mostrou que existe algo no ar. Na noite anterior, o apresentador tinha uma conversa marcada com o governador Jaques Wagner, mas não aconteceu. Com a ida dos principais representantes do seu partido a Brasília conversar com o vice-presidente é sinal de que Varela pode mesmo estar se aproximando de um acordo com o PT. (Por Evandro Matos)
Ex-prefeito é acionado pelo MP por cantratação ilegal
A contratação irregular de cerca de dois mil servidores pelo município de Ilhéus (localizado a 465 km de Salvador) levou o Ministério Público estadual a ingressar com uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o ex-prefeito municipal Valderico Luiz dos Reis. Segundo a promotora de Justiça Karina Gomes Cherubini, autora da ação, durante o período de 2004 a 2007, “houve constante contratação e desligamento de servidores, para dar impressão de temporariedade nas contratações”, embora houvesse candidatos aprovados em concurso público à espera de serem convocados para as vagas, que não eram disponibilizadas para eles e sim para as contratações ilícitas. De acordo com Karina Cherubini, o ex-prefeito teria contratado inúmeros servidores sem observar os requisitos de interesse público e temporariedade. A promotora de Justiça ressalta, ainda, que foi firmado em 2005 um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) no qual o ex-gestor municipal se comprometeu em extinguir todas as contratações temporárias que estivessem ocupando as vagas dos concursados, mas, segundo ela, o TAC não foi cumprido e o prefeito em exercício prosseguiu com as contratações sem prévio concurso público. Na ação, a representante do MP requer que a Justiça condene o ex-prefeito ao ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda da função pública, além da suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa civil e proibição de contratar com o poder público, receber benefícios, incentivos fiscais e creditícios.
Tempo de TV não é prioritário na aliança
Ao comentar um eventual apoio do PR, de César Borges, e do PRB, de Raimundo Varela, ao seu nome, o pré-candidato do PT à prefeitura de Salvador, Walter Pinheiro, disse que o tempo de TV dessas legendas não deve ser o fator mais importante a ser levado em conta para uma aliança. “O que importa é a questão programática, senão vai ser preciso muito tempo de TV para dar explicações”, afirmou Pinheiro, em entrevista a Emmerson José, no Fala Bahia, da Bahia FM. O petista destacou que o PRB é o partido do vice-presidente da República, mas disse que a intenção é formar uma frente com o PCdoB, o PSB e o PV. “Já consolidamos um caminho com as forças populares e democráticas”, disse o deputado. Ao comentar a aproximação do governo do estado com o PR e com o PP, Pinheiro disse não acreditar que haja uma transposição automática das alianças políticas em nível estadual para o plano municipal. “O senador (César Borges) tem uma relação com o governo federal, que não é a mesma com o governo estadual. Estamos tratando a questão com muito cuidado. Não se pode ter uma relação exclusivamente para ganhar tempo de TV. Se temos divergências, não adianta fazer uma aliança”. Pinheiro comentou ainda as declarações de Olívia Santana sobre a possibilidade de o PT não encabeçar uma chapa.
Fonte: Tribuna da Bahia
CPI dos Cartões revela novo ‘falso homem-bomba’ do PT
Ex-secretário da Casa Civil é apenas mais um cercado pela ‘operação abafa’
BRASÍLIA - O encerramento da CPI dos Cartões nesta semana, com um relatório que poupa a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, não sugere nenhum indiciamento e joga toda a responsabilidade pelo dossiê com gastos exóticos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre José Aparecido Nunes Pires – o ex-secretário de Controle Interno que disse ter deixado vazar o documento por engano – é mais um episódio que retrata o fenômeno dos falsos homens-bomba do PT.
Aparecido, Waldomiro Diniz, Delúbio Soares, Silvinho Pereira, Jorge Lorenzetti, Freud Godoy e muitos outros emergiram no cenário da política tratada como polícia, todos foram personagens centrais em escândalos e todos foram cercados com “operações abafa” que os levaram a proteger o governo e a serem protegidos por ele. Olhando Aparecido na TV do Senado, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) – o único homem-bomba do governo Lula – deu um diagnóstico irônico.
“Como todas as outras, essa bomba já chegou ao Congresso desativada”, disse Jefferson à reportagem, referindo-se ao fato de Aparecido ser a peça-chave no vazamento do dossiê com as despesas de Fernando Henrique, mas se negar a entregar a operação deflagrada na Casa Civil sob promessa de que será poupado na sindicância interna e no inquérito da Polícia Federal, o que facilita a retomada do emprego efetivo que tem, como funcionário de carreira, no Tribunal de Contas da União (TCU).
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), ex-petista, destaca não só a “capacidade de cooptação do governo”, mas também a saída recorrente que todos os falsos homens-bomba usam: “Em tom pós-socrático, eles repetem à exaustão o ‘só sei que nada sei’”. Nesses termos, conclui o deputado, as bombas petistas vão sendo convertidas em “foguetórios de má qualidade, que dão chabu o tempo todo”. Alencar aposta que, dentro em breve, o ex-funcionário da Casa Civil vai voltar para o TCU. “Será mais um ‘Zé desaparecido’ que confirma a trágica profecia de Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT que caiu no escândalo do mensalão), para quem um dia todos vão considerar tudo isso uma piada de salão”.
Aparecido vai ser tratado como se tivesse cometido apenas uma infração administrativa. “Por um descuido”, ele disse à CPI, anexou o dossiê a um e-mail enviado a André Fernandes, assessor do senador tucano Álvaro Dias (PR). Virgílio conclui que o silêncio tem sido “muito bem amparado por um Estado coronelista, que não deixa homem-bomba algum em dificuldade”.
***
Lista foi aberta por Waldomiro Diniz
A lista dos falsos homens-bomba foi aberta, em 2004, pelo assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz, flagrado, em imagens gravadas por um circuito interno de TV, pedindo propina a um bicheiro. Protagonista do escândalo do mensalão, Roberto Jefferson, presidente do PTB, foi o único a detonar seu potencial explosivo. Não implicou diretamente o presidente Lula no escândalo, mas provocou a mais grave crise de seu governo. E, se por um lado teve seu mandato cassado, por outro arrastou consigo o ex-ministro José Dirceu – na época o petista mais poderoso da Esplanada dos Ministérios – e também líderes e dirigentes dos partidos da base aliada.
Além de Dirceu, as denúncias de Jefferson derrubaram o então presidente do PT, José Genoino, e toda a cúpula petista. A assessoria de Dirceu na Casa Civil foi dizimada. Além disso, só em Furnas Centrais Elétricas três diretores caíram, acusados de desviar recursos da empresa para campanhas petistas. Em meio à série de suspeitos de receber e pagar mesada de cerca de R$30 mil, o presidente do PP, Pedro Corrêa (PE), acabou cassado pela Câmara por quebra de decoro.
Aos deputados que temiam o forte risco de degola no julgamento em plenário, como o então líder do PL (hoje PR), Valdemar Costa Neto (SP), sobrou a alternativa da renúncia. As bombas petistas, que faziam política com Jefferson, não detonaram. Todas foram sucessivamente desativadas pelo Planalto, numa política que se mantém ativa nestes cinco anos e meio de governo. “A mim me propuseram o silêncio com algumas garantias”, recorda Jefferson. (AE)
Fonte: Correio da Bahia
BRASÍLIA - O encerramento da CPI dos Cartões nesta semana, com um relatório que poupa a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, não sugere nenhum indiciamento e joga toda a responsabilidade pelo dossiê com gastos exóticos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre José Aparecido Nunes Pires – o ex-secretário de Controle Interno que disse ter deixado vazar o documento por engano – é mais um episódio que retrata o fenômeno dos falsos homens-bomba do PT.
Aparecido, Waldomiro Diniz, Delúbio Soares, Silvinho Pereira, Jorge Lorenzetti, Freud Godoy e muitos outros emergiram no cenário da política tratada como polícia, todos foram personagens centrais em escândalos e todos foram cercados com “operações abafa” que os levaram a proteger o governo e a serem protegidos por ele. Olhando Aparecido na TV do Senado, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) – o único homem-bomba do governo Lula – deu um diagnóstico irônico.
“Como todas as outras, essa bomba já chegou ao Congresso desativada”, disse Jefferson à reportagem, referindo-se ao fato de Aparecido ser a peça-chave no vazamento do dossiê com as despesas de Fernando Henrique, mas se negar a entregar a operação deflagrada na Casa Civil sob promessa de que será poupado na sindicância interna e no inquérito da Polícia Federal, o que facilita a retomada do emprego efetivo que tem, como funcionário de carreira, no Tribunal de Contas da União (TCU).
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), ex-petista, destaca não só a “capacidade de cooptação do governo”, mas também a saída recorrente que todos os falsos homens-bomba usam: “Em tom pós-socrático, eles repetem à exaustão o ‘só sei que nada sei’”. Nesses termos, conclui o deputado, as bombas petistas vão sendo convertidas em “foguetórios de má qualidade, que dão chabu o tempo todo”. Alencar aposta que, dentro em breve, o ex-funcionário da Casa Civil vai voltar para o TCU. “Será mais um ‘Zé desaparecido’ que confirma a trágica profecia de Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT que caiu no escândalo do mensalão), para quem um dia todos vão considerar tudo isso uma piada de salão”.
Aparecido vai ser tratado como se tivesse cometido apenas uma infração administrativa. “Por um descuido”, ele disse à CPI, anexou o dossiê a um e-mail enviado a André Fernandes, assessor do senador tucano Álvaro Dias (PR). Virgílio conclui que o silêncio tem sido “muito bem amparado por um Estado coronelista, que não deixa homem-bomba algum em dificuldade”.
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Lista foi aberta por Waldomiro Diniz
A lista dos falsos homens-bomba foi aberta, em 2004, pelo assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz, flagrado, em imagens gravadas por um circuito interno de TV, pedindo propina a um bicheiro. Protagonista do escândalo do mensalão, Roberto Jefferson, presidente do PTB, foi o único a detonar seu potencial explosivo. Não implicou diretamente o presidente Lula no escândalo, mas provocou a mais grave crise de seu governo. E, se por um lado teve seu mandato cassado, por outro arrastou consigo o ex-ministro José Dirceu – na época o petista mais poderoso da Esplanada dos Ministérios – e também líderes e dirigentes dos partidos da base aliada.
Além de Dirceu, as denúncias de Jefferson derrubaram o então presidente do PT, José Genoino, e toda a cúpula petista. A assessoria de Dirceu na Casa Civil foi dizimada. Além disso, só em Furnas Centrais Elétricas três diretores caíram, acusados de desviar recursos da empresa para campanhas petistas. Em meio à série de suspeitos de receber e pagar mesada de cerca de R$30 mil, o presidente do PP, Pedro Corrêa (PE), acabou cassado pela Câmara por quebra de decoro.
Aos deputados que temiam o forte risco de degola no julgamento em plenário, como o então líder do PL (hoje PR), Valdemar Costa Neto (SP), sobrou a alternativa da renúncia. As bombas petistas, que faziam política com Jefferson, não detonaram. Todas foram sucessivamente desativadas pelo Planalto, numa política que se mantém ativa nestes cinco anos e meio de governo. “A mim me propuseram o silêncio com algumas garantias”, recorda Jefferson. (AE)
Fonte: Correio da Bahia
Sem líderes, a direita se perdeu
Karla Correia
Brasília
Os 20 anos de ditadura militar e os reflexos do período na sociedade brasileira, somados a uma seqüência de governos auto-intitulados "de esquerda" – em especial os dois mandatos consecutivos de Luiz Inácio Lula da Silva, marcados pela alta popularidade do chefe de governo e pela bandeira dos programas sociais – provocaram um radical encolhimento no espaço ocupado pela direita no espectro partidário do país.
Nos Estados Unidos pós-11 de setembro e na União Européia o conservadorismo voltou ao poder, quatro décadas depois do emblemático ano de 1968, auge da resistência ao regime militar, em nível nacional, e dos protestos ligados a movimentos de esquerda, em todo o mundo. No Brasil, esse mesmo pensamento murchou. E empobreceu o debate político. Ao menos no que diz respeito à representação partidária, à sua presença dentro do Congresso.
– De repente, ninguém é de direita, todo mundo é ‘centro’ – ironiza o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), ele mesmo um dos raros baluartes da chamada extrema-direita no Parlamento.
Pejorativo
A carga pejorativa sobre a direita em comparação à celebração da esquerda seria, em parte, reflexo da ditadura militar, acredita o deputado. Direita era quem estava a favor do regime autoritário e anti-democrático. Já a esquerda ficou identificada com quem se opôs ao comando implementado pelo golpe de 1964, defendeu os direitos humanos e filosofou sobre programas sociais. Muito embora esse bloco tenha pegado em armas para lutar pela ditadura do proletariado, observa Bolsonaro.
– Esse pormenor, entretanto, é esquecido e a idéia que se passa é que os esquerdistas, na época, defendiam a democracia. Nada mais incorreto – reclama o deputado.
A mudança de nome do Partido da Frente Liberal (PFL) que, no ano passado, mudou seu nome para Democratas (DEM), ilustra a resistência que políticos brasileiros têm, hoje, em assumir uma orientação mais inclinada à direita do espectro ideológico. Mesmo mantendo intactos a estrutura partidária, ideário e principais líderes, a legenda antes conhecida como PFL mudou para se livrar da imagem ligada à direita - mais particularmente com a Arena, partido que serviu de sustentáculo do regime militar, nos anos de chumbo - e com o liberalismo. Expurgado do nome da legenda, mas ainda defendido por ela.
Para Dom Bertrand de Orleans e Bragança, membro da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Prosperidade (TFP) e coordenador do movimento Paz no Campo, contraponto ruralista ao Movimento dos Sem Terra (MST), a transformação do PFL em DEM dá a medida do vácuo que existe na representação política do pensamento conservador.
– Não há no Congresso, hoje, nenhum parlamentar que possa ser considerado como um expoente do pensamento de direita – acredita Dom Bertrand.
Segundo ele, muito dessa ausência do pensamento conservador no Parlamento é reflexo do que seria uma tática da esquerda de colar na direita a identificação com movimentos como o nazismo e o fascismo.
– O que é uma total inverdade – argumenta. – O nazismo sempre foi uma expressão do socialismo, do comunismo. Este sim um regime que matou milhões de pessoas em todo o mundo. O resultado dessa contra-propaganda de esquerda foi o gradual esvaziamento da direita na representação partidária. Os políticos hoje podem até defender a livre iniciativa, a propriedade privada e o Estado mínimo. Mas tem vergonha em assumir essas bandeiras como pensamento conservador.
Fonte: JB Online
Brasília
Os 20 anos de ditadura militar e os reflexos do período na sociedade brasileira, somados a uma seqüência de governos auto-intitulados "de esquerda" – em especial os dois mandatos consecutivos de Luiz Inácio Lula da Silva, marcados pela alta popularidade do chefe de governo e pela bandeira dos programas sociais – provocaram um radical encolhimento no espaço ocupado pela direita no espectro partidário do país.
Nos Estados Unidos pós-11 de setembro e na União Européia o conservadorismo voltou ao poder, quatro décadas depois do emblemático ano de 1968, auge da resistência ao regime militar, em nível nacional, e dos protestos ligados a movimentos de esquerda, em todo o mundo. No Brasil, esse mesmo pensamento murchou. E empobreceu o debate político. Ao menos no que diz respeito à representação partidária, à sua presença dentro do Congresso.
– De repente, ninguém é de direita, todo mundo é ‘centro’ – ironiza o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), ele mesmo um dos raros baluartes da chamada extrema-direita no Parlamento.
Pejorativo
A carga pejorativa sobre a direita em comparação à celebração da esquerda seria, em parte, reflexo da ditadura militar, acredita o deputado. Direita era quem estava a favor do regime autoritário e anti-democrático. Já a esquerda ficou identificada com quem se opôs ao comando implementado pelo golpe de 1964, defendeu os direitos humanos e filosofou sobre programas sociais. Muito embora esse bloco tenha pegado em armas para lutar pela ditadura do proletariado, observa Bolsonaro.
– Esse pormenor, entretanto, é esquecido e a idéia que se passa é que os esquerdistas, na época, defendiam a democracia. Nada mais incorreto – reclama o deputado.
A mudança de nome do Partido da Frente Liberal (PFL) que, no ano passado, mudou seu nome para Democratas (DEM), ilustra a resistência que políticos brasileiros têm, hoje, em assumir uma orientação mais inclinada à direita do espectro ideológico. Mesmo mantendo intactos a estrutura partidária, ideário e principais líderes, a legenda antes conhecida como PFL mudou para se livrar da imagem ligada à direita - mais particularmente com a Arena, partido que serviu de sustentáculo do regime militar, nos anos de chumbo - e com o liberalismo. Expurgado do nome da legenda, mas ainda defendido por ela.
Para Dom Bertrand de Orleans e Bragança, membro da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Prosperidade (TFP) e coordenador do movimento Paz no Campo, contraponto ruralista ao Movimento dos Sem Terra (MST), a transformação do PFL em DEM dá a medida do vácuo que existe na representação política do pensamento conservador.
– Não há no Congresso, hoje, nenhum parlamentar que possa ser considerado como um expoente do pensamento de direita – acredita Dom Bertrand.
Segundo ele, muito dessa ausência do pensamento conservador no Parlamento é reflexo do que seria uma tática da esquerda de colar na direita a identificação com movimentos como o nazismo e o fascismo.
– O que é uma total inverdade – argumenta. – O nazismo sempre foi uma expressão do socialismo, do comunismo. Este sim um regime que matou milhões de pessoas em todo o mundo. O resultado dessa contra-propaganda de esquerda foi o gradual esvaziamento da direita na representação partidária. Os políticos hoje podem até defender a livre iniciativa, a propriedade privada e o Estado mínimo. Mas tem vergonha em assumir essas bandeiras como pensamento conservador.
Fonte: JB Online
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